Rússia e China denunciam o Brasil.
Rússia e China levantaram preocupações distintas sobre
produtos importados do Brasil apontando excesso de agrotóxicos e a presença do
novo coronavírus.
Conforme publicou o jornal Valor Econômico no domingo
(18), as embaixadas do Brasil na China e na Rússia informaram ao Ministério das
Relações Exteriores brasileiro que foram detectados problemas em alimentos
exportados para russos e chineses, que apontam “falta de controle” em relação
aos produtos vindos do Brasil.
As informações apontam que Moscou teria alertado para o
excesso de agrotóxicos em mais de 300 mil toneladas de soja importada do Brasil
ao longo de 2020. Já o lado chinês, afirma ter detectado o novo coronavírus em
embalagens de carne e pescado brasileiros em pelo menos seis oportunidades
distintas.
Para a economista Anapaula Iacovino, especialista em
agronegócio e professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), as
reclamações devem ser levadas a sério pelo governo brasileiro, levando em conta
a importância dos dois países e o impacto internacional das denúncias.
“Toda e qualquer reclamação de nações importantes, ou
mesmo que não sejam tão importantes quanto Rússia e China, devem ser levadas em
consideração, ainda mais no segmento de exportações de alimentos do Brasil, que
é um dos principais do mundo”, afirma a professora em entrevista à Sputnik
Brasil.
No caso da soja brasileira com glifosato, detectado
pela Rússia, há um imbróglio específico, uma vez que o Serviço Federal de
Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, (Rosselkhoznadzor), ao
contrário do Brasil, tem níveis de tolerância mais restritos para a substância,
considerada perigosa para seres humanos.
Apesar disso, a professora Anapaula Iacovino lembra que
nas relações internacionais é possível que alguns pontos sejam levantados com o
objetivo de chamar atenção para outras questões entre os países.
E ela explica que o glifosato é um herbicida que só
pode ser aplicado sobre culturas transgênicas de soja, uma vez que pode matar o
tipo comum do grão, e multiplica a produtividade desse tipo de cultura.
“Essa soja transgênica é bastante resistente, ela
aguenta, ela sobrevive à aplicação desse veneno. Então, o glifosato acaba
aumentando muito a produtividade da soja porque é uma forma eficaz de controle
do surgimento de pragas e ervas daninhas. Então, com isso a produtividade da
cultura aumenta bastante”, aponta, lembrando que há alguns anos são apontados
questionamentos sobre possíveis malefícios que o herbicida causa à saúde
humana.
A especialista recorda que o glifosato, fabricado e
vendido pela empresa Monsanto, que pertence à Bayer, já foi relacionado à morte
de trabalhadores rurais nos Estados Unidos, em 2018. No ano seguinte a Anvisa
renovou a autorização do uso da substância no Brasil, após revisar o quadro.
Nossa “elite” já busca um substituto? Há sérios rumores sobre isso percorrendo a Europa. O
tsunami que provocou o retorno de Lula ao centro da cena política, somado à
tragédia pandêmica que cada vez mais veste o ex-capitão, colocaram a elite
brasileira em alerta.
Os donos das riquezas no Brasil começam a se incomodar
sabendo que, para 2022, teremos uma “reprise” de um filme que já viram e não
querem repetir. Não porque se arrependam de seu antipetismo. Eles se juntam ao
medo de imaginar Lula como presidente.
Eles foram a perna liberal da nova direita. Nesse
contexto, buscam desesperadamente uma “terceira via”, alternativa que os isenta
de voltar a votar no insano. Evite cair no que eles chamam de armadilha da
polarização, dos “extremos”.
O sonho da elite brasileira é encontrar um “Biden
brasileiro” que unifique o campo político “polarizado”. Essa ideia é muito mais
imaginária do que real: teria que ter apoio sindical, um partido forte e, acima
de tudo, votos. É o Lula quem tem esses 3 requisitos. O novo Biden brasileiro
imaginado não existe.
O movimento da terceira via inclui várias frentes. “O
governo precisa mudar de rumo e agir ...”, dizia o pedido assinado por mais de
1700 economistas e banqueiros há 3 semanas. Era um sinal de que algo estava
começando a rachar naquele campo. Do lado puramente político, em 31 de março,
aniversário do golpe militar de 1964, seis candidatos à presidência assinaram
um manifesto em favor da democracia: Ciro Gomes (PDT, centro-esquerda, que era
ministro de Itamar Franco e Lula); João Doria (PSDB, direita liberal,
governador do Estado de São Paulo, aliado na reta final da campanha do
Bolsonaro em 2018 - as camisetas da Bolsa-Doria eram famosas - hoje inimiga do
presidente); Eduardo Leite (PSDB, Governador do Rio Grande do Sul); Luiz Henrique
Mandetta (DEM, conservador direito, ex-ministro da Saúde do Bolsonaro, que saiu
com boa imagem por conta de suas divergências com o presidente); Luciano Huck
(sem festa, apresentador de TV famoso, uma espécie de Tinelli brasileiro, que
ameaçou apresentar sua candidatura em 2018 e que acabou não participando do
jogo, que hoje flerta novamente com a ideia) e João Amoedo (Partido Novo, de
direita ultraliberal, foi candidato a presidente em 2018).
Mas... se há algo que une a direita liberal brasileira
é a idolatria para o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em 2018, o insano o
definiu como seu “posto Ipiranga”, referência a uma famosa propaganda local que
brincava com a ideia de quem “resolve tudo”. Guedes é a expressão mais completa
do capitalismo sem alma: estudou com Milton Friedman, trabalhou com seus
colegas ultraliberais no Chile de Pinochet, propôs a conhecida receita
ortodoxa: menos Estado, teto de gastos, privatizar. Em fevereiro de 2020 ela
disse que “quando o troco era de 1 dólar = 1,80 real, as empregadas foram para
a Disney, uma festa maluca…”. Em abril de 2020, ele descobriu que havia “40
milhões de invisíveis”, como ele chamou os brasileiros que não estavam em registros
públicos. Na semana passada ele previu, em uma das muitas palestras que dá para
bancos privados, seu público favorito: “em 4 meses teremos imunidade coletiva”.
Este alinhamento do “PBI” com Guedes é uma metáfora clara para as suas
limitações intelectuais, para a mediocridade que está submersa. Essa idolatria
é puramente imaginária, Guedes entregou quase nada do que foi prometido. Apesar
disso, tudo vale a pena continuar tendo um fiador dos seus interesses.
Genocida, canalha e mentiroso! Ao sancionar o Orçamento de 2021, na sexta-feira (23),
o demente Pinóquio cortou recursos para o meio ambiente relacionados a mudanças
do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação.
Na sanção, o presidente cortou quase R$ 240 milhões do
Ministério do Meio Ambiente, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo.
Mas, na quinta-feira (22), durante a Cúpula de Líderes
sobre o Clima, organizada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, Bolsonaro
garantiu ter determinado a duplicação dos recursos destinados a ações de
fiscalização ambiental no Brasil.
Segundo o jornal, com base em informações de
interlocutores do presidente, a estimativa era de um aumento de,
aproximadamente, R$ 115 milhões para a fiscalização ambiental.
Além de não aparecer no orçamento, o incremento
prometido no encontro internacional dependeria de corte em outras áreas. Isso
porque a previsão orçamentária está no limite permitido pelo teto de gastos,
regra fiscal que impede investimentos acima da inflação.
E se a CPI andar? O maluco que habita o Planalto tentou de tudo para
impedir a implantação da CPI da Covid. Ameaçou, tentou comprar parlamentares e
todo o seu arsenal de maldades. Mas, pelo que parece, a CPI vai acontecer e
muita coisa pode acontecer.
Na verdade, foi instalada na quinta-feira (22), mas
ainda está na fase de “negociação” sobre a presidência e a relatoria, além dos
seus membros.
Mas, pelas informações que recebemos, se o trabalho for
sério pode trazer à luz muitas das nossas interrogações. Basta olhar a lista de
membros e ex-membros do governo que pretende convidar para depor: ministro da
Economia - Paulo Guedes; ministro da Saúde - Marcelo Queiroga; ex-ministro da
Saúde - Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello; ex-ministro das
Relações Exteriores - Ernesto Araújo; secretários e ex-secretários - Flávio Rocha
(Assuntos Estratégicos), Fábio Wajngarten (Comunicação), Otávio Brandelli (secretário-geral
do Itamaraty), Edson Pujol (ex-comandante do Exército), Bruno Funchal (secretário
do Tesouro Nacional) e Nilza Emy (Secretaria Nacional do Cadastro Único do Ministério
da Cidadania); ex-secretários do Ministério da Saúde - Antonio Elcio Franco,
Mayra Pinheiro e Airton Cascavel.
Se andar, como dizemos na gíria, pode “dar caldo”!
Polícia que não funciona... Para que
servirá uma polícia que não funciona? Apenas para garantir a “ordem dos
poderosos”?
Apenas 1,7% das operações policiais realizadas na
Região Metropolitana do Rio de Janeiro entre 2007 e 2020 pode ser considerada
eficiente em relação a suas motivações e consequências, enquanto 12,5% podem
ser classificadas como desastrosas, de acordo com novo levantamento produzido
pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense
(UFF). Ao analisar 11.323 operações feitas pelas forças de segurança, os
pesquisadores observaram os impactos para os envolvidos (número de mortos e feridos,
e se houve presos ou não); a razão das ações (mandado de prisão e/ou busca e
apreensão, repressão ao tráfico de drogas e armas, disputas entre grupos
criminais, fuga ou perseguição, questões patrimoniais, retaliação por morte ou
ataque a unidade policial); e se foram efetuadas apreensões (armas, drogas ou
recuperação de bens, como cargas e veículos). A maioria (39,9%) foi avaliada
como pouco eficiente; 32,4%, como ineficientes; e 13,4%, como razoavelmente
eficientes. Assim, viu-se que quase 85% das operações foram pouco eficientes,
ineficientes ou desastrosas.
O objetivo do estudo é servir de subsídio à elaboração
de um plano de redução da letalidade policial no estado do Rio de Janeiro,
previsto como resultado da audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo os autores, os dados indicam que boa parte das operações policiais ocorridas
no período examinado não foram provenientes de procedimentos judiciais, mas sim
da discricionariedade policial, e terminaram mais frequentemente com mortos e
feridos do que com prisões e apreensões. Dessa forma, tem-se um sinal claro de
uso abusivo da força por autoridades políticas e policiais, além do retrato de
uma estrutura que associa despreparo, impunidade, corrupção e violência. O
efeito disso é a manutenção de altas taxas de letalidade provocada por agentes
de segurança.
O Geni/UFF coletou, em veículos de imprensa,
informações sobre operações policiais ocorridas entre 2007 e 2020 na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, com atenção a órgãos e unidades que executaram
as ações, razão das incursões e impactos delas. Foram estabelecidas três
categorias de avaliação, com subdivisões: envolvidos (presos, feridos e mortos),
apreensões (armas, drogas e recuperação de bens) e motivações (mandado de busca
e apreensão, repressão ao tráfico, disputa de grupos criminais,
fuga/perseguição, operações patrimoniais, retaliação por morte/ataque, outros e
sem informação). Para cada critério, definiu-se uma pontuação, atribuída às
situações analisadas. As operações
policiais com melhor avaliação tiveram nenhum morto ou ferido, prisões e
apreensões (sobretudo armas) como resultado, e motivações associadas a procedimentos
judiciais e investigativos (como mandados de prisão ou busca e apreensão) ou ao
atendimento de demandas urgentes dos moradores de favelas (como as causadas por
disputas entre grupos criminais). Já as operações com menor pontuação foram
aquelas com mais mortos e feridos, sem prisões e apreensões, ocasionadas por
ações reativas como retaliações e perseguições improvisadas.
No Peru, a esquerda pode ganhar. Depois da surpresa da derrota Andrés Arauz, no
Equador, vencido por um ex-banqueiro, temos a oportunidade de mais um governo
progressista em Nossa América. No Peru, um candidato que se anuncia marxista
está na dianteira das pesquisas para o segundo turno.
O candidato do Perú Libre, Pedro Castillo,
representante da esquerda, aparece com quinze pontos percentuais à frente da
filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, em pesquisa divulgada na
quinta-feira (22) sobre o segundo turno da eleição presidencial no país que
acontece em junho.
De acordo com o levantamento da empresa Datum, Castillo
obtém 41% das intenções de voto, contra 26% da direitista do partido Força
Popular. Vitorioso no primeiro turno, candidato do Perú Libre aparece em
primeiro em quatro regiões do país. Já Keiko Fujimori leva apenas em Lima,
capital peruana, com 34% dos votos.
Castillo também aparece à frente entre homens (43% x 37%)
e mulheres (37% x 24%) e perde para Keiko na categoria socioeconômica AB, com
44% x 22%. Entre os resultados da amostra, destaca-se que 16% dos pesquisados indicaram que votarão em branco
ou nulo.
Keiko Fujimori tem mais suporte nos níveis socioeconômicos
A, B e C. Enquanto isso, os setores menos favorecidos D e E votariam em Pedro
Castillo.
O perigo de ser sindicalista em Honduras. A Rede Contra a Violência Sindical apresentou seu
quinto relatório de 2020 “Nossos direitos não estão em quarentena”. Apesar do
contexto de confinamento e restrição de certos direitos constitucionais devido
à pandemia Covid-19, os trabalhadores hondurenhos continuam sofrendo cada vez
mais violência antissindical.
Durante 2020, a Rede contra a Violência Sindical
registrou 16 casos de ataques contra sindicalistas, caracterizados
principalmente como atos de perseguição, campanhas de ódio e estigmatização e
ataques contra a liberdade de expressão.
Também registrou o assassinato de Oscar Turcios Funes,
membro do Sitraunah (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Nacional Autônoma
de Honduras), um caso de extorsão e a demissão antissindical de Carlos
Castillo, de Sitrasoacon (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa “Southern
Apparel Contractors”).
55 por cento das vítimas eram homens e 45 por cento
mulheres. A cada ano, aumenta o número de mulheres vítimas de violência antissindical
(em 2015 elas representavam menos de 30% do total de casos).
Diante desta situação, a Rede contra a Violência Antissindical
propõe a ratificação por Honduras da Convenção 190 da OIT sobre violência e
assédio no trabalho. Na última década, 37 sindicalistas foram assassinados em
Honduras, a maioria durante a resistência ao golpe de 2009.
Os setores mais afetados continuam sendo os do
agronegócio e da indústria maquila, enquanto os principais perpetradores são
funcionários públicos (polícia militar), empresas privadas (agronegócio e
maquila) e desconhecidos.
Festagro (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores
Agroindustriais), Stas (Sindicato dos Trabalhadores Agroindustriais e Similares)
e Sitrajasper (Sindicato dos Trabalhadores da Jasper Maquila) foram os principais
alvos dos ataques. A transnacional Fyffes / Sumitomo, dona de plantações de
melão no sul de Honduras, foi a principal responsável pelos atos de violência antissindical.
Também é importante lembrar que esses dados se referem
apenas a atos de violência detectados e denunciados pela Rede Contra a
Violência Sindical. É muito provável que haja uma subnotificação significativa
de casos.
Vão brincar com fogo? Depois que coloquei o título lembrei da minha avó: “criança
que brinca com fogo faz xixi na cama”!
A China conduziu um exercício de bombardeio aéreo em
grande escala durante o final de semana passado, em meio a crescentes tensões
com Taiwan.
Segundo informa o South China Morning Post, o exercício
militar teria sido uma resposta ao comunicado conjunto dos EUA e Japão sobre
suas posições relativamente a Taiwan – favoráveis à “paz e estabilidade ao
longo do estreito de Taiwan” – áreas que, por sua vez, são vistas por Pequim
como parte de seu território. Acredita-se que o exercício tenha ocorrido na
província chinesa de Qinghai.
O Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército
de Libertação Popular (ELP) da China, responsável por vigiar o Estreito de
Taiwan, acionou dezenas de bombardeiros estratégicos H-6K em exercícios de fogo
real por nove horas seguidas, segundo a televisão estatal chinesa, referida na
matéria.
Nesses exercícios, os H-6K, que têm uma capacidade
máxima de carga de 15 toneladas, também praticaram contramedidas eletrônicas
com unidades de mísseis de defesa aérea. Chegando ao local pré-definido no
espaço aéreo, libertaram várias bombas de queda livre a partir de diferentes
altitudes. Após regressarem à base, as aeronaves voltaram a repetir o exercício
durante a noite.
Uma fonte anônima relatou ao South China Morning Post
que “o ELP ainda não pretende provocar indevidamente Taiwan, pois os métodos
pacíficos ainda são a melhor maneira de resolver o problema de Taiwan”.
Os EUA e aliados na região têm se mostrado ativos em
tentar resolver o assunto, demonstrando seu apoio a Taiwan, algo que a China
entende como total desrespeito aos seus assuntos internos. Taipé, contudo,
pretende tirar partido de sua amizade com Washington, tendo recentemente pedido
a obtenção de poderosos mísseis americanos, de modo a estar pronta para se
defender da China, se for necessário, bem como ajudar os EUA e seus aliados no
Pacífico na contenção chinesa.
“Democracia não é Coca-Cola”. A China deu uma lição aos EUA que, além de tudo, tem
muito bom humor! Se Biden tem um pouco de vergonha vai passar uns dias pensando
no assunto.
O Chanceler da China disse na sexta-feira (23), durante
videoconferência com representantes do Conselho de Relações Exteriores dos EUA
que as regras estabelecidas pelos países ocidentais não podem ser normas para
todo o mundo.
“Nos Estados Unidos, alguns falam repetidamente sobre o
reforço da ‘ordem internacional baseada em regras’. A questão é: que regras são
essas? E quem as estabeleceu?”, questionou Wang Yi, o ministro chinês.
"Se isso significa as regras feitas apenas pelos
países ocidentais, então elas são feitas por apenas 12% da população mundial, e
não devem ser as regras comuns para todos. A visão da China é clara – devemos
defender o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e a ordem
internacional apoiada pelo direito internacional. Isto representa a aspiração
comum de todos os países e o verdadeiro multilateralismo na prática”, defendeu
Wang Yi.
Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia da China indicou
que, ultimamente, algumas pessoas tendem a descrever as relações entre Pequim e
Washington como uma “confrontação entre democracia e autoritarismo”.
“Mas a democracia não é Coca-Cola, a qual, com o xarope
produzido pelos EUA, tem o mesmo sabor em todo o mundo. O mundo ficará sem vida
e sem graça se houver apenas um único modelo e uma única civilização”, afirmou o
ministro chinês.
Uma contradição para ser resolvida com
urgência. Muitos cientistas e
sociólogos estão se debruçando sobre uma questão muito séria: pelas pesquisas
mais recentes, sabemos que o número de famintos poderá chegar a 270 milhões de
indivíduos em pouco tempo. Temos como certo que 10% da população mundial está
desnutrida. Mas não adianta muito algumas ONGs se debruçarem sobre o tema pois
a questão é mais grave ainda. A humanidade não tem água potável para toda essa
gente!
É assim que o Fundo das Nações Unidas para a Infância,
Unicef, não tem dúvidas de que, por mais que uma criança desnutrida coma, ela
não se recuperará se a água disponível para beber for prejudicial à saúde.
Segundo o último relatório daquele órgão sobre o acesso
à água no mundo, um em cada cinco menores carece desse recurso vital em
quantidade suficiente para atender às suas necessidades diárias, situação particularmente
perigosa em crianças menores de três anos.
Ele acrescenta que a desnutrição está na origem da
metade das mortes de crianças menores de cinco anos no mundo, onde todos os
dias morrem oito mil crianças por essa causa, entendida como uma combinação de
falta de alimentos e doenças infecciosas.
Apesar do grande progresso na luta contra a fome e a
mortalidade infantil, 59 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda devido
à grave escassez de alimentos e 155 milhões sofrem de desnutrição crônica com
problemas de retardo de crescimento, diz a UNICEF.
Segundo o próprio organismo, 340 milhões de bebês
sofrem da chamada fome oculta, com deficiências de vitaminas e nutrientes
essenciais que afetam o desenvolvimento normal.
Esses números têm a ver com outros números
devastadores: 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, uma
condição fundamental para entender a desnutrição no mundo.
Tanto é verdade que as áreas do planeta mais afetadas
por esta tragédia são aquelas com maior vulnerabilidade hídrica, uma seca capaz
de impedir o desenvolvimento da produção de alimentos suficientes para a
população, e com falta de água potável para beber e manter a higiene. adequado.
“66 por cento das crianças atendidas em nossos centros
sofrem de doenças de veiculação hídrica, que causam deterioração do sistema
imunológico, problemas de crescimento e desenvolvimento”, disse o especialista
em Água, Saneamento e Higiene do Unicef, Koenraad Vancraeynest.
Isso mostra que o trinômio água-alimento-saúde estará
cada vez mais vinculado em um planeta de futuro incerto, onde a cooperação
entre governos, entidades, empresas e a população é fundamental para que esta
dramática situação não avance e se concretize em um futuro próximo. a condição
de fome zero.
O país que quer impor “sua democracia” ao
mundo? A morte de Daunte Wright
diminui o orçamento da polícia. Quantos negros precisam ser mortos pela polícia
para que os políticos percebam que reformas caras não funcionam?
Três semanas após o julgamento de Derek Chauvin em
Minneapolis pelo assassinato de George Floyd, um policial branco no subúrbio de
Center, no Brooklyn, matou um jovem negro chamado Daunte Wright e ilustrou em
termos trágicos como a polícia continua a se envolver em uma guerra racista
contra América negra, apesar de escrutínio nacional. A agente Kimberly Potter,
uma veterana de 26 anos em seu departamento, supostamente confundiu sua pistola
com sua arma de choque e disparou um único tiro, matando o jovem de 20 anos
enquanto ele lutava em seu carro à vista de sua namorada, que havia dirigido
off. passageiro.
O medo que os negros têm da polícia se baseia em um
preconceito policial demonstrável. O Stanford Open Policing Project estudou
quase 100 milhões de paradas policiais e descobriu que “os policiais tendem a
parar os motoristas negros em uma taxa maior do que os brancos” e que “os
motoristas negros e hispânicos são revistados com mais frequência do que os
brancos”. Além disso, “a polícia exige menos suspeita para revistar motoristas
negros e hispânicos do que brancos”, o que os investigadores concluíram “é uma
evidência de discriminação”.
De acordo com a mãe de Wright, ele foi parado em parte
porque havia um purificador de ar pendurado no espelho retrovisor, outra
desculpa ridícula para adicionar à lista de razões notavelmente mundanas para
invocar a suspeita da polícia.
Tiroteio em um bar de Kenosha: três mortos. Nenhuma prisão foi feita e os investigadores disseram
que pode ter havido mais de um atirador.
Pelo menos três pessoas morreram e outras duas ficaram
gravemente feridas depois que um atirador abriu fogo em um bar movimentado do
condado de Kenosha na manhã de domingo, informaram as autoridades estaduais de
Wisconsin.
As autoridades locais foram para “The Somers House
Tavern” na Sheridan Road em Kenosha na madrugada de domingo, depois de receber
vários telefonemas pedindo ajuda. Aparentemente, houve uma caça ao homem por um
suspeito, mas não funcionou.
A violência por ataques armados nos EUA vem crescendo a
cada dia, incluindo um incidente dessa natureza em um depósito da FedEx em
Indianápolis na semana passada que deixou oito pessoas mortas.
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