Não pode comprar feijão? Compre um fuzil.
Para o insano que governa o país, quem acha os preços
de um fuzil caro e diz que é melhor comprar feijão, que também está caro e
inacessível para os mais pobres, é idiota.
Declarações absurdas e desrespeitosas são a
especialidade dele e de alguns dos seus ministros. E tudo é dito no cercadinho
do Palácio da Alvorada, onde apoiadores se apertam diariamente para ouvir ‘o
mito’ vomitar seus destemperos diários.
Na manhã desta sexta-feira (27), o demente parou no cercadinho
e falou a um apoiador sobre compra de armas. Questionado se “havia alguma
novidade para caçadores, atiradores e colecionadores (conhecidos como CAC´s), sem
nenhum decoro ou respeito ao povo, vociferou: "O CAC está podendo comprar
fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar
fuzil, pô”.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de
conflitos envolvendo especificamente a disputa de terras em 2020 cresceu 25% em
relação a 2019. Foram 2054 ocorrências. O relatório divulgado em maio deste ano
ainda mostra que mais de 81 mil famílias tiveram suas terras ou territórios
invadidos no ano passado. A maioria delas (71,8%) são indígenas.
Produtos desaparecem dos mercados. A
análise da Neogrid, que mede a falta de produtos nos supermercados, apontou
leite, ovos e margarina como os produtos com maior falta nas gôndolas em julho.
O índice da empresa indica uma estabilidade para o setor supermercadista. O valor,
porém, ficou em 11,08% no mês, o que continua representando um nível
considerado alto. A análise é feita com base em toda a malha de dados dos
varejistas que consta na plataforma da companhia.
Levando em consideração os critérios adotados pela
Neogrid para esse ranking, que é desenvolvido desde 2015, os dez produtos que
mais faltaram nas gôndolas para o consumidor foram: leite longa vida (20%),
bebidas à base de soja (19%), proteína de soja (18%), ovos de aves (17%),
margarina (13%), açúcar (12%), massa (12%), leite em pó (11%), requeijão (11%)
e conhaque (11%).
“Em edições anteriores, percebemos que o brasileiro
buscava itens mais em conta para sua lista de compras. Era o caso, por exemplo,
do ovo que, de certa forma, servia como opção à carne bovina. Hoje, vemos que
mesmo esse tipo de produtos substitutos começa a aparecer no índice de ruptura
nacional”, explica Robson Munhoz, CCSO (Chief Customer Success Officer) da
Neogrid.
Estabilidade é a palavra que mais representa o
comportamento do índice dos últimos períodos. De abril a julho, a maior
diferença foi de 0,11%, registrado entre abril e maio. No restante dos meses, a
ruptura praticamente se manteve.
Reajustes abaixo da inflação. A crise
econômica, aliada a péssima gestão do ex-capitão e do seu ministro da Economia,
tanto no combate à pandemia quanto ao desemprego e a escalada da inflação, está
corroendo o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras, que ganham cada
vez menos e não conseguem sequer repor a
inflação nas negociações salariais.
O boletim de “Olho na Negociação” do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o
“Salariômetro”, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram
que o mês de julho deste ano foi o pior dos últimos 12 meses para o trabalhador
que, junto com seu sindicato, lutou por reajuste em suas campanhas salariais.
De acordo com o Dieese, em cerca de 59% das negociações
realizadas em julho os reajustes foram abaixo da inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em outras 16% foram iguais à inflação, e em cerca de 25%
resultaram em aumentos reais aos salários.
A variação real média das correções salariais em julho
foi negativa (-1,87%). Para chegar a este total o Dieese analisou 129 reajustes
com data base no mês passado.
Já o “Salariômetro” da Fipe mostra que em julho, a
média do reajuste foi de 7,6%. Como a inflação do período bateu os 9,2%, houve
perda real nos salários de 1,6%.
Ao longo deste ano, de acordo com o Dieese, os
reajustes acima do INPC representam 17,5% do total; sendo que os iguais à
inflação oficial ficaram em 32,2%.
Já as negociações que terminaram em perdas salariais,
com índice abaixo da inflação foram a maioria, com 50,3%. A variação real média
no ano, até julho, foi negativa (-0,71%).
As causas para as perdas salariais dos trabalhadores
estão no índice de desemprego, no desalento
na carestia, principalmente com os reajustes da energia elétrica e
combustíveis, e na precarização das relações de trabalho provocadas pela
reforma trabalhista, na avaliação da coordenadora de pesquisas do Dieese,
Patrícia Pelatieri.
“Com 15 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados,
somados aos milhões de subocupados, a negociação salarial fica mais
complicada”, diz a coordenadora do Dieese.
Soma-se o aumento acelerado dos preços dos alimentos,
dos combustíveis e da energia elétrica, o desmonte da legislação trabalhista e
o enfraquecimento da Justiça do Trabalho, ao desemprego e ao desalento, e está
construída a situação ideal para o patronal tentar retirar direitos tão
duramente conquistados - Patrícia Pelatieri.
Risco de um golpe? O
demente, seus ministros e sua família de sacripantas voltaram a ameaçar a
população brasileira com um golpe. Queriam o fim das urnas eletrônicas e a
volta do voto impresso, mas perderam. Agora ameaça um golpe invadindo o STF e o
Congresso. E, com seguidores lunáticos que ele tem, parece que preocupou alguns
setores.
De acordo com o blog de Lauro Jardim em O Globo, estão
previstos cinco mil policiais do governo do Distrito Federal para fazer a
segurança do prédio do Congresso no dia 7 de setembro, data marcada para
manifestação de apoio ao ensandecido. E, segundo Jardim, a Polícia Legislativa
também atuará na proteção do prédio, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(Democratas), já teve uma conversa com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB),
sobre o tema.
Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito
Federal querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por
classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos políticos.
De acordo com o Estadão, a promotoria do Tribunal de
Justiça Militar (TJM) de São Paulo deu prazo de 48 horas para que a
Corregedoria da Polícia Militar informasse as providências que tomou sobre o
caso. O prazo acabaria à meia-noite da sexta-feira (27).
Poderia ser mais sórdido? Dinheiro
para salvar “amigos” empresários da falência, temos muito; dinheiro para
financiar o agronegócio e incentivar os desmatamentos, tem a rodo; mas dinheiro
para pesquisar e tratar a Covid que continua matando no Brasil, não tem!
Com argumento de que aumentaria a rigidez orçamentária
e daria margem a descumprir metas fiscais, o tresloucado vetou 34 dispositivos
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. Entre os vetos, estão os
programas emergenciais criados para combater os efeitos da pandemia (Pronampe,
Peac, Programa Emergencial de Suporte a Empregos, Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda).
O governo vetou também dispositivo que aumentava em 50%
os recursos para pesquisa básica e tecnológica de imunobiológicos e insumos para
prevenção e controle de doenças.
Foram vetadas diretrizes para ações e serviços públicos
de saúde na lei orçamentária, como o reforço ao Programa Nacional de
Imunização, campanhas de utilidade pública para prevenção e cuidados com a
saúde, tratamento de sequelas causadas pela Covid-19 e a infraestrutura da rede
de atendimento oncológico.
Finalmente acordaram? Nos últimos anos, temos
falado do risco de uma crise de energia no país, não só pela completa falta de
investimentos dos últimos governos na área como, também, pela crise ambiental em
que vive o planeta e está trazendo a famosa “falta de água”, que a imprensa e
os governantes escondem por trás de uma expressão mais suave: “crise hídrica”!
Agora, até o insano admitiu uma “relevante piora” na degradação do cenário hídrico do
País e nas projeções para os próximos meses. Frente ao agravamento da escassez
nos reservatórios, é considerado “imprescindível” a adoção de todas as medidas
em andamento e propostas, principalmente o acionamento de usinas adicionais,
até mesmo as mais caras, e medidas para reter mais água nos reservatórios. Em
reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta terça-feira,
24, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou proposta para
flexibilizações temporárias na operação do Rio São Francisco. A medida
representa que o uso da água para geração de energia elétrica terá prioridade
em relação a outros usos.
E o demente dá mostras de
preocupações. Em transmissão nas suas redes sociais, o ex-capitão fez um apelo
para que a população economize energia. Ao falar sobre a crise hídrica pela
qual passa o país, Bolsonaro afirmou que o país está no “limite do limite” e
pediu para que seus espectadores apagassem um ponto de luz em sua casa. A crise
hídrica se agravou nas últimas semanas com a persistência da seca em diversas
regiões do país.
E a população aumentou! O número de habitantes no país chegou a 213,3 milhões
em 2021, segundo as Estimativas da População divulgadas na sexta-feira (27)
pelo IBGE. O estudo, com data de referência em 1º de julho, leva em conta todos
os 5.570 municípios brasileiros, e é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e
Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e
demográficos.
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso
do país, com 12,4 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,8
milhões), Brasília (3,1 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Fortaleza (2,7
milhões). Dos 17 municípios do país com população superior a um milhão de
habitantes, 14 são capitais. Esse grupo concentra 21,9% da população ou 46,7
milhões de pessoas.
Já o conjunto das 26 capitais mais o Distrito Federal
supera os 50 milhões de habitantes, representando, em 2021, 23,87% da população
do país.
Por outro lado, 67,7%, (ou 3.770 municípios) têm menos
de 20 mil habitantes, concentrando apenas 14,8% da população (31,6 milhões de
habitantes). Em 2021, pouco mais da metade da população brasileira (57,7% ou
123,0 milhões de habitantes) concentra-se em apenas 5,8% dos municípios (326
municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes.
Nossa América está ardendo. Apenas
no ano passado, a Amazônia perdeu uma área de floresta igual a sete vezes a
cidade de Londres!
Se a Terra queimar, a América Latina e o Caribe são como
brasas: estão entre as regiões do planeta mais afetadas pelas mudanças
climáticas. Prevenções regionais são insuficientes e poucos. Apenas uma semana
depois de o International Expert Group (IPCC) publicar seu relatório sobre a
dramática situação mundial, na terceira terça-feira de agosto, o alarme soou
com decibéis latino-americanos. A radiografia continental do novo estudo da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), publicada em 17 de agosto, revela um diagnóstico
sério.
2020 foi um dos três anos mais quentes – desde o início
das medições - no México / América Central e no Caribe. E o segundo mais quente
da América do Sul. As temperaturas foram de 1 ° C, 0,8 ° C e 0,6 ° C,
respectivamente, acima da média das décadas 1980-2010.
No sul da Amazônia e no Pantanal, onde convergem as
águas de nove países sul-americanos e concentra um décimo do carbono terrestre,
os incêndios explodiram exponencialmente em decorrência da intensa seca que
atingiu aquela região. Seca que não é inocente, mas é o resultado do
desmatamento em grande escala com o objetivo de gerar terras para a criação de
gado e lavouras agroexportadoras. Foi a pior seca dos últimos 60 anos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), a Amazônia brasileira registrou 2.308 focos de incêndios em
junho deste ano, seu pior número desde 2007. Foi 2,6% superior ao do ano
passado, que, segundo o relatório da a OMM, eles já tinham sido um recorde.
Os ecossistemas costeiros e marítimos, bem como as
comunidades humanas que deles dependem, especialmente em pequenos Estados
insulares, enfrentam hoje ameaças crescentes de aquecimento e acidificação dos
oceanos, aumento do nível das águas e aumento da intensidade e frequência das
tempestades tropicais. Na região, 27% da população vive em áreas litorâneas. E
entre 6 e 8% vivem em áreas seriamente ameaçadas por eventuais enchentes.
A golpista pensou em fugir para o Brasil. A ex-presidente autoproclama e golpista da Bolívia,
Jeanine Áñez, planejou fugir do país em direção ao Brasil antes de ser presa
preventivamente em março deste ano. A informação é do jornal boliviano La
Razón.
Segundo o periódico em uma publicação de quarta-feira
(24/08), uma operação policial antecipou a detenção de Áñez, impedindo que
conseguisse sair da Bolívia. De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal, a
ex-presidente apresentou “atos preparatórios para uma fuga”, como a locação de
um jato privado e malas arrumadas. E devemos considerar que ela foi encontrada
escondida embaixo de um colchão quando foi detida pela polícia.
No entanto, para planejar a fuga, Áñez teria sido
informada pelo então ministro da Presidência Yerko Núñez sobre a medida
judicial contra ela. A fonte do La Razón informou que o ex-ministro foi avisado
sobre o mandado de prisão pelo promotor do estado de Beni, Marco Cossío, que, à
época, investigava o caso.
Áñez permanece presa em La Paz de forma preventiva
sendo investigada pelos crimes de sedição, terrorismo e conspiração. Na última
sexta-feira (20/08), a Procuradoria-Geral da Bolívia denunciou a direitista de
genocídio em referência à morte de 20 manifestantes na repressão a protestos
pró-Morales pelas forças de segurança em Sacaba e Senkata, entre 15 e 19 de
novembro de 2019.
Macri está preocupado. Na última terça-feira, o Grupo Interdisciplinar de
Peritos Independentes (GIEI), composto por proposta da Comissão Interamericana
de Direitos Humanos (CIDH), apresentou as conclusões de um estudo de campo
realizado na Bolívia no período de setembro a dezembro de 2019, que incluiu
massacres, execuções e tortura.
O documento aborda especificamente a violação dos
direitos humanos pelo Estado durante o golpe cívico-militar liderado por Jeanine
Áñez, mas duas de suas considerações foram recebidas com preocupação pelos réus
argentinos pela prática do contrabando agravado de suprimentos, expressamente
despachados para serem usados em ações repressivas contra manifestantes que
repudiaram o governo de fato.
Os advogados de Mauricio Macri, Patricia Bullrich,
Marcos Peña e Jorge Faurie tomaram nota do relatório do GIEI sobre duas
recomendações específicas. As que se relacionam, por um lado, com a natureza da
imprescritibilidade - dada a sua natureza de grave violação dos direitos
humanos por parte do Estado - e, por outro, com a incompatibilidade de estar
sujeito a perdões ou amnistias. “Esses crimes são imprescritíveis, de modo que
o dever de investigar não pode estar condicionado às regras processuais
[temporárias] do direito interno”.
O GIEI foi constituído a partir de uma proposta da
CIDH, após ter recebido denúncias de violações de direitos humanos causadas
pelo governo de Áñez. O Secretário Executivo da CIDH, Paulo Abrão, promoveu a
formação do Grupo de Peritos, que desde o início foi questionado pelo titular
da OEA, Luis Almagro. Como resultado das pesquisas realizadas pelo GIEI na
Bolívia, Almagro decidiu demitir Abrão em 15 de agosto de 2020, sem poder
impedir a conclusão da pesquisa.
Importante vitória para Castillo. O Congresso do Peru aprovou na sexta-feira (27) o
gabinete de ministros do presidente recém-empossado Pedro Castillo. Foram 73
votos a favor e 50 contrários à moção de confiança apresentada pelo governo,
procedimento obrigatório aos presidentes eleitos no país.
Logo após o resultado, Castillo agradeceu a decisão do
Legislativo e disse que “a busca por consensos nos permitirá governar junto com
o povo e pelo desenvolvimento de políticas públicas com caráter social”.
“É o momento de incentivar o profundo diálogo entre
todas as raízes políticas, sobretudo com setores mais esquecidos da nossa
sociedade. Vamos construir juntos um Peru mais justo e sem discriminação entre
os cidadãos”, afirmou o mandatário.
A vitória alcançada pelo governo às expectativas do
presidente e de seus ministros, que temiam a imposição de um rearranjo
ostensivo no gabinete caso o Parlamento negasse o voto de confiança. Além
disso, a aprovação do gabinete chega para acalmar um momento conturbado para o
governo, que vinha enfrentando pressões da direita e da extrema direita pedindo
a troca de ministros que consideravam “radicais” e “não abertos ao diálogo”. A
renúncia do agora ex-chanceler Héctor Béjar, sociólogo e ex-guerrilheiro de
esquerda, no último dia 17 de agosto, quando havia completado apenas 20 dias no
cargo, inaugurou a primeira onda de instabilidade da gestão de Castillo, que
agora o Executivo espera superar.
A sessão, que começou na quinta-feira (26/08), foi marcada
por hostilidades por parte da oposição de direita ao governo, principalmente de
parlamentares do partido Força Popular, liderado pela ultradireitista Keiko
Fujimori.
Comitê de greve da Colômbia convoca novas
manifestações! As passeatas foram
convocadas para exigir que o Congresso debata os projetos apresentados pelo CNP
no final do mês passado.
Segundo representantes do Comitê, um dos motivos para a
convocação do dia de protesto é exigir a análise e debate integral dos projetos
apresentados pela comissão e dezenas de parlamentares no final do mês passado.
Esses projetos foram construídos com base no Documento
Nacional de Emergência que o CNP vem propondo desde o ano passado.
Eles também se mobilizarão contra a reforma tributária
que está enraizada no mais alto órgão legislativo.
Outro dos pontos expostos na convocatória do ato é o
protesto contra o Governo de Iván Duque pelos massacres registrados durante
2021 e pela continuidade dos assassinatos de lideranças sociais e defensores
dos direitos humanos.
Qual o interesse da China em Nossa América? Falando sobre a importância e intenções da China na
região, Letícia Tancredi afirmou que, em termos gerais, é visível o ingresso em
grande número de recursos chineses na América Latina nas últimas décadas,
especialmente após a crise de 2008, contudo, em termos comparativos, a parcela
que a região representa nos investimentos chineses, assim como o que a China
representa no total de investimentos estrangeiros na região “não é tão intensa
quanto as pessoas imaginam”.
Mas ela ressalta que “isso não exclui que a América
Latina tenha uma importância cada vez mais estratégica para a China, por ser fornecedora
de commodities energéticas e minerais, que são necessárias para manter a crescente
globalização chinesa, além das commodities agrícolas, necessárias para manter a
segurança alimentar da enorme população chinesa”.
Em relação à infraestrutura, a especialista observou
que a infraestrutura e logística na região são extremamente precárias, e os
países latino-americanos têm um investimento em infraestrutura muito abaixo do
que seria necessário para reverter esta lacuna.
Com relação ao setor de energia, a especialista
ressaltou que a China demanda cada vez mais recursos energéticos para manter “a
roda girando” no ritmo acelerado, já que o país deixou de ser autossuficiente
em petróleo na década de 90, e desde então, a grande maioria do que consome vem
de importação. “Para não depender tanto do mercado do Oriente Médio, que sofre
grande instabilidade, a China busca novos mercados que possam suprir essas
necessidades energéticas”, disse ela.
Ao ser questionada sobre os possíveis atritos gerados
pela presença chinesa na região com outras potências, como os EUA, a
especialista explicou que a crescente presença chinesa está chamando cada vez
mais a atenção dos EUA e, segundo ela, a pandemia acelerou esta preocupação por
causa da intensa cooperação econômica e sanitária oferecida pela China aos
países da região.
Outro ponto ressaltado foi a pressão estadunidense sobre
o Brasil e o Equador para bloquearem as empresas chinesas de infraestrutura
relacionadas ao 5G, sendo essa uma “nova face” da disputa que vai ter na
região.
Direita está desabando na Alemanha. Pela primeira vez em 15 anos, o SPD (Partido Social-democrata
da Alemanha) aparece numericamente à frente em uma pesquisa eleitoral no país.
Os alemães vão às urnas no próximo dia 26 de setembro para escolher os novos
membros do Bundestag (o Parlamento) e, por consequência, o sucessor da chanceler
Angela Merkel (CDU), cujo partido tem desabado nas intenções de voto.
Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (24/08)
pelo Instituto Forsa e pela emissora RTL, o SPD aparece com 23% das intenções
de voto, contra 22% da União (coligação de centro-direita entre os Democratas
Cristãos da CDU e os Sociais-Cristãos da CSU), 18% dos Verdes, 12% dos liberais
(cuja sigla é FDP - em alemão a sigla não é um xingamento), 10% para a AfD
(Alternativa para a Alemanha, de extrema direita) e 6% para A Esquerda (partido
herdeiro do SED, que governava a Alemanha Oriental até 1989).
Se os sociais-democratas obtiverem mais cadeiras no
Bundestag que a União, eles terão preferência para tentar formar governo - que
seria liderado por Olaf Scholz, atual vice-chanceler e ministro das Finanças.
Levantamentos mostram que Scholz vem se tornando um dos políticos mais
populares da Alemanha nos últimos meses.
Pelo resultado da pesquisa, nenhum partido, no entanto,
conseguiria maioria absoluta no parlamento, tendo que fazer alguma coligação
para governar.
O sistema eleitoral alemão é diferente do brasileiro e
cada eleitor tem direito a dois votos: um, chamado de mandato direto, escolhe
um candidato do distrito onde esse eleitor mora. O outro voto é dado a um
partido, que apresenta uma lista de candidatos. Metade do Bundestag (que deve
chegar a 775 cadeiras neste ano) é escolhido pelo mandato direto; a outra,
pelos votos nas listas.
A cláusula de barreira conta no segundo voto. O partido
precisa ou conquistar 5% desses votos, ou obter ao menos três mandatos diretos
no primeiro voto para entrar no Bundestag.
Por isso, é improvável que A Esquerda fique de fora do
Parlamento, já que o partido ainda retém força em algumas áreas da antiga Alemanha
Oriental (em especial em Berlim) e tem boas chances de conseguir mandatos
diretos. Em 2017, a agremiação obteve cinco.
O Estado Genocida e Terrorista. As
forças militares israelenses continuamente atacam cidades e vilas na
Cisjordânia ocupada. E, mais uma vez, matam indiscriminadamente jovens
palestinos.
Um adolescente palestino foi morto a tiros pelas forças
israelenses no campo de refugiados de Balata, localizado na cidade de Nablus,
na Cisjordânia, segundo informações do Ministério da Saúde Palestino.
O Exército israelense confirmou em comunicado o disparo
de um “suspeito que tentava atirar um grande objeto contra os soldados de um
telhado” no meio de uma operação militar, mas não mencionou a morte do
adolescente.
De acordo com Ahmad Jibril, diretor da Unidade de
Emergência do Crescente Vermelho Palestino na cidade de Nablus, o jovem Imada
Hashash tinha 15 anos e foi baleado em uma operação no campo.
O assassinato foi condenado pelo primeiro-ministro
palestino Mohamad Shtayé, que também solicitou que o ministério da saúde
palestino também indicasse que Hashash foi transferido para o Hospital
Cirúrgico Rafidia, onde foi declarado morto algum tempo depois. crimes
"contra os palestinos, conforme refletido pelas agências palestinas
locais.
Israel envia continuamente tropas judias com tanques e
veículos blindados para cidades palestinas na Cisjordânia com o objetivo de
prender ativistas contrários à ocupação, muitas vezes deixando vários mortos.
Afeganistão: lá vai bomba estadunidense. Os EUA
atacaram com drones o braço do Estado Islâmico no Afeganistão, conhecido por
Estado Islâmico Khorasan (EI-K) na noite de sexta-feira (27), para atingir o
local onde estaria um membro do grupo, segundo Washington.
A ofensiva foi realizada menos de 48 horas depois de um
ataque nos arredores do aeroporto internacional de Cabul, que deixou pelo menos
160 afegãos e 13 militares norte-americanos mortos. A autoria do evento foi reivindicada
pelo EI-K.
De acordo com o Comando Central dos Estados Unidos, o
ataque com drones ocorreu em Nangahar, onde estava um membro do Estado Islâmico-Khorasan
que teria envolvimento no planejamento dos atentados contra os militares
norte-americanos na capital afegã.
“O ataque aéreo não tripulado ocorreu na província de
Nangarhar, no Afeganistão. Os primeiros indícios são de que matamos o alvo”,
disse em um comunicado o capitão Bill Urban, do Comando Central dos Estados
Unidos, declarando que, até o momento, não foram registradas vítimas civis.
Estadunidenses matam... Algumas
das pessoas morreram às mãos de militares dos EUA durante a confusão provocada
pelas explosões em Cabul, Afeganistão, na quinta-feira (26), contaram testemunhas
à emissora BBC.
Uma das vítimas foi um homem chamado Mohammed, um
taxista de Londres, Reino Unido, que foi a Cabul para ajudar sua família a
garantir uma passagem segura para fora do país, mas foi morto com sua esposa na
explosão no exterior do Aeroporto Hamid Kharzai, enquanto dois de seus filhos
continuam desaparecidos.
Segundo seu irmão e outros entrevistados, eles foram
mortos por disparos vindos da direção onde os soldados do Tio Sam estavam guardando
o perímetro do aeroporto.
Um afegão disse igualmente à BBC que um civil que havia
trabalhado para as forças estadunidenses foi morto a tiros por militares dos
EUA no rescaldo da explosão.
Os ataques junto do aeroporto de Cabul levaram a vida
de pelo menos 95 pessoas, e feriram outras 150.
Washington tem sido criticado pela desorganização e
lentidão da evacuação de civis do aeroporto de Cabul, depois que o Talibã tomou
Cabul a 15 de agosto, muito mais rápido que o esperado pela OTAN.
Pois é... “negócio é negócio”! O secretário
de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que cerca de 1.500 americanos ainda
estão no Afeganistão. Blinken indicou que Washington evacuou pelo menos 4.500
cidadãos estadunidenses e que outros 500 estão preparados para a partida
próxima do país.
Quanto ao número total de evacuados, o secretário de
Estado afirmou que os EUA retiraram mais de 82.000 pessoas desde 14 de agosto.
Comentando o que pode acontecer depois do dia 31 de
agosto, data estabelecida para o fim da retirada, o alto funcionário disse que
os EUA continuarão se esforçando para que quem queira deixar o país o possa
fazer, e que esperam que o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e
em vários outros países) cumpra seus compromissos a esse respeito.
“Tomaremos uma posição em relação a qualquer governo
talibã no Afeganistão com base em uma premissa simples: nossos interesses e se
isso nos ajuda a promovê-los ou não”, destacou.
“Se o envolvimento com o governo promover nossos
interesses duradouros na luta contra o terrorismo e servir para tentar ajudar o
povo afegão que precisa de assistência humanitária e para a proteção dos
direitos de todos os afegãos, especialmente mulheres e meninas, então faremos
isso”, adicionou Blinken.
Não pode comprar feijão? Compre um fuzil.
Para o insano que governa o país, quem acha os preços
de um fuzil caro e diz que é melhor comprar feijão, que também está caro e
inacessível para os mais pobres, é idiota.
Declarações absurdas e desrespeitosas são a
especialidade dele e de alguns dos seus ministros. E tudo é dito no cercadinho
do Palácio da Alvorada, onde apoiadores se apertam diariamente para ouvir ‘o
mito’ vomitar seus destemperos diários.
Na manhã desta sexta-feira (27), o demente parou no cercadinho
e falou a um apoiador sobre compra de armas. Questionado se “havia alguma
novidade para caçadores, atiradores e colecionadores (conhecidos como CAC´s), sem
nenhum decoro ou respeito ao povo, vociferou: "O CAC está podendo comprar
fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar
fuzil, pô”.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de
conflitos envolvendo especificamente a disputa de terras em 2020 cresceu 25% em
relação a 2019. Foram 2054 ocorrências. O relatório divulgado em maio deste ano
ainda mostra que mais de 81 mil famílias tiveram suas terras ou territórios
invadidos no ano passado. A maioria delas (71,8%) são indígenas.
Produtos desaparecem dos mercados. A
análise da Neogrid, que mede a falta de produtos nos supermercados, apontou
leite, ovos e margarina como os produtos com maior falta nas gôndolas em julho.
O índice da empresa indica uma estabilidade para o setor supermercadista. O valor,
porém, ficou em 11,08% no mês, o que continua representando um nível
considerado alto. A análise é feita com base em toda a malha de dados dos
varejistas que consta na plataforma da companhia.
Levando em consideração os critérios adotados pela
Neogrid para esse ranking, que é desenvolvido desde 2015, os dez produtos que
mais faltaram nas gôndolas para o consumidor foram: leite longa vida (20%),
bebidas à base de soja (19%), proteína de soja (18%), ovos de aves (17%),
margarina (13%), açúcar (12%), massa (12%), leite em pó (11%), requeijão (11%)
e conhaque (11%).
“Em edições anteriores, percebemos que o brasileiro
buscava itens mais em conta para sua lista de compras. Era o caso, por exemplo,
do ovo que, de certa forma, servia como opção à carne bovina. Hoje, vemos que
mesmo esse tipo de produtos substitutos começa a aparecer no índice de ruptura
nacional”, explica Robson Munhoz, CCSO (Chief Customer Success Officer) da
Neogrid.
Estabilidade é a palavra que mais representa o
comportamento do índice dos últimos períodos. De abril a julho, a maior
diferença foi de 0,11%, registrado entre abril e maio. No restante dos meses, a
ruptura praticamente se manteve.
Reajustes abaixo da inflação. A crise
econômica, aliada a péssima gestão do ex-capitão e do seu ministro da Economia,
tanto no combate à pandemia quanto ao desemprego e a escalada da inflação, está
corroendo o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras, que ganham cada
vez menos e não conseguem sequer repor a
inflação nas negociações salariais.
O boletim de “Olho na Negociação” do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o
“Salariômetro”, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram
que o mês de julho deste ano foi o pior dos últimos 12 meses para o trabalhador
que, junto com seu sindicato, lutou por reajuste em suas campanhas salariais.
De acordo com o Dieese, em cerca de 59% das negociações
realizadas em julho os reajustes foram abaixo da inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em outras 16% foram iguais à inflação, e em cerca de 25%
resultaram em aumentos reais aos salários.
A variação real média das correções salariais em julho
foi negativa (-1,87%). Para chegar a este total o Dieese analisou 129 reajustes
com data base no mês passado.
Já o “Salariômetro” da Fipe mostra que em julho, a
média do reajuste foi de 7,6%. Como a inflação do período bateu os 9,2%, houve
perda real nos salários de 1,6%.
Ao longo deste ano, de acordo com o Dieese, os
reajustes acima do INPC representam 17,5% do total; sendo que os iguais à
inflação oficial ficaram em 32,2%.
Já as negociações que terminaram em perdas salariais,
com índice abaixo da inflação foram a maioria, com 50,3%. A variação real média
no ano, até julho, foi negativa (-0,71%).
As causas para as perdas salariais dos trabalhadores
estão no índice de desemprego, no desalento
na carestia, principalmente com os reajustes da energia elétrica e
combustíveis, e na precarização das relações de trabalho provocadas pela
reforma trabalhista, na avaliação da coordenadora de pesquisas do Dieese,
Patrícia Pelatieri.
“Com 15 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados,
somados aos milhões de subocupados, a negociação salarial fica mais
complicada”, diz a coordenadora do Dieese.
Soma-se o aumento acelerado dos preços dos alimentos,
dos combustíveis e da energia elétrica, o desmonte da legislação trabalhista e
o enfraquecimento da Justiça do Trabalho, ao desemprego e ao desalento, e está
construída a situação ideal para o patronal tentar retirar direitos tão
duramente conquistados - Patrícia Pelatieri.
Risco de um golpe? O
demente, seus ministros e sua família de sacripantas voltaram a ameaçar a
população brasileira com um golpe. Queriam o fim das urnas eletrônicas e a
volta do voto impresso, mas perderam. Agora ameaça um golpe invadindo o STF e o
Congresso. E, com seguidores lunáticos que ele tem, parece que preocupou alguns
setores.
De acordo com o blog de Lauro Jardim em O Globo, estão
previstos cinco mil policiais do governo do Distrito Federal para fazer a
segurança do prédio do Congresso no dia 7 de setembro, data marcada para
manifestação de apoio ao ensandecido. E, segundo Jardim, a Polícia Legislativa
também atuará na proteção do prédio, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(Democratas), já teve uma conversa com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB),
sobre o tema.
Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito
Federal querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por
classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos políticos.
De acordo com o Estadão, a promotoria do Tribunal de
Justiça Militar (TJM) de São Paulo deu prazo de 48 horas para que a
Corregedoria da Polícia Militar informasse as providências que tomou sobre o
caso. O prazo acabaria à meia-noite da sexta-feira (27).
Poderia ser mais sórdido? Dinheiro
para salvar “amigos” empresários da falência, temos muito; dinheiro para
financiar o agronegócio e incentivar os desmatamentos, tem a rodo; mas dinheiro
para pesquisar e tratar a Covid que continua matando no Brasil, não tem!
Com argumento de que aumentaria a rigidez orçamentária
e daria margem a descumprir metas fiscais, o tresloucado vetou 34 dispositivos
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. Entre os vetos, estão os
programas emergenciais criados para combater os efeitos da pandemia (Pronampe,
Peac, Programa Emergencial de Suporte a Empregos, Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda).
