quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Bolívia e Chile rechaçam ameaças dos Estados Unidos de intervenção militar na Venezuela

Bolívia e Chile rechaçam ameaças dos Estados Unidos de intervenção militar na Venezuela


Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou supostos planos colombianos, com apoio norte-americano, para uma invasão em seu país
O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, rechaçaram nesta terça-feira (13/02) as ameaças de uma intervenção militar na Venezuela pelos Estados Unidos.
Morales pediu que se realize uma reunião de emergência da Unasul (União Sul-Americana de Nações) para discutir as ameaças.
“Quero aproveitar esta oportunidade para expressar nossa solidariedade com a Venezuela, ante as constantes ameaças de intervenção. Os EUA têm que deixar de nos ameaçar. A Unasul deveria convocar uma reunião de emergência e fazer respeitar a soberania de um povo irmão”, disse, pelo Twitter.
Por sua vez, Muñoz afirmou, em Lima, que o Chile nunca estaria a favor “de uma intervenção militar ou de outra natureza na Venezuela”.
“Nos opomos aos golpes de Estado e ao uso da força; queremos uma saída pacífica, eleitoral, política para a situação”, disse o chanceler que, apesar disso, esteve reunido na capital peruana com outros representantes diplomáticos americanos e declarou rechaço às eleições presidenciais marcadas para 22 de abril.
Reprodução/Twitter
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O Partido Comunista do Chile também se pronunciou sobre as ameaças. Em nota, a agremiação fez um chamado aos “democratas para defender a soberania e autodeterminação dos povos. “A política exterior estadunidense, tanto no passado, como no presente, nos mostra que está disposta a avalizar intervenções militares e golpes de Estado. (…) Não ao intervencionismo dos Estados Unidos na Venezuela”, diz o comunicado.
Ameaças dos EUA
Há uma semana, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, fez uma viagem por México, Peru, Argentina e Colômbia logo após sugerir, em uma palestra na Universidade do Texas, que militares poderiam intervir na Venezuela.
Logo após a viagem de Tillerson, o presidente colombiano Juan Manuel Santos anunciou medidas para restringir a entrada de refugiados venezuelanos no país e mobilizou 3.000 unidades militares para “reforçar” o controle militar na fronteira.
No começo da semana, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou supostos planos colombianos, com apoio norte-americano, para uma invasão em seu país. "Da Colômbia, estão planejando nada mais, nada menos que um bombardeio militar, a invasão militar, a ocupação a sangue e fogo de um país pacífico como a Venezuela", afirmou, em discurso transmitido pela emissora estatal VTV. "Aqui vamos combater e vamos resistir. Não temos medo!", completou.
(*) Com teleSUR

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