Enquanto o inepto anda de motocicleta e jet
ski...
O Brasil tem a 4ª maior inflação entre os países que
compõem o G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e da União
Europeia. Em abril, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que acumulou 12,13% em doze meses,
de abril do ano passado a abril deste ano, ficou atrás apenas dos índices da
Turquia (69,9%), Argentina (58,0%) e Rússia (17,8%).
Se forem levadas em consideração apenas as 6 maiores
economias da América Latina, o Brasil sobe para na 3ª posição do ranking, atrás
só da Venezuela (172%) e da Argentina (58,0%).
Em um excelente artigo publicado em seu site, o MST
escreve: “Não culpe a pandemia e a guerra pela inflação dos alimentos no Brasil”.
E esclarece que “a justificativa de que a alta dos preços é um fenômeno global
vem sendo repetida à exaustão pelo governo do demente, reverberada por seus
apoiadores e também por boa parte da imprensa brasileira. Mas é possível culpar
a pandemia, o comportamento das commodities e a guerra na Ucrânia pelo
descontrole da inflação dos alimentos no Brasil?”
O que a cenoura, a batata, as frutas, a carne, o
açúcar, o óleo de soja e o café produzidos e consumidos aqui têm a ver com
isso? Como explicar uma inflação que parece fora de controle no país que é o
terceiro maior produtor de alimentos do mundo? Em 16 anos, os alimentos
acumulam alta de 230%, bem acima dos 141,5% registrados pelo IPCA neste mesmo
período.
Embora tenha impactado os preços por aqui, o cenário
internacional não dá conta de explicar características próprias da inflação
brasileira. A dinâmica de formação dos preços dos alimentos está relacionada,
em grande medida, a fatores internos.
Política cambial, primarização do comércio exterior,
desindustrialização, saldo da balança comercial, concentração de terra e
mercado de commodities podem soar como um balaio sortido de um economês incompreensível
para a maioria das pessoas.
Mas é o conjunto desses fatores e a interrelação entre
eles que impacta, direta ou indiretamente, o preço e a disponibilidade da
comida que chega na mesa. Ou seja, o buraco é bem mais embaixo. E, sem entender
esse buraco, não há como sair dele. Aliás, no curto prazo não há nada no
horizonte que permita ter otimismo quanto ao fim desse ciclo inflacionário.
Vejamos alguns motivos dos alimentos estarem
tão caros. 1) o insano não se preocupou em fazer os chamados “estoques
reguladores” que todos os governos fazem. É muito comum o governo federal comprar
parte da produção agrícola de produtos como grãos, café, arroz, milho e manter
em estoque. “Em períodos em que há falta ou por alguma disfunção no mercado os
preços sobem, o governo intervém vendendo seus estoques para equalizar o
preço”.
2) o ex-capitão demente não retomou a ajuda ao pequeno
agricultor familiar, quando sabemos que eles são os responsáveis por uma grande
parcela dos produtos da alimentação diária do brasileiro. Desde o governo do
ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), a agricultura familiar vem sofrendo
com o desmonte de políticas de fomento ao setor. As dificuldades vão desde a
política de crédito até a comercialização dos produtos.
3) o inepto não conteve e até incentivou o avanço da monocultura
de alimentos, protegendo o agronegócio que prioriza a produção de determinados
produtos – grãos como a soja, o arroz, o feijão – como commodities e não sob o
conceito de segurança alimentar. Esses produtos são direcionados à exportação
em situações como a que vivemos hoje, de dólar alto e o mercado brasileiro sofre
com a escassez de alimentos, potencializada pela falta de políticas voltadas à
agricultura familiar.
Mas, vejam o absurdo! Qualquer
companheira e companheiro que entrar em um mercado, hoje, vai ver que tudo está
com preços nas alturas e subindo diariamente. Mas o governo acha que está
melhor.
De acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de
abril subiu 1,06%, maior índice para o mês desde 1996. No acumulado anual, o
IPCA acumula alta de 4,29% e de 12,13% nos últimos 12 meses.
Guedes também
ignorou os dados produzidos pela sua própria pasta. Na quinta-feira (19), a
Secretaria de Política Econômica (SPE), ligada ao próprio Ministério da
Economia, anunciou uma piora nas projeções da inflação para este ano ao elevar
o índice de 6,55% para 7,90%.
