Veja lista de ativistas ambientais brasileiros assassinados em 2018
Brasil ocupa 4º lugar de lista divulgada pela ONG Global Witness, com 20 defensores do meio ambiente mortos no ano passado
A ONG Global Witness divulgou na última terça-feira (30/07) um ranking de países onde ocorreram mais assassinatos de ativistas em defesa do meio ambiente em diversos países pelo mundo em 2018. O Brasil ocupa o 4º lugar da lista, com 20 defensores do meio ambiente mortos no ano passado.
Opera Mundi separou uma lista que conta um pouco de cada um dos 20 casos de execuções de ativistas brasileiros que foram mortos em decorrência de suas militâncias.
Aluísio Sampaio dos Santos, líder sindical dos trabalhadores da agricultura familiar no Pará – 11.out.2018
O presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Sintraf) foi assassinado a tiros próximo à rodovia BR-163, na cidade de Altamira, no Pará. Engajado na luta pela defesa de terras, Aluísio já havia recebido diversas ameaças de morte devido à perseguição de grileiros e grandes proprietários. Leia mais aqui.
Carlos Antônio da Silva, líder de assentamento rural – 7.fev.2018
Conhecido como “Carlão”, Carlos Antônio Silva, de 51 anos, foi assassinado a tiros por duas pessoas numa motocicleta em frente à prefeitura da cidade de Paranatinga, no Mato Grosso. O líder de um assentamento rural no Distrito de Santiago do Norte estava no local para protocolar documentos, acompanhado da filha e esposa. Leia mais aqui.
Edemar Rodrigues da Silva, líder de assentamento em Rondônia – 04.abr.2018
Durante uma ocupação de terras na cidade de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia, Edemar Rodrigues da Silva, de 36 anos, conhecido como “Galego”, foi vítima de uma emboscada e assassinado a tiros. Segundo as autoridades, o corpo de Edemar tinha sinas de cortes realizados com faca. Leia mais aqui.
Paulo Sérgio Almeida Nascimento, líder comunitário no Pará – 12.mar.2018
Um dos líderes da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), Nascimento foi alvejado por disparos do lado de fora de casa, na cidade de Barcarena, segundo a Polícia Civil. O líder comunitário era engajado nas denúncias contra a refinaria Hydro Alunorte, responsável pelo vazamento de dejetos tóxicos nas águas da região em 2018. Leia mais aqui.
Valdemir Resplandes, líder do MST no Pará – 9.jan.2018
Conhecido como 'Muleta', Resplandes foi assassinado na cidade de Anapu, no Pará, mesma cidade em que a missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada em 2005. O líder do MST foi abordado por dois homens enquanto dirigia sua moto. Um deles atirou pelas costas; já no chão, o ativista foi baleado na cabeça. Leia mais aqui.
Gazimiro Sena Pacheco, trabalhador rural – 9.jan.2018
Chamado de “Gordinho”, a Comissão Pastoral da Terra afirma que o assassinato de Pacheco tem ligações com a morte de Resplandes. Executado minutos após o líder do MST, a CPT afirma que a morte ocorreu pois Gazimiro era testemunha do assassinato de Valdemir. Leia mais aqui.
Gilson Maria Temponi, líder de assentamento – 15.dez.2018
Presidente da Associação dos Agricultores Nova Aliança na cidade de Placas, no Pará, Temponi, de 46 anos, foi assassinado a tiros no portão de sua casa por dois homens não identificados em uma moto. O ativista era líder de três assentamentos de trabalhadores rurais que reuniam cerca de 600 famílias. Leia mais aqui.
Haroldo Betcel, liderança quilombola – 4.out.2018
Liderança do Quilombo Tiningu, no município de Santarém, no Pará, Betcel foi assassinado com uma chave de fenda pelo caseiro de Silvio Tadeu dos Santos e Silvio Tadeu Coimbra dos Santos, pai e filho. Os empresários reivindicam a propriedade da área onde está localizada o quilombo. Leia mais aqui.
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Brasil ocupa 4º lugar de lista divulgada pela ONG Global Witness com 20 mortes defensores do meio ambiente mortos
Ismauro Fatimo dos Santos, liderança camponesa – 22.jul.2018
Interceptado por um grupo de pistoleiros em uma estrada da cidade de Seringueiras, em Rondônia, o líder camponês, de 49 anos, conhecido como “Paraná”, foi morto com quatro tiros. Ismauro se dirigia ao acampamento Enilson Ribeiro de carro acompanhado de uma mulher, uma criança de oito anos, e sua filha de 16 anos, que também foi atingida pelos disparos. Leia mais aqui.
