Começou
o saque neoliberal!
A Petrobras anunciou, na sexta-feira (29), a venda de
66% de um campo petrolífero na área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos.
A empresa estatal norueguesa Statoil vai pagar 2,5 bilhões de dólares pelo
bloco de exploração conhecido como BM-S-8.
O BM-S-8 é atualmente operado por Petrobras (66%),
Petrogal (14%), Queiroz Galvão Exploração e Produção SA (10%) e Barra Energia
do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%).
A área chamada de “pré-sal” encontra-se em águas
profundas do oceano Atlântico, mais especificamente na chamada Bacia de Santos,
sob uma extensa camada de sal que pode alcançar 2.000 metros de espessura.
Ali existem grandes reservas de petróleo e gás que
poderiam converter o Brasil, quando totalmente exploradas, em um dos maiores
produtores do planeta.
Desde o golpe contra Dilma Rousseff a Petrobras já
anunciou a venda de seus ativos no Chile e na Argentina (464 e 897 milhões de
dólares, respectivamente) e agora anunciou também que está negociando com a
empresa mexicana Alpek a venda de sua participação no Polo Petroquímico de
Pernambuco (Suape)!
• Dilma fala de “explosões sociais” na América Latina. Em uma longa entrevista concedida ao jornal mexicano
“La Jornada” e publicada no domingo (24), a presidenta afastada Dilma Rousseff
questionou a política exterior do governo interino comandado por Michel Temer e
ressaltou a disposição da atual gestão de se alinhar com os EUA.
“Considero importante estudar as raízes desta nova
forma de golpe que ocorre na América Latina. O primeiro que vemos é o
comportamento das elites formando alianças amplas para derrubar os governos
populares a fim de impedir que continuem com seus programas sociais e de
impulso ao desenvolvimento”, disse ela ao jornalista Dário Pignoti. Ela
ressaltou que o padrão de golpe aplicado a governos progressistas na região
mudou e já não se assemelha ao que ocorreu nos anos 1960-70 e que contou com o
apoio dos militares.
Para Dilma, “esses processos golpistas podem trazer
consequências imprevisíveis” e pontua que “quem está apostando nesses golpes na
América Latina corre o risco de causar uma desestabilização profunda” e não
descarta o risco de uma explosão social na região: “esses processos golpistas
podem trazer consequências imprevisíveis. E parece que nem os próprios
golpistas sabem o que poderá ser desencadeado no futuro. Lamentavelmente o preço
a pagar será muito alto”.
Questionada sobre uma possível participação dos Estados
Unidos no processo de impeachment, ela considera que “nesses golpes não existem
essas interferências externas tão claras como nos golpes militares. Agora são
as próprias forças internas as grandes responsáveis. As elites dos nossos
países não precisam dos EUA”.
Dário Pignoti: “Em 2012 a senhora repudiou a queda de
Fernando Lugo, no Paraguai. Imaginou que seria a próxima vítima”?
Dilma Rousseff: “Sinceramente, jamais imaginei isso.
Não acreditava que no Brasil se chegaria a violar cláusulas democráticas
estabelecidas dentro do acordo do Mercosul e da Unasur para preservar governos
constitucionais. Jamais pensei que seria orquestrado um ataque contra mim,
eleita por 54 milhões de cidadãos, uma conspiração de alguém que não teve um
voto sequer (Temer)”
“Além de lastimar seriamente a democracia que tanto nos
custou recuperar, este golpe é um desprestígio para o Brasil perante o mundo”.
“E do ponto de vista estritamente jurídico, este
impeachment contra mim existe sem que exista qualquer delito que me possa ser
imputado. E isto ficou demonstrado pelo grupo de peritos convocados pelo Senado
e também pela Procuradoria Geral da República”.
Para ler a íntegra da entrevista: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=214857
• Governo neoliberal já pensa em aumentar impostos. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na
segunda-feira (25) que aumentos pontuais de impostos poderão ser adotados, mas
que o governo aguardará até o fim de agosto para tomar uma decisão, quando deve
apresentar a Lei Orçamentária Anual de 2017.
“Vamos analisar o crescimento das receitas públicas
previsto para o ano que vem e o possível ingresso (de receitas) de
privatizações, concessões e outorgas”, disse Meirelles, acrescentando que se
houver necessidade o governo fará aumentos pontuais de impostos.
Para o economista Guilherme Mello, professor da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e entrevistado pela CUT, o governo
está usando chantagem e pretextos para justificar sua política econômica.
“Usam o argumento do desequilíbrio e deterioração
fiscal no curto prazo para justificar mudanças no longo prazo. Para eles,
quanto pior for o cenário fiscal no curto prazo, melhor, porque justifica todas
as medidas que querem tomar, como reforma da Previdência, limite de gastos para
saúde e educação”, diz Mello.
Para o economista, a ideia é “usar isso como chantagem
com o Congresso e com a sociedade”. “A deterioração fiscal que eles mesmos
estão aprofundando vai se tornar motivo para chantagearem o Congresso e a
sociedade. Eles não têm limite de gastos, porque podem aprovar o que quiserem.
Podem aprovar que o déficit hoje vai para R$ 250 bilhões, e o Congresso aprova,
porque o Congresso está na mão deles. Aprova e depois fala que a culpa é da
Dilma”.
Mello lembra que o governo Dilma Rousseff queria
aprovar uma meta fiscal com cerca de R$ 100 bilhões de déficit, o que foi muito
criticado pela mídia. “Mas eles aumentaram isso para R$ 170 bilhões, para poder
caber tudo, aumento de gasto com o Judiciário, com aliados, emenda parlamentar
etc. Como a recessão prossegue, o nível de arrecadação segue muito baixo, e
eles talvez tenham que rever e aumentar ainda mais essa meta”.
Para o professor Giorgio Romano Schutte, da
Universidade Federal do ABC, o estabelecimento de teto de gastos com saúde e
educação pelo governo interino é uma proposta “muito drástica”, o que não será
muito perceptível num primeiro momento, mas ao longo do tempo.
Segundo ele, o projeto que está sendo colocado em
prática é mais conservador do que o implementado nos anos 1990 por Fernando
Henrique Cardoso. “Nem FHC fez uma política tão drástica”.
• Nenhum direito a menos! Dirigentes das seis principais centrais sindicais do país se reuniram
na terça-feira (26), na capital paulista, para uma assembleia nacional em que
foram debatidas estratégias de garantia da manutenção de direitos trabalhistas.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse, no último dia 20, que o
presidente interino Michel Temer vai encaminhar a reforma trabalhista ao
Congresso Nacional até o fim deste ano e a flexibilização deve atingir a questão
salarial e a jornada de trabalho.
Waner Freitas, presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), afirmou que as centrais reconstruíram a unidade para
defender a pauta única sobre direitos trabalhistas e Previdência, apesar de
algumas discordâncias.
O presidente da CUT disse estar preocupado com as
reformas que alteram a idade mínima para a aposentadoria e que igualam homens e
mulheres. “Tratando da mesma forma quem começou a trabalhar com 12 ou 30 anos
de idade”, disse.
“Não podemos perder o patamar da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), não aceitamos que se retire direitos, como quer, de forma
intempestiva, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a carga
horária semanal de 80 horas, voltando à escravidão. Não tem cabimento. E desvincular
o aumento dos aposentados ao do salário mínimo seria uma tragédia.
Flexibilização é tirar direitos”, declarou.
Secretário-geral da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), Canindé Pegado, lembrou que não foi necessária a reforma
trabalhista para o país ter pleno emprego e que o discurso é uma forma de
aproveitar a crise para retirar direitos.
“Sem necessidade de reforma ou flexibilização de
direitos tivemos pleno emprego. Hoje temos 13 milhões de desempregados e o
caminho é retomar o desenvolvimento para que o mercado aqueça e gere emprego.
Precisamos é de reformas estruturais”, falou.
Para todas as Centrais, o governo do interino Michel
Temer não tem apresentado propostas capazes de promover o desenvolvimento sem
seguir a cartilha fracassada de jogar a conta no colo dos trabalhadores.
Paulinho da Força, presidente da Força Sindical,
defendeu que o governo deveria tomar outras medidas de enfrentamento à crise
econômica, como redução da taxa básica de juros. “Os mais reacionários começam
a dizer que a crise tem que ser paga pelos trabalhadores, mas não estamos dispostos
a pagar sozinhos”, disse.
As centrais sindicais concordam que uma greve geral ou
de categorias é possibilidade no caso de confirmação de perdas de direitos.
“Ninguém faz greve geral por vontade de sindicato. Vai ter, se mexerem na Previdência,
na CLT, na jornada de trabalho, não por ser contra um determinado governo”
disse Wagner. Ele informou ainda que a CUT não negociará com o governo
transitório. “Ele não foi eleito. Se passar o processo [de impeachment], aí
vamos negociar”
No dia 16 de agosto, o movimento sindical fará o Dia
Nacional de Luta nas capitais brasileiras. Participaram da assembleia de hoje,
membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral
dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST).
• Até nos EUA? Nos EUA, a denúncia sobre a
farsa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, encampada por grandes
jornais como o The New York Times, ganha força agora entre parlamentares
estadunidenses. Em carta destinada ao secretário de Estado, John Kerry, 37
congressistas do Partido Democrata e diversas entidades sociais e sindicatos,
entre eles a influente Federação Americana do Trabalho e o Congresso de
Organizações Industriais, pedem para que o tema seja tratado de forma cautelosa
com as “autoridades interinas”. “Nosso governo deve expressar sua forte
preocupação com as circunstâncias que envolvem o processo de impeachment e
exigir a proteção da Constituição democrática no Brasil”, afirmam os
signatários do documento.
Em uma parte do documento encaminhado ao Secