quinta-feira, 18 de abril de 2019

Vem aí: mais entreguismo e traição à Pátria pelo "desgoverno" do bozo.


Crise ajuda Guedes na privatização da Petrobras

Paulo Guedes prepara-se para aplicar o ditado chinês de transformar “crise em oportunidade”. Num sentido inverso do que os chineses o aplicam, claro: a crise é para o país, a oportunidade é para o dinheiro.
Disse ontem, na Globonews, que Jair Bolsonaro, diante dos discursos em favor da  privatização da Petrobras, “levantou a sobrancelha”:
“O presidente levantou a sobrancelha… Ué, se o preço de petróleo sobe no mundo todo inteiro e não tem nenhum caminhoneiro parando no Trump, na Merkel ou na porta do Macron, será que tem um problema aqui?”, disse.
O presidente, no dia seguinte, teria mandado uma imagem para Guedes em que mostrava 60 bandeiras de empresas no setor de petróleo nos EUA e apenas uma bandeira, a da Petrobras, no Brasil. “Acho que ele quis dizer alguma coisa com isso”, explicou.
Se quis ou não, agora quer, porque Guedes abriu a questão.
Aliás, nem é verdade que só exista uma bandeira no setor de petróleo no Brasil. Desde 1997 não existe aqui monopólio estatal no petróleo. Ninguém é impedido de extrair ou de refinar óleo, desde que esteja disposto a investir e pagar os tributos e participações correspondentes.
A sobrancelha levantada é o sinal para Guedes aprofundar o que desde sempre é seu plano: vender o filé das operações da Petrobras – a sua rede de comercialização, via BR istribuidora, e entregar, na bacia das almas, o investimento mais pesado da empresa – se tomado em valor dos ativos – que é seu parque de refino.
E como fazer isso sem despertar a fúria do brasileiro? Seguindo a toada fácil de transformar a empresa em inimiga do país, com os preços que cobra.
Ou melhor, com os preços que aparenta cobrar, porque é a tributação que faz o valor pago nas bombas. Tanto é assim que o combustível menos tributado – o diesel – custa, agora, R$ 2,24 na refinaria e R$ 3,55 no posto e a gasolina, que sai da refinaria a R$ 1,94, chega às bombas por R$ 4,40.
E que não se fale que há monopólio na distribuição, porque nunca houve, nem mesmo nos tempos do “petróleo é nosso”.
Não há crise, como se vê, há oportunidade de negócios.

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