“Ele” não gosta de nós!
Todos os nossos leitores já sabem que estamos falando
do demente que governa o Brasil, não gosta do povo e tem medo mortal dos
movimentos sociais.
Pois é! A proposta do demente ao Congresso para
atualização da Lei Antiterrorismo abre brecha para criminalizar os movimentos
sociais. Trata-se do PL (Projeto de Lei) 732/22, já em tramitação na Câmara dos
Deputados, onde aguarda despacho da presidência da Casa.
Gustavo Badaró, advogado e professor de direito
processual penal da USP, destaca o fato de o texto sugerido não esclarecer se
as “ações violentas” são contra pessoas ou bens.
Para Alexandre Conceição, integrante da coordenação
nacional do MST, a proposta do ex-capitão para a Lei Antiterrorismo mira os
movimentos sociais.
“Propostas como essa aprofundam esse processo de
criminalização dos movimentos [sociais]. Elas [Essas] nos preocupam, mas não
nos acovarda”, disse Conceição.
O líder dos sem-terra elencou outras frentes de atuação
do governo com esse alegado propósito. Lembrou, por exemplo, das recorrentes
declarações do mandatário sobre a ampliação do porte de armas para proprietários
rurais.
Formulado em ano eleitoral, o pacote legislativo acena
para a base política do presidente da República. E há, entre as sugestões do
governo, proposta para aliviar punições a policiais. Esse conteúdo está no PL
733/22.
Ou seja, os movimentos sociais são criminosos, mas
policiais que abusam do poder são “santos”!
O que “ele” quer esconder? Desde o
dia 28 de março, Milton Ribeiro não é mais o ministro da Educação, envolto em
denúncias de desvio de verbas para pastores evangélicos “amigos” do presidente.
Com denúncia no jornal O Estado de S. Paulo e vazamento de áudios no jornal
Folha de S. Paulo, a situação do ex-ministro ficou insustentável.
Principalmente porque no desgoverno do insano, a
educação tem sofrido cortes constantes de verbas e as escolas públicas do
ensino básico se veem em situação de muita precariedade. Somente sobre a
denúncia de corrupção envolvendo pastores e a formação de um gabinete paralelo
no MEC, trata-se de R$ 9,7 milhões.
E falta dinheiro para a estruturação das escolas, para
os salários dos profissionais da educação, para as universidades, para a
pesquisa e a ciência. Não há dinheiro para a compra de absorventes para meninas
e mulheres carentes (felizmente o Congresso derrubou esse veto desumano à
compra dos absorventes), mas sobra dinheiro para os amigos e para as Forças
Armadas comprarem Viagra e remédio contra a calvície, tão fundamentais para a
defesa da nação. É de pasmar.
Estranhamente, a mídia patronal e conservadora parece
ter esquecido a corrupção no Ministério da Educação (MEC). Mas nós não
esquecemos e jamais esqueceremos. Porque esse desgoverno somente reajustou o
Piso Nacional Salarial dos Professores sob intensa pressão dos sindicatos
representantes da categoria no país inteiro.
Enquanto isso... Primeiro
apareceram das denúncias, comprovadas com notas fiscais, da compra de picanha e
cerveja para as Forças Armadas do país. Depois foi a vez da matéria sobre a compra
de milhares de latas de leite moça para as mesmas “forças armadas”. Agora estamos
diante de um quadro mais dantesco mantido por um governo completamente incompetente
e doente.
O valor anual de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS)
que o governo repassou para o Ministério da Defesa, responsável pela atuação
das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica - bateu o recorde da série
histórica, de 2013 a 2021.
De acordo com informações que constam em documento
divulgado pela Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde
(CNS) em fevereiro deste ano, o governo Bolsonaro repassou, em média, R$ 325
milhões por ano ao Ministério da Defesa, relata reportagem do BdF.
Em 2019, o valor anual de verbas do SUS direcionadas à
saúde dos militares foi a R$ 350 milhões, diz o texto, que completa: Dois ano
depois, em 2021, a cifra chegou a R$ 355 milhões, quebrando novamente o recorde
da série histórica, de 2013 a 2021.
Mas, através das redes sociais, descobrimos que nossas “Forças
Armadas” gastaram esse dinheiro comprando Viagra, próteses penianas e lubrificantes
íntimos, além de remédio para calvície.
A nós cabe perguntar: por que nossas Forças Armadas não
contam com munição suficiente para sustentar 15 minutos de guerra, segundo declarações
de almirantes e generais, mas pode gastar com Viagra e próteses penianas?
São dois projetos muito distintos. No dia
2 de outubro, o Brasil enfrentará uma das disputas eleitorais mais importantes
de sua história recente. Do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, ao grande
repúdio do povo brasileiro ao demente que governa o país muita água passou
debaixo da ponte, e pelo caminho, rios de pobreza derramada.
No dia 2 de outubro teremos que escolher entre dois
caminhos: a manutenção da atual política econômica e social ou voltar a crescer
aos ritmos de antes.
O subimperialismo brasileiro com o qual se identifica
ideologicamente o bolsonarismo, cujo representante é Ruy Marina, assenta no
fundamento de que as relações entre o capitalismo dominante e a economia dependente
implicam uma transferência de valor desta para a primeira, levando às burguesias
de subcentros como o Brasil rumo à prosperidade. Essa corrente teórica com a
qual o bolsonarismo se identifica expressa a subordinação do gigante
sul-americano aos interesses do Pentágono e do Departamento de Estado dos EUA.
Pelo que estamos vendo, até agora, são três projetos
distintos disputando esse poder e espalhando notícias que interessas e abafando
outras.
1) Se vence o demente que está no poder: com base em
pesquisas e eventos recentes, esse cenário é menos provável que o anterior. A
fraqueza política e a crescente impopularidade do insano, bem como a falta de
força de seus aliados internacionais - neoconservadores e libertários - não lhe
dariam uma estrutura para se sustentar lançando um golpe de estado
institucional, como Fujimori no Peru. 1992. Se a diferença de votos não for tão
muito expressiva, é provável que as milícias do insano realizem uma série de
acusações de fraude, acionando suas milícias digitais muito poderosas, com as
ruas vencidas por forças parapoliciais e igrejas neopentecostais. Para isso, é
preciso levar em conta o pano de fundo que culminou na tomada do Capitólio nos
EUA pelo trumpismo, bem como as mobilizações promovidas pelo Bolsonaro no dia 7
de setembro, durante as comemorações dos 199 anos da emancipação de Cuba.
português, com fortes palavras de ordem contra o Supremo Tribunal do país e com
uma evidente cumplicidade militar na mobilização.
2) Se o vencedor for Lula da Silva, com a aliança com
Alckmin, Lula consegue arrastar atrás de si a Grande Burguesia Paulista,
articulada na Federação dos Industriais do Estado de São Paulo-FIESP, ao mesmo
tempo em que consegue alinhar atrás de si setores de esquerda como PSOL e ao
Partido Comunista Brasileiro-PCB, e a movimentos sociais como o MST (camponeses)
e o MTST (sem teto).
O ex-sindicalista metalúrgico e suas próprias forças
devem ter capacidade de responder às ruas e aproveitar o palco, abertamente,
para recolocar o gigante latino-americano no caminho da construção de um Brasil
com justiça social, protagonista da economia e integração política regional.
3) Se o “centro” vencer... Nem vamos colocar fatos
neste número do Informativo. Talvez, até outubro, nem exista uma candidatura de
“centro” uma vez que o grande ícone desse segmento, o ex-ministro Sérgio Moro,
não consegue decolar e pode até ter sua candidatura suspensa por falcatruas econômicas.
Outra oportunidade para Nossa América? Se, em outubro deste ano, teremos eleições no Brasil
com a clara possibilidade de enterrar de vez o insano e suas propostas contra o
povo, em maio (primeiro turno) ou junho (segundo turno) teremos a oportunidade
de ver a derrota da direita na Colômbia, país que é o “braço armado” dos EUA em
nossa região.
Os setores mais progressistas da Colômbia e a esquerda
conseguiram um acordo muito importante ao formar uma chapa que tem grandes possibilidades
de vencer as eleições. A nova sigla ficou conhecida como “Pacto Histórico”.
As candidaturas para as eleições de maio são compostas
pelos seguintes candidatos: Ingrid Betancourt do partido Oxigênio Verde com seu
slogan Cheque Corrupção; Enrique Gómez do Movimento de Salvação Nacional com o
slogan “Salve a Colômbia”; Gustavo Petro do Pacto Histórico com seu lema
“Colômbia: potência mundial da vida”; Luis Pérez do movimento Think Big; John
Milton Rodríguez da Colômbia Justa Libre com o lema “For Colombia Goes”; Federico
Gutiérrez de We Believe Colombia com seu lema “O Presidente do Povo”; Sergio
Fajardo do Centro Democrático com o lema “Este é o momento” e; Rodolfo
Hernández ex-prefeito de Bucaramanga com seu movimento de Lógica, Ética e
Estética e seu lema “Minha única coalizão é com os colombianos”.
Um dos maiores rivais do favorito Gustavo Petro é o
social-democrata, professor, ex-governador de Antioquia e ex-prefeito de Medellín,
Sergio Fajardo, acusado formalmente dos crimes de peculato por apropriação e
contrato sem cumprimento da exigência, gerando um patrimônio prejuízo no
governo de Antioquia entre os anos de 2012-2015, quando atuou como o mais alto
presidente departamental.
Mentiroso! Enquanto na Colômbia a violência cresce nas regiões com atos execráveis
como o massacre de indígenas
e camponeses em Puerto Leguízamo, o assassinato de
ex-combatentes das FARC e lideranças sociais
e ambientais, o senhor Ivan Duque, presidente do país, acaba de comparecer
perante o Conselho de Segurança da ONU apresentará relatório sobre suas supostas
conquistas em relação aos avanços na implementação do Acordo de Paz firmado
entre o Estado colombiano e as FARC.
É uma versão mentirosa da paz que os fatos negam onde
quer que você olhe. Duque e o uribismo chegaram ao governo em 2018 para rasgar
os acordos de paz, para sabotar seus desdobramentos para impedir sua
materialização nos diversos campos incluídos nos textos dos pactos assinados no
segundo semestre de 2016.
A Colômbia, de fato, segue sendo o país onde mais opositores
e jornalistas são assassinados.
A Argentina avança internacionalmente. O
memorando de entendimento assinado entre China e Argentina em 4 de fevereiro em
Pequim, capital do país asiático, foi finalizado na segunda-feira, de modo que
Buenos Aires formalizou sua adesão à iniciativa Novas Rotas da Seda.
O documento, composto por seis artigos, foi assinado no
marco da primeira visita oficial do presidente argentino Alberto Fernández a
terras chinesas e foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial do Ministério
das Relações Exteriores do país latino-americano.
Os principais pontos do pacto concentram-se no trabalho
conjunto da iniciativa Cinturão e Rota com o objetivo de promover o comércio entre
as duas nações em bens, serviços, saúde, investimentos nos setores produtivos e
tecnológicos, além de incentivar um processo de transição energética
equilibrado.
Da mesma forma, espera-se o intercâmbio de projetos de
rotas, como ferrovias, pontes, aviação civil, portos, energia e telecomunicações,
temas que fortalecerão o sistema comercial baseado no direito internacional
cujo eixo central é a Organização Mundial do Comércio.
Da mesma forma, o texto detalha que as empresas serão
incentivadas a construir em áreas de cooperação econômica industrial e
comercial de acordo com a legislação nacional vigente.
Sob o nome oficial de Memorando de Entendimento sobre
Cooperação no Quadro da Iniciativa do Cinturão Econômico da Rota da Seda e da
Rota da Seda Marítima do Século XXI, o acordo terá um prazo de três anos e será
renovado automaticamente por períodos iguais de três anos, a menos que uma das
partes comunique o seu abandono pelo menos três meses antes.
López Obrador vence etapa, no México. O
presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, permanecerá no cargo até
2024 depois de vencer de forma convincente a consulta de revogação de mandato
realizada neste domingo, a primeira a ser realizada na história do país
latino-americano.
O Instituto Nacional Eleitoral (INE) informou na noite
de domingo que, com base nos resultados de uma contagem rápida, entre 90,3 e
91,9 por cento dos participantes do referendo inédito votaram pela permanência de
López Obrador na presidência mexicana.
Isso representa cerca de 15.700.000 votos a favor do
atual chefe de Estado mexicano.
Enquanto entre 6,4 e 7,8 por cento se manifestaram pela
revogação do mandato devido à perda de confiança. Os votos nulos são estimados
entre 1,6 e 2,1 por cento.
O órgão eleitoral mexicano indicou que, de acordo com a
contagem rápida, estima-se que a participação na consulta alcançou entre 17 e
18,2 por cento dos cadernos eleitorais.
De acordo com as leis, para que o processo seja vinculante,
é necessária a participação de 40% das pessoas inscritas na lista nominal de
eleitores.
Em uma mensagem de vídeo transmitida em suas redes sociais
na noite de domingo, o presidente mexicano agradeceu “porque mais de 90%
votaram em mim para terminar meu mandato (...) mais de 15 milhões de mexicanos
estão felizes e querem que eu continue meu mandato até setembro de 2024”.
“Eu nunca vou trair o povo do México, vou ficar e vamos
continuar com a transformação do nosso país”, disse López Obrador.
Uma aliança muito importante. Bolívia,
Argentina, Chile e México, países participantes do fórum “Perspectivas do Lítio
da América Latina”, realizado nos dias 13 e 14 de abril, concordaram em levar o
diálogo sobre esse mineral a um congresso internacional de presidentes a ser
realizado este ano, anunciou o Ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Franklin
Molina.
Segundo o responsável, estes países estão conscientes
dos enormes desafios impostos hoje pela nova agenda de transição energética
para as energias renováveis e a eletromobilidade,
mas também do papel preponderante que esta transição energética ocupa nas disputas
geopolíticas que hoje dominam as relações internacionais.
“Diante das diferentes experiências históricas em cada
um dos países detentores de importantes reservas litorâneas, podemos nos perguntar
no futuro se é possível desenhar hoje novos esquemas extrativistas e produtivos
sustentáveis, visando suprir nossos próprios planos de transição. e em que
condições sociais e econômicas, políticas e geopolíticas, tecnológicas e
socioambientais”, disse o ministro.
A diretora da Divisão de Recursos Naturais da CEPAL,
Jeannette Sánchez Zurita, abriu a rodada de apresentações do fórum para
destacar que a transição energética e a crescente produção de eletromobilidade
demandarão mais lítio.
Cuba e Venezuela contra o Império! O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e a
vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, rejeitaram na
terça-feira durante uma reunião em Havana as medidas coercitivas unilaterais
impostas pelo Governo dos EUA aos povos de ambos nações.
O encontro entre o chefe de Estado cubano e o líder
bolivariano faz parte da agenda de trabalho de Delcy Rodríguez em Havana, para
onde viajou para revisar os atuais acordos intergovernamentais.
Díaz-Canel confirmou ao alto funcionário venezuelano a
vontade da liderança cubana de continuar apoiando incondicionalmente a
Revolução Bolivariana e continuar trabalhando em programas de colaboração bilateral.
Ambos os líderes trocaram pontos de vista sobre questões
de interesse comum.
Díaz-Canel enviou saudações ao presidente Nicolás
Maduro e agradeceu o envio de doações em meio à pandemia de Covid-19 e à
intensificação da guerra econômica imposta a Cuba pelo governo dos EUA.
Sobre a agressividade da Casa Branca, ele assegurou que
ela está crescendo e atualmente se expressa através de campanhas midiáticas
montadas em plataformas de intoxicação dirigidas contra Venezuela, Nicarágua e
Cuba.
Ele pediu esforços conjuntos com a esquerda
latino-americana “para enfrentar de forma inteligente a intensa agressão da
mídia, sabendo que eles têm uma vantagem sobre nós na questão tecnológica e que
temos que buscar caminhos dinâmicos e revolucionários”.
Por sua vez, Delcy Rodríguez agradeceu a recepção do
presidente cubano, reiterou o apoio incondicional da Venezuela a Cuba e
denunciou que Washington também intensificou sua guerra econômica e financeira
contra Caracas para tentar romper a resistência dos patriotas venezuelanos.
Recorde de inflação, na Espanha. O
aumento descontrolado dos preços da energia (resultado da crise entre Rússia e Ucrânia)
é um dos fatores que fez o índice de inflação disparar na Espanha.
O número está mais de dois pontos acima do registrado
no mês anterior (7,6%), quando as consequências econômicas do início do
conflito na Ucrânia ainda não tiveram impacto total nos preços.
De fato, a maior parte dessa alta é explicada pela
recuperação do grupo habitação (0,9 ponto), principalmente pelo aumento da
energia elétrica, que atingiu novo recorde em março; e transportes (0,7 ponto),
devido ao aumento dos preços dos combustíveis, que se aproximaram do
equivalente a 2,17 dólares por litro em média.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela ainda
que este aumento homólogo de 9,8 por cento tem em conta a redução do imposto
especial sobre a eletricidade e as variações de outros impostos lançados pelo
Governo de Pedro Sánchez desde o ano passado para conter preços da energia.
Sem levar em conta esses descontos, a alíquota subiria
para 10,7%, nove décimos a mais que a alíquota geral, conforme refletido no IPC
a impostos constantes.
Em relação ao núcleo de inflação, que não considera
alimentos não processados ou produtos energéticos,
aumentou no terceiro mês do ano quatro décimos, para 3,4 por cento. Esta é a taxa mais alta desde setembro de 2008, durante a
crise da bolha das hipotecas, e está mais de seis pontos abaixo da taxa geral
do IPC.
Dessa forma, o IPC deu continuidade em março à
trajetória ascendente iniciada no ano passado e encadeou sua décima quinta taxa
positiva consecutiva. Como o IPC estava em 0 por cento há um ano, a evolução do
indicador reflete como a inflação descontrolou: de 1,3 por cento em março,
passou de 3,3 por cento em agosto, de 6,5 por cento em dezembro de 2021, para
7,6 por cento em fevereiro passado.
Partido Popular cresce. De acordo com o levantamento de abril do Centro de
Pesquisas Sociológicas (CIS), que dá ao PSOE uma votação estimada de 30,2% nas
eleições e ao PP 27,3%.
Em março, a primeira e a segunda forças na Espanha estavam
a uma distância de 7,7 pontos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 9 de abril,
quando já se sabia que Feijóo seria o novo presidente dos conservadores após a
crise interna que provocou a saída do líder anterior, Pablo Casado.
Segundo o levantamento, Pedro Sánchez continuaria a
ganhar as eleições, mas diminuiria a distância do primeiro partido da oposição,
depois de cair mais de um ponto em relação ao barómetro anterior.
Em terceiro lugar estaria a extrema direita do Vox, que
caiu na intenção de voto para 14,4% em função da ascensão do PP, seu principal
concorrente eleitoral.
O parceiro do PSOE na coalizão governamental de
esquerda, United We Can, também perderia força em uma eleição, caindo para
10,7% do apoio.
Finalmente, os liberais de Ciudadanos estenderam sua
queda para 2% no barômetro.
A última pesquisa da CEI também inclui o impacto
econômico da Ucrânia, bem como a mudança de posição de Sánchez ao aceitar a
proposta de Marrocos para a autonomia do Saara Ocidental.
Nas últimas eleições gerais na Espanha, em 10 de
novembro de 2019, o PSOE obteve 28% dos votos, seguido pelo PP (20,9%), VOX
(15,1) e United We Can (12,8).
Segundo a CEI, Sánchez continuaria a emergir mais forte
se as eleições fossem realizadas agora, obtendo dois pontos a mais do que na
eleição anterior.
E aquele “país genocida e terrorista”? As
forças de ocupação israelenses tiveram confrontos na sexta-feira 15) com fiéis
palestinos nas proximidades da mesquita de Al-Aqsa, na área religiosa do Monte
do Templo em Jerusalém, que deixou pelo menos 152 feridos.
Após o ataque, cerca de 59 feridos foram
hospitalizados, disse o Crescente Vermelho. A organização indicou que as forças
de segurança israelenses dificultaram o trabalho das ambulâncias. A mídia local
informa que o número de feridos pode continuar a crescer.
Imagens de mídia social mostram palestinos jogando
pedras em soldados, enquanto oficiais disparam gás lacrimogêneo e granadas de
efeito moral. Em meio ao tumulto, muitos religiosos se refugiaram na mesquita.
De acordo com a mídia local, a Polícia de Israel
informou que por volta das 04:00 da manhã, uma dúzia de jovens começou a
marchar em direção à área com bandeiras do movimento Hamas e da Autoridade Nacional
Palestina.
França: entre a frigideira e o fogo! O povo
francês está com uma grande “loteria” nas mãos: reeleger um presidente fraco e que
não cumpriu com suas promessas nas eleições passadas ou levar ao poder uma
conhecida representante da extrema direita europeia e francesa.
Os franceses foram às urnas no domingo (10) para decidir
quem ocupará o Palácio do Eliseu pelos próximos cinco anos. E os números
apurados confirmaram que o atual presidente, Emmanuel Macron, vai disputar o
segundo turno no próximo dia 24 de abril com a extremista de direita Marine Le
Pen.
Na quarta-feira (13), Marine Le Pen, membro do partido
francês Reagrupamento Nacional, afirmou que o país deixará a OTAN se vencer no
segundo turno das eleições presidenciais.
Marine Le Pen, candidata à presidência da França, disse
na quarta-feira (13) que retiraria o país do Comando Militar da OTAN se for
eleita.
“Não estamos falando de deixar o bloco, mas de deixar
sua estrutura de comando", explicou ela.
A membro do partido Reagrupamento Nacional (Rassemblement
National, em francês) já instou a retirada da França do comando integrado da
OTAN, declarando que a estrutura "perpetua a lógica anacrônica e agressiva
dos blocos da Guerra Fria".
Barbas de molho (01). Um
artigo de análise publicado no 'Financial Times' avaliou o impacto das sanções
anti-Rússia e os riscos de transformar o dólar em uma arma dos EUA que pode
acabar minando a moeda e dividindo o sistema financeiro internacional.
As sanções com as quais os EUA conseguiram congelar as
reservas cambiais da Rússia criaram um incentivo para muitos países decidirem
evitar o dólar, explicam os analistas consultados pela mídia.
“Ao armar abertamente o dólar dessa maneira, os EUA e
seus aliados correm o risco de provocar uma reação que pode minar a moeda
americana e dividir o sistema financeiro internacional em blocos concorrentes,
o que pode piorar as coisas para todas as partes.”
Sublinham também que as sanções anti-Rússia não foram
apoiadas pela China, Brasil, África do Sul e México, o que mostra que existe
apenas um bloco ocidental contra Moscovo e a ausência de uma coligação mundial
que condene a operação especial da Rússia na Ucrânia. Na opinião dos autores,
isso pode ter consequências importantes para o futuro das finanças
internacionais.
Barbas de molho (02). Os
Estados membros da União Europeia (UE) não concordaram com uma abordagem
unificada para a questão de um potencial bloqueio imediato às importações de petróleo
da Rússia e não discutirão esse tópico na reunião entre ministros das Relações
Exteriores na segunda-feira (11), informa o jornal Financial Times.
A medida potencial pode ser levantada informalmente
para ampla discussão, mas os políticos da UE estão tomando cuidado em meio ao
aumento dos preços da energia, disse o jornal no domingo (10), citando autoridades
da UE.
Um diplomata alegou que cortar o petróleo russo era “uma
questão técnica e politicamente complicada” para alguns países com alta dependência
do insumo.
O bloco europeu pode cogitar a imposição de tarifas
sobre o petróleo russo em vez de uma proibição direta, disseram oficiais ao
jornal.
Barbas de molho (03). Atuais
e futuras sanções antirrussas poderiam causar um dos piores choques de oferta
de petróleo da história, avisou o secretário-geral da OPEP, Mohammed Barkindo,
os altos funcionários da UE, acrescentado que seria impossível substituir o volume
de óleo perdido em tal situação.
Conforme afirmou Barkindo na segunda-feira (11), cerca
de sete milhões de barris de petróleo russo estão abandonando diariamente o
mercado global em resultado das sanções e outras restrições sobre o comércio do
país.
Ele disse ainda que a volatilidade atual no mercado se
deve a "fatores não fundamentais" e fora do controle da OPEP, sendo responsabilidade
da União Europeia promover uma abordagem "realista" quanto à transação
energética.
O petróleo e o gás não são as únicas mercadorias cujo
suprimento está acabando em meio ao conflito na Ucrânia. A Rússia e a Ucrânia juntas
produzem cerca de um terço das exportações mundiais de trigo, e ambos os países
também são grandes exportadores de óleo de girassol e fertilizantes. Como
resultado, os preços dos alimentos atingiram máximos históricos, e muitos
países e ONGs estão alertando para a escassez de alimentos no futuro próximo.
Barbas de molho (04). A Airbus pede à Europa a não aplicar sanções contra o
titânio russo, pois isso causaria danos menores a Moscou, mas significaria
danos abismais ao resto do continente na indústria aeroespacial.
“Não acreditamos que as sanções de importação sejam
apropriadas”, disse o presidente-executivo da empresa, Guillaume Faury. Embora
a gigante da aviação tenha estocado titânio por muitos anos, dando-lhe alguma
margem de manobra no curto e médio prazo, as sanções contra esse metal essencial
para a indústria seriam catastróficas, segundo a Reuters.
A Airbus detalhou que depende da Rússia para metade de
suas necessidades de titânio. E, no setor aeroespacial, eles acreditam que a
Airbus está parcialmente preocupada com a dependência da Rússia de fornecedores
como a francesa Safran, que usa titânio para fabricar peças para motores a jato
e trem de pouso.
Barbas de molho (05). De
acordo com o economista da empresa estadunidense S&P Global, Paul Gruenwald,
citado pela emissora CNBC, uma possível ruptura comercial entre a Alemanha e a
Rússia poderia causar um “choque” financeiro a nível mundial.
Segundo o especialista, ao ver o desenrolar da situação
em torno da Ucrânia, estima-se um cenário pouco animador. Uma ruptura comercial
poderia ser um desastre.
Isso afetaria o complexo energético, os preços das
matérias-primas, os insumos industriais importados pela Europa, como níquel,
titânio e outros, resultando em um forte impacto na indústria alemã, além de
reduzir o PIB do país, gerar desemprego e diminuir a confiança na Alemanha,
explicou.
Gruenwald ressaltou que as sanções impostas pelos
países europeus, seguindo os passos dos EUA, causaram uma retaliação russa, que
por sua vez, exigiu que os países que impuseram as sanções pagassem o fornecimento
de gás natural em rublos.
Barbas de molho (06). Os
ministros das Relações Exteriores da União Europeia não chegaram a um acordo
sobre sanções contra o petróleo e o gás da Rússia, disse o alto representante
da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, nesta
segunda-feira.
Dirigindo-se à mídia após uma reunião dos ministros das
Relações Exteriores da UE em Luxemburgo, Borrell disse que, embora nenhuma
decisão tenha sido tomada, “nada está fora da mesa, incluindo sanções sobre
petróleo e gás”. No ano passado, a conta do petróleo foi quatro vezes maior do
que a do gás, “por isso é importante começar pelo petróleo”, afirmou, segundo a
agência de notícias Xinhua.
Enquanto a Europa discute o boicote proposto pelos EUA
e que prejudicaria os europeus, a Índia supostamente comprou ao menos 13
milhões de barris de petróleo bruto da Rússia desde 24 de fevereiro, em comparação
com quase 16 milhões de barris em todo o ano de 2021.
A Índia é o terceiro maior consumidor de petróleo do
mundo e importa mais de 80% dele de outros países para atender às suas
necessidades. No ano passado, a maior parte do fornecimento de petróleo da
Índia veio do Oriente Médio, seguido por Estados Unidos e Nigéria. Em 2021, a
Rússia representou apenas cerca de 2% das importações totais de petróleo da
Índia.
O comércio internacional balança. O
conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia deu um duro golpe na economia
global, reduzindo o crescimento do comércio global em 2022 dos 4,7% previstos
em outubro passado para entre 2,4% e 3%. A projeção, baseada em um modelo de
simulação econômica global, foi feita pela Secretaria da Organização Mundial do
Comércio (OMC) em nota divulgada nesta segunda-feira.
A crise pode reduzir o crescimento do PIB global em
0,7-1,3 pontos percentuais, levando-o para algo entre 3,1% e 3,7% em 2022. O
conflito elevou os preços dos alimentos e da energia e reduziu a
disponibilidade de bens exportados pela Rússia e pela Ucrânia, disse a nota da
Secretaria.
Rússia e Ucrânia são importantes fornecedores de
produtos essenciais, principalmente alimentos e energia, segundo a nota. Os
dois países forneceram cerca de 25% do trigo, 15% da cevada e 45% das exportações
de produtos de girassol globalmente em 2019. Somente a Rússia respondeu por
9,4% do comércio mundial de combustíveis, incluindo 20% das exportações de gás
natural.
A Rússia é um dos principais fornecedores mundiais de
paládio e ródio, elementos cruciais na produção de catalisadores para
automóveis. Enquanto isso, a produção de semicondutores depende em grande parte
do neon fornecido pela Ucrânia. Interrupções no fornecimento desses materiais
podem atingir os fabricantes de automóveis em um momento em que a indústria
está apenas se recuperando da escassez de semicondutores, destacou a OMC.
Uma questão de dólare$$$$$$. Como
dissemos no número anterior do Informativo, Biden não quer que seja negociada
uma paz porque está dependendo disso para fortalecer a economia interna e alimentar
a ganância do complexo industrial militar.
Autoridades da Finlândia e Suécia afirmam que podem
abandonar a neutralidade e aderir à OTAN até meados deste ano. Para
especialista, escandinavos têm pouco a ganhar com essa medida e EUA são quem
sairia mais beneficiado.
Nesta quinta-feira (14), o vice-presidente do Conselho
de Segurança russo, Dmitry Medvedev, disse que a eventual entrada da Finlândia
e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) colocaria sob
risco a manutenção do Báltico como zona livre de armas nucleares.
De acordo com o professor e pesquisador da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) Fred Leite Siqueira Campos, Suécia e Finlândia
arriscam desestruturar seu modelo econômico de sucesso ao abandonar a
neutralidade.
“Ao abandonar a neutralidade, esses países vão ter que
arcar com gastos militares, reorientando os seus orçamentos nas áreas de
desenvolvimento social, saúde e educação”, notou Siqueira Campos, que coordena
o grupo de estudos e pesquisa sobre Rússia da UFSC.
Membros da aliança militar do Atlântico Norte se
comprometem a gastar 2% do seu Produto Interno Bruto em armas e equipamentos de
defesa. Apesar da Suécia ter uma base industrial de defesa, boa parte destes
recursos acabam sendo gastos em importação de armamentos de grandes produtores,
como os EUA.
A dimensão correta do conflito. A
operação especial da Rússia na Ucrânia visa acabar com o histórico e inescrupuloso
de domínio total dos EUA no mundo, declarou o ministro das Relações Exteriores
da Rússia, Sergei Lavrov.
“Nossa operação militar especial visa pôr fim à expansão
temerária e ao curso temerário da dominação total dos Estados Unidos e, sob
ela, do resto dos países ocidentais na arena internacional. Uma dominação que
se constrói em flagrante violação do internacional certo, de acordo com regras
que só agora estão se repetindo e se desenvolvendo em tempo hábil”, disse
Lavrov em entrevista à Rússia 24.
O chanceler russo também condenou as declarações do
chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, de que não há alternativa a uma
solução militar para o conflito na Ucrânia.
“Quando o chefe da diplomacia de um país, ou de uma
organização, como Josep Borrell neste caso, que representa a diplomacia da UE,
diz que um conflito específico só pode ser resolvido por meios militares, significa
que é uma reação pessoal acumulada, ou um lapso ou que ele tornou público algo
que ninguém o instruiu a divulgar. Mas é uma declaração inédita, é claro”, acrescentou
o ministro das Relações Exteriores russo.
Inflação recorde nos EUA! O dólar
se valorizou no final do pregão de terça-feira (12), com dados mostrando que a
inflação nos EUA em março teve a maior alta em quatro décadas. O índice do
dólar, que mede a moeda estadunidense em relação aos seis principais pares,
subiu 0,36%. No final do pregão de Nova York, o euro caiu para US$ 1,0834, e a
libra esterlina caiu para US$ 1,3007.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o
índice de preços ao consumidor do País saltou 8,5% em relação a março de 2021,
o maior aumento em 12 meses desde o período encerrado em dezembro de 1981. A
variação em relação a fevereiro de 2022 foi de 1,2%.
O relatório observou que os aumentos nos índices de
gasolina, moradia e alimentação foram os que mais contribuíram para o aumento.
A gasolina subiu 18,3% em março e foi responsável por mais da metade do aumento
mensal de todos os itens. O índice de alimentos subiu 1%.
Mas a violência é a mesma! A
indignação tomou conta das redes sociais e das ruas estadunidenses após a
divulgação de um vídeo em que um policial atirou na cabeça de um
afrodescendente em Michigan.
A discriminação racial é uma das feridas históricas
mais profundas nos Estados Unidos. A ferida foi revivida pelas imagens que
lembram os acontecimentos ocorridos em 4 de abril, quando um policial subjugou
um homem chamado Patrick Lyoya, 26, na cidade de Grand Rapids.
Na gravação de vídeo divulgada pela própria Polícia de
Michigan, observa-se como o policial abre fogo contra o nuca da vítima.
Segundo a versão das autoridades e algumas testemunhas,
tudo começou com uma fiscalização de trânsito que saiu do controle.
Aparentemente, Patrick Lyoya e o oficial discutiram a ponto de uma perseguição
a pé e uma briga por um taser.
E tem mais violência. Frank
James foi preso no bairro de East Village, em Nova York. A polícia chegou até o
suposto atirador após encontrar uma série de pertences deixados para trás, como
uma pistola Glock 9 mm e um cartão de crédito com seu nome.
Um homem que a polícia disse ser suspeito do tiroteio
no metrô do Brooklyn, Frank R. James, foi levado sob custódia na quarta-feira
(13). O prefeito de Nova York, Eric Adams, confirmou em uma entrevista coletiva
nesta tarde que James foi preso, segundo o The New York Times.
De acordo com o jornal, o suposto responsável pelo
ataque tinha um histórico criminal significativo, incluindo nove prisões anteriores
em Nova York, principalmente por contravenções, e três prisões em Nova Jersey.
Na manhã de terça-feira (12), um homem usando máscara
de gás fez 33 disparos no metrô da Sunset Station, no Brooklyn. Ao todo, dez
pessoas foram baleadas e cerca de 16 ficaram feridas, segundo a polícia local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário