Cineasta anuncia ações contra crime de pirataria cometido por Bolsonaro
"Certamente iremos pedir para o Twitter tirar este conteúdo do ar o quanto antes. Possíveis demais medidas em outras esferas nós iremos estudar, junto com a produtora, com os detentores dos direitos autorais do filme", diz a cineasta Maria Augusta Ramos, que teve trecho de seu filme divulgado de forma ilegal e deturpada por Jair Bolsonaro
Atualizado em 14 de julho de 2019, 07:15
247 – A cineasta Maria Augusta Ramos, diretora do filme 'O Processo', que retratou o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e recebeu vários prêmios internacionais, se disse estarrecida com o crime de pirataria cometido por Jair Bolsonaro neste sábado.
Bolsonaro divulgou em suas redes sociais um trecho do filme, violando o direito de autor, e distorcendo completamente o conteúdo, em mais uma de suas tradicionais fake news. Em entrevista ao jornalista Vinícius Segalla, do DCM, a cineasta anunciou as ações que pretende tomar. Confira, abaixo, um trecho:
DCM – A senhora aprova o uso de trecho de seu filme que foi dado pelo presidente Bolsonaro em sua conta de Twitter?
Maria Augusta Ramos – Eu desaprovo. Na realidade, estou completamente perplexa e indignada com o fato de o presidente da República ter feito algo absolutamente ilegal, ferindo nossos direitos autorais, tirando de contexto o fragmento de um filme e deturpando totalmente seu significado.
DCM – A senhora pretende tomar alguma medida para reverter a situação?
Maria Augusta Ramos – Certamente iremos pedir para o Twitter tirar este conteúdo do ar o quanto antes. Possíveis demais medidas em outras esferas nós iremos estudar, junto com a produtora, com os detentores dos direitos autorais do filme. Por enquanto, ainda estou em estado de perplexidade.
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