Joacir Fran Alves da Mota, trabalhador sem terra – 4.mar.2018
Morador do assentamento no latifúndio Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no Pará, Mota, de 38 anos, foi assassinado a tiros por pistoleiros que atuavam para expulsar os trabalhadores do local. Na mesma fazenda, em maio de 2017, outros 10 trabalhadores foram mortos em uma operação policial, caso conhecido como “chacina de Pau D’Arco”. Leia mais aqui.
Jorginho Guajajara, cacique da Aldeia Cocalinho – 12.ago.2018
Liderança indígena do povo Guajajara, o cacique Jorge, de 56 anos, foi encontrado morto na entrada do município de Arame, no Maranhão. Segundo membros do povoado, existe um toque de recolher na região para os indígenas - quem anda pelas ruas após às 22h pode ser vítima de caçadores a mando de madeireiros que querem desmatar parte dos 413 mil hectares do território indígena. Leia mais aqui.
José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, militantes do MST – 8.dez.2018
Dois trabalhadores rurais, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foram assassinados a tiros no acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra, em João Pessoa, capital da Paraíba. Silva e Celestino jantavam quando um grupo de homens encapuzados invadiu o local e disparou várias vezes contra os trabalhadores. Leia mais aqui.
Juvenil Martins, liderança de ocupação rural – 1.ago.2018
Trabalhador rural e um dos líderes da ocupação Fazenda Pontal, Juvenil Martins, conhecido como “Foguinho”, foi assassinado a tiros na cidade de Santa Maria das Barreiras, no Pará. Dois homens em uma motocicleta abordaram o trabalhador à margem da rodovia 28, no município vizinho de Redenção, e dispararam contra Martins. Leia mais aqui.
Katison de Souza, militante do Movimento dos Pequenos Agricultores – 13.ago.2018
O trabalhador rural Katison de Souza, membro do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), foi encontrado morto em uma estrada no município de Santa Isabel do Pará (PA). Segundo integrantes do MPA, Souza vinha recebendo ameaças de morte por conta de uma ocupação na Fazenda Granja Kitagawa, espaço sem produção onde 27 famílias vivem em comunidade há cinco anos. Leia mais aqui.
Leoci Resplandes de Souza, trabalhador rural – 3.jun.2018
Sobrinho de Valdemir Resplandes, Leoci foi assassinado na frente de casa em Anapu, no Pará, com 23 tiros. A morte do trabalhador de 29 anos aconteceu cinco meses após o assassinato de seu tio, Valdemir, morto a tiros por dois homens em uma motocicleta. Leia mais aqui.
Lucas Lima Batista, trabalhador rural – 08.jul.2018
Trabalhador ocupante do acampamento Jhone Santos, foi assassinado a tiros por pistoleiros no município de Vilhena, em Rondônia. Integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), organização ligada ao acampamento, afirmam que a morte de Batista ocorreu após uma batida policial no local. Leia mais aqui.
Márcio Matos Oliveira, diretor estadual do MST – 24.jan.2018
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Oliveira foi assassinado a tiros na cidade de Iramaia, na Bahia. O trabalhador rural havia sido dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ocupava a diretoria estadual do movimento. Leia mais aqui.
Nazildo dos Santos Brito, líder quilombola – 15.abr.2018
Liderança da Comunidade de Remanescentes de Quilombo Turê III, na divisa dos municípios de Tomé-Açu e Acará, no Pará, o corpo de Brito foi encontrado com marcas de tiros nas costelas e na cabeça. O ativista havia participado da ocupação da empresa Biopalma em 2015 que, em conjunto com lideranças indígenas Tembé, denunciou o desmatamento ilegal e a poluição dos mananciais da região. Leia mais aqui.
Eduardo Pereira dos Santos, sindicalista e liderança quilombola – 21.jun.2018
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jesus da Lapa (STR), na Bahia, Santos está desaparecido desde o dia 21 de junho. Engajado na defesa de sua comunidade, o Quilombo de Rio das Rãs, o trabalhador rural de 64 anos é ativista em defesa dos direitos à terra desde os anos 1970. Leia mais aqui.
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