segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A prisão de Zé Dirceu e a blindagem tucana

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A prisão de Zé Dirceu e a blindagem tucana

A PRISÃO DE ZÉ DIRCEU E A BLINDAGEM TUCANA
Sebastião de Oliveira Costa*

A imprensa tradicional fez uma imensa farra para anunciar a prisão de Zé Dirceu.

Do jurista Marcos Sotelo, ex-procurador de Estado: “Não há necessidade de prisão. Ele tem endereço certo. A prisão preventiva de quem está cumprindo pena em regime semiaberto causa profunda estranheza”.

Todo brasileiro conhece a história da primeira prisão do ex-sindicalista, vinculada ao episódio do mensalão.

Enquanto Dirceu é preso pela segunda vez, o tucano Eduardo Azeredo, mentor do mensalão mineiro, continua livre, leve e SOLTO. Nem sequer foi julgado!

De um lado, acusações julgamentos, condenações, prisões. Do outro, uma blindagem perfeita.

Na lista de FURNAS, estatal como a Petrobras, estão lá, Serra, que levou R$ 8.000.000,00, e Alckmin, mais guloso, ficou7 com 9 milhões de reais. A lista, recheada de tucanos foi chancelada por técnicos da Polícia Federal.

A reeleição do sociólogo foi garantida com a compra de votos de 130 parlamentares a 200 mil por cabeça (um deputado paraibano foi expulso do PDT). No total, uma bagatela de 26 milhões de reais extraídos do caixa 2, a mesmíssima origem do mensalão petista.

Durante 20 anos, ficou ligada uma adutora de propinas para abastecer as campanhas dos tucanos través de licitações na compra dos trens dos metrôs de São Paulo. Quem garante é o relatório do Ministério Público: “...provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM”.

O primeiro mandato de FHC entrou com força na onda do neoliberalismo e danou-se a vender o patrimônio nacional.
Ocorre que o jornalista Amaury Junior, em 12 anos de investigações descobriu uma das maiores roubalheiras do país, coordenada pelo ex-ministro de Planejamento, José Serra.
Só pra ficar no exemplo mais agressivo aos cofres públicos, basta lembrar a privatização da Vale do Rio Doce que a corretora Merryl Lyinch avaliou em 10 bilhões de reais. No leilão, a empresa foi “entregue” por 3,3 bilhões.

Verônica, filha do professor aposentado José Serra, vem a ser sócia d3e Jorge Paulo Lehman, um dos controladores da AMBEV e um dos homens mais ricos do Brasil. Recentemente compraram a Sorveteria Diletto por 100 milhões de reais.
Ainda no primeiro reinado do sociólogo, com muitos mistérios a serem desvendados, a empresa americana Rayethon foi contratada para tocar a implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) ao custo de 1,7 bilhão de reais.

Pouco tempo depois de sair da presidência, FHC adquiriu um apartamento avaliado em 11 milhões de euros (40 milhões de reais), na Avenida Foch, em Paris, reduto dos marajás de todo o mundo.

Todas essas traquinagens dos peessedebistas ultrapassaram fácil os 7 pontos na escala Richter da corrupção.
O leitor do Contraponto, por acaso, conhece algum tucano sendo julgado, condenado, presou ou pelo menos ter sofrido alguma avaria política, em decorrência dessas falcatruas?

No Brasil esquisito de hoje foram presos Zé Dirceu e Genuíno, que mora numa casa financiada. Lula anda com um pé na cadeia e ainda querem a jugular de Dilma.

Enquanto isso, Serra derrotou para o senado Eduardo Suplicy, o político mais ético do país; Alckmin anda com o IBOPE nas alturas e FHC ganhou, em 2014, o prêmio “Homem do Ano”.

* Médico

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9 de ago (Há 1 dia)


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