A Cúpula dos Líderes sobre as Mudanças Climáticas, organizada pelo presidente norte-americano Joe Biden, contou com atualizações chave de metas de redução de carbono de países como Alemanha, Japão e Reino Unido, além dos Estados Unidos, o segundo maior poluidor do mundo. A China, em contrapartida, manteve os compromissos de buscar a neutralidade climática até 2060 e não atualizou os números para 2030, mas afirmou que o país, o mais poluidor do mundo, reduzirá o uso de carvão na geração de energia. O encontro, que serviu como uma mesa de discussões prévia à COP 26, a ser realizada em novembro na cidade de Glasgow, Escócia, também contou com a presença do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Tanto o presidente como seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que chegaram ao evento já desmoralizados pelos recordes de desmatamento na Amazônia, buscaram mudar a postura. No discurso, Bolsonaro retomou a meta estabelecida por Dilma Rousseff em 2015 de atingir a neutralidade de carbono em 2050. Aventou, também, que o governo trabalhará pelo desmatamento zero na Amazônia até 2030 - mas não mostrou, até agora, como fazê-lo. A aposta está no 1 bilhão de dólares dos EUA, cifra que foi levantada como condição, por Salles, para reduzir os índices atuais em 40% ainda este ano. Para a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o Brasil não está na posição de “chantagear” nenhum país no momento. "Nós desejamos ter recursos, mas nós temos quase 3 bilhões de reais parados no Fundo Amazônia porque o governo não quer usar para ações que contribuem para reduzir o desmatamento, para demarcar terras indígenas, para viabilizar apoio a atividades sustentáveis.”, afirmou em entrevista a CartaCapital.
Após o evento, em coletiva de imprensa, Salles insistia na ajuda internacional, como se lê abaixo. |
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