Ataque no norte do Paraguai deixa oito militares mortos; governo responsabiliza grupo EPP
Emboscada matou integrantes de patrulha da Força de Tarefa Conjunta no departamento de Concepción; ministro de Interior classifica ação como 'covarde'
Um ataque contra uma patrulha da FTC (Força de Tarefa Conjunta) do Paraguai deixou oito militares mortos na manhã neste sábado (27/08) no norte do país. O governo paraguaio responsabiliza a guerrilha EPP (Exército Popular Paraguaio), mas até o momento não há confirmação sobre a autoria da ação.
De acordo com informações do jornal paraguaio ABC, a patrulha sofreu uma emboscada no caminho que conduz a um assentamento de Arroyito, no município de Horqueta, no Departamento de Concepción – uma área que, segundo a mídia local, é conhecida pela presença de guerrilheiros da EPP.
Supostos membros do grupo explodiram uma bomba para impedir a passagem do veículo que transportava os militares e, em seguida, abriram fogo contra os ocupantes do carro. Antes de sair do local, os agressores roubaram as armas das vítimas.
Agência Efe
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Seis soldados morreram na hora. Outros dois retirados do local com vida, mas não resistiram à viagem de 91 quilômetros até alcançar o centro assistencial mais próximo.
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“Pela forma de atuar, cremos que se trata de um ataque do conhecido grupo criminoso EPP”, disse a jornalistas o ministro de Interior, Francisco de Vargas, que qualificou o ataque como “uma emboscada covarde”.
Após o episódio, a polícia fez buscas em um acampamento que teria sido recentemente utilizado pelos guerrilheiros. No terreno, localizado próximo ao local da morte dos militares, os agentes encontraram garrafas de água, grama seca que teria servido como camas e uma barraca.
O procurador-geral do Estado, Javier Díaz Verón, formou uma equipe de promotores para investigar o caso e declarou que o ataque "enluta o país". Em um comunicado, Verón disse esperar que a FTC possa "encontrar os delinquentes" responsáveis pelas mortes.
A Força de Tarefa Conjunta foi criada em 2013 pelo governo do Paraguai para combater o EPP, a quem as autoridades do país atribuem dezenas de assassinatos e vários sequestros desde sua fundação, em 2008.
O controverso grupo se descreve como guerrilha marxista-leninista e diz lutar contra a “democracia dos ricos, excludente, fascista e criminosa”, além fazer oposição ao presidente Horacio Cartes.
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