- Dilma e Lula estarão em ato em São Paulo na sexta (10)
Postado em 9 de junho de 2016 às 5:17 pm
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Da RBA:
Dezenas de movimentos sociais e reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo realizam nesta sexta-feira (10) um dia nacional de mobilização em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Desde abril, quando a primeira fase do processo de impeachment passou na Câmara dos Deputados, liderado por Eduardo Cunha, centenas de atividades de protesto vêm acontecendo quase diariamente em todo o país e no exterior.
De acordo com levantamento feito pelo PT, teria sido realizados 420 eventos em mias de 90 cidades do Brasil e do exterior, muitos deles de forma espontânea, em defesa da democracia. As atividades externas envolvem brasileiros residentes fora do país e também estrangeiros recusando-se aceitar a legitimidade do governo em exercício.
Em São Paulo, a principal manifestação está marcada para as 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, também à tarde, haverá concentração na Candelária seguida de passeata até a Praça XV. Em Brasília, o ponto de encontro será no Museu da República, em Belo Horizonte na Avenida Liberdade e em Porto Alegre, na Esquina Democrática. Todos às 17h.
No ato de São Paulo, é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidenta Dilma Rousseff estará na cidade, mas ainda não está confirmada sua participação. Dilma estará momentos antes a poucas quadras do Masp, às 15h, em encontro promovido pelo Fórum 21 no hotel Maksoud Plaza, na companhia do historiado e brasilianista James Green (da Universidade de Brown, em Rodhe Island, Estados Unidos), do presidente da CUT, Vagner Freitas, e do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.
Unidade
O ato de amanhã é o primeiro teste que reúne em um único dia a maioria dos movimentos ligados a correntes distintas de pensamento e diversas áreas de atuação social, trabalhadores da cidade e do campo, estudantes, intelectuais, artistas, organizações da juventude, feministas, LGBT, de moradia. As bandeiras que unificam os protestos são “Fora, Temer” e “Nenhum direito a menos”.
“O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Fies, Prouni, e Pronatec, criminalização e perseguição dos movimentos sociais”, diz a convocação dos atos assinada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo.
A CUT considera que o dia pode ser um marco na preparação de uma greve geral mais adiante. “Segundo a central, a greve geral está sendo construída para ocorrer quando o governo interino do vice-presidente interino Michel Temer encaminhar ao Congresso Nacional medidas de retirada de direitos que vêm sendo anunciadas via imprensa”, diz Vagner Freitas, esclarecendo que alguns jornais noticiaram incorretamente que uma greve geral já estaria sendo pretendida nesta sexta. Segundo o presidente da central, o que está certo é que diversas categorias promoverão atrasos na entrada ao expediente e assembleias em locais de trabalho.
Para esta sexta, algumas categorias já informaram que o protesto será em forma de paralisações. Os bancários de São Paulo, Osasco e região aprovaram o “dia em defesa dos direitos” com interrupção de atividades nos locais de trabalho. A decisão foi objeto de votações realizadas nos últimos dias em agências e grandes departamentos. Foram coletados 14.941 votos, dos quais 12.095 (81%) defenderam as paralisações.
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