segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

PT apresenta projetos para anular medidas armamentistas de Bolsonaro

MAIS VACINAS, MENOS ARMAS

PT apresenta projetos para anular medidas armamentistas de Bolsonaro

Governo editou quatro decretos para aumentar a quantidade de armas em circulação no país

Reprodução
Segundo o partido, governo incentiva a formação de “verdadeiros exércitos privados” para apoiar Bolsonaro

São Paulo – Às véspera do carnaval, o governo de Jair Bolsonaro editou quatro decretos para aumentar a quantidade de armas em circulação no país. Enquanto isso, o número de casos de covid-19 chegou a 23.856 em 24 horas e 9.858.369 desde o início da pandemia. O número de mortos é de 239.773. Em resposta a mais uma iniciativa armamentista do Palácio do Planalto, a bancada do PT no Senado apresentou o mesmo número de projetos de decretos legislativos para anular os textos presidenciais. “Os decretos do presidente representam verdadeiro e injustificado retrocesso no enfrentamento da violência no país”, diz o líder do PT, senador Paulo Rocha (PA).

O partido argumenta que, “independentemente das convicções pessoais do presidente da República ou de qualquer pessoa, vivemos em um Estado democrático de direito, onde vigora o império da lei”. A legenda alega também que a medida de Bolsonaro viola o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.836/2003).

Exércitos privados

O PT se diz preocupado com o fato de que o governo incentiva a formação de “verdadeiros exércitos privados” para dar apoio a Bolsonaro, ameaçando a democracia e as liberdades, segundo o senador Humberto Costa (PT-PE). Para ele, “o povo brasileiro quer vacina, trabalho, liberdade e justiça social”.

Umas das prioridades enviadas pelo governo ao Congresso na semana passada autoriza o porte de armas a todos os guardas municipais do país. Hoje, essa prerrogativa é restrita agentes de capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes.

Em 2019, a Câmara aprovou um substitutivo ao projeto de lei 3.723/2019, do Executivo, que flexibilizou regras para a compra e a posse de armas por caçadores, atiradores esportivos e colecionadores. A matéria está em tramitação no Senado.

Segundo pesquisas realizadas pelo Ibope em junho de 2019 e pelo Datafolha, em maio de 2020, mais de 70% da população é contrária ao aumento de armamento no Brasil, argumenta o PT. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário