segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Lula evita manobra de Fachin para fazê-lo inelegível

Lula evita manobra de Fachin para fazê-lo inelegível

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É mais um factóide causado pelas mutretas que se armam tanto nas mãos da dupla Edson Fachin/Cármem Lúcia no STF e nas de Luís Fux, no TSE.
Há cinco dias já se demonstrou aqui que a “pressa” anunciada por Fachin no julgamento do recurso de Lula era, na verdade, uma trampa para antecipar sua inelegibilidade, nem mais nem menos.
Como a “correria” para o registro de chapas completas até às 19 horas de hoje, algo que nunca ocorreu em eleições e que não teve um ato oficial que mudasse o que sempre prevaleceu nos pleitos eleitorais.
Lula já se antecipava e não ia cair nessa.
Para usar uma metáfora futebolística, tão ao gosto do ex-presidente, é como um atacante caçado em campo perceber que o zagueiro vem de travas levantadas, naquele “carrinho” mal-intencionado e saber pular, deixando a agressão se esvair no nada…
Pior ainda, cheirava a um chantagem, de acenar uma libertação futura desde que ele desistisse de ser, como é direito seu e necessidade do Brasil, candidato a presidente.
Estava claro que Fachin ia forçar, com o apoio de Cármem Lúcia, uma decisão quanto a elegibilidade de Lula que, qualquer estudante sabe, deve ser iniciada na Justiça Eleitoral, não no Supremo, até para não abolir a capacidade de ser analisada em duplo grau de jurisdição.
Lula não está enfrentando o Ministério Público ou mesmo as sentenças de Moro e do TRF-4, está enfrentando a prepotência autoritária de um Poder Judiciário que virou partido nestas eleições.
O Partido Sem Lula, que poderia ter a mesma sigla do PSL  de Jair Bolsonaro.
A não apreciação do recurso não quer dizer que Lula terá de aceitar a prisão iilegal, apenas adia a apreciação do seu direito de responder em liberdade.
Adiamento que, como disse seu porta-voz Fernando Haddad, é coerende com a decisão de que “não trocaria a dignidade pela liberdade”.
Quem constrói o martírio de Lula não é ele, porque não é quem se martiriza que pratica a perseguição e a violência”.
Mas é fora de dúvida que não há mártir sem dignidade e estoicismo.

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