segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Brasileiros resgatados em Wuhan dizem que era melhor ter ficado na China

 

Brasileiros resgatados em Wuhan dizem que era melhor ter ficado na China

Colaboradores Yahoo Notícias

Um ano após terem sido resgatados de Wuhan, primeiro epicentro do novo coronavírus, brasileiros admitem que era melhor ter ficado na China em vez de voltar ao país natal, o segundo em todo o mundo com mais mortos por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Todos falam que, se soubéssemos como [o Brasil] estaria hoje, não teríamos voltado para cá”, disse Adrielly Eger, modelo catarinense que foi trazida de Wuhan para o Brasil, em entrevista ao jornal Extra.

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Em 9 de fevereiro do ano passado, aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) aterrissaram em Goiás com 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China. Naquele momento, a cidade era o epicentro do coronavírus, enquanto o Brasil ainda não tinha nenhum caso confirmado de Covid-19.

Atualmente, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de Covid-19, atrás de Estados Unidos e Índia, e se aproxima de 10 milhões de casos. Já a China tem pouco mais de 100 mil casos, o que a coloca na posição 82 no mundo. Os números são da Universidade John Hopkins.

“Eles [chineses] tiveram coerência. Quando foi preciso, fecharam tudo, foram radicais. Aqui [no Brasil] foi um caos total. Não havia conversa entre estados, municípios, governo. O presidente queria abrir, o resto queria fechar. Por isso a crise está se estendendo tanto tempo”, afirmou o analisa mineiro Vitor Campos, também resgatado de Wuhan.

O paulistano Kenyiti Shindo, que ficou em Wuhan, disse à BBC News Brasil que a situação na cidade chinesa “está praticamente normal”: “Usamos máscara quando entramos em locais fechados, como bares, restaurantes ou shopping centers. Claro que existe uma preocupação de que o vírus volte, mas tudo já funciona como antes”.

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