FERNANDO BRITO
Para
você ter uma ideia de como está sendo isento, nas barbas do Ministro Ricardo
Lewandowski, o julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, reproduzo
o trecho de edificante reportagem da Gazeta do Povo, do Paraná:
O senador Hélio José (PMDB-DF), conhecido em Brasília como Hélio Gambiarra, pediu a Temer 34 cargos, entre eles as
presidências do BB DTVM (gestora de fundos de investimento), dos Correios, do
FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional) e de Itaipu
(tradicionalmente, o comando da hidrelétrica fica com um paranaense). O senador
também quer ser o líder do governo no Congresso e relatar as medidas
provisórias sobre infraestrutura. No Planalto, os pleitos de Gambiarra causaram
irritação. “Se Hélio ficar contra o impeachment, ele morre no dia seguinte no
PMDB”, disse um dirigente partidário.
O outro lado da história. Hélio dizia
que ia votar contra o processo de impeachment. Sofreu pressões e votou a favor.
Pode não estar pedindo nada e, agora, sendo exposto para ser pressionado. O
jogo é sujo assim.
Como a gente pode ver, “as instituições estão funcionando”, até
mesmo com Gambiarra.
Inclusive a da chantagem
institucionalizada.
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