sexta-feira, 20 de julho de 2018

Aporofobia, a aversão aos pobres, define o Brasil pós-golpe, diz Feijóo


OUTRO CONTEXTO

Aporofobia, a aversão aos pobres, define o Brasil pós-golpe, diz Feijóo

Criado pela professora e filosofa, Adela Cortina, da Universidade de Valência, na Espanha, o termo tem como pilar o racismo e a xenofobia
por Redação RBA publicado 19/07/2018 10h25
APOROFOBIA: TERMO PARA "AVERSÃO AOS POBRES"
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No Brasil, fobia aos pobres veio da manipulação da opinião pública, para atender aos interesses do alto escalão da sociedade
São Paulo – A aporofobia, a aversão aos pobres, é a perfeita explicação para os acontecimentos recentes que vivemos no Brasil pós-golpe de 2016. Essa é a definição do analista político da TVT, José Lopez Feijóo, sobre a exclusão da camada social mais baixadurante o governo de Michel Temer e a ascensão neoliberal.
A palavra "aporofobia" tem sido usada na Europa para caracterizar o tratamento dado aos imigrantes e refugiados. Criado pela professora e filósofa, Adela Cortina, da Universidade de Valência, na Espanha, o termo tem como pilar o racismo e a xenofobia.
O analista político lembra que há o olhar para as pessoas de baixa renda como concorrentes. "Tem o olhar de quem acha que a presença deles vai tirar alguma coisa", lembra, ao citar que os ricos sempre são bem recebidos em qualquer lugar, independentemente da sua nacionalidade ou etnia.
Dentro do contexto brasileiro, Feijóo afirma que a fobia aos pobres veio da manipulação da opinião pública para atender os interesses do alto escalão da sociedade. "Foi para uma parcela da população que não aguentava mais as políticas de inclusão social, além de pessoas de todas as faixas sociais frequentando os mesmos supermercados, shoppings e aeroportos. Eles não sabem que quanto maior a inclusão social, mais a economia gira", afirma.
A acadêmica espanhola adverte que a "aporofobia" é uma patologia social que existe em todo o mundo e a primeira providência a se tomar para combatê-la é "reconhecê-la, saber como ela acontece e trabalhar para desativar esse fenômeno", o qual ela define como "absolutamente corrosivo".

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