ONU e entidades condenam assassinatos.
A ONU, ativistas ambientais e de direitos humanos, além
de diversas organizações não governamentais, expressaram na quinta-feira (16)
indignação com os assassinatos do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista
Bruno Pereira e vincularam as mortes a posições do insano governante brasileiro
a favor da exploração comercial da Amazônia.
“Esse ato brutal de violência é chocante e pedimos às
autoridades brasileiras para garantir que as investigações do caso sejam imparciais,
transparentes e que as famílias das vítimas recebam reparação”, disse a
porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani.
A ONG de direitos humanos Human Rights Watch também
pediu medidas “imediatas e enérgicas” para combater “a ilegalidade e as redes
criminosas na Amazônia”. “É essencial que a investigação clarifique as circunstâncias
e a motivação do crime e que todos os responsáveis sejam responsabilizados”,
acrescentou.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji),
ao lado de outras entidades do setor, lembrou os avanços de atividades ilegais
em terras indígenas e o protagonismo do presidente e seus aliados em ataques
contra a imprensa e ativistas.
“Diante dessa realidade, o trabalho de campo de Dom
Phillips e Bruno Pereira era ainda mais importante, porque garantia, mesmo nas
condições mais difíceis, o direito de acesso à informação da população”.
A organização ambientalista Greenpeace expressou choque
pelo homicídio. “Esses homens corajosos, apaixonados e determinados foram
mortos enquanto realizavam o seu trabalho vital de esclarecer as ameaças
diárias que os povos indígenas enfrentam no Brasil ao defender suas terras e
direitos”, disse o editor-executivo do Greenpeace no Reino Unido, Pat Venditti,
em comunicado.
Na quinta-feira (16), uma delegação da Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil (Apib), ao lado de ativistas do movimento Extinction
Rebellion, protestou em frente ao prédio do Parlamento Europeu, em Bruxelas,
pedindo o esclarecimento completo do crime. O grupo da Apib está na cidade
europeia para participar de reuniões com eurodeputados.
Fala a comissária da ONU para Direitos
Humanos. Em sua última sessão do
Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas na manhã de segunda-feira (13), a
Alta Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, falou
em “ameaças contra os direitos humanos, ambientais e dos povos indígenas” no
Brasil.
“Estou alarmada com ameaças contra os direitos humanos,
ambientais e povos indígenas, incluindo a contaminação pela mineração ilegal de
ouro”, afirmou a representante, que deixa o cargo em agosto e que já afirmou
não concorrer a um segundo mandato. E Bachelet ainda indicou haver “casos
recentes de violência e racismo estrutural em questões policiais, como ataques
contra parlamentares e candidatos, principalmente afrodescendentes, mulheres e
pessoas LGBTI+” no país.
Uma Amazônia ilegal, com apoio do demente. O insano sabe que virá pressão de todos os lados não
apenas para esclarecer as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips, mas para
elucidar de forma rápida o caso. Mais que isso, a situação escancarou o que
especialistas há muito vêm alertando, que parte da Amazônia está nas mãos de
milícias.
O indigenista Bruno Pereira não apenas relatou às autoridades
que vinha recebendo ameaças como ajudou a elaborar um plano de defesa e
estruturação para o Vale do Javari, a fim de proteger comunidades e floresta.
As diretrizes não saíram do papel porque ainda aguardam aval da Funai e homologação
da Justiça Federal. O defensor público federal Renan Sotto Mayor de Oliveira
disse à RFI que Bruno procurou a Defensoria Pública em 2019 devido às
perseguições e para discutir a situação daquela imensa área.
Ele disse que os relatos de Bruno já haviam sido
levados à justiça. “Já havia decisão judicial por conta das ameaças que o Bruno
sofria, decisão em que se relata toda essa situação de violência geral no Vale
do Javari. O que a gente percebe é que há uma necessidade de uma intervenção
estrutural do Estado. Inclusive há um plano de proteção que foi elaborado em
parceria com o Bruno Pereira que está para ser homologado pela Funai. A gente
espera isso que a Funai concorde e a partir daí a Justiça Federal também irá
homologar.”
Amazonas, um estado sem lei! Os assassinatos do jornalista britânico Dom Philips e
do ex-funcionário indigenista Bruno Pereira ocorreram onde os homicídios
cresceram bem acima da média nacional. O avanço do desmatamento e as disputas
de terras explicam em parte o ocorrido.
O mapa da criminalidade na Amazônia ficou mais visível
com os desaparecimentos do jornalista britânico Dom Philips e do brasileiro
especialista em assuntos indígenas Bruno Pereira. O Vale do Yavari é uma região
remota no oeste do país, onde agora se descobriu que qualquer vida está em perigo.
Os homicídios cresceram no Amazonas, o maior estado do Brasil – equivalente à
área da Mongólia, 1,5 milhão de km2 – bem acima da média nacional. Os números
são do biênio 2018-2020. O avanço do desmatamento e as disputas de terras
explicam em parte o que aconteceu com duas vítimas de certa notoriedade. O
cidadão de uma potência estrangeira que já pressionou o presidente Jair
Bolsonaro por uma resposta e um ex-funcionário da Fundação Nacional do Índio
(FUNAI). Dois baqueanos na área e com contatos fluidos entre os povos nativos
que a povoam. Dificilmente estariam perdidos. Este contexto violento não
encoraja uma esperança robusta que leve ao rápido esclarecimento do caso.
O estudo Cartografia da Violência na Amazônia, elaborado
pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em colaboração com o
Instituto Clima e Sociedade (ICS) e o Grupo de Pesquisa Territórios Emergentes
e Redes de Resistência na Amazônia (TERRA) da Universidade do Estado do Pará
(UEPA), mostram que a Amazônia tem sido palco de um intenso processo de
superposição de ilícitos. O aumento do crime organizado corresponde ao aumento
de quase 9,2% dos homicídios na região, ao contrário do que ocorreu nos demais
municípios rurais brasileiros, onde caíram 6,1%.
O energúmeno vai dizer que “a culpa é da vítima”. O ex-capitão
demente afirmou na quarta-feira (15) que o jornalista inglês Dom Phillips era
“malvisto” na região amazônica devido à cobertura que ele fazia de questões
ambientais e a denúncias de irregularidades envolvendo garimpo ilegal e, por
isso, deveria ter “redobrado a atenção” ao entrar naquela área.
Dom e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira
desapareceram no dia 5 de junho quando navegavam pela região da Terra Indígena
Vale Javari, no oeste do Amazonas.
O energúmeno fez as afirmações em entrevista no início
da noite, depois de descer a rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar
apoiadores.
Desespero do perdedor? O “gabinete do ódio”, criado e comandado pelo filho
02, o Carluxo, parece estar trabalhando aceleradamente para evitar a derrota do
insano no primeiro turno. E é claro que todos sabem que a disputa de um segundo
turno vai fazer muito dinheiro, como água, circulará entre fazendeiros, empresários
e outros apoiadores do insano. Então, eles tentam reverter o quadro das
recentes pesquisas e decidiram participar ativamente nas redes sociais.
Apoiadores do demente decidiram movimentar o Twitter
com a criação da hashtag #LuLADRAO, que, como vocês podem deduzir, é contra o
maior concorrente de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Nesta sexta-feira (17), seguidores do “mito” estão
pondo o Twitter de cabeça para baixo com uma hashtag contra o ex-presidente do
Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Estão chamando o petista de ladrão.
“Ele” governa para uns poucos! O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa no
Brasil caiu 6,9% em 2021, passando de R$ 1.454 em 2020 para R$ 1.353. Este é o
menor valor da série, iniciada em 2012, da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, divulgada pelo
IBGE.
“Esse resultado é explicado pela queda do rendimento
médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se
recuperar, e também pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do
aluguel”, explica Alessandra Scalioni, analista da pesquisa, apontando a
mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial ocorridas em 2021
como uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes.
Vejamos: a) a massa do rendimento mensal real
domiciliar per capita caiu 6,2% ante 2020, chegando a R$ 287,7 bilhões em 2021,
seu segundo menor valor desde 2012, quando ficou em R$ 279,9 bilhões; b) a
queda do rendimento mensal domiciliar per capita foi mais intensa entre as classes
com menor rendimento; c) em 2021, o rendimento médio do 1% da população que
ganha mais era 38,4 vezes maior que o rendimento médio dos 50% que ganham menos;
d) a desigualdade cresceu para o conjunto da população e ficou praticamente
estável para a população ocupada: o Índice de Gini do rendimento domiciliar per
capita aumentou de 0,524 para 0,544, enquanto o Gini do rendimento de todos os
trabalhos variou de 0,500 para 0,499 (quanto maior, pior: índice 0 corresponde
à completa igualdade, e 1 à completa desigualdade); e) o percentual de pessoas
com rendimento na população do país caiu de 61% em 2020 para 59,8% em 2021, o
mesmo percentual de 2012 e o mais baixo da série; f) o rendimento médio mensal
real da população residente com rendimento foi o menor da série histórica nos
seguintes tipos: todas as fontes de rendas (R$ 2.265), em outras fontes (R$
1.348), em aposentadoria e pensão (R$ 1.959) e em outros rendimentos (R$ 512).
