A pequena Cármen e a panela de pressão do STF
Em todos os jornais, tudo o que se lê são as consequências da desastrosa submissão de Ministra Cármen Lúcia às pressões da mídia e, apequenando-se, levar o Supremo Tribunal Federal a ser obrigado a fazer um julgamento “personalizado” em Lula quando a questão da prisão sem trânsito em julgado é bem anterior (2016) e muito mais abrangente.
Celso de Mello manda avisar que seu voto será extenso e vai abranger a questão geral.
Marco Aurélio Mello, falando a Bernardo de Mello Franco, em O Globo, acusa diretamente a presidente do Tribunal:
“O desgaste para o tribunal está terrível. Isso demonstra que a estratégia da presidente foi falha. Foi muito ruim julgarmos só o caso do ex-presidente. Agora estamos pagando um preço incrível”.(…)“Não sei por que a presidente não quer colocar essas ações em pauta. Pode ser a preocupação com o acompanhamento da sociedade. Talvez ela não tenha tido visão das consequências que isso teria para o tribunal. ”.
Monica Bergamo, na Folha, relata a irritação de Rosa Weber em estar sendo colocada como “fiel da balança” pela estratégia de Cármen Lúcia e, no Painel, registra-se que toma corpo uma corrente para que se coloque a questão geral em plenário, imediatamente.
Cármen Lúcia produziu um desastre para si e para o tribunal que, como se disse na semana passada, não entrou em “férias”.
E não vai entrar, porque já se vê, pelo noticiário, a pressão agora não vem só de fora, mas de dentro da panela togada.
Panela, mesmo, de pressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário