domingo, 25 de abril de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Rússia e China denunciam o Brasil.

Rússia e China levantaram preocupações distintas sobre produtos importados do Brasil apontando excesso de agrotóxicos e a presença do novo coronavírus.

Conforme publicou o jornal Valor Econômico no domingo (18), as embaixadas do Brasil na China e na Rússia informaram ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro que foram detectados problemas em alimentos exportados para russos e chineses, que apontam “falta de controle” em relação aos produtos vindos do Brasil.

As informações apontam que Moscou teria alertado para o excesso de agrotóxicos em mais de 300 mil toneladas de soja importada do Brasil ao longo de 2020. Já o lado chinês, afirma ter detectado o novo coronavírus em embalagens de carne e pescado brasileiros em pelo menos seis oportunidades distintas.

Para a economista Anapaula Iacovino, especialista em agronegócio e professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), as reclamações devem ser levadas a sério pelo governo brasileiro, levando em conta a importância dos dois países e o impacto internacional das denúncias.

“Toda e qualquer reclamação de nações importantes, ou mesmo que não sejam tão importantes quanto Rússia e China, devem ser levadas em consideração, ainda mais no segmento de exportações de alimentos do Brasil, que é um dos principais do mundo”, afirma a professora em entrevista à Sputnik Brasil.

No caso da soja brasileira com glifosato, detectado pela Rússia, há um imbróglio específico, uma vez que o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, (Rosselkhoznadzor), ao contrário do Brasil, tem níveis de tolerância mais restritos para a substância, considerada perigosa para seres humanos.

Apesar disso, a professora Anapaula Iacovino lembra que nas relações internacionais é possível que alguns pontos sejam levantados com o objetivo de chamar atenção para outras questões entre os países.

E ela explica que o glifosato é um herbicida que só pode ser aplicado sobre culturas transgênicas de soja, uma vez que pode matar o tipo comum do grão, e multiplica a produtividade desse tipo de cultura.

“Essa soja transgênica é bastante resistente, ela aguenta, ela sobrevive à aplicação desse veneno. Então, o glifosato acaba aumentando muito a produtividade da soja porque é uma forma eficaz de controle do surgimento de pragas e ervas daninhas. Então, com isso a produtividade da cultura aumenta bastante”, aponta, lembrando que há alguns anos são apontados questionamentos sobre possíveis malefícios que o herbicida causa à saúde humana.

A especialista recorda que o glifosato, fabricado e vendido pela empresa Monsanto, que pertence à Bayer, já foi relacionado à morte de trabalhadores rurais nos Estados Unidos, em 2018. No ano seguinte a Anvisa renovou a autorização do uso da substância no Brasil, após revisar o quadro.

Nossa “elite” já busca um substituto? Há sérios rumores sobre isso percorrendo a Europa. O tsunami que provocou o retorno de Lula ao centro da cena política, somado à tragédia pandêmica que cada vez mais veste o ex-capitão, colocaram a elite brasileira em alerta.

Os donos das riquezas no Brasil começam a se incomodar sabendo que, para 2022, teremos uma “reprise” de um filme que já viram e não querem repetir. Não porque se arrependam de seu antipetismo. Eles se juntam ao medo de imaginar Lula como presidente.

Eles foram a perna liberal da nova direita. Nesse contexto, buscam desesperadamente uma “terceira via”, alternativa que os isenta de voltar a votar no insano. Evite cair no que eles chamam de armadilha da polarização, dos “extremos”.

O sonho da elite brasileira é encontrar um “Biden brasileiro” que unifique o campo político “polarizado”. Essa ideia é muito mais imaginária do que real: teria que ter apoio sindical, um partido forte e, acima de tudo, votos. É o Lula quem tem esses 3 requisitos. O novo Biden brasileiro imaginado não existe.

O movimento da terceira via inclui várias frentes. “O governo precisa mudar de rumo e agir ...”, dizia o pedido assinado por mais de 1700 economistas e banqueiros há 3 semanas. Era um sinal de que algo estava começando a rachar naquele campo. Do lado puramente político, em 31 de março, aniversário do golpe militar de 1964, seis candidatos à presidência assinaram um manifesto em favor da democracia: Ciro Gomes (PDT, centro-esquerda, que era ministro de Itamar Franco e Lula); João Doria (PSDB, direita liberal, governador do Estado de São Paulo, aliado na reta final da campanha do Bolsonaro em 2018 - as camisetas da Bolsa-Doria eram famosas - hoje inimiga do presidente); Eduardo Leite (PSDB, Governador do Rio Grande do Sul); Luiz Henrique Mandetta (DEM, conservador direito, ex-ministro da Saúde do Bolsonaro, que saiu com boa imagem por conta de suas divergências com o presidente); Luciano Huck (sem festa, apresentador de TV famoso, uma espécie de Tinelli brasileiro, que ameaçou apresentar sua candidatura em 2018 e que acabou não participando do jogo, que hoje flerta novamente com a ideia) e João Amoedo (Partido Novo, de direita ultraliberal, foi candidato a presidente em 2018).

Mas... se há algo que une a direita liberal brasileira é a idolatria para o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em 2018, o insano o definiu como seu “posto Ipiranga”, referência a uma famosa propaganda local que brincava com a ideia de quem “resolve tudo”. Guedes é a expressão mais completa do capitalismo sem alma: estudou com Milton Friedman, trabalhou com seus colegas ultraliberais no Chile de Pinochet, propôs a conhecida receita ortodoxa: menos Estado, teto de gastos, privatizar. Em fevereiro de 2020 ela disse que “quando o troco era de 1 dólar = 1,80 real, as empregadas foram para a Disney, uma festa maluca…”. Em abril de 2020, ele descobriu que havia “40 milhões de invisíveis”, como ele chamou os brasileiros que não estavam em registros públicos. Na semana passada ele previu, em uma das muitas palestras que dá para bancos privados, seu público favorito: “em 4 meses teremos imunidade coletiva”. Este alinhamento do “PBI” com Guedes é uma metáfora clara para as suas limitações intelectuais, para a mediocridade que está submersa. Essa idolatria é puramente imaginária, Guedes entregou quase nada do que foi prometido. Apesar disso, tudo vale a pena continuar tendo um fiador dos seus interesses.

Genocida, canalha e mentiroso! Ao sancionar o Orçamento de 2021, na sexta-feira (23), o demente Pinóquio cortou recursos para o meio ambiente relacionados a mudanças do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação.

Na sanção, o presidente cortou quase R$ 240 milhões do Ministério do Meio Ambiente, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo.

Mas, na quinta-feira (22), durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, Bolsonaro garantiu ter determinado a duplicação dos recursos destinados a ações de fiscalização ambiental no Brasil.

Segundo o jornal, com base em informações de interlocutores do presidente, a estimativa era de um aumento de, aproximadamente, R$ 115 milhões para a fiscalização ambiental.

Além de não aparecer no orçamento, o incremento prometido no encontro internacional dependeria de corte em outras áreas. Isso porque a previsão orçamentária está no limite permitido pelo teto de gastos, regra fiscal que impede investimentos acima da inflação.

E se a CPI andar? O maluco que habita o Planalto tentou de tudo para impedir a implantação da CPI da Covid. Ameaçou, tentou comprar parlamentares e todo o seu arsenal de maldades. Mas, pelo que parece, a CPI vai acontecer e muita coisa pode acontecer.

Na verdade, foi instalada na quinta-feira (22), mas ainda está na fase de “negociação” sobre a presidência e a relatoria, além dos seus membros.

Mas, pelas informações que recebemos, se o trabalho for sério pode trazer à luz muitas das nossas interrogações. Basta olhar a lista de membros e ex-membros do governo que pretende convidar para depor: ministro da Economia - Paulo Guedes; ministro da Saúde - Marcelo Queiroga; ex-ministro da Saúde - Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello; ex-ministro das Relações Exteriores - Ernesto Araújo; secretários e ex-secretários - Flávio Rocha (Assuntos Estratégicos), Fábio Wajngarten (Comunicação), Otávio Brandelli (secretário-geral do Itamaraty), Edson Pujol (ex-comandante do Exército), Bruno Funchal (secretário do Tesouro Nacional) e Nilza Emy (Secretaria Nacional do Cadastro Único do Ministério da Cidadania); ex-secretários do Ministério da Saúde - Antonio Elcio Franco, Mayra Pinheiro e Airton Cascavel.

Se andar, como dizemos na gíria, pode “dar caldo”!

Polícia que não funciona... Para que servirá uma polícia que não funciona? Apenas para garantir a “ordem dos poderosos”?

Apenas 1,7% das operações policiais realizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro entre 2007 e 2020 pode ser considerada eficiente em relação a suas motivações e consequências, enquanto 12,5% podem ser classificadas como desastrosas, de acordo com novo levantamento produzido pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ao analisar 11.323 operações feitas pelas forças de segurança, os pesquisadores observaram os impactos para os envolvidos (número de mortos e feridos, e se houve presos ou não); a razão das ações (mandado de prisão e/ou busca e apreensão, repressão ao tráfico de drogas e armas, disputas entre grupos criminais, fuga ou perseguição, questões patrimoniais, retaliação por morte ou ataque a unidade policial); e se foram efetuadas apreensões (armas, drogas ou recuperação de bens, como cargas e veículos). A maioria (39,9%) foi avaliada como pouco eficiente; 32,4%, como ineficientes; e 13,4%, como razoavelmente eficientes. Assim, viu-se que quase 85% das operações foram pouco eficientes, ineficientes ou desastrosas.

O objetivo do estudo é servir de subsídio à elaboração de um plano de redução da letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, previsto como resultado da audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo os autores, os dados indicam que boa parte das operações policiais ocorridas no período examinado não foram provenientes de procedimentos judiciais, mas sim da discricionariedade policial, e terminaram mais frequentemente com mortos e feridos do que com prisões e apreensões. Dessa forma, tem-se um sinal claro de uso abusivo da força por autoridades políticas e policiais, além do retrato de uma estrutura que associa despreparo, impunidade, corrupção e violência. O efeito disso é a manutenção de altas taxas de letalidade provocada por agentes de segurança.

O Geni/UFF coletou, em veículos de imprensa, informações sobre operações policiais ocorridas entre 2007 e 2020 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com atenção a órgãos e unidades que executaram as ações, razão das incursões e impactos delas. Foram estabelecidas três categorias de avaliação, com subdivisões: envolvidos (presos, feridos e mortos), apreensões (armas, drogas e recuperação de bens) e motivações (mandado de busca e apreensão, repressão ao tráfico, disputa de grupos criminais, fuga/perseguição, operações patrimoniais, retaliação por morte/ataque, outros e sem informação). Para cada critério, definiu-se uma pontuação, atribuída às situações analisadas.  As operações policiais com melhor avaliação tiveram nenhum morto ou ferido, prisões e apreensões (sobretudo armas) como resultado, e motivações associadas a procedimentos judiciais e investigativos (como mandados de prisão ou busca e apreensão) ou ao atendimento de demandas urgentes dos moradores de favelas (como as causadas por disputas entre grupos criminais). Já as operações com menor pontuação foram aquelas com mais mortos e feridos, sem prisões e apreensões, ocasionadas por ações reativas como retaliações e perseguições improvisadas.

No Peru, a esquerda pode ganhar. Depois da surpresa da derrota Andrés Arauz, no Equador, vencido por um ex-banqueiro, temos a oportunidade de mais um governo progressista em Nossa América. No Peru, um candidato que se anuncia marxista está na dianteira das pesquisas para o segundo turno.

O candidato do Perú Libre, Pedro Castillo, representante da esquerda, aparece com quinze pontos percentuais à frente da filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, em pesquisa divulgada na quinta-feira (22) sobre o segundo turno da eleição presidencial no país que acontece em junho.

De acordo com o levantamento da empresa Datum, Castillo obtém 41% das intenções de voto, contra 26% da direitista do partido Força Popular. Vitorioso no primeiro turno, candidato do Perú Libre aparece em primeiro em quatro regiões do país. Já Keiko Fujimori leva apenas em Lima, capital peruana, com 34% dos votos.

Castillo também aparece à frente entre homens (43% x 37%) e mulheres (37% x 24%) e perde para Keiko na categoria socioeconômica AB, com 44% x 22%. Entre os resultados da amostra, destaca-se que 16% dos pesquisados ​​indicaram que votarão em branco ou nulo.

Keiko Fujimori tem mais suporte nos níveis socioeconômicos A, B e C. Enquanto isso, os setores menos favorecidos D e E votariam em Pedro Castillo.

O perigo de ser sindicalista em Honduras. A Rede Contra a Violência Sindical apresentou seu quinto relatório de 2020 “Nossos direitos não estão em quarentena”. Apesar do contexto de confinamento e restrição de certos direitos constitucionais devido à pandemia Covid-19, os trabalhadores hondurenhos continuam sofrendo cada vez mais violência antissindical.

Durante 2020, a Rede contra a Violência Sindical registrou 16 casos de ataques contra sindicalistas, caracterizados principalmente como atos de perseguição, campanhas de ódio e estigmatização e ataques contra a liberdade de expressão.

Também registrou o assassinato de Oscar Turcios Funes, membro do Sitraunah (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Nacional Autônoma de Honduras), um caso de extorsão e a demissão antissindical de Carlos Castillo, de Sitrasoacon (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa “Southern Apparel Contractors”).

55 por cento das vítimas eram homens e 45 por cento mulheres. A cada ano, aumenta o número de mulheres vítimas de violência antissindical (em 2015 elas representavam menos de 30% do total de casos).

Diante desta situação, a Rede contra a Violência Antissindical propõe a ratificação por Honduras da Convenção 190 da OIT sobre violência e assédio no trabalho. Na última década, 37 sindicalistas foram assassinados em Honduras, a maioria durante a resistência ao golpe de 2009.

Os setores mais afetados continuam sendo os do agronegócio e da indústria maquila, enquanto os principais perpetradores são funcionários públicos (polícia militar), empresas privadas (agronegócio e maquila) e desconhecidos.

Festagro (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Agroindustriais), Stas (Sindicato dos Trabalhadores Agroindustriais e Similares) e Sitrajasper (Sindicato dos Trabalhadores da Jasper Maquila) foram os principais alvos dos ataques. A transnacional Fyffes / Sumitomo, dona de plantações de melão no sul de Honduras, foi a principal responsável pelos atos de violência antissindical.

Também é importante lembrar que esses dados se referem apenas a atos de violência detectados e denunciados pela Rede Contra a Violência Sindical. É muito provável que haja uma subnotificação significativa de casos.

Vão brincar com fogo? Depois que coloquei o título lembrei da minha avó: “criança que brinca com fogo faz xixi na cama”!

A China conduziu um exercício de bombardeio aéreo em grande escala durante o final de semana passado, em meio a crescentes tensões com Taiwan.

Segundo informa o South China Morning Post, o exercício militar teria sido uma resposta ao comunicado conjunto dos EUA e Japão sobre suas posições relativamente a Taiwan – favoráveis à “paz e estabilidade ao longo do estreito de Taiwan” – áreas que, por sua vez, são vistas por Pequim como parte de seu território. Acredita-se que o exercício tenha ocorrido na província chinesa de Qinghai.

O Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, responsável por vigiar o Estreito de Taiwan, acionou dezenas de bombardeiros estratégicos H-6K em exercícios de fogo real por nove horas seguidas, segundo a televisão estatal chinesa, referida na matéria.

Nesses exercícios, os H-6K, que têm uma capacidade máxima de carga de 15 toneladas, também praticaram contramedidas eletrônicas com unidades de mísseis de defesa aérea. Chegando ao local pré-definido no espaço aéreo, libertaram várias bombas de queda livre a partir de diferentes altitudes. Após regressarem à base, as aeronaves voltaram a repetir o exercício durante a noite.

Uma fonte anônima relatou ao South China Morning Post que “o ELP ainda não pretende provocar indevidamente Taiwan, pois os métodos pacíficos ainda são a melhor maneira de resolver o problema de Taiwan”.

Os EUA e aliados na região têm se mostrado ativos em tentar resolver o assunto, demonstrando seu apoio a Taiwan, algo que a China entende como total desrespeito aos seus assuntos internos. Taipé, contudo, pretende tirar partido de sua amizade com Washington, tendo recentemente pedido a obtenção de poderosos mísseis americanos, de modo a estar pronta para se defender da China, se for necessário, bem como ajudar os EUA e seus aliados no Pacífico na contenção chinesa.

“Democracia não é Coca-Cola”. A China deu uma lição aos EUA que, além de tudo, tem muito bom humor! Se Biden tem um pouco de vergonha vai passar uns dias pensando no assunto.

O Chanceler da China disse na sexta-feira (23), durante videoconferência com representantes do Conselho de Relações Exteriores dos EUA que as regras estabelecidas pelos países ocidentais não podem ser normas para todo o mundo.

“Nos Estados Unidos, alguns falam repetidamente sobre o reforço da ‘ordem internacional baseada em regras’. A questão é: que regras são essas? E quem as estabeleceu?”, questionou Wang Yi, o ministro chinês.

"Se isso significa as regras feitas apenas pelos países ocidentais, então elas são feitas por apenas 12% da população mundial, e não devem ser as regras comuns para todos. A visão da China é clara – devemos defender o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e a ordem internacional apoiada pelo direito internacional. Isto representa a aspiração comum de todos os países e o verdadeiro multilateralismo na prática”, defendeu Wang Yi.

Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia da China indicou que, ultimamente, algumas pessoas tendem a descrever as relações entre Pequim e Washington como uma “confrontação entre democracia e autoritarismo”.

“Mas a democracia não é Coca-Cola, a qual, com o xarope produzido pelos EUA, tem o mesmo sabor em todo o mundo. O mundo ficará sem vida e sem graça se houver apenas um único modelo e uma única civilização”, afirmou o ministro chinês.

Uma contradição para ser resolvida com urgência. Muitos cientistas e sociólogos estão se debruçando sobre uma questão muito séria: pelas pesquisas mais recentes, sabemos que o número de famintos poderá chegar a 270 milhões de indivíduos em pouco tempo. Temos como certo que 10% da população mundial está desnutrida. Mas não adianta muito algumas ONGs se debruçarem sobre o tema pois a questão é mais grave ainda. A humanidade não tem água potável para toda essa gente!

É assim que o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, não tem dúvidas de que, por mais que uma criança desnutrida coma, ela não se recuperará se a água disponível para beber for prejudicial à saúde.

Segundo o último relatório daquele órgão sobre o acesso à água no mundo, um em cada cinco menores carece desse recurso vital em quantidade suficiente para atender às suas necessidades diárias, situação particularmente perigosa em crianças menores de três anos.

Ele acrescenta que a desnutrição está na origem da metade das mortes de crianças menores de cinco anos no mundo, onde todos os dias morrem oito mil crianças por essa causa, entendida como uma combinação de falta de alimentos e doenças infecciosas.

Apesar do grande progresso na luta contra a fome e a mortalidade infantil, 59 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda devido à grave escassez de alimentos e 155 milhões sofrem de desnutrição crônica com problemas de retardo de crescimento, diz a UNICEF.

Segundo o próprio organismo, 340 milhões de bebês sofrem da chamada fome oculta, com deficiências de vitaminas e nutrientes essenciais que afetam o desenvolvimento normal.

Esses números têm a ver com outros números devastadores: 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, uma condição fundamental para entender a desnutrição no mundo.

Tanto é verdade que as áreas do planeta mais afetadas por esta tragédia são aquelas com maior vulnerabilidade hídrica, uma seca capaz de impedir o desenvolvimento da produção de alimentos suficientes para a população, e com falta de água potável para beber e manter a higiene. adequado.

“66 por cento das crianças atendidas em nossos centros sofrem de doenças de veiculação hídrica, que causam deterioração do sistema imunológico, problemas de crescimento e desenvolvimento”, disse o especialista em Água, Saneamento e Higiene do Unicef, Koenraad Vancraeynest.

Isso mostra que o trinômio água-alimento-saúde estará cada vez mais vinculado em um planeta de futuro incerto, onde a cooperação entre governos, entidades, empresas e a população é fundamental para que esta dramática situação não avance e se concretize em um futuro próximo. a condição de fome zero.

O país que quer impor “sua democracia” ao mundo? A morte de Daunte Wright diminui o orçamento da polícia. Quantos negros precisam ser mortos pela polícia para que os políticos percebam que reformas caras não funcionam?

Três semanas após o julgamento de Derek Chauvin em Minneapolis pelo assassinato de George Floyd, um policial branco no subúrbio de Center, no Brooklyn, matou um jovem negro chamado Daunte Wright e ilustrou em termos trágicos como a polícia continua a se envolver em uma guerra racista contra América negra, apesar de escrutínio nacional. A agente Kimberly Potter, uma veterana de 26 anos em seu departamento, supostamente confundiu sua pistola com sua arma de choque e disparou um único tiro, matando o jovem de 20 anos enquanto ele lutava em seu carro à vista de sua namorada, que havia dirigido off. passageiro.

O medo que os negros têm da polícia se baseia em um preconceito policial demonstrável. O Stanford Open Policing Project estudou quase 100 milhões de paradas policiais e descobriu que “os policiais tendem a parar os motoristas negros em uma taxa maior do que os brancos” e que “os motoristas negros e hispânicos são revistados com mais frequência do que os brancos”. Além disso, “a polícia exige menos suspeita para revistar motoristas negros e hispânicos do que brancos”, o que os investigadores concluíram “é uma evidência de discriminação”.

De acordo com a mãe de Wright, ele foi parado em parte porque havia um purificador de ar pendurado no espelho retrovisor, outra desculpa ridícula para adicionar à lista de razões notavelmente mundanas para invocar a suspeita da polícia.

Tiroteio em um bar de Kenosha: três mortos. Nenhuma prisão foi feita e os investigadores disseram que pode ter havido mais de um atirador.

Pelo menos três pessoas morreram e outras duas ficaram gravemente feridas depois que um atirador abriu fogo em um bar movimentado do condado de Kenosha na manhã de domingo, informaram as autoridades estaduais de Wisconsin.

As autoridades locais foram para “The Somers House Tavern” na Sheridan Road em Kenosha na madrugada de domingo, depois de receber vários telefonemas pedindo ajuda. Aparentemente, houve uma caça ao homem por um suspeito, mas não funcionou.

A violência por ataques armados nos EUA vem crescendo a cada dia, incluindo um incidente dessa natureza em um depósito da FedEx em Indianápolis na semana passada que deixou oito pessoas mortas.

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