Necropolítica está viva no Brasil, diz revista científica sobre Bolsonaro
A necropolítica está viva no Brasil. Esta definição do governo Bolsonaro conclui um artigo assinado por seis pesquisadores e publicado pela revista The Lancet, a mais importante publicação científica do mundo.
Com duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o texto afirma que o Brasil vive uma crise não apenas econômica, “mas também política e ética”, e que o país “tem se destacado por suas desastrosas ações governamentais na batalha contra a Covid-19”.
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Entre os problemas do Brasil na administração da pandemia apontados pela revista, estão a ausência de um plano nacional de vacinação, falhas graves de logística e o forte negacionismo científico no alto escalão do governo.
“Necropolítica”, termo criado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe, é a junção de duas palavras: “necro”, que significa morte, e política. Em síntese, é quando o Estado decide quem deve viver ou morrer.
Segundo os cientistas, Bolsonaro naturalizou no seu “É daí?”, quando questionado sobre o aumento de vitimas da doença, a incompetência tanto para socorrer a economia quanto para fazer face à crise sanitária.
“Com mais de 227.500 vidas perdidas pela Covid-19, até 4 de fevereiro de 2021, podemos dizer que a necropolítica está, ironicamente, viva no Brasil”, finalizam os cientistas.
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