Tais quedas podem ser explicadas, também, pela inflação, segundo o IBGE.
Os resultados da “besta-fera”! Em 2012 a renda média dos brasileiros era de R$ 1.454.
No ano passado caiu para R$ 1.353 (menos 4,5%), atingindo principalmente os
trabalhadores e trabalhadoras mais pobres, que sentem mais o peso da inflação e
do desemprego sobre os seus rendimentos.
De acordo com a pesquisa, todos que se encontram entre
os 50% mais pobres tiveram queda de rendimento, mas quanto mais pobre maior a
queda: - grupo dos 5% mais pobres = queda de 33,9%; grupo entre os 5% e 10%
mais pobres = queda de 31,8%; grupo entre os 10% a 20% mais pobres= queda de
19,7%; grupo entre os 20% a 30% mais pobres = queda de 16%.
Equador em luta (1). Conforme
anunciado pelo presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do
Equador (Conaie), Leônidas Iza, a mobilização nacional contra o governo de Guillermo
Lasso começou na madrugada de segunda-feira (13).
Durante a madrugada, as primeiras mobilizações foram
confirmadas em várias regiões do Equador com o bloqueio da rodovia que liga as
províncias de Pastaza e Napo pela comunidade indígena Kichwa.
Da Conaie e de outras organizações indígenas esperam
que outros setores se unam à mobilização nacional, apesar das ameaças de
repressão do governo equatoriano.
O líder da confederação indígena, Leônidas Iza, indicou
que a medida de força contra o governo de Guillermo Lasso será nacional e
indefinida.
Equador em luta (2). Entre as dez
reivindicações levantadas pelas entidades em diversas mesas de diálogo com o
Governo, o congelamento dos preços dos combustíveis ocupa um lugar central.
O presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas
do Equador (Conaie), Leônidas Iza, alertou na segunda-feira o presidente Guillermo
Lasso que a greve nacional iniciada neste dia continuará por tempo indeterminado
se o governo não der respostas imediatas à lista de demandas levantadas. pela
cidade há um ano.
Do setor El Chasqui (província de Cotopaxi, centro), o
líder indígena destacou: “A mobilização é nacional, territorial e indefinida.
Se hoje o Presidente da República der respostas, vamos levantar a greve. Caso
contrário, ficaremos por tempo indeterminado."
O protesto antineoliberal começou nas primeiras horas
da manhã de segunda-feria, quando foram registrados bloqueios nas províncias de
Chimborazo, Cotopaxi, Pastaza, Napo e Tungurahua.
Equador em luta (3). Em retaliação à mobilização convocada pela organização
indígena mais importante do Equador e outros grupos sociais, o governo reprime.
O primeiro dia da mobilização nacional indefinida
convocada no Equador pela Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie)
terminou nesta segunda-feira com alguns bloqueios, sem incidentes graves e com
o alerta do governo de que não permitirá a paralisação dos serviços públicos e
essenciais, mas o A prisão do presidente da Conaie, Leônidas Iza, na madrugada
desta terça-feira, mudou o cenário.
O Ministro do Interior, Patricio Carrillo, assegurou
que foram abertos 41 inquéritos anteriores por atos de vandalismo, que incluem
incêndios de carros de patrulha em Cayambe e na estrada Cuenca-Molleturo e a suspensão
de bombeamento em uma estação de extração de petróleo na cidade de Pompéia. em
Orellana.
O presidente Guillermo Lasso anunciou que os autores
intelectuais e materiais do que ele definiu como atos de vandalismo foram
presos nos protestos que começaram nesta segunda-feira e ordenaram a prisão de
Iza por grupos de elite da polícia e das Forças Armadas. O líder foi preso à
uma hora da madrugada de terça-feira, 14 de junho, no setor Pastocalle, onde
havia participado do corte da E-35, a rodovia Panamericana, no setor conhecido
como El Chasqui.
Biden quer amedrontar a América Latina. No último dia da Cúpula das Américas, os chefes de
Estado presentes em um almoço de “muita qualidade! ouviram da boca do
presidente estadunidense um alerta concreto sobre o cenário global, no qual
Washington não descarta a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, temendo
que as armas nucleares táticas que a Rússia.
Biden falou sobre a eventual guerra terminal como se
estivesse compartilhando um segredo com seus amigos: “Tenho informações confidenciais
que não posso compartilhar com vocês, mas o risco de uma Terceira Guerra
Mundial é muito grande. E as consequências são inimagináveis. Perto dele estava
sorrindo o assessor especial do governo dos Estados Unidos, Christopher Dodd
(que estava em turnê em maio para pressionar a presença dos países na cúpula),
uma espécie de mestre de cerimônias no almoço.
Um dos que falaram foi o presidente argentino Alberto Fernández,
que fez um duro discurso em nome da Comunidade de Nações Latino-Americanas e do
Caribe (Celac), deixando claro ao quase octogenário presidente dos EUA que a
guerra está causando sofrimento no resto da América, e é por isso que os países
do hemisfério sul têm que fazer parte da discussão.
Mas é de admirar a “cara de pau” de Biden tentando
ameaçar os países da Nossa América!
A “cópula” de Biden. Sim, desculpem o termo, mas não encontramos outra
definição da palhaçada montada pelo presidente estadunidense. A IX Cúpula de
Chefes de Estado das Américas que terminou na sexta-feira passada sem dor nem
glória; e a da OTAN, que acontecerá nos dias 29 e 30 de junho em Madri com o
objetivo de “coordenar ações” para salvar Zelensky e enfrentar a guerra na
Ucrânia
Quando se conta a história da IX Cúpula das Américas,
deve-se admitir que a ausência dos Chefes de Estado de Cuba, Venezuela,
Nicarágua, México, Bolívia, Honduras, El Salvador e mesmo Uruguai, ausentes por
outros motivos , era mais sonoro que a vertigem ordinária da fala dos que ali
estavam, alguns para se acomodarem placidamente à sombra do anfitrião; e outros,
para expressar seu desacordo com uma “linha de trabalho” hegemonista,
excludente e sectária, profundamente ferida pelo que constitui inquestionavelmente
uma rejeição de suas antigas práticas imperiais.
Descarada intromissão. A intromissão dos EUA nos assuntos internos dos países
da América Latina está tendo um impacto negativo nas tentativas da Casa Branca
de construir um diálogo na região, escreveu em um artigo de opinião no jornal
chinês Global Times Daniel Lemus-Delgado.
“Desde o início de sua independência, os EUA consideram
a América Latina uma zona natural de influência [...]. E episódios terríveis
não ficaram no passado. A intromissão dos EUA nos assuntos dos países da América
Latina ainda está presente”, escreve o autor Daniel Lemus-Delgado, que é professor
do Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey.
Muitas vezes foram usados pretextos para intromissão
apoiados na busca de formas de integração econômica e de combate a cartéis de
drogas, destacou o especialista.
Ficaram assustados? Anteriormente, o presidente de Nicarágua, Daniel
Ortega, permitiu a presença temporária de militares estrangeiros no país,
inclusive da Rússia, para fins humanitários.
Essa permissão foi recebida pelas tropas da Venezuela,
Honduras, Guatemala, Cuba, República Dominicana, México, El Salvador e EUA, bem
como da Rússia.
A permissão não envolve apenas tropas terrestres, como
também o envio temporário de navios de guerra e aeronaves.
Além disso, o autor do artigo ressalta que, se a Rússia
enviar embarcações de guerra ao país, as partes poderão firmar um acordo sobre o
desdobramento permanente da frota russa na região, permitindo a Moscou criar
bases navais na América Central.
A mídia da direita e as eleições colombianas. Esta eleição
na Colômbia, mais uma vez, mostra que, sem um grande esforço social para
democratizar e descentralizar o exercício da comunicação, a democracia continua
prisioneira do poder econômico.
Não é segredo que todo meio tem uma linha editorial, ou
seja, uma forma de ver e mostrar as coisas. Visão a partir da qual cada meio
(ou grupo de mídia) dá visibilidade ao que se adequa ao seu viés e interesse
particular. A ideia de neutralidade jornalística, a suposta “objetividade” é
contrariada com uma verificação básica: em qualquer mídia há uma escolha sobre
o que publicar, que destaque dar a cada notícia, quais aspectos são relevantes
e como a informação é narrado.
Devido à forte concentração da propriedade da mídia e à
diversificação de seus canais, o poder de algumas empresas de influenciar a opinião
pública na Colômbia é praticamente coercitivo.
De acordo com informações compiladas pelo Media Ownership
Monitor Colombia (MOM), uma investigação
realizada por Repórteres Sem Fronteiras em conjunto com a Federação Colombiana
de Jornalistas (FECOLPER), “os oito maiores grupos de mídia respondem por 78%
da audiência transversal, que significa que quase quatro em cada cinco
colombianos recebem suas informações por meio desses grupos. Os três grupos de
mídia com maior concentração de audiência são a organização Ardila Lülle com
28,7%, o Grupo Santo Domingo com 19,5% e a organização Luis Carlos Sarmiento
Angulo com 7,3%”.