O governo vetou também dispositivo que aumentava em 50%
os recursos para pesquisa básica e tecnológica de imunobiológicos e insumos para
prevenção e controle de doenças.
Foram vetadas diretrizes para ações e serviços públicos
de saúde na lei orçamentária, como o reforço ao Programa Nacional de
Imunização, campanhas de utilidade pública para prevenção e cuidados com a
saúde, tratamento de sequelas causadas pela Covid-19 e a infraestrutura da rede
de atendimento oncológico.
Finalmente acordaram? Nos últimos anos, temos
falado do risco de uma crise de energia no país, não só pela completa falta de
investimentos dos últimos governos na área como, também, pela crise ambiental em
que vive o planeta e está trazendo a famosa “falta de água”, que a imprensa e
os governantes escondem por trás de uma expressão mais suave: “crise hídrica”!
Agora, até o insano admitiu uma “relevante piora” na degradação do cenário hídrico do
País e nas projeções para os próximos meses. Frente ao agravamento da escassez
nos reservatórios, é considerado “imprescindível” a adoção de todas as medidas
em andamento e propostas, principalmente o acionamento de usinas adicionais,
até mesmo as mais caras, e medidas para reter mais água nos reservatórios. Em
reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta terça-feira,
24, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou proposta para
flexibilizações temporárias na operação do Rio São Francisco. A medida
representa que o uso da água para geração de energia elétrica terá prioridade
em relação a outros usos.
E o demente dá mostras de
preocupações. Em transmissão nas suas redes sociais, o ex-capitão fez um apelo
para que a população economize energia. Ao falar sobre a crise hídrica pela
qual passa o país, Bolsonaro afirmou que o país está no “limite do limite” e
pediu para que seus espectadores apagassem um ponto de luz em sua casa. A crise
hídrica se agravou nas últimas semanas com a persistência da seca em diversas
regiões do país.
E a população aumentou! O número de habitantes no país chegou a 213,3 milhões
em 2021, segundo as Estimativas da População divulgadas na sexta-feira (27)
pelo IBGE. O estudo, com data de referência em 1º de julho, leva em conta todos
os 5.570 municípios brasileiros, e é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e
Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e
demográficos.
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso
do país, com 12,4 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,8
milhões), Brasília (3,1 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Fortaleza (2,7
milhões). Dos 17 municípios do país com população superior a um milhão de
habitantes, 14 são capitais. Esse grupo concentra 21,9% da população ou 46,7
milhões de pessoas.
Já o conjunto das 26 capitais mais o Distrito Federal
supera os 50 milhões de habitantes, representando, em 2021, 23,87% da população
do país.
Por outro lado, 67,7%, (ou 3.770 municípios) têm menos
de 20 mil habitantes, concentrando apenas 14,8% da população (31,6 milhões de
habitantes). Em 2021, pouco mais da metade da população brasileira (57,7% ou
123,0 milhões de habitantes) concentra-se em apenas 5,8% dos municípios (326
municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes.
Nossa América está ardendo. Apenas
no ano passado, a Amazônia perdeu uma área de floresta igual a sete vezes a
cidade de Londres!
Se a Terra queimar, a América Latina e o Caribe são como
brasas: estão entre as regiões do planeta mais afetadas pelas mudanças
climáticas. Prevenções regionais são insuficientes e poucos. Apenas uma semana
depois de o International Expert Group (IPCC) publicar seu relatório sobre a
dramática situação mundial, na terceira terça-feira de agosto, o alarme soou
com decibéis latino-americanos. A radiografia continental do novo estudo da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), publicada em 17 de agosto, revela um diagnóstico
sério.
2020 foi um dos três anos mais quentes – desde o início
das medições - no México / América Central e no Caribe. E o segundo mais quente
da América do Sul. As temperaturas foram de 1 ° C, 0,8 ° C e 0,6 ° C,
respectivamente, acima da média das décadas 1980-2010.
No sul da Amazônia e no Pantanal, onde convergem as
águas de nove países sul-americanos e concentra um décimo do carbono terrestre,
os incêndios explodiram exponencialmente em decorrência da intensa seca que
atingiu aquela região. Seca que não é inocente, mas é o resultado do
desmatamento em grande escala com o objetivo de gerar terras para a criação de
gado e lavouras agroexportadoras. Foi a pior seca dos últimos 60 anos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), a Amazônia brasileira registrou 2.308 focos de incêndios em
junho deste ano, seu pior número desde 2007. Foi 2,6% superior ao do ano
passado, que, segundo o relatório da a OMM, eles já tinham sido um recorde.
Os ecossistemas costeiros e marítimos, bem como as
comunidades humanas que deles dependem, especialmente em pequenos Estados
insulares, enfrentam hoje ameaças crescentes de aquecimento e acidificação dos
oceanos, aumento do nível das águas e aumento da intensidade e frequência das
tempestades tropicais. Na região, 27% da população vive em áreas litorâneas. E
entre 6 e 8% vivem em áreas seriamente ameaçadas por eventuais enchentes.
A golpista pensou em fugir para o Brasil. A ex-presidente autoproclama e golpista da Bolívia,
Jeanine Áñez, planejou fugir do país em direção ao Brasil antes de ser presa
preventivamente em março deste ano. A informação é do jornal boliviano La
Razón.
Segundo o periódico em uma publicação de quarta-feira
(24/08), uma operação policial antecipou a detenção de Áñez, impedindo que
conseguisse sair da Bolívia. De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal, a
ex-presidente apresentou “atos preparatórios para uma fuga”, como a locação de
um jato privado e malas arrumadas. E devemos considerar que ela foi encontrada
escondida embaixo de um colchão quando foi detida pela polícia.
No entanto, para planejar a fuga, Áñez teria sido
informada pelo então ministro da Presidência Yerko Núñez sobre a medida
judicial contra ela. A fonte do La Razón informou que o ex-ministro foi avisado
sobre o mandado de prisão pelo promotor do estado de Beni, Marco Cossío, que, à
época, investigava o caso.
Áñez permanece presa em La Paz de forma preventiva
sendo investigada pelos crimes de sedição, terrorismo e conspiração. Na última
sexta-feira (20/08), a Procuradoria-Geral da Bolívia denunciou a direitista de
genocídio em referência à morte de 20 manifestantes na repressão a protestos
pró-Morales pelas forças de segurança em Sacaba e Senkata, entre 15 e 19 de
novembro de 2019.
Macri está preocupado. Na última terça-feira, o Grupo Interdisciplinar de
Peritos Independentes (GIEI), composto por proposta da Comissão Interamericana
de Direitos Humanos (CIDH), apresentou as conclusões de um estudo de campo
realizado na Bolívia no período de setembro a dezembro de 2019, que incluiu
massacres, execuções e tortura.
