No pior dia da pandemia no Brasil, com 1726 mortes, Bolsonaro promove almoço alegre e descontraído
No dia em que o Brasil registrou um número recorde de mortes (1.726) por Covid-19, Jair Bolsonaro promoveu almoço em que, bem descontraído e alegre, encarou com indiferença a tragédia humanitária no país
247 - Jair Bolsonaro promoveu um encontro informal com poíticos nesta terça-feira (2), mesmo dia em que o Brasil registrou número recorde de mortes (1726) por Covid-19. Ele promoveu um almoço no Palácio do Planalto, em que se mostrou alegre e descontraído.
Enquanto isso, governadores e prefeitos se reuniam para tratar da pandemia e discutir medida para enfrentar a situação emergencial de crise humanitária.
A informação de que Bolsonaro estava "alegre" e "bem descontraído" foi dada ao Painel da Folha de S.Paulo pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que foi convidado a preparar um leitão para almoço temático “informal” no Palácio do Planalto. Ramalho diz que não houve medidas concretas deliberadas no encontro no Palácio do Planalto, mas que o presidente falou que há muitas vacinas para chegar
Com a pandemia escalando para o seu pior momento no país, o grupo de governadores, que não se encontra com Bolsonaro há 286 dias, fez reunião com Arthur Lira (PP-AL) —oito deles presencialmente, em Brasília, e 14 à distância.
Em São Paulo, João Doria (PSDB-SP) fez encontro com 618 prefeitos ou seus representantes para discutir novas medidas de controle.
Nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou pela manhã uma nota do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal contra os lockdowns para conter a pandemia e à tarde tratou do episódio em que foi flagrado pescando em área de proteção ambiental, em 2012.
O Brasil registrou 1.726 mortes nesta terça-feira (2), maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora. Em Porto Alegre (RS), o hospital Moinhos de Vento alugou contêineres para acomodar os corpos de vítimas da Covid-19.
Secretários de Saúde divulgaram carta pedindo toque de recolher nacional das 20h às 6h. Lira e governadores citaram R$ 14,5 bilhões a mais para combate à Covid-19 no Orçamento 2021.
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