Só o povo colombiano pode decidir. Estamos diante de uma eleição importantíssima e as pesquisas
de opinião mostram um cenário apertado. Pela centro-esquerda, Gustavo Petro e
Francia Márquez (Pacto Histórico) foram os mais votados no primeiro turno e
podem fazer história como os primeiros governantes progressistas do país. Já
Rodolfo Hernández e Marelen Castillo (Liga) unificaram a direita para buscar a
Presidência.
Várias pesquisas de opinião indicam empate técnico. A pesquisa
da empresa Invamer aponta Hernández com 48,2% e Petro com 47,2% da preferência.
No primeiro turno, Gustavo Petro e Francia Márquez,
obtiveram 40% da preferência, equivalente a cerca de 8,5 milhões de votos. Já
Hernánez e Castillo fizeram 5,9 milhões de votos, representando 28%. A participação
foi de 55% do eleitorado.
Quem é Gustavo Petro? A história do líder colombiano, que tenta pela
terceira vez chegar ao Palácio de Nariño, foi marcada por ameaças contra sua
vida, exílio e perseguição política.
Economista, administrador público, especialista em meio
ambiente e desenvolvimento populacional, Gustavo Petro, aos 62 anos e à frente
da coalizão Pacto Histórico, pode se tornar neste domingo o primeiro presidente
de esquerda da história da Colômbia.
Petro, que tem Francia Márquez como companheira de
chapa, disputará o segundo turno eleitoral pela presidência do país sul-americano
contra o candidato populista de direita Rodolfo Hernández e as pesquisas lhe
dão vantagem na intenção de voto.
Petro nasceu em 9 de abril de 1960 em Ciénaga de Oro,
no departamento norte de Córdoba, é o mais velho de três filhos.
Gustavo Petro cursava seus primeiros anos no Colégio de
La Salle de Zipaquirá, seu tempo era dividido entre os estudos e as atividades
que desenvolvia no La Carta del Pueblo, jornal local que havia fundado com seus
amigos de escola.
Petro juntou-se à guerrilha M-19 em 1978. Lá ele
realizou tarefas políticas que o levaram a se esconder. Ele foi capturado,
torturado e condenado a um ano e meio de prisão.
Em 1990 ocorreu a desmobilização do M-19. Petro
tornou-se um dos conselheiros dos eleitores de 1991. Anos depois, formou-se em
economia pela Universidad Externado de Colômbia.
A movimentação de Nicolás Maduro. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no âmbito
da sua primeira visita oficial ao Kuwait, reuniu-se na terça-feira (14) com o
próximo secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP), o kuwaitiano Haitham al-Ghais.
O chefe de Estado venezuelano, cujo país possui as
maiores reservas de petróleo do mundo, e al-Ghais, que tomará posse formalmente
em agosto próximo, discutiram a direção em que devem trabalhar em conjunto com
os demais países membros da Opep, fontes oficiais indicado.
Como parte de suas atividades oficiais, também se
reuniu com o ministro das Relações Exteriores e presidente do Fundo Econômico
do Kuwait, Ahmed Nasser Al Mohammed Al Sabah.
Desse encontro, Maduro partiu para outro importante
ponto de sua agenda. Na mesma terça-feira, ele desembarcou no Catar em sua
turnê internacional de trabalho por países da África, Ásia e Europa.
O presidente foi recebido pelo Ministro de Estado dos
Negócios Estrangeiros, Sultão BinSaad Al-Muraikhi, embaixador daquela nação em
Caracas, bem como pela Ministra Conselheira e Encarregada de Negócios daquele
país, Fátima Majzou.
A visita fortalecerá a agenda de cooperação voltada
para as áreas de ciência e tecnologia, agricultura, transporte, energia, turismo
e cultura.
Venezuela e Catar mantêm acordos bilaterais em
diferentes áreas estratégicas e está prevista a revisão da cooperação conjunta
e das questões geopolíticas atuais.
França pode ver avanço da esquerda. O presidente francês, Emmanuel Macron, saiu do
primeiro turno da eleição legislativa, no domingo (12), sem garantia de poder
dirigir o país nos próximos cinco anos com uma maioria absoluta na Assembleia
Nacional, condição para conseguir implementar seu programa de governo. O
pleito, marcado pelos bons resultados da aliança de esquerda e por uma boa
performance da extrema direita, obriga o chefe de Estado a esperar até o
segundo turno, no próximo domingo, para saber qual margem de manobra terá
durante seu mandato.
O primeiro susto do “Juntos”, coalizão criada pelos
aliados do chefe de Estado, foi o número de votos conquistados pelo NUPES,
grupo formado por boa parte dos partidos de esquerda do país. A aliança, encabeçada
pelo chefe da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, conseguiu entre 25% e 26,2%
dos votos, contra de 25% a 25,8% para o grupo de Macron, segundo os primeiros
resultados. Para Mélenchon, “o partido presidencial está derrotado”.
Esse pleito, que acontece menos de dois meses após a
reeleição de Emmanuel Macron para a presidência, visa definir se o chefe de
Estado centrista terá uma nova maioria parlamentar para implementar seu
programa de governo. Após o segundo turno da eleição legislativa, que acontece
em 19 de junho, o país saberá se Macron recebeu a confiança total dos franceses,
se será obrigado a negociar com uma maioria relativa ou se terá que governar em
um regime de “coabitação”, termo usado na França quando o chefe do governo e o
presidente são de tendências políticas diferentes.
A grande imprensa não se interessou, por razões óbvias,
em divulgar os resultados do primeiro turno. A esquerda, por surpresa ou outro
motivo, também não destacou o resultado. Mas o fato é que uma tempestade
política – inesperada e repleta de novidades – sacudiu a França, no domingo (12).
Uma coalizão que reúne pós-capitalistas, comunistas, socialistas e verdes foi a
mais votada no primeiro no turno das eleições parlamentares, alcançando pouco
mais de 25,7% dos votos. Ficou à frente tanto dos candidatos neoliberais,
ligados ao presidente Emmanuel Macron (que obtiveram 25,66%) quanto dos de
ultradireita, partidários de Marine Le Pen (18%).
Alemanha já passa por dificuldades. Na medida em que Itália, Áustria e Eslováquia já
constatam redução na oferta de gás, vice-chanceler alemão alerta para a crise.
Segundo o Financial Times, Berlim fez um apelo aos
cidadãos da maior economia da União Europeia (UE) para economizar energia. Enquanto
os países ocidentais, caprichosamente seguindo as ordens de Washigton, se
recusam a cumprir as regras estabelecidas por Moscou para que o fornecimento de
gás seja mantido, o fluxo para Europa vai se tornando cada vez mais limitado.
O vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, disse que
a situação é “séria” e que “agora é a hora” de empresas e cidadãos comuns
economizarem energia e armazenarem gás. "Cada quilowatt-hora ajuda nessa
situação", disse a autoridade em apelo publicado no Twitter nesta
quinta-feira (16).
A Gazprom, gigante russa exportadora de gás, cortou os
fluxos através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte), que corre sob o mar
Báltico até a Alemanha, em 60% nos últimos dias, por conta de problemas
técnicos. A Alemanha afirma que a medida é política.
Nesta quinta-feira, a maior empresa de fornecimento de
energia da Alemanha, RWE, relatou fluxos reduzidos de gás, enquanto na Itália
os fluxos foram reduzidos em 15% na quarta-feira (15), caindo para 30% nesta
quinta, de acordo com a empresa italiana de energia Eni. No caso austríaco, a
empresa de energia OMV disse ter sido informada pela Gazprom que os volumes de
entrega seriam cortados.
Os cortes de fornecimento russos ocorreram quando os líderes
da Alemanha, Itália e França visitaram Kiev na quinta-feira em uma demonstração
de apoio ao governo da Ucrânia.
Vai se tornando mais grave a situação. Redução do
fornecimento de gás natural da Rússia forçou a Europa utilizar as reservas
criadas para consumo no pico da próxima temporada de inverno, a época mais
fria, informa a agência Bloomberg.
A redução afetou a França, Itália, Áustria e a
Alemanha. Isto deve-se ao fato e a empresa russa Gazprom ter tido que suspender
a operação de uma parte das turbinas da Siemens no gasoduto Nord Stream.
A causa foi o atraso na prestação de serviços por parte
da empresa alemã Siemens, que não conseguiu fazer a tempo a manutenção técnica
de algumas turbinas.
Na sequência disso, a entrega do volume de gás para a
União Europeia a partir de 16 de junho não deverá ultrapassar 67 milhões de
metros cúbicos por dia, em vez dos programados 167 milhões.
Pela primeira vez desde meados de abril, as reservas nos
depósitos de gás subterrâneos na Europa diminuíram.
Por que Biden mente? A emissora Fox News divulgou um artigo explicando por
que é precisamente a administração Biden, e não as ações de outros países, a
culpada pela crise dos combustíveis nos EUA.
Anteriormente, Biden vinculou a inflação recorde nos
EUA à situação na Ucrânia e ao presidente russo, Vladimir Putin, chegando a
afirmar que o seu país nunca havia visto nada como o “imposto de Putin” sobre
os alimentos e gasolina de uma só vez. De acordo com a Fox News, o atual
aumento do preço da gasolina nos EUA já pode ser considerado “uma catástrofe”.
Para demonstrar como a situação chegou a este ponto, a
mídia divulgou imagens de um evento de campanha eleitoral durante as últimas
primárias dos democratas em 2019. Logo depois, Biden, que participou destas
primárias, garantiu a todos que “eliminaria os combustíveis fósseis” e que nada
faria ele mudar de ideias sobre isso.
A mídia ressaltou que os combustíveis fósseis são a
base da economia estadunidense, e questionou como o presidente dos EUA
conseguiria eliminar esta fonte da economia.
Após sua promessa e vitória nas eleições, Biden começou
a colocar seu plano em ação, não dando qualquer oportunidade para a indústria
de petróleo seguir com seus negócios.
Como resultado das ações de Biden, a gasolina passou a
custar mais de U$ 5 (R$ 25) por galão, fazendo a inflação disparar no país.
Já sabem o resultado. Depois de vários meses de mentiras sobre as causas e o
andamento do conflito na Ucrânia, os meios de informação ocidentais começaram a
preparar a opinião pública para o colapso militar de Kiev, escreve Douglas
Macgregor, colunista do jornal The American Conservative.
O jornalista destaca que a mídia nos EUA e na Europa
tem dedicado muito esforço para apresentar de modo mais favorável as tropas
ucranianas: as perdas reais das Forças Armadas da Ucrânia eram ocultadas e os
erros eram silenciados.
Agora está se tornando cada vez mais óbvio que Kiev
está perdendo, por isso os jornais ocidentais começaram a escrever mais sobre a
situação desastrosa das formações militares de Kiev, aponta o artigo.
Os erros russos foram exagerados de forma completamente
desproporcionada relativamente à sua importância. As perdas russas e a verdadeira
extensão das perdas próprias da Ucrânia eram destorcidas, inventadas ou
simplesmente ignoradas. Mas as condições no campo da batalha mudaram pouco ao
longo do tempo, escreve artigo.
Macgregor criticou o governo dos EUA por suas injeções
colossais, cerca de US$ 60 bilhões (R$ 303 bilhões), no regime em colapso de
Vladimir Zelensky, que não só prolonga o conflito, mas também afeta a renda das
famílias americanas.
Comprovado. O Ministério
da Defesa da Rússia relatou na quinta-feira (16) que desde 2015, quando começou
o financiamento em grande escala dos projetos ucranianos pelo Pentágono, foram
registrados múltiplos surtos entre os militares e civis nas repúblicas de
Donetsk e Lugansk.
Assim, em 2016 a infecção por tularemia cresceu em 9,5
vezes, em comparação com 2007, especialmente alta foi a taxa de infecção entre
os soldados, relatou a pasta.
A entidade relembrou que em diretivas da OTAN esta
doença é considerada um dos agentes biológicos prioritários: foi exatamente ela
que foi utilizada nos exercícios da aliança na Suécia, com o fato tendo sido
confirmado em 2012.
Além disso, a partir de 2017, em 12 regiões ucranianas
onde se encontram as instalações biológicas controladas pelo Pentágono, foram
registradas dezenas de surtos da hepatite A: ficaram infectadas mais de 10.000
pessoas, na maioria dos casos a causa da doença não foi estabelecida, de acordo
com o ministério.
Durante o briefing sobre laboratórios biológicos
norte-americanos na Ucrânia, o MD russo também contou sobre o projeto P-268,
cujo objetivo é o estudo de vírus capazes de infectar mosquitos Aedes,
portadores de dengue, zika e febre amarela, e relembrou sobre os surtos dessas
doenças em Cuba na época da Guerra Fria.
Conforme a pasta, os cientistas ucranianos participaram
do projeto P-268, especialmente os da Universidade Nacional Taras Shevchenko em
Kiev.
Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Química,
Biológica e Radiológica da Rússia, informou que os empregados do laboratório na
povoação de Sorokovka, na região de Carcóvia, realizaram, no âmbito do programa
biológico-militar dos EUA, testes de neuromoduladores altamente reativos que
provocam danos irreversíveis no sistema nervoso central.
Ucrânia não quer negociar. A pressão da Casa Branca para que o conflito não
chegue a um fim fica mais clara a cada dia. Segundo chanceler russo, Moscou
ainda não entendeu qual tipo de instrução Kiev recebe de Washington e Londres a
partir do momento que é visível que as negociações em Istambul não foram para
frente.
