quinta-feira, 24 de maio de 2018

Deputados prometem resistência ao projeto que extingue Fundo Soberano do Brasil


120 DIAS

Deputados prometem resistência ao projeto que extingue Fundo Soberano do Brasil

Extinção do programa vai permitir o saque de quase R$ 23 bilhões. Parlamentares dizem que MP 830/2018 é mais um passo para o desmonte do país
por Redação RBA publicado 24/05/2018 10h09
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Fundo Soberano
A extinção do Fundo Soberano, que acumula R$ 23 bilhões de reservas, vai ser usada pelo governo Temer para pagar juros dos títulos da dívida pública
São Paulo – A oposição no Congresso Nacional diz que irá resistir à aprovação da Medida Provisória 830/2018, que extingue o Fundo Soberano do Brasil e assinada por Michel Temer na última segunda-feira (21). O projeto só se tornará lei se for aprovado em até 120 dias no Legislativo.
O Fundo Soberano é um instrumento de política econômica, criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, que funcionou como uma poupança para socorrer o país em emergências e crises financeiras, como as de 2010 e 2016. 
"Com o fim do Fundo Soberano, o Brasil perde o lastro fundamental construído ao longo destes anos para garantir a autonomia da economia brasileira em relação à especulação e o ataque de volatilidade dos grandes players mundiais", afirma o deputado federal Afonso Florence (PT-BA), à TVT
O Fundo Soberano passou a ser alvo do atual governo a partir do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Segundo o Palácio do Planalto, o tesouro nacional já resgatou cerca de R$ 3 bilhões. A extinção vai permitir o saque do restante: cerca de R$ 23 bilhões.
"Essa resistência tem que se dar no espaço institucional, no parlamento, mas principalmente nas ruas. O governo retira direitos de quem está na base da pirâmide, os mais pobres e a classe média, para garantir renda aos que estão no topo. É mais uma medida de um governo que quer entregar as riquezas nacionais da maneira mais rápida possível", critica o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ).
Os deputados da oposição também citaram um avanço do governo Temer sobre os recursos do BNDES. Cerca de R$ 130 bilhões de aportes adiantados pelo tesouro nacional, no governo Dilma, e que agora serão desvinculadas e devolvidos aos cofres da União. Valores que deixarão de ser investidos em infraestrutura e fomento a indústria e comércio.
"As nossas empresas e o nosso patrimônio sãos dilapidados para privilegiar as empresas internacionais e o capital financeiro. A ação de Temer no BNDES é nesse sentido de tentar fortalecer os bancos privados e o mercado financeiro", acrescenta o deputado federal Valmir Prascidelli (PT-SP).
Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT

https://www.youtube.com/watch?time_continue=20&v=6noTKVG198U

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