terça-feira, 1 de maio de 2018

Na Venezuela, povo toma as ruas para defender a Revolução Bolivariana

LUTA DE CLASSES

Na Venezuela, povo toma as ruas para defender a Revolução Bolivariana

Chavismo e partidos de direita medem forças nas ruas de Caracas; socialistas venceram queda de braço

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela)
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Na foto de cima, a esquerda venezuelana mostra sua força nesse Dia dos Trabalhadores / Fotos: Brasil de Fato
Faltando apenas 20 dias para as eleições presidenciais, as organizações políticas que compõem o chavismo mediram forças com os partidos políticos de direita, nessa terça-feira (1), Dia Internacional dos Trabalhadores.
No centro de Caracas, uma marcha de trabalhadores lotou às ruas próximas ao Palácio Presidencial de Miraflores. Cerca de 60 mil pessoas foram às ruas apoiar a Revolução Bolivariana e ao presidente Nicolás Maduro. O líder venezuelano fez um discurso ao público, por volta das 15h. "Viva a união dos trabalhadores. Impressionante mobilização da classe trabalhadora aqui em Caracas, berço da Revolução Bolivariana", disse o presidente. 
No outro lado da cidade, na região de Chacao, partidos de oposição como Primeiro Justiça, Vontade Popular, Ação Democrática e Um Novo Tempo realizavam outro ato. Aproximadamente 2 mil pessoas protestaram contra o governo Maduro e as eleições presidenciais agendadas para o dia 20 de maio. Esses quatro partidos decidiram não participar do processo eleitoral.
A capacidade de mobilização popular nas duas marchas é uma amostra de que o chavismo, pelo menos na ruas, ainda compõe a maior força política do país.
O presidente do movimento Unidade Popular Venezuelana (UPV), Henri Hernandez explicou isso deve às conquistas que classe trabalhadora obteve desde o ex- presidente Hugo Chávez chegou ao poder em 1999. “Se teve uma classe que obteve benefícios ao longo desse processo revolucionário, foi o setor dos trabalhadores. Foi criado um sistema de aposentadoria universal, redução da jornada de trabalho para 7h, foram ampliados  os benefícios sociais e a participação dos trabalhadores na tomada de decisões”, destacou o dirigente.
A assistente social Joana Rojas conta por que saiu às ruas hoje para manifestar seu apoio ao presidente Nicolás Maduro. “Em todo esse tempo que temos sofrido com a crise econômica, o presidente Maduro é o único que tem oferecido apoio e proposto soluções aos trabalhadores”, diz a manifestante.
Na Venezuela, a luta de classe é evidente quando as principais forças políticas do país saem às ruas. Jesus Mendez, trabalhador da empresa Produtora e Distribuidora Venezuelana de Alimentos, escolheu o lado que, em sua opinião, melhor defende seus direitos. “Quem sempre reivindicou os direitos dos trabalhadores nesse país foi a Revolução Bolivariana. Por isso viemos às ruas hoje, defender nossos direitos, defender a revolução”, concluiu.
Edição: Juca Guimarães

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