“Veja o estágio das negociações que fracassou depois de
Istambul: eles simplesmente assinaram que não querem essas negociações. E ainda
não entendemos que tipo de instrução [o presidente] [Vladimir] Zelensky recebe
de seus mestres em Washington e Londres”, disse Lavrov à emissora NTV da Rússia.
O chanceler também disse que “há tentativas de criar
uma ‘segunda Ucrânia’ na Moldávia”: “Claro, eles estão abertamente tentando
fazer da Moldávia uma segunda Ucrânia”, afirmou.
China responde aos EUA. Pequim, ao contrário dos EUA, quer que a paz seja
alcançada na Ucrânia, e cabe ao povo decidir quem está do “lado certo da
história”, disse na quinta-feira (16) Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores da China, respondendo às críticas de Washington sobre a posição
chinesa no conflito.
A China tem sido duramente criticada pelos EUA por sua
recusa em condenar a operação militar russa na Ucrânia, bem como pela sua
cooperação com Moscou.
Na quarta-feira (15), um porta-voz do Departamento de
Estado dos EUA acusou Pequim de “ainda estar com a Rússia […] fazendo eco da sua
propaganda”, acrescentando que “as nações que estão do lado de Vladimir Putin
inevitavelmente ficarão do lado errado da história”.
O diplomata chinês disse que, enquanto os EUA têm
promovido a expansão da OTAN para leste trazendo o conflito para a Europa, a
China está empenhada no diálogo e na cooperação.
“Enquanto os EUA clamavam por uma luta ‘até o último
ucraniano’ e alimentaram o conflito, a China tem promovido ativamente as negociações
de paz e apelado ao mundo para a realização de negociações e não para a continuação
dos combates entre a Rússia e a Ucrânia”, defendeu o porta-voz da chancelaria
chinesa.
Fortalecimento militar da China. O fortalecimento militar da China é o “maior e mais
ambicioso” desde a Segunda Guerra Mundial e pode levar a uma corrida armamentista
na região do Indo-Pacífico, disse no sábado (11) Richard Marles, ministro da
Defesa da Austrália.
Durante discurso na cúpula de segurança Diálogo
Shangri-La, em Cingapura, o ministro delineou uma visão de cooperação econômica
equilibrada como dissuasão militar, mas emitiu um aviso sobre a militarização
na região da Ásia-Pacífico, escreve The Guardian.
“Por isso, é fundamental que os vizinhos da China não
considerem este reforço um risco para eles. Porque sem essa garantia, é
inevitável que os países busquem em resposta melhorar suas próprias capacidades
militares. Insegurança é o que impulsiona uma corrida armamentista”, enfatizou
o ministro australiano.
Na última sexta-feira (10), os EUA aprovaram a venda de
peças de reposição no valor de US$ 120 milhões (R$ 589 milhões) para ajudar
Taiwan a manter seus navios de guerra, segundo comunicado publicado pela
Agência de Cooperação de Defesa e Segurança (DSCA, na sigla em inglês) dos EUA.
Inflação nos EUA disparou! A inflação ao consumidor dos EUA em maio subiu 8,6% em
relação ao ano anterior, indicando que a inflação continua elevada apesar dos
aumentos de juros do Federal Reserve, informou o Departamento do Trabalho dos
EUA na sexta-feira.
O índice de preços ao consumidor (CPI) no mês passado
subiu 1,0% em relação ao mês anterior, depois de aumentar 0,3% em abril, de
acordo com o Bureau of Labor Statistics (BLS) do departamento.
O IPC de maio subiu 8,6% em relação ao ano anterior, um
aumento maior em comparação com o crescimento de 8,3% em abril, marcando o terceiro
mês consecutivo de inflação acima de 8%. O número de março foi de 8,5%. O IPC
de maio foi o maior aumento de 12 meses desde o período encerrado em dezembro
de 1981. O IPC principal permaneceu acima de 6% ano a ano desde outubro do ano
passado.
“O mundo está preocupado com o risco de estagflação”,
afirmou o profissional da tesouraria de um banco em São Paulo, referindo-se ao
termo que define o período quando há inflação elevada e queda da atividade
econômica. “Os BCs podem precisar rifar crescimento para segurar os preços”.
Os holofotes estão voltados principalmente para o
Federal Reserve (EUA), que anuncia na quarta-feira decisão de política
monetária, com o mercado esperando nova alta de 0,5 ponto percentual.
Investidores buscarão sinais sobre os passos seguintes, em especial após setembro.
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