terça-feira, 9 de outubro de 2018

Mais agressões dos apoiadores do coiso. Até quando isso se repetirá, impunemente?

Apoiadores de Bolsonaro agridem brutalmente estudante da UFPR por usar boné do MST; em BH, mulher é atacada após dizer que não votaria no candidato
DCE UFPR e reprodução Facebook
DENÚNCIAS

Apoiadores de Bolsonaro agridem brutalmente estudante da UFPR por usar boné do MST; em BH, mulher é atacada após dizer que não votaria no candidato


09/10/2018 - 20h22

Da Redação

A escalada da intolerância, ódio e violência por parte dos apoiadores do candidato Jair Bolsonaro cresce em todo o País com a complacência e cumplicidade do presidenciável.
Há pouco também em Curitiba um grupo de apoiadores, gritando ”Aqui, é nome de Bolsonaro”, espancaram um rapaz com boné do MST, agredindo-o na cabeça.
Isso aconteceu em frente à UFPR.
A ”torcida” de vandalos também quebrou os vidros da Casa do Estudante da Universidade
URGENTE!
Estudante da UFPR acaba de ser brutalmente violentado em frente à Universidade por membros de uma torcida organizada aos gritos de “Aqui é Bolsonaro!”.
O estudante sofreu lesões na cabeça causadas por inúmeras garrafas de vidro quebradas pelos agressores. Além disso, houve depredação à Cada da Estudante Universitária de Curitiba (CEUC), que teve vidros quebrados.
A justificativa da agressão foi o uso de um boné do MST pelo estudante.
Resistiremos à barbárie, ao fascismo e à violência. Mais do que nunca, a democracia, o diálogo e a tolerância precisam prevalecer.
#ELENÃO #ELENUNCA #ELEJAMAIS
Jovem teve um corte no punho e ainda bateu com o rosto no chão. Reprodução Facebook
Mulher é agredida em BH após dizer que não votará em Bolsonaro
Jovem fazia caminhada quando foi abordada por um homem. Ao dizer que não votaria em Bolsonaro, o agressor a empurrou e jogou caixas contra ela
Uma jovem de 24 anos foi agredida por um homem na Pampulha, em Belo Horizonte, após dizer que não votaria no candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu pouco antes das 6h da manhã, na avenida Santa Rosa, no bairro São Luiz, quando a jovem saiu para caminhar.
A mulher, que preferiu não se identificar, contou que passava pelo local quando viu um homem descarregando caixas de um caminhão em uma empresa. Segundo ela, o homem estava visivelmente nervoso e falando sozinho. O rapaz a abordou e perguntou diretamente se ela votaria em Jair Bolsonaro. A jovem repondeu que não e o homem ficou bastante alterado. Ele a empurrou e jogou caixas de papelão contra ela.
A jovem caiu, teve um corte no punho direito e ainda bateu com o rosto no chão. Ela contou que ficou muito assustada com a situação e, no momento, só pensou em sair dali, por isso a polícia não foi acionada imediatamente. “Saí chorando e a primeira coisa que pensei foi em pedir um Uber para a casa da minhã mãe”, disse.
Lá, ela recebeu auxílio da prima, técnica em enfermagem, que fez curativos nos ferimentos. Em seguida, a vítima registrou o boletim de ocorrência.
A jovem fez uma publicação no Instagram para compartilhar sua indignação. “Hoje você, familiar conhecido ou colega de trabalho que diz gostar de mim mas vota no Bolsonaro, ta com a mão suja de sangue, do meu sangue”, escreveu.
A jovem, que se declara LGBT, conta que não é eleitora do PT, mas que não votaria em “alguém que incita o ódio”. “Não votaria em quem tem ódio de quem eu sou. Estou dizendo enquanto ser humano, não é uma fala partidária. Não existe nenhuma situação econômica que pague a vida de alguém. A vida vale mais do que isso”, disse.
Na publicação na rede social, ela disse que o machucado é o “menor dos males”. “O maior é psicológico. É o medo de sair de casa, medo de poder ser quem você é”, concluiu.

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