OPERAÇÃO TURBULÊNCIA
Apontado como chefe do esquema que operava a "lavagem"
dos recursos que irrigaram campanhas do PSB e de partidos aliados, em
Pernambuco e outros Estado, o ex-presidente da COPERGÁS e
sócio do ex-governador Eduardo Campos, Aldo Guedes, teria feito a delação
premiada que possibilitou a prisão dos empresários e demais operadores do mesmo
esquema João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite
(Ventola), Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal, pela Operação Turbulência,
que desbaratou a negociata que viabilizou a compra, por meio de
"laranjas", do jatinho utilizado na campanha presidencial de Eduardo
Campos e Marina Silva.
Segundo a Polícia Federal, em coletiva
concedida há pouco em sua sede situada no Cais do Apolo, há poucos metros de
onde despacha o atual prefeito Geraldo Júlio, do PSB, o esquema movimentou,
desde 2010, cerca de R$ 600 milhões
em propinas pagas a políticos oriundas de recursos desviados de contratos de
empreiteiras com a Petrobras e para as obras da Transposição do Rio São
Francisco.
O senador Fernando Bezerra Coelho, do
PSB, ex-ministro da Integração e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de
Pernambuco foi apontado como principal operador do esquema, o que teria sido
comprovado mediante o compartilhamento de provas autorizado pelo ministro Teori
Zavascki, no Inquérito 4005.
Tanto Aldo Guedes quanto Fernando
Bezerra Coelho são investigados pela Operação Lava-Jato, em Inquérito
(Inquérito 4005) que corre no Supremo Tribunal Federal, em razão de acusação de
terem participado de um pedido de propina de R$ 20 milhões à empreiteira
Camargo Correia, para a campanha de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco.
A delação premiada de Aldo Guedes, cujo
conteúdo é considerado bombástico por envolver vários empresários e políticos
de Pernambuco, inclusive com foro privilegiado, é considerada uma bomba e é
altamente temida pela cúpula do PSB que convocou reunião de urgência, para
discutir as consequências da Operação para a legenda e seus caciques.
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