GLEISI HOFFMANN
Bolsonaro, o submisso
O governo de Jair Bolsonaro ainda nem começou e o povo brasileiro já está sentindo os efeitos de sua total subserviência aos Estados Unidos. Foi de lá, do Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo ultrarreacionário John Bolton, que partiu o único elogio oficial ao rompimento do acordo para a participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos.
Bolsonaro praticamente expulsou os 8.500 médicos cubanos, que atendem quase 30 milhões de brasileiros em localidades mais pobres e remotas, fazendo exigências descabidas e ofendendo esses colaboradores voluntários, que vão aonde os médicos brasileiros não estão presentes. São quase 3 mil municípios prejudicados pela arrogância, pela ignorância e pelo preconceito ideológico.
A crise do Mais Médicos é o primeiro sintoma do que pode acontecer ao Brasil em um governo totalmente submisso ao Departamento de Estado dos EUA. Por trás de sua retórica falsamente nacionalista está um “entreguismo” nunca visto na história do Brasil. Esse agachamento do país se revela nas escolhas que ele faz para postos estratégicos do futuro governo.
O futuro chanceler Ernesto Araújo é um adorador de Donald Trump, sem nenhum preparo para conduzir nossa política externa. Foi uma escolha que contraria a rica tradição diplomática do Itamaraty. A exemplo de seu chefe, Araújo não desceu do palanque. Ao invés de cuidar do país, faz ataques levianos ao PT nas redes sociais, ofendendo diplomatas de estatura mundial, como o ex-chanceler Celso Amorim. Só um irresponsável diria que vai investigar “possíveis falcatruas” que ele sabe que não existem.
Mas não é só no Itamaraty que as escolhas de Bolsonaro colocam o Brasil em posição humilhante. O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, operou a Lava Jato com procuradores aliciados pelo Departamento de Justiça dos EUA, com claros interesses sobre o mercado e a economia do Brasil. O futuro presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, defende a privatização da estatal, o que só interessa aos estrangeiros. Sem falar do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que pensa até em vender o Banco do Brasil ao Bank of America. Faz jus aos Chicago Boys.
Nos governos do PT, construímos uma política externa ativa e altiva, que levou o Brasil a ser respeitado mundialmente. Multiplicamos por quatro o comércio exterior, ampliando as transações com a América Latina, com os BRICS, com o Oriente Médio e a África, sem reduzir o volume de comércio com a Europa e os EUA. E isso foi possível porque não falávamos grosso com a Bolívia nem falávamos fino com os Estados Unidos. Como diz o presidente Lula, ninguém respeita quem não se dá ao respeito.
Diferentemente de Bolsonaro, que nos acusa de ter ideologizado a política externa, nenhum presidente ou chanceler do PT beijou a bandeira dos Estados Unidos como fez o candidato eleito. Nossa bandeira é a do Brasil, de um Brasil de todos e para todos, que defende a democracia, a convivência pacífica entre os povos, a integração latino-americana, a cooperação com a África e o diálogo multilateral entre os países. E é, principalmente, a bandeira de um Brasil soberano, trabalhando pelo nosso povo e pela paz mundial.
O governo de Jair Bolsonaro ainda nem começou e o povo brasileiro já está sentindo os efeitos de sua total subserviência aos Estados Unidos. Foi de lá, do Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo ultrarreacionário John Bolton, que partiu o único elogio oficial ao rompimento do acordo para a participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos.
Bolsonaro praticamente expulsou os 8.500 médicos cubanos, que atendem quase 30 milhões de brasileiros em localidades mais pobres e remotas, fazendo exigências descabidas e ofendendo esses colaboradores voluntários, que vão aonde os médicos brasileiros não estão presentes. São quase 3 mil municípios prejudicados pela arrogância, pela ignorância e pelo preconceito ideológico.
A crise do Mais Médicos é o primeiro sintoma do que pode acontecer ao Brasil em um governo totalmente submisso ao Departamento de Estado dos EUA. Por trás de sua retórica falsamente nacionalista está um “entreguismo” nunca visto na história do Brasil. Esse agachamento do país se revela nas escolhas que ele faz para postos estratégicos do futuro governo.
O futuro chanceler Ernesto Araújo é um adorador de Donald Trump, sem nenhum preparo para conduzir nossa política externa. Foi uma escolha que contraria a rica tradição diplomática do Itamaraty. A exemplo de seu chefe, Araújo não desceu do palanque. Ao invés de cuidar do país, faz ataques levianos ao PT nas redes sociais, ofendendo diplomatas de estatura mundial, como o ex-chanceler Celso Amorim. Só um irresponsável diria que vai investigar “possíveis falcatruas” que ele sabe que não existem.
Mas não é só no Itamaraty que as escolhas de Bolsonaro colocam o Brasil em posição humilhante. O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, operou a Lava Jato com procuradores aliciados pelo Departamento de Justiça dos EUA, com claros interesses sobre o mercado e a economia do Brasil. O futuro presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, defende a privatização da estatal, o que só interessa aos estrangeiros. Sem falar do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que pensa até em vender o Banco do Brasil ao Bank of America. Faz jus aos Chicago Boys.
Nos governos do PT, construímos uma política externa ativa e altiva, que levou o Brasil a ser respeitado mundialmente. Multiplicamos por quatro o comércio exterior, ampliando as transações com a América Latina, com os BRICS, com o Oriente Médio e a África, sem reduzir o volume de comércio com a Europa e os EUA. E isso foi possível porque não falávamos grosso com a Bolívia nem falávamos fino com os Estados Unidos. Como diz o presidente Lula, ninguém respeita quem não se dá ao respeito.
Diferentemente de Bolsonaro, que nos acusa de ter ideologizado a política externa, nenhum presidente ou chanceler do PT beijou a bandeira dos Estados Unidos como fez o candidato eleito. Nossa bandeira é a do Brasil, de um Brasil de todos e para todos, que defende a democracia, a convivência pacífica entre os povos, a integração latino-americana, a cooperação com a África e o diálogo multilateral entre os países. E é, principalmente, a bandeira de um Brasil soberano, trabalhando pelo nosso povo e pela paz mundial.
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