Lula: é preciso colocar dinheiro novo. Não podemos permitir que eles gastem todas as reservas
Em debate sobre o papel do PT no combate à crise do coronavírus, ex-presidente defende que o partido faça “muita campanha de solidariedade e ajude o povo da periferia” e aponta soluções econômicas para que sejam adotadas pelo governo
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou soluções econômicas para que sejam adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro no combate à crise do coronavírus. Para ele, “é preciso colocar dinheiro novo” no mercado e não se pode gastar todas as reservas internacionais acumuladas durante os governos do PT. Apenas em março, a equipe econômica queimou US$ 20 bilhões dessas reservas.
“É preciso colocar dinheiro novo. Não podemos permitir que eles gastem todas nossas reservas internacionais. Quando cheguei na Presidência, o Brasil não tinha dinheiro pra pagar suas importações. Fizemos um colchão que deu credibilidade ao país e agora eles querem queimar isso”, disse Lula, durante debate sobre o papel do PT no combate à pandemia.
“Eu não vejo outra saída para o Brasil se o governo não tomar a decisão de produzir dinheiro novo e alargar sua base monetária. Eles podem investir esse dinheiro em obras públicas, na reconversão industrial e em pequenas e médias empresas, para que não mandem gente embora”, disse ainda o ex-presidente.
“É preciso também cobrar a dívida das grandes empresas. Vocês tão vendo que o Louro José da Havan já vai pegar a lei do Bolsonaro pra mandar o povo embora e pagar só 30% do salário?! Eu queria saber quanto esse cara deve pra Receita…”, continuou Lula.
Ele também defendeu que “o PT precisa fazer muita campanha de solidariedade e ajudar o povo da periferia” e fez uma defesa enfática do Sistema Único de Saúde para combater a crise. “É preciso reconhecer que se não fosse o SUS, não teríamos nem metade dos leitos que temos hoje. Pra quem não sabe o SUS é responsável por 63% dos leitos no Brasil”.
Participaram do debate, além de Lula, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e os líderes do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PR), e no Senado, Rogério Correia (SE).
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