Sem ordem judicial, PM de MS ataca 500 indígenas do povo Kinikinau; havia crianças e idosos; veja vídeos
Atenção: O vídeo acima é uma dica de Beto Mafra. Ele e nós estamos tentando identificar os autores para dar o crédito e link. Se alguém souber, por favor, nos informe.
por Conceição Lemes
Tendo como referência o livro Povos Indígenas do Brasil, de José Luiz de Souza e Giovani José da Silva, publicado pelo Instituto Socioambiental (ISA),o Wikipedia registra no verbete Quiniquinaus:
Os quiniquinaus, também conhecidos como Kinikinau ou Kinikináo são um povo indígena que habita as margens do médio rio Miranda, no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul, mais precisamente na Área Indígena Lalima. Constituíram-se como um subgrupo dos guanás.Durante muito tempo, os Kinikinau foram foram convencidos, pelo órgão indigenista oficial brasileiro, a renunciar à sua identidade, autodeclarando-se Terena – grupo com os qual têm estreitos vínculos históricos e culturais.Porém, nos últimos anos, os Kinikinau passaram a reivindicar o reconhecimento de sua singularidade étnica e a reconquista de parte de seu território tradicional.
Os kinikinau não têm nenhuma área demarcada. Eles ficam na terra indígena Cachoeirinha, do povo Terena, em Miranda (MS).
Pois na madrugada dessa quinta-feira, 1º de agosto, os Kinikinau retomaram uma parte da terra tradicional deles, situada numa fazenda que hoje está em nome do Bradesco.
Porém, no decorrer do dia, eles foram atacados de surpresa e expulsos com truculência pela Polícia Militar (PM) de Mato Grosso do Sul, provavelmente a mando de grandes fazendeiros e políticos ruralistas da região.
“Foi um despejo violento e sem ordem judicial de reintegração de posse”, denuncia Cleber César Buzatto, secretário-executivo do Conselho Missionário Indigenista (Cimi).
Segundo Buzatto, os kinikinau estão agora na Terra Indígena Taunay Ipegue, do povo Terena.
A advogada Tânia Mandarino, que atua muito em defesa dos povos indígenas e é membro do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), nos enviou a nota das lideranças dos Guarani e Kaiowá em apoio total ao parente povo Kinikinawa.
Também os dois vídeos abaixo.
“Crianças Kinikinau choram em desespero pela família”, atenta Mandarino. “Muita crueldade”.
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