04/03/2016 - Copyleft
Jeferson Miola
O combate é um só: da democracia contra o neo-fascismo
A força-tarefa da Lava-Jato emprega meticulosamente os procedimentos totalitários incensados pelo Juiz Moro.
A Lava-Jato realizou seu desejo
estratégico, de colocar as garras em Lula. Desde o início, a Operação
foi uma construção inteligentemente arquitetada para atingir Lula e,
desse modo, o PT, o governo Dilma e o conjunto da esquerda brasileira.
O roteiro da Operação foi traçado pelo Juiz Sérgio Moro em artigo escrito em 2004 [Considerações sobre a “Mani Pulite”], no qual ele exorta [i] a subversão autoritária da ordem jurídica para atingir alvos e objetivos específicos, e [ii] o uso da imprensa para a intoxicação da atmosfera política.
A força-tarefa da Lava-Jato emprega meticulosamente os procedimentos totalitários incensados pelo Juiz Moro no artigo, como a prisão prévia à condenação, o recorte seletivo da investigação, e a delação premiada – método de tortura e chantagem para obter confissões que incriminem adversários.
As arbitrariedades cometidas contra a ordem jurídica e democrática por setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal foram ganhando legitimidade através da força abrumadora e intimidadora da mídia hegemônica que naturaliza os abusos jurídico-policiais. Reivindicar o devido processo legal, por exemplo, virou sinônimo de cumplicidade com corrupção.
O condominio jurídico-midiático-policial, integrado por setores do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e o conjunto da mídia hegemônica [capitaneada sobretudo pelos grupos Globo, Folha e Estado de São Paulo], é uma via aberta do neo-fascismo.
A ação perpetrada hoje contra Lula é uma violência equiparável ao golpe civil-militar contra Jango em 1964, com a diferença que desta vez os reacionários golpistas não estão armados; trajam togas e uniformes de Rambo – porém, tal como naquela época, contam outra vez com a conivência decisiva das famílias Marinho, Frias, Mesquita no empreendimento golpista.
Os perpetradores do ato fascista contra o ex-presidente Lula estranhamente levaram-no para depor no Aeroporto de Congonhas, e não na sede da PF ou do MP. É provável que, com receio de conflito social, abortaram o plano de transferir Lula a Curitiba para prendê-lo.
Para realizar seu desejo obsessivo, a Lava-Jato violentou a democracia e a Constituição brasileira. Setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal perderam totalmente a isenção e legitimidade; converteram a Lava-Jato em instrumento ideológico para destruir Lula e o PT.
Os justiceiros estão incendiando o país; eles são os responsáveis pelos conflitos e enfrentamentos que poderão ocorrer, porque o povo não assistirá passivamente a consumação do golpe que empreendem contra a democracia.
É inaceitável que setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal que usam as prerrogativas funcionais para a perseguição partidária e ideológica, continuem à frente da Lava-Jato. Igualmente inaceitável é o uso partidário e ideológico dos meios de comunicação para a construção de uma narrativa fascista como a que está em curso no Brasil.
O combate da hora é um só: da democracia contra o neo-fascismo.
O roteiro da Operação foi traçado pelo Juiz Sérgio Moro em artigo escrito em 2004 [Considerações sobre a “Mani Pulite”], no qual ele exorta [i] a subversão autoritária da ordem jurídica para atingir alvos e objetivos específicos, e [ii] o uso da imprensa para a intoxicação da atmosfera política.
A força-tarefa da Lava-Jato emprega meticulosamente os procedimentos totalitários incensados pelo Juiz Moro no artigo, como a prisão prévia à condenação, o recorte seletivo da investigação, e a delação premiada – método de tortura e chantagem para obter confissões que incriminem adversários.
As arbitrariedades cometidas contra a ordem jurídica e democrática por setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal foram ganhando legitimidade através da força abrumadora e intimidadora da mídia hegemônica que naturaliza os abusos jurídico-policiais. Reivindicar o devido processo legal, por exemplo, virou sinônimo de cumplicidade com corrupção.
O condominio jurídico-midiático-policial, integrado por setores do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e o conjunto da mídia hegemônica [capitaneada sobretudo pelos grupos Globo, Folha e Estado de São Paulo], é uma via aberta do neo-fascismo.
A ação perpetrada hoje contra Lula é uma violência equiparável ao golpe civil-militar contra Jango em 1964, com a diferença que desta vez os reacionários golpistas não estão armados; trajam togas e uniformes de Rambo – porém, tal como naquela época, contam outra vez com a conivência decisiva das famílias Marinho, Frias, Mesquita no empreendimento golpista.
Os perpetradores do ato fascista contra o ex-presidente Lula estranhamente levaram-no para depor no Aeroporto de Congonhas, e não na sede da PF ou do MP. É provável que, com receio de conflito social, abortaram o plano de transferir Lula a Curitiba para prendê-lo.
Para realizar seu desejo obsessivo, a Lava-Jato violentou a democracia e a Constituição brasileira. Setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal perderam totalmente a isenção e legitimidade; converteram a Lava-Jato em instrumento ideológico para destruir Lula e o PT.
Os justiceiros estão incendiando o país; eles são os responsáveis pelos conflitos e enfrentamentos que poderão ocorrer, porque o povo não assistirá passivamente a consumação do golpe que empreendem contra a democracia.
É inaceitável que setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal que usam as prerrogativas funcionais para a perseguição partidária e ideológica, continuem à frente da Lava-Jato. Igualmente inaceitável é o uso partidário e ideológico dos meios de comunicação para a construção de uma narrativa fascista como a que está em curso no Brasil.
O combate da hora é um só: da democracia contra o neo-fascismo.
Créditos da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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