O documento aborda especificamente a violação dos
direitos humanos pelo Estado durante o golpe cívico-militar liderado por Jeanine
Áñez, mas duas de suas considerações foram recebidas com preocupação pelos réus
argentinos pela prática do contrabando agravado de suprimentos, expressamente
despachados para serem usados em ações repressivas contra manifestantes que
repudiaram o governo de fato.
Os advogados de Mauricio Macri, Patricia Bullrich,
Marcos Peña e Jorge Faurie tomaram nota do relatório do GIEI sobre duas
recomendações específicas. As que se relacionam, por um lado, com a natureza da
imprescritibilidade - dada a sua natureza de grave violação dos direitos
humanos por parte do Estado - e, por outro, com a incompatibilidade de estar
sujeito a perdões ou amnistias. “Esses crimes são imprescritíveis, de modo que
o dever de investigar não pode estar condicionado às regras processuais
[temporárias] do direito interno”.
O GIEI foi constituído a partir de uma proposta da
CIDH, após ter recebido denúncias de violações de direitos humanos causadas
pelo governo de Áñez. O Secretário Executivo da CIDH, Paulo Abrão, promoveu a
formação do Grupo de Peritos, que desde o início foi questionado pelo titular
da OEA, Luis Almagro. Como resultado das pesquisas realizadas pelo GIEI na
Bolívia, Almagro decidiu demitir Abrão em 15 de agosto de 2020, sem poder
impedir a conclusão da pesquisa.
Importante vitória para Castillo. O Congresso do Peru aprovou na sexta-feira (27) o
gabinete de ministros do presidente recém-empossado Pedro Castillo. Foram 73
votos a favor e 50 contrários à moção de confiança apresentada pelo governo,
procedimento obrigatório aos presidentes eleitos no país.
Logo após o resultado, Castillo agradeceu a decisão do
Legislativo e disse que “a busca por consensos nos permitirá governar junto com
o povo e pelo desenvolvimento de políticas públicas com caráter social”.
“É o momento de incentivar o profundo diálogo entre
todas as raízes políticas, sobretudo com setores mais esquecidos da nossa
sociedade. Vamos construir juntos um Peru mais justo e sem discriminação entre
os cidadãos”, afirmou o mandatário.
A vitória alcançada pelo governo às expectativas do
presidente e de seus ministros, que temiam a imposição de um rearranjo
ostensivo no gabinete caso o Parlamento negasse o voto de confiança. Além
disso, a aprovação do gabinete chega para acalmar um momento conturbado para o
governo, que vinha enfrentando pressões da direita e da extrema direita pedindo
a troca de ministros que consideravam “radicais” e “não abertos ao diálogo”. A
renúncia do agora ex-chanceler Héctor Béjar, sociólogo e ex-guerrilheiro de
esquerda, no último dia 17 de agosto, quando havia completado apenas 20 dias no
cargo, inaugurou a primeira onda de instabilidade da gestão de Castillo, que
agora o Executivo espera superar.
A sessão, que começou na quinta-feira (26/08), foi marcada
por hostilidades por parte da oposição de direita ao governo, principalmente de
parlamentares do partido Força Popular, liderado pela ultradireitista Keiko
Fujimori.
Comitê de greve da Colômbia convoca novas
manifestações! As passeatas foram
convocadas para exigir que o Congresso debata os projetos apresentados pelo CNP
no final do mês passado.
Segundo representantes do Comitê, um dos motivos para a
convocação do dia de protesto é exigir a análise e debate integral dos projetos
apresentados pela comissão e dezenas de parlamentares no final do mês passado.
Esses projetos foram construídos com base no Documento
Nacional de Emergência que o CNP vem propondo desde o ano passado.
Eles também se mobilizarão contra a reforma tributária
que está enraizada no mais alto órgão legislativo.
Outro dos pontos expostos na convocatória do ato é o
protesto contra o Governo de Iván Duque pelos massacres registrados durante
2021 e pela continuidade dos assassinatos de lideranças sociais e defensores
dos direitos humanos.
Qual o interesse da China em Nossa América? Falando sobre a importância e intenções da China na
região, Letícia Tancredi afirmou que, em termos gerais, é visível o ingresso em
grande número de recursos chineses na América Latina nas últimas décadas,
especialmente após a crise de 2008, contudo, em termos comparativos, a parcela
que a região representa nos investimentos chineses, assim como o que a China
representa no total de investimentos estrangeiros na região “não é tão intensa
quanto as pessoas imaginam”.
Mas ela ressalta que “isso não exclui que a América
Latina tenha uma importância cada vez mais estratégica para a China, por ser fornecedora
de commodities energéticas e minerais, que são necessárias para manter a crescente
globalização chinesa, além das commodities agrícolas, necessárias para manter a
segurança alimentar da enorme população chinesa”.
Em relação à infraestrutura, a especialista observou
que a infraestrutura e logística na região são extremamente precárias, e os
países latino-americanos têm um investimento em infraestrutura muito abaixo do
que seria necessário para reverter esta lacuna.
Com relação ao setor de energia, a especialista
ressaltou que a China demanda cada vez mais recursos energéticos para manter “a
roda girando” no ritmo acelerado, já que o país deixou de ser autossuficiente
em petróleo na década de 90, e desde então, a grande maioria do que consome vem
de importação. “Para não depender tanto do mercado do Oriente Médio, que sofre
grande instabilidade, a China busca novos mercados que possam suprir essas
necessidades energéticas”, disse ela.
Ao ser questionada sobre os possíveis atritos gerados
pela presença chinesa na região com outras potências, como os EUA, a
especialista explicou que a crescente presença chinesa está chamando cada vez
mais a atenção dos EUA e, segundo ela, a pandemia acelerou esta preocupação por
causa da intensa cooperação econômica e sanitária oferecida pela China aos
países da região.
Outro ponto ressaltado foi a pressão estadunidense sobre
o Brasil e o Equador para bloquearem as empresas chinesas de infraestrutura
relacionadas ao 5G, sendo essa uma “nova face” da disputa que vai ter na
região.
Direita está desabando na Alemanha. Pela primeira vez em 15 anos, o SPD (Partido Social-democrata
da Alemanha) aparece numericamente à frente em uma pesquisa eleitoral no país.
Os alemães vão às urnas no próximo dia 26 de setembro para escolher os novos
membros do Bundestag (o Parlamento) e, por consequência, o sucessor da chanceler
Angela Merkel (CDU), cujo partido tem desabado nas intenções de voto.
Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (24/08)
pelo Instituto Forsa e pela emissora RTL, o SPD aparece com 23% das intenções
de voto, contra 22% da União (coligação de centro-direita entre os Democratas
Cristãos da CDU e os Sociais-Cristãos da CSU), 18% dos Verdes, 12% dos liberais
(cuja sigla é FDP - em alemão a sigla não é um xingamento), 10% para a AfD
(Alternativa para a Alemanha, de extrema direita) e 6% para A Esquerda (partido
herdeiro do SED, que governava a Alemanha Oriental até 1989).
Se os sociais-democratas obtiverem mais cadeiras no
Bundestag que a União, eles terão preferência para tentar formar governo - que
seria liderado por Olaf Scholz, atual vice-chanceler e ministro das Finanças.
Levantamentos mostram que Scholz vem se tornando um dos políticos mais
populares da Alemanha nos últimos meses.
Pelo resultado da pesquisa, nenhum partido, no entanto,
conseguiria maioria absoluta no parlamento, tendo que fazer alguma coligação
para governar.
O sistema eleitoral alemão é diferente do brasileiro e
cada eleitor tem direito a dois votos: um, chamado de mandato direto, escolhe
um candidato do distrito onde esse eleitor mora. O outro voto é dado a um
partido, que apresenta uma lista de candidatos. Metade do Bundestag (que deve
chegar a 775 cadeiras neste ano) é escolhido pelo mandato direto; a outra,
pelos votos nas listas.
A cláusula de barreira conta no segundo voto. O partido
precisa ou conquistar 5% desses votos, ou obter ao menos três mandatos diretos
no primeiro voto para entrar no Bundestag.
Por isso, é improvável que A Esquerda fique de fora do
Parlamento, já que o partido ainda retém força em algumas áreas da antiga Alemanha
Oriental (em especial em Berlim) e tem boas chances de conseguir mandatos
diretos. Em 2017, a agremiação obteve cinco.
O Estado Genocida e Terrorista. As
forças militares israelenses continuamente atacam cidades e vilas na
Cisjordânia ocupada. E, mais uma vez, matam indiscriminadamente jovens
palestinos.
Um adolescente palestino foi morto a tiros pelas forças
israelenses no campo de refugiados de Balata, localizado na cidade de Nablus,
na Cisjordânia, segundo informações do Ministério da Saúde Palestino.
O Exército israelense confirmou em comunicado o disparo
de um “suspeito que tentava atirar um grande objeto contra os soldados de um
telhado” no meio de uma operação militar, mas não mencionou a morte do
adolescente.
De acordo com Ahmad Jibril, diretor da Unidade de
Emergência do Crescente Vermelho Palestino na cidade de Nablus, o jovem Imada
Hashash tinha 15 anos e foi baleado em uma operação no campo.
O assassinato foi condenado pelo primeiro-ministro
palestino Mohamad Shtayé, que também solicitou que o ministério da saúde
palestino também indicasse que Hashash foi transferido para o Hospital
Cirúrgico Rafidia, onde foi declarado morto algum tempo depois. crimes
"contra os palestinos, conforme refletido pelas agências palestinas
locais.
Israel envia continuamente tropas judias com tanques e
veículos blindados para cidades palestinas na Cisjordânia com o objetivo de
prender ativistas contrários à ocupação, muitas vezes deixando vários mortos.
Afeganistão: lá vai bomba estadunidense. Os EUA
atacaram com drones o braço do Estado Islâmico no Afeganistão, conhecido por
Estado Islâmico Khorasan (EI-K) na noite de sexta-feira (27), para atingir o
local onde estaria um membro do grupo, segundo Washington.
A ofensiva foi realizada menos de 48 horas depois de um
ataque nos arredores do aeroporto internacional de Cabul, que deixou pelo menos
160 afegãos e 13 militares norte-americanos mortos. A autoria do evento foi reivindicada
pelo EI-K.
De acordo com o Comando Central dos Estados Unidos, o
ataque com drones ocorreu em Nangahar, onde estava um membro do Estado Islâmico-Khorasan
que teria envolvimento no planejamento dos atentados contra os militares
norte-americanos na capital afegã.
“O ataque aéreo não tripulado ocorreu na província de
Nangarhar, no Afeganistão. Os primeiros indícios são de que matamos o alvo”,
disse em um comunicado o capitão Bill Urban, do Comando Central dos Estados
Unidos, declarando que, até o momento, não foram registradas vítimas civis.
Estadunidenses matam... Algumas
das pessoas morreram às mãos de militares dos EUA durante a confusão provocada
pelas explosões em Cabul, Afeganistão, na quinta-feira (26), contaram testemunhas
à emissora BBC.
Uma das vítimas foi um homem chamado Mohammed, um
taxista de Londres, Reino Unido, que foi a Cabul para ajudar sua família a
garantir uma passagem segura para fora do país, mas foi morto com sua esposa na
explosão no exterior do Aeroporto Hamid Kharzai, enquanto dois de seus filhos
continuam desaparecidos.
Segundo seu irmão e outros entrevistados, eles foram
mortos por disparos vindos da direção onde os soldados do Tio Sam estavam guardando
o perímetro do aeroporto.
Um afegão disse igualmente à BBC que um civil que havia
trabalhado para as forças estadunidenses foi morto a tiros por militares dos
EUA no rescaldo da explosão.
Os ataques junto do aeroporto de Cabul levaram a vida
de pelo menos 95 pessoas, e feriram outras 150.
Washington tem sido criticado pela desorganização e
lentidão da evacuação de civis do aeroporto de Cabul, depois que o Talibã tomou
Cabul a 15 de agosto, muito mais rápido que o esperado pela OTAN.
Pois é... “negócio é negócio”! O secretário
de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que cerca de 1.500 americanos ainda
estão no Afeganistão. Blinken indicou que Washington evacuou pelo menos 4.500
cidadãos estadunidenses e que outros 500 estão preparados para a partida
próxima do país.
Quanto ao número total de evacuados, o secretário de
Estado afirmou que os EUA retiraram mais de 82.000 pessoas desde 14 de agosto.
Comentando o que pode acontecer depois do dia 31 de
agosto, data estabelecida para o fim da retirada, o alto funcionário disse que
os EUA continuarão se esforçando para que quem queira deixar o país o possa
fazer, e que esperam que o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e
em vários outros países) cumpra seus compromissos a esse respeito.
“Tomaremos uma posição em relação a qualquer governo
talibã no Afeganistão com base em uma premissa simples: nossos interesses e se
isso nos ajuda a promovê-los ou não”, destacou.
“Se o envolvimento com o governo promover nossos
interesses duradouros na luta contra o terrorismo e servir para tentar ajudar o
povo afegão que precisa de assistência humanitária e para a proteção dos
direitos de todos os afegãos, especialmente mulheres e meninas, então faremos
isso”, adicionou Blinken.
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