Os efeitos são claros. Tudo
mais caro e salários arrochados, o resultado é este. Levantamento realizado
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que quatro em cada 10 brasileiros adultos
(38,45%) estavam negativados em abril de 2022 – o equivalente a 61,94 milhões
de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas
cresceu 5,59% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com base nos dados disponíveis em sua base, que
abrangem informações de capitais e interior de todos as 27 UFs, a CNDL e o SPC
Brasil informam que a variação anual observada em abril deste ano ficou abaixo
da observada no mês anterior. Na passagem de março para abril, o número de
devedores cresceu 0,46%.
Em relação à evolução do número de dívidas no Brasil, o
indicador aponta que em abril de 2022, este número teve crescimento de 9,89% em
relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em abril deste ano ficou
abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de março para
abril, o número de dívidas apresentou alta de 0,85%.
Na análise por faixa etária, a maior concentração de
inadimplentes está no intervalo de 30 a 39 anos. São 15,36 milhões de pessoas
nesta faixa etária registradas em cadastro de devedores. Tal montante equivale
a 44,89% da população nesta faixa etária.
Cada negativado deve, em média, R$ 3.518,84. Mais da
metade das dívidas são com bancos. Quase quatro em cada 10 consumidores
(35,72%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 50,95% quando se
fala de dívidas de até R$ 1.000.
Só louco! O demente e seu ministro
insistem em privatizar a Eletrobras. Mas vejamos alguns dados muito
importantes.
Durante a semana, a Eletrobras anunciou ter obtido
lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado,
divulgado ontem, é 69% superior ao mesmo período de 2021 e foi impactado
positivamente pelo aumento de 12% da receita bruta, e também pelo desempenho
financeiro da companhia, com destaque para o efeito positivo da variação
cambial.
A receita operacional líquida apresentou crescimento de
12%, influenciada pelo reajuste de contratos bilaterais e das receitas de
transmissão, aumento das tarifas fixas de Angra I e II e melhor performance da
UTE Candiota III. A redução da dívida líquida da companhia em 4,6% é outro
ponto positivo do trimestre, mantendo a relação dívida líquida/Ebitda
recorrente igual a 1, reforçando o foco da empresa em disciplina financeira e
liquidez, encerrando o trimestre com um caixa consolidado de R$ 15 bilhões.
O que sabemos é que a privatização de empresas do setor
energético tem sido danosa. A insana proposta de privatização da Eletrobras faz
uma verdadeira rifa do patrimônio público construído pelo povo brasileiro, em
área estratégica para a integração e o desenvolvimento econômico e social do
Brasil.
O processo de privatização da Eletrobras começou por
uma “Medida Provisória”, apresentada pelo Executivo ao Legislativo durante a
pandemia, impossibilitando a necessária participação popular, tendo em vista
que a Eletrobras foi construída como dinheiro do povo, inclusive mediante
contratação de onerosíssimas dívidas externas e internas que foram pagas pelo
povo. Não houve uma audiência pública sequer durante a tramitação da malfadada
MP 1.031/2021. A sociedade não foi ouvida e somente interesses do mercado financeiro
estão imperando!
O modelo de privatização aprovado na questionável Lei
14.182/2021 é um abuso descomunal ao patrimônio público nacional e ao povo
brasileiro, pois essa privatização está condicionada a 22 novas concessões, sem
licitação, quase todas já totalmente amortizadas; condicionada a compromisso
estatal de contratação de geração de termelétrica a gás nas regiões Nordeste,
Norte, Centro-Oeste e Sudeste que sequer existem e demandarão onerosos
investimentos (que recairão sobre o povo); e condicionada à descotização,
alterando-se o regime de cotas, mediante o qual as usinas comercializam energia
ao preço médio de R$ 60 por MWh, menos de 1/4 do preço praticado no mercado,
que chega a superar R$ 250 atualmente e poderá aumentar muito mais com essa
privatização.
O risco de apagão no fornecimento de energia é
iminente, pois o setor privado quer seus lucros distribuídos e não abre mão
destes para investimentos, como assistimos atualmente na Petrobras, distribuindo
lucro de mais de R$ 100 bilhões a acionistas e, ao mesmo tempo, vendendo ativos
estratégicos como as refinarias, entre outros. Adicionalmente, onde o controle
das companhias de energia elétrica passou para o setor privado, os apagões passaram
a ser uma constante, como ocorreu no Amapá e outras regiões como Goiás, Acre,
Rondônia, Roraima, Amazonas, Piauí e Alagoas. Em todos esses, a obtenção de
elevado lucro passou a ser a prioridade, enquanto a população amarga com o
descaso na prestação do serviço privatizado, os aumentos abusivos nas contas de
luz e o sucateamento das empresas que demitem pessoal especializado e
competente para contratar mão de obra barata e aumentar seus lucros.
Conclusão: coisa de um demente e seu comparsa neoliberal.
Algum golpe novo do Biden? O
governo da Venezuela confirmou na terça-feira (17) que os EUA pretendem suspender
algumas das sanções impostas nos últimos anos à Venezuela, autorizando empresas
de petróleo a retomar as operações no país latino-americano.
De acordo com a vice-presidente venezuelana, Delcy
Rodríguez, a gestão de Nicolás Maduro confirmou as informações, afirmando que o
país “espera que essas decisões abram caminho para a revogação total das sanções
ilegais que atingem todo o nosso povo”.
Aludindo ao processo de recuperação econômica do país
em meio a sanções coercitivas e unilaterais, Rodríguez observou que as
autoridades do Executivo continuarão promovendo políticas com seu próprio esforço
e, ao mesmo tempo, denunciando os impactos que o bloqueio trouxe aos venezuelanos.
Washington e Caracas romperam relações diplomáticas em
2019, quando o governo de Donald Trump definiu a reeleição de Maduro como fraudulenta
e reconheceu o líder da oposição Juan Guaidó como chefe de Estado interino da
Venezuela.
Na segunda-feira (16), Biden anunciou o
restabelecimento de voos para Cuba e a eliminação dos limites de remessas,
medidas que foram descritas pelo governo da ilha como “positivas, mas de
alcance muito limitado”.
Barbas de molho… Washington
está disposto a suspender algumas restrições aplicadas a Caracas, mas não vai
abandonar sua política baseada em sanções.
De acordo com declarações de autoridades estadunidenses
a várias mídias, os EUA vão continuar exercendo “pressão máxima” sobre a
Venezuela por meio de sanções, tal como fez o anterior presidente americano,
embora as restrições possam ser aliviadas sob certas condições.
O governo Biden tem manifestado a disposição de reduzir
algumas sanções a Caracas caso o país concorde em se reunir com líderes da oposição,
mas a política geral de Washington deve permanecer a mesma, disseram
autoridades não identificadas citadas pelo Miami Herald, McClatchy e Reuters
nesta terça-feira (17).
Embora a nação latino-americana tenha a maior reserva
de petróleo do mundo, sua produção atual fica em torno de apenas 600.000 barris
por dia e é fortemente limitada pela falta de investimento estrangeiro, em
parte, graças às sanções dos EUA. Um possível acordo com a Chevron, então, pode
ser atraente para o governo Maduro, em um país que tem sofrido uma terrível
crise econômica que fez com que grande número de residentes deixasse o país em
busca de trabalho.
A questão é o petróleo. Como
dissemos acima, a Venezuela tem a maior reserva de petróleo do planeta. Com o
conflito entre Ucrânia e Rússia, os EUA estão preocupados com seus estoques e
com o fornecimento para seus aliados europeus.
Um alto funcionário do governo do presidente Biden, sob
condição de anonimato, confirmou na terça a diversos meios internacionais que o
governo estadunidense vai permitir que a Chevron volte a negociar com
autoridades venezuelanas o reinício de suas operações no país.
Gigante do ramo energético, a Chevron, assim como
outras empresas estadunidenses do setor, foi obrigada a suspender suas
atividades no país latino-americano após as sanções petroleiras impostas por
Donald Trump em 2019. Dois anos depois, no entanto, Washington liberou a
empresa a seguir no país apenas para cuidar e realizar manutenção de suas instalações.
Assim, a Chevron se tornou a única petroleira dos EUA com presença na
Venezuela.
A Chevron opera em 4 plantas mistas na Venezuela, cujas
ações majoritárias pertencem à estatal PDVSA. Caso a empresa seja autorizada a
voltar a produzir em território venezuelano, a produção de petróleo do país pode
chegar a aproximadamente 1 milhão de barris por dia, já que as instalações da
companhia norte-americana têm capacidade para produzir cerca de 200 mil barris
por dia e, segundo o último relatório da OPEP, a atual produção venezuelana está
em cerca de 775 mil barris por dia.
Vamos aguardar a Colômbia. O primeiro
turno das eleições presidenciais na Colômbia acontece no próximo dia 29 de
maio. Todas as pesquisas concordam que o centro-esquerda Gustavo Petro, um
ex-guerrilheiro, lidera com um apoio de cerca de 40% dos eleitores, enquanto
seu rival direto, o candidato de direita Federico Fico Gutiérrez está perto de
22% dos apoios.
Mais de 39 milhões de colombianos podem votar. Se
nenhum dos candidatos obtiver mais da metade dos votos válidos, o segundo turno
acontecerá em junho, quando o Petro poderá prevalecer com 47% dos votos,
segundo a pesquisa Yanhaas.
Petro e a coalizão Colombia Humana lideraram uma
campanha complicada atormentada por ameaças e ataques. No início de maio, ele
denunciou um plano de uma quadrilha de traficantes, La Cordillera, de atentar
contra sua vida e teve que suspender um passeio pela região cafeeira.
Desde 13 de março de 2021, quando começou o ano
eleitoral, foram registrados mais de 179 atos violentos, que deixaram 222
vítimas, entre mortes, ferimentos, ameaças, entre outros, segundo a Fundação
Paz e Reconciliação.
Petro, atualmente senador e que foi prefeito de Bogotá
entre 2012 e 2015, lidera a coalizão Pacto Histórico, está em sua terceira
chance de chegar à presidência. Reafirma suas principais promessas ao povo: atenção
direta à saúde pública por parte do Estado, a pensão de 18 milhões de pessoas e
a cessação da exploração de petróleo.
Mas a direita mostra os dentes e garras. A pouco
mais de uma semana das eleições presidenciais na Colômbia, a Ouvidoria do país
alertou que pelo menos 290 municípios do país correm risco extremo em meio a
temores devido às recentes ações do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do
grupo criminoso do Clã do Golfo.
Segundo a entidade colombiana, dos 521 municípios
analisados, 290 apresentam risco extremo e alto de violação dos direitos da
população, 16 a mais do que os registrados em fevereiro deste ano.
De acordo com o Relatório de Monitoramento de Alerta
Prévio 004-2022, entre fevereiro e maio, os municípios classificados como de
risco extremo passaram de 79 para 84, enquanto os municípios classificados como
de alto risco de violação dos direitos dos moradores.
A Ouvidoria destacou que os departamentos colombianos
com maior número de municípios com risco extremo são Cauca (16), Nariño (14),
Chocó (nove), Norte de Santander (oito) e Antioquia (sete).
O ombudsman, Carlos Camargo, comentou que o aumento do
número de municípios em alerta foi causado pelas ações do ELN e do Clan del
Golfo, particularmente nos departamentos de Magdalena, Córdoba, Sucre, Bolívar,
Chocó e Antioquia.
Mais um que não vai. Os
presidentes do México e da Bolívia já anunciaram que não participarão Cúpula
das Américas, convocada por Biden. Agora o presidente da Guatemala, Alejandro
Giammattei, anunciou nesta terça-feira no âmbito de um evento da Embaixada do
México no município de Palencia, que também não estará presente.
“Eles não vão me convidar para a Cúpula, de qualquer
forma já mandei avisar que não vou”, disse o presidente, que também especificou
que “seu país poderia ser desse tamanho, mas enquanto eu fosse presidente neste
país ele é respeitado. Respeita-se a soberania”, em relação à posição dos
Estados Unidos (EUA) para a reeleição da procuradora-geral, María Consuelo Porras.
O chefe de Estado agradeceu o encorajamento e apoio do
presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que lhe havia comunicado sobre
a decisão de não participar da Cúpula, embora essa notícia “fosse causar
comoção”.
Da mesma forma, Honduras também afirmou que não
aparecerá na Cúpula, enquanto o Presidente Alberto Fernández se manifestou pela
não exclusão de nações da reunião, enquanto a Ministra das Relações Exteriores
do Chile, Antonia Urrejola, destacou que o Governo faz uma apelo para permitir
a participação de Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Crise alimentar global. A
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
manifestou na terça-feira os seus receios sobre um possível e previsível
agravamento da crise agroalimentar em 2023 desencadeada pelo conflito na Europa
de Leste, sem solução à vista, bem como outros fatores.
Além do conflito na Ucrânia, a organização teme uma
redução nas exportações da Índia e de outros países, segundo a opinião do
economista-chefe da FAO, Máximo Torero, em discurso perante os eurodeputados da
Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu.
Torero salientou que já em 2021 havia milhões de
pessoas a sofrer de insegurança nutricional no mundo, fruto de vários fatores,
incluindo a crise pandémica e pós-pandémica, situação que se agravou com a
eclosão do conflito na Ucrânia.
Déficit comercial da UE. Dobrados
às ordens da Casa Branca, os países da União Europeia continuam gastando dinheiro
no apoio à Ucrânia, mas isso pode custar caro, muito em breve.
O déficit comercial da UE é um sinal de alerta para a
inflação global, avalia o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo
Bertotti.
“Você tem uma Europa que é dependente da importação de
gás e ela não tem saída, por enquanto. O maior ofertante é a Rússia, então a
tendência é uma alta de preços e isso leva a um aumento generalizado no valor
do produto”, diz.
Segundo Bertotti, a oferta de gás e outras commodities
energéticas se encontra muito pressionada no atual contexto geopolítico. Mais
do que isso, o preço das matérias-primas em alta e a consequente inflação
colocam em xeque os planos da União Europeia de apertar ainda mais as sanções
contra a Rússia por conta do conflito no leste europeu.
Dados divulgados nesta semana confirmam a visão de que
inflação da Zona do Euro chegou a 1,0% no mês de abril e chegou a um acumulado
de 7,4% nos últimos 12 meses. No Reino Unido, o Índice de Preços ao Consumidor
avançou 2,5% no mês e chegou a um acumulado de 9,0%.
Difícil a situação na Espanha. Contra
a pobreza energética e a exclusão digital, em defesa do atendimento
personalizado em bancos e centros de saúde, especialmente para idosos.
Estas foram as principais reivindicações das Comissões
Operárias e da UGT (duas centrais sindicais da Espanha) na concentração unitária
convocada em 22 de fevereiro na sucursal do Banco de Espanha em Valência. Num
manifesto conjunto, as organizações de pensionistas dos dois sindicatos
denunciaram que – devido à exclusão digital – “9,4 milhões de espanhóis com
mais de 55 anos não podem aceder à banca online e/ou interagir com o seu
banco”.
O manifesto critica os cortes de saúde aplicados nas
comunidades autônomas; Sobre a pobreza energética (escassez de eletricidade e
gás), ele aponta que podem surgir “mortes prematuras”, especialmente entre os
idosos, “que poderiam chegar a 7.200 mortes evitáveis por ano se o problema fosse erradicado”. Lembram também que,
durante 2021, o custo da conta de luz se multiplicou.
Outro ponto de destaque é o acesso a insumos básicos
pelos idosos: 9,4% não conseguem manter a casa com temperatura adequada; 4,4%
têm pagamentos atrasados em relação às principais despesas da casa; A isto acresce que mais
de 30% não têm capacidade para fazer face a uma despesa imprevista.
Finlândia ficará sem gás. A
Rússia vai interromper o fornecimento de gás natural para a Finlândia que nesta
semana confirmou sua candidatura a membro da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan), a partir deste sábado (21).
Por meio de um comunicado, a estatal finlandesa de
energia Gasum disse ter sido informada pela russa Gazprom de que o abastecimento
será bloqueado às 7h (horário local), mas garantiu que os consumidores não
serão afetados.
No último dia 17 de maio, a empresa finlandesa já havia
confirmado que não pagaria pelo gás natural vendido pela Gazprom em rublos,
como exige a gestão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em resposta pelas
sanções econômicas impostas pela União Europeia.
Assim como a Suécia, a Finlândia mantinha uma histórica
política de neutralidade militar entre o Ocidente e Moscou, porém os dois
países abandonaram essa estratégia depois da invasão russa à Ucrânia, que não
faz parte da aliança euro-atlântica.
Outros já se renderam. Empresas
na Alemanha e na Itália foram informadas de que podem abrir contas em rublos para
comprar gás russo sem violar as sanções impostas contra a Rússia, informou a
Reuters citando fontes.
Duas fontes disseram na sexta-feira (20) que os
importadores de gás alemães foram informados por Berlim, que coordenou a
questão com a União Europeia (UE), que eles podem abrir contas em rublos,
embora os pagamentos não devam ser feitos ao Gazprombank na moeda russa.
Uma fonte do governo italiano disse à Reuters que Roma
também coordenou com a Comissão Europeia como comprar gás russo legalmente.
Mais cedo, o vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr
Novak, disse que os contratos com a Gazprom para fornecimento de gás, que agora
devem ser pagos em rublos, foram concluídos com cerca de 54 empresas, sendo que
metade delas já abriu contas no Gazprombank para pagamento em rublos.
Desde 1º de abril, Moscou começou a aceitar pagamentos
de gás de Estados considerados hostis apenas em rublos para fugir de acordos em
dólares e euros.
Biden e a China. Se os
EUA vão precisar pedir dólares emprestados à China (veja mais adiante) parece
que começaram pelo caminho errado.
O porta-aviões chinês Liaoning mostrou sua prontidão de
combate, através de operações aéreas de alta frequência, em uma mensagem às
embarcações estrangeiras localizadas na região, informou o South China Morning
Post.
Pequim está conduzindo exercícios militares no
disputado mar do Sul da China, coincidindo com a visita do presidente dos EUA,
Joe Biden, à Coreia do Sul e ao Japão. Há quem diga que a visita de Biden tem
como principal objetivo combater a suposta ameaça chinesa.
Durante visita ao Japão, além do encontro com o
primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, Biden se reunirá com líderes da
aliança estratégica do Indo-Pacífico conhecida como Quad, composta pelos EUA,
Austrália, Índia e Japão, avança agência AP.
A China considera o grupo parte de um impulso liderado
pelos EUA para impedir a sua ascensão econômica e política. O escritório da
Administração de Segurança Marítima na província insular chinesa de Hainan relatou
que os exercícios tiveram início na quinta-feira (19) e continuarão até próxima
segunda-feira (23).
É melhor recuar. Um
corte repentino do fornecimento de gás russo à Alemanha poderia causar um “choque”
de grande dimensão no país, que resultaria em uma espécie de lei marcial para a
energia.
De acordo com a Bloomberg, a “vulnerabilidade” energética
da Alemanha, que em 2021 recebeu 55% de suas importações de gás da Rússia, está
nítida, escancarando sua dependência do recurso russo.
Em caso de uma interrupção do fornecimento, o país
sofreria danos de € 220 bilhões (R$ 1,1 trilhão), o que seria suficiente para o
país entrar em recessão, segundo a mídia americana.
Com isso, 80 milhões de cidadãos e empresas alemães
poderiam ser afetados.
A Ucrânia pediu e vai ter. O
Comitê de Defesa do Estado da República Popular de Donetsk (RPD), por meio de
um decreto, assinado neste sábado (14), determinou a estatização de bancos
ucranianos em seu território.
O Decreto, nº 59 de 14 de maio de 2022, foi publicado
pelo líder da RPD, Denis Pushilin, que também é o presidente da Comissão de
Defesa do Estado.
Segundo o documento, os bancos localizados na república
popular passam imediatamente para o poder da RPD no ato de publicação do
decreto.
O projeto de lei havia sido aprovado pelo Parlamento
ucraniano em 3 de maio. O texto proíbe atividades dos
Uma resposta precisa. A situação da direção estratégica ocidental é
caracterizada por um aumento de ameaças militares perto das fronteiras russas,
informou na sexta-feira (20) o ministro da Defesa da Rússia, general de
exército Sergei Shoigu.
“Nos últimos oito anos, a intensidade dos voos de
bombardeiros estratégicos dos EUA na Europa aumentou em 15 vezes (de três para
45 voos por ano). Navios americanos com mísseis guiados têm feito visitas
sistemáticas ao mar Báltico”, disse o ministro no Conselho do Ministério da
Defesa.
Somente neste ano, perto da região russa de
Kaliningrado navios de guerra dos EUA equipados com mísseis guiados
"realizaram seis missões com saída para as áreas previstas de lançamento
de mísseis de cruzeiro, desde 2016 o sistema de controle objetivo revelou 24
eventos desta natureza", detalhou o general.
Shoigu acrescentou que simultaneamente os EUA e a OTAN
estão aumentando a escala do treinamento operacional e de combate perto das
fronteiras da Rússia. E informou que, a fim de responder à ameaça, perto das
fronteiras ocidentais russas até o final de 2022 serão criadas 12 novas
unidades militares no Distrito Militar Ocidental.
Uma nova conjuntura. A
situação mundial após o ingresso da Suécia na OTAN mudará de forma radical,
disse hoje, segunda-feira (16), o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov.
Recentemente, a Suécia tomou a decisão oficial de
submeter sua candidatura de adesão ao bloco, comunicou no domingo (15) o
Partido Social-Democrata sueco, no poder. Intenção idêntica foi anunciada também
pelo presidente Sauli Niinisto e pelo governo da Finlândia. Nos próximos dias,
o parlamento do país deverá aprovar a decisão.
Segundo afirmou Sergei Ryabkov, ninguém deve ter
ilusões de que a Rússia simplesmente se resignará à entrada da Suécia e Finlândia
na OTAN.
É tudo o que queriam... Os EUA
estão preparados para fornecer assistência militar à Finlândia e Suécia, caso
seja necessário, já que ambos os países pretendem aderir à OTAN.
Em entrevista à BBC, o porta-voz do Pentágono, John
Kirby, afirmou que as advertências russas são “muito preocupantes” e, usando os
mesmos argumentos que na Ucrânia, garantiu que o país não poupará esforços para
fornecer armas para que estes países combatam a Rússia.
Em resposta às ações dos EUA e OTAN, Viktor Bondarev,
presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia,
alertou que Moscou deve fortalecer sua presença militar na fronteira com a
Finlândia, caso o país nórdico receba armas da OTAN.
Vai “esquentar” o tempo? A
Rússia deve apostar em armas nucleares táticas para conter a Aliança do
Atlântico Norte, disse o especialista militar Igor Korotchenko em conversa com
o Sputnik.
Os exércitos da Finlândia e da Suécia, previu Korotchenko,
serão totalmente integrados à estrutura da OTAN em questão de meses. Se a
situação no teatro de operações europeu piorar, os aliados poderão colocar
grupos de ataque nesses países a qualquer momento, além de tomar outras medidas
que violem a segurança da Rússia.
“A inclusão de armas nucleares táticas nos arsenais do
Distrito Militar Ocidental e da Frota do Báltico, já em 2022, é a única maneira
de eliminar rapidamente o desequilíbrio existente, e aumentará se compararmos
as capacidades das Forças Armadas russas com a da OTAN com seus novos membros,
muito superior em número de tropas, armas e material bélico. Devemos ser
pragmáticos e atualizar a doutrina militar da Rússia, apostar nas armas
nucleares táticas como a chave para conter as ambições agressivas da OTAN
sugeridas por Korotchenko”.
A Turquía se pronuncia. As
delegações finlandesas e suecas que planejam vir à Turquia para discutir a
adesão à OTAN podem não se incomodar com isso, pois Ancara nunca aceitará sua entrada
na aliança, informou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
“A Turquia não dirá 'sim' à adesão dos países que impõem
sanções contra nosso país a uma organização de segurança. Não repetiremos o
mesmo erro”, declarou.
Os Estados Unidos ainda estão trabalhando para
esclarecer a posição de Ancara sobre a intenção da Suécia e da Finlândia de
ingressar na Otan, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Indo para o fundo do poço? As ações
das Bolsas dos EUA fecharam em forte queda na quarta-feira (18). O Dow Jones
caiu 3,57%, para 31.490,07 pontos, o S&P 500 desvalorizou 4,04%, para
3.923,68, e o Nasdaq desabou 4,73%, para 11.418,15. O dólar ficou mais forte: o
euro caiu para US$ 1,0479 (de US$ 1,0549 na sessão anterior), e a libra esterlina
foi cotada a US$ 1,2346 (de US$ 1,2481).
As reações do mercado acima ocorreram depois que o
presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, enfatizou a determinação do
banco central dos EUA de conter a inflação mais alta em décadas. Falando em um evento
na noite de terça-feira, Powell disse que o Fed continuará aumentando as taxas
de juros até que haja “evidências claras e convincentes” de que a inflação está
recuando.
Desmond Lachman, membro residente do American
Enterprise Institute e ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional, disse à
agência de notícias Xinhua que a economia está caminhando para um pouso forçado
que domará a inflação, mas perturbará o mercado de ações.
Efeitos de alimentar o conflito. Yvette
Herrell, membro da Câmara dos Representantes dos EUA pelo Novo México, afirmou
que os EUA “irão à falência” caso continuem investindo bilhões de dólares em
Kiev.
Herrel afirmou não poder aprovar em sã consciência a exigência
de Biden de tirar US$ 40 bilhões (R$ 202 bilhões) das famílias americanas sem
ao menos saber como este dinheiro será gasto.
Além disso, a congressista destacou que os legisladores
não foram eleitos para "torrar seu dinheiro suado em um conflito do outro
lado do mundo", enquanto o povo americano sofre com a "inflação vertiginosa
de Biden".
A congressista ainda destacou que Biden deveria
enfrentar os graves problemas internos do país antes de o falir com mais gastos
no exterior.
Recentemente, os EUA aprovaram um novo pacote de ajuda
à Ucrânia proposto por Biden de quase US$ 40 bilhões (R$ 202 bilhões).
Ironia das ironias. Os EUA
terão que pedir dinheiro emprestado à China para fornecerem a Ucrânia um pacote
de assistência no valor de US$ 40 bilhões (R$ 202 bilhões), já que Washington
não tem dinheiro de sobra, disse nesta sexta-feira (20) o senador americano
Rand Paul.
“Acho que é importante saber que não temos dinheiro
para enviar, temos que pedir dinheiro emprestado à China para enviá-lo para a
Ucrânia. Penso que a maioria das pessoas entende isso, e muitos republicanos vão
dizer isso quando [se trata] de um programa social novo, mas se é ajuda militar
a um país, eles [dizem] podemos pedir emprestado, é um empréstimo justificado”,
disse Paul ao portal de notícias Breitbart. O senador acrescentou que
Washington “não pode salvar a Ucrânia arruinando a economia dos EUA”.
Outros 10 senadores republicanos, que votaram contra o
projeto de lei, compartilham as preocupações de Paul, uma vez que a economia
dos EUA já começou a sofrer os efeitos adversos do aumento da inflação e do aumento
dos preços do petróleo e do gás em todo o mundo.
E continuam se matando internamente. Pelo
menos dez pessoas foram vítimas letais de um tiroteio em um supermercado na
cidade americana de Buffalo, no estado de Nova York, segundo informou a
emissora americana NBC no sábado (14), citando fontes policiais.
A NBC informou que um homem vestindo roupas de cunho
militar, de 18 anos, entrou em um supermercado da rede Tops Friendly Markets
depois das 14h30 (15h30 de Brasília) e abriu fogo com um rifle.
O atirador transmitiu o atentado ao vivo pela plataforma
de vídeos Twitch. O porta-voz da rede social confirmou a informação.
Além deste ataque, mais de 140 tiroteios em massa foram
registrados nos EUA apenas neste ano, com pelo menos cinco deles tendo
envolvido múltiplos assassinatos, divulgou o grupo Gun Violence Archive nesta
segunda-feira (18).
O controle de armas nos EUA voltou a ser debatido
recentemente no país após diversos incidentes de tiroteios. Grupos de oposição
à proposta de maior controle das armas afirmam que no país já há leis
suficientes nesse sentido. Para eles, o problema não são as armas, mas as
políticas socioeconômicas adotadas pelo governo do presidente estadunidense.
Então... eles tinham? Os EUA estão a caminho de eliminar as armas químicas
até 2023 depois de destruírem todo o estoque do Agente Nervoso VX em abril,
disse o Departamento de Defesa nesta quinta-feira (19).
“O Programa de Desmilitarização Química do Departamento
de Defesa atingiu um marco em seu esforço para eliminar o estoque de armas químicas
dos EUA e material de guerra química recuperado. O último foguete M55 contendo
o Agente Venenoso X, ou Agente Nervoso VX, foi destruído na Planta Piloto de
Destruição de Agentes Químicos Blue Grass, em Richmond, Kentucky, em 19 de
abril de 2022”, diz o comunicado.
Após a mudança, o país está “no caminho certo do
cumprimento do tratado e das obrigações internacionais sob a Convenção de Armas
Químicas para atingir o prazo de eliminação do estoque de 2023”, acrescentou o
Pentágono.
O Pentágono iniciou a destruição dos foguetes VX M55 no
Depósito de Blue Grass do Exército em julho de 2021. Cerca de 18.000 foguetes
foram “desmontados e drenados” do agente químico, disse o departamento.
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