domingo, 11 de abril de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


19 milhões de brasileiros com fome!

Mais da metade dos domicílios brasileiros (55,2%), ou seja, mais de 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020 e 9% deles vivenciaram insegurança alimentar grave, o que significa que 19 milhões de brasileiros passaram fome. Isso é o dobro do que fora registrado em 2009, e representa um regresso ao nível observado em 2004, quase um ano após o lançamento do programa Fome Zero. É o que revela o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado nesta segunda-feira, 5 de abril.

As informações correspondem aos três meses anteriores à coleta de dados, entre os dias 5 e 24 dezembro de 2020, em amostra representativa de 2.180 domicílios das cinco regiões brasileiras, em áreas rurais e urbanas. A pesquisa é conduzida pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), constituída por pesquisadores, professores, estudantes e profissionais, com apoio do Instituto Ibirapitanga e parceria da ActionAid Brasil, da Fundação Friedrich Ebert Stiftung e da Oxfam Brasil.

Essa pesquisa foi realizada justamente no período em que o Auxílio Emergencial, concedido a 68 milhões de brasileiros, tinha sido reduzido pela metade (de R$ 600 mensais para R$ 300 mensais). Em 2021, de janeiro a março, a população que vinha sendo atendida pelo auxílio ficou sem o amparo. Uma nova rodada começará a ser paga nos próximos dias, mas para um público mais restrito e em valores ainda menores: variam de R$ 375 (para famílias chefiadas por mulheres) a R$ 150 (para quem mora sozinho).

O estudo evidencia uma relação entre segurança alimentar e gênero. Existe fome em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres, e outros 15,9% enfrentam insegurança alimentar moderada. Quando a pessoa de referência é um homem, os números são menores: a fome atinge 7,7% dos domicílios, e outros 7,7% estão na situação de insegurança alimentar moderada.

As desigualdades foram percebidas, também, entre as diferentes regiões do Brasil. No Norte e no Nordeste, a fome chega a, respectivamente, 18,1% e 13,8% dos domicílios. Esses percentuais não chegam a 7% nas demais regiões do país, e superam o dado de 9% referente a todo território nacional. Passa-se mais fome no Norte e Nordeste do que em outras regiões.

Sem política pública, a saída é a solidariedade. No Brasil, 116,8 milhões de pessoas não se alimentaram como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente, durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em 2020. Isso significa que todas essas pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar. Deste total, 19 milhões de brasileiros não tiveram o que comer.

Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país.

E a fome está piorando em 2021 com o agravamento da crise sanitária, a alta do desemprego, que atinge mais de 14,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras e a disparada dos preços dos alimentos, que veem subindo mais do que a inflação. Em meio a esse caos, depois de três meses, o novo auxílio emergencial, com valor de, em média, R$ 250, que volta a ser pago, vai comprar apenas meio bife, meio copo de leite, três colheres de arroz, segundo o Dieese.

Agora, todos dependem de doações. E as filas para receber doações dobram os quarteirões onde tem distribuição em todo o país. A iniciativa de várias ONGs sociais propõe a levar insumos e alimentos a famílias vulnerabilidades em todas as regiões do Brasil.

O MTST criou o Cozinhas solidárias para combater a fome nas periferias durante a pandemia. As doações são feitas por meio de página de financiamento coletivo.

A Coalizão Negra Por Direitos, em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, 342 Artes, Nossas - Rede de Ativismo, Instituto Ethos, Orgânico Solidário e Grupo Prerrô, mobilizam suas forças junto com coletivos para arrecadar fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19. Site e doações: https://www.temgentecomfome.com.br/

Mães de Favela: Objetivo do projeto é ajudar mulheres que criam família sozinhas em comunidades carentes. As doações são feitas através do site: https://www.maesdafavela.com.br/

O Adote uma família em Paraisópolis, em São Paulo, tem uma iniciativa que lidera uma comunidade de profissionais humanitários para criar um futuro onde todos possam prosperar com entrega de cestas básicas, marmitas, kits de higiene e máscaras. Para mais informações pelo site: www.novaparaisopolis.com.br/

A Central Única das Favelas (Cufa) também distribui alimentos em áreas carentes por todo o país. O objetivo é ajudar mães que não tem como garantir comida em casa durante a pandemia do coronavírus. Quem quiser doar, basta acessar o link. https://www.cufa.org.br/

Sindicatos de trabalhadores também estão recolhendo doações e o MST criou um programa próprio para levar comida saudável, sem agrotóxicos aos necessitados e distribuir “quentinhas” em alguns pontos das grandes cidades. Só em Curitiba o MST já distribuiu 51 mil “Marmitas da Terra” para a população de rua!

Enquanto isso... Em 2020, enquanto a fome atingia 19 milhões de pessoas no país, o novo coronavírus agravava a crise econômica e a necessidade de isolamento social para conter o vírus deixava milhões de trabalhadores sem emprego e sem renda, mais 20 brasileiros engrossaram o ranking de Bilionários do Mundo de 2021 da revista Forbes. 

O total de super-ricos no país pulou de 45, em 2020, para 65, em 2021, segundo dados divulgados pela revista nesta terça-feira (6). Juntos, eles somam um patrimônio total de US$ 219,1 bilhões (R$ 1,225 trilhão), contra US$ 121 bilhões (R$ 710 bilhões) no ano passado – aumento de 71%.

O brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann e família (AB InBev), com patrimônio de US$ 16,9 bilhões. (Confira abaixo a lista dos 15 brasileiros mais ricos do país).

Entre os 20 novos bilionários que entraram na lista da Forbes este ano estão novos nomes e velhas fortunas, como a dos filhos do banqueiro Joseph Safra, morto no ano passado, Jacob, David, Alberto e Esther Safra, e da viúva, Vicky Safra.

Matéria publicada no jornal Brasil de Fato indica que no período da pandemia do coronavírus essa riqueza quase dobrou, chegando a 127,1 bilhões no ano passado, o que representa um aumento de 71%.

Protestos em Paris. A embaixada do Brasil em Paris foi alvo neste domingo (04) de um novo protesto contra o governo do desequilibrado. Brasileiros residentes na França colocaram na fachada do prédio faixas com os dizeres, em francês, “Genocide, + de 300 mille morts e “Dictature plus jamais” (Genocídio, mais de 300 mil mortos e Ditadura nunca mais, em tradução livre).

O protesto em forma de instalação artística foi realizado pelos coletivos Alerta França Brasil/MD18 e Ubuntu Audiovisual. Em comunicado, eles declararam que o ato “expressa a indignação dos brasileiros residentes na França, e dos cidadãos ao redor do mundo, frente às mais de 300 mil mortes pela covid”.

Essa foi a terceira instalação artística em forma de protesto em frente da embaixada brasileira de Paris desde o início da pandemia de covid-19. O artista plástico Julio Villani foi o idealizador da ideia ao instalar, em maio de 2020, vários painéis na fachada da Embaixada do Brasil em Paris, em protesto contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Em 7 de setembro, no mesmo local, vários coletivos de brasileiros residentes na França realizaram um ato parecido.

Neste domingo a cidade estava vazia e a embaixada do Brasil fechada. O protesto aconteceu pela manhã. Não houve incidentes nem com a polícia francesa, nem com funcionários da embaixada. O ato contou com um número reduzido de participantes “de modo a respeitar as regras do confinamento e não juntar muita gente”. Apenas seis pessoas colocaram as faixas e as máscaras na fachada do prédio, além de uma fotógrafa e videasta que registrou o protesto.

Só para refletir! Esse governo de um camarada grotesco implodiu a oitava economia mundial! Mas é o insano que convida o povo para comemorar o golpe de 31 de março de 1964.

O estado do Rio Grande do Sul foi estremecido por um vídeo convocando para as manifestações de rua comemorando a ditadura militar e, como pano de fundo, editaram a música muito usada pelos ditadores: “Eu te amo meu Brasil”, a marcha que os golpistas cantavam nos anos 1960.

Agora vamos convocar os leitores do nosso Informativo para uma reflexão: “por que no Rio Grande do Sul”?

Que tal a seguinte resposta: três dos cinco ditadores daquele período nasceram no Rio Grande do Sul: Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel! Entenderam?

E tem mais um pouco. O atual vice-presidente, Hamilton Mourão é natural de Porto Alegre e um eterno apaixonado pela ditadura, tendo sido um dos maiores propagandistas das comemorações.

Adiada a eleição Constituinte no Chile! O Senado do Chile aprovou na noite de domingo (04) o projeto que adia em cinco semanas as eleições municipais, regionais e para a assembleia constituinte que vai reescrever a Carta Magna do país.

Proposto pelo presidente conservador Sebastián Piñera e já chancelado pela Câmara dos Deputados, o texto recebeu 40 votos a favor e nenhum contrário, além de duas abstenções. As eleições estavam marcadas para 10 e 11 de abril, porém agora serão realizadas em 15 e 16 de maio devido ao crescimento nos novos casos de covid-19 no Chile.

Já o segundo turno do pleito para governador, previsto para 9 de maio, foi remarcado para 13 de junho, enquanto as primárias presidenciais foram adiadas de 4 de julho para o dia 18 do mesmo mês - o governo Piñera queria realizar o segundo turno junto com as primárias, mas as datas foram dissociadas.

A reforma da Constituição chilena é resultado das manifestações populares de outubro de 2019, que tiveram como estopim um aumento no preço das passagens de metrô na capital Santiago. A atual Carta Magna do país é uma herança da ditadura militar de Augusto Pinochet, nos anos 1980.

Todos os olhos no Equador! Com o sucesso de Arauz, consolida-se o segundo ciclo de governos progressistas da região: se Lasso vencer, o Equador voltará a ficar isolado, dando continuidade ao desastroso governo Moreno.

A primeira década do século 21 foi marcada por governos antineoliberais na Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador. Os únicos governos do mundo que implementaram programas antineoliberais, reduzindo as desigualdades no continente mais desigual do mundo.

Ao longo da segunda década, a direita conseguiu recuperar forças, retomando governos na Argentina - por meio de eleições -, no Brasil e na Bolívia - por meio de golpes - e no Equador, por meio da ascensão do presidente eleito, Lenin Moreno, com um programa antineoliberal.

O neoliberalismo revelou que tem vida curta, porque responde aos interesses do capital financeiro, não tem políticas sociais e por isso não consegue conquistar bases sociais de apoio que lhe permitam estabilizar os seus governos. O caso da Argentina foi exemplar, com uma vitória eufórica de Mauricio Macri, que se esgotou rapidamente, pois seu governo retomou o mesmo modelo neoliberal que já havia fracassado não só na Argentina, mas também no Brasil, Uruguai, Bolívia e Equador. A recente vitória da direita no Uruguai promete ter destino semelhante.

Os olhos do continente agora se voltam para o Equador, onde um presidente eleito pela continuidade do governo antineoliberal de Rafael Correa - o governo mais importante da história do Equador - o traiu e fez exatamente o que a direita propôs, indo para governar com a direita, voltando ao modelo neoliberal. Ele falhou, como Guillermo Lasso teria falhado se tivesse vencido.

Andrés Arauz reúne experiências positivas do governo Rafael Correa e se apresenta como expressão equatoriana como outros governos antineoliberais, como os de Lula, Néstor e Cristina Kirchner, Pepe Mujica, Evo Morales, López Obrador e o próprio Rafael Correa. Se Arauz tiver sucesso, o segundo ciclo de governos progressistas e antineoliberais se consolida, acrescentando o Equador aos atuais governos da Argentina, México e Bolívia. Se Lasso vencer, o Equador ficará isolado novamente, dando continuidade ao desastroso governo de Lenin Moreno.

Torcida pelo Arauz. Aqui do Brasil, por enquanto nossa alternativa é ficar comemorando as vitórias das forças progressistas que estão afastando a escuridão que havia se abatido sobre a região.

Neste domingo, dia 11 de abril, o povo equatoriano volta às urnas para o segundo turno eleitoral, e Arauz está ganhando mais força! Andrés Arauz, candidato à presidência pela coalizão de esquerda União pela Esperança (Unes), encerrou sua campanha eleitoral na quinta-feira (08) em Quito, somando apoios indígenas e de movimentos sociais.

Arauz lidera todas as pesquisas com 34% a 37% das intenções de voto, enquanto seu oponente, o banqueiro Guillermo Lasso, da aliança CREO, acumula de 27% a 30%. E vai somando novos apoios muito importantes. Recebeu o apoio do presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Jaime Vargas, do Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas (Feine) e de 65 organizações que compõem o coletivo “Frente ao Ambiente”.

Em Santo Domingo, Arauz anunciou o apoio da categoria de trabalhadores de transportes organizados: taxistas, transportadores de veículos pesados, leves, urbanos, turísticos e escolares. Também recebeu o apoio do Sindicato de motoristas privados. A Federação Nacional de Cooperativas de Pescadores declarou: “Com alegria e otimismo, pescadores de Arenales, Los Ranchos e Las Gilces de Manabí, navegam ao lado Andrés Arauz na caravana da esperança. Resta muito pouco para recuperar o futuro e a dignidade que nos foi roubada”.

A Federação Nacional de Estudantes Universitários lembrou que a educação foi duramente golpeada pela pandemia do novo coronavírus e que, por isso, decidiu pelo Arauz: “pelo investimento em Educação Superior com qualidade, igualdade, inclusão e gratuito”.

Mais uma lição que vem da Argentina! Cerca de 93% dos trabalhadores não terão de pagar imposto de renda na Argentina após o Senado aprovar na quinta-feira (08) a elevação da linha de isenção para 150 mil pesos mensais (cerca de R$ 9 mil). A medida vai beneficiar nada menos do que 1,2 milhão de trabalhadores assalariados e aposentados.

Praticamente todos os senadores – 66 votos a favor e apenas uma abstenção – acataram a proposta. Ela já havia sido aprovada também com ampla maioria pela Câmara dos Deputados, com somente três abstenções.

A decisão, segundo o jornal Página 12, integra o plano de criação de um novo auxílio financeiro. A Renda Familiar de Emergência (IFE, na sigla em espanhol), reage às dificuldades econômicas impostas pela pandemia da covid-19. Uma das consequências da crise sanitária, que agravou a crise econômica herdada do governo de Mauricio Macri pelo atual presidente Alberto Fernández, é que a pobreza atingia cerca de 42% dos argentinos.

Outra característica da medida aprovada é que ela acentua a inversão da lógica tributária, iniciada em dezembro com a criação do imposto extraordinário sobre grandes fortunas, projeto aprovado. Também com objetivo de amenizar os efeitos econômicos agravados pela pandemia, o governo de Fernández conseguiu aprovar projeto que espera arrecadar quase 308 bilhões de pesos, ou, cerca de U$ 4,5 bilhões, tributando apenas 0,02% da população.

Mais agressão à Venezuela. O Exército venezuelano capturou vários integrantes do cartel mexicano de Sinaloa na fronteira com a Colômbia, informou o chefe do Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.

“Descobrimos algumas aeronaves que eles pensavam em usar para atividades de tráfico de drogas da Colômbia. Até capturamos alguns indivíduos do cartel de Sinaloa e do Brasil, que vieram de lá e estão sob a guarda da Justiça”, disse o comandante Remigio Ceballos à VTV.

Desde o último dia 21 de março, vive-se no sul do estado de Apure (sul), fronteira com a Colômbia, uma situação de confronto entre as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e grupos irregulares.

Segundo o último balanço oficial, esses eventos causaram a morte de oito soldados e nove membros dos grupos irregulares.

O fascismo está voltando? A consolidação de movimentos de extrema direita na cena política em grande parte dos Estados da União Europeia, acompanhada pelo ativismo crônico de pequenos grupos neofascistas, é uma preocupação legítima para todas as organizações sindicais e políticas cujo patrimônio inclui uma dimensão antifascista. O fascismo está às nossas portas?

O fato é que vivemos uma fase de crise estrutural do capitalismo mundial, que o obriga a repensar todos os modos anteriores de regulação e questionar todas as situações adquiridas. Hoje, como ontem, os movimentos de extrema direita são antes de tudo a expressão daquelas tradicionais “classes médias” (na agricultura, no artesanato e na pequena indústria, comércio e serviços) que estão diretamente ameaçadas pela transnacionalização da economia com o empobrecimento e a proletarização. Hoje, como ontem, estamos no meio de uma grande crise do movimento operário que priva o proletariado de qualquer estratégia e de qualquer organização capaz de resistir globalmente à ofensiva neoliberal contra suas conquistas anteriores que vem sofrendo há quinze anos.

Consequentemente, hoje como ontem, setores inteiros do proletariado, desorientados, amedrontados e ao mesmo tempo furiosos com o aumento do desemprego e da precariedade, com a degradação de suas condições materiais e sociais de existência, desesperados pela falta de perspectivas, se deixam seduzir pela propaganda populista e nacionalista. Hoje, como no passado, os partidos de esquerda, ou o que deles resta, não resistem à progressão constante da extrema direita.

As já mencionadas semelhanças entre a situação europeia dos anos 1930 e a atual não devem ocultar as profundas diferenças entre as duas. A principal delas é que o desafio da crise estrutural que o capitalismo atravessa desde a década de 1970 não é, como na década de 1930, construir e fortalecer Estados capazes de regular, cada um em seu espaço nacional, uma forma mais ou menos autocentrada. desenvolvimento de um capitalismo monopolista que atingiu a maturidade. Hoje é exatamente o contrário: com base no desmantelamento dos Estados-nação, agora invalidados como arcabouço autônomo de reprodução do capital, trata-se de construir uma estrutura supranacional mínima para regular a transnacionalização do capital.

Rússia pode usar medidas militares. Apesar de tentativas de diálogo sobre a implantação de mísseis de alcance intermediário e de curto alcance, a chancelaria russa diz não excluir “medidas de resposta técnico-militar”.

Os planos dos EUA e do Reino Unido de implantar mísseis terrestres de alcance intermediário e de curto alcance em várias regiões do mundo estão reduzindo o espaço de manobra para evitar uma grave escalada na esfera dos mísseis, disse Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Ela apontou que, nas últimas semanas, “funcionários do Pentágono têm feito declarações cada vez mais frequentes sobre medidas práticas para implementar planos de rápido desenvolvimento e implantação de mísseis terrestres de alcance intermediário e de curto alcance em várias regiões do mundo, mísseis anteriormente proibidos pelo Tratado INF”. Segundo a representante, para além disso “os militares britânicos se juntaram a estas declarações e ações abertamente hostis e desestabilizadoras nessa área”.

“Não estamos de forma alguma fechando a porta ao diálogo, mas nas circunstâncias atuais não descartamos que a Rússia seja forçada a mudar cada vez mais seu foco para a implementação de medidas de resposta técnico-militar às ameaças de mísseis emergentes”, afirmou Maria Zakharova, acrescentando que Moscou continuará "monitorando de perto" as tentativas de implantação de mísseis na Europa e na região Ásia-Pacífico.

A China também responde! No domingo (04), o ministro das Relações Exteriores e conselheiro de Estado da China, Wang Yi, exortou os EUA a respeitarem os interesses de Pequim, e a observarem corretamente o desenvolvimento da China.

O chanceler chinês deu seu parecer em respostas da mídia sobre as relações sino-americanas, após encontros com seus homólogos de Singapura, Malásia, Indonésia, Filipinas e Coreia do Sul.

De acordo com o jornal Global Times, os chanceleres que se encontraram com Wang consideraram o desenvolvimento do gigante asiático uma necessidade histórica, ao passo que Wang Yi comentou que o desenvolvimento chinês está em conformidade com as expectativas e interesses comuns de longo prazo na região que, por sua vez, não deveriam ser perturbados.

Observadores diplomáticos dizem que Pequim está, de fato, buscando melhorar as relações com Washington, o que não vai ser possível com as novas ações estadunidenses. Após a reunião, os EUA impuseram novas sanções sobre autoridades e entidades chinesas pelas alegadas violações dos direitos humanos da comunidade uigur em Xinjiang.

A China, por sua vez, continua apelando ao diálogo, de modo a contribuir positivamente para a estabilidade regional e para a paz mundial. Porém, avisa que se EUA preferirem continuar conflitando, a China não recuará.

Opção pela guerra? Os EUA enviaram um porta-aviões e uma esquadra de navios de guerra de apoio ao mar do Sul da China para demonstrar seu alegado compromisso com a liberdade de navegação, em meio a preocupações com a presença maciça de navios chineses na área.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, disse em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (9) que Washington “continua preocupado com o acúmulo de navios da milícia marítima chinesa no atol de Union Banks no mar do Sul da China e com os esforços da China para impedir os direitos legais de nosso aliado em tratado, as Filipinas”.

Kirby destacou que o grupo de ataque do porta-aviões Theodore Roosevelt e o grupo de prontidão anfíbio do navio USS Makin Island estão realizando treinamento e operações no mar do Sul da China em apoio ao “compromisso de longa data” dos EUA “com a liberdade dos mares e também com a segurança regional”.

De acordo com relatos veiculados na imprensa, centenas de barcos chineses estão atualmente dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 200 milhas náuticas das Filipinas, no recife de Whitsun, no mar do Sul da China. Pequim, por outro lado, afirma que os navios estão se protegendo do mau tempo e não levam milícias a bordo.

E os idiotas seguem se matando... O tiroteio de quarta-feira se soma aos tiroteios que abalaram os EUA nas últimas semanas, causando pelo menos 24 mortes.

Um novo tiroteio, na quarta-feira deixou cinco mortos no estado da Carolina do Sul. De acordo com informações prestadas esta quinta-feira pelo Gabinete do Xerife da Comarca de York, o incidente ocorreu dentro de uma casa e duas crianças estavam entre os mortos. Uma sexta pessoa está gravemente ferida depois de também receber o impacto de uma bala e foi detida por ser suspeita de ter causado o massacre.

“Infelizmente, 5 pessoas morreram como resultado do tiroteio. O Dr. Robert Lesslie e sua esposa, Barbara Lesslie, foram encontrados na casa e morreram em consequência de ferimentos a bala, assim como seus 2 netos”, segundo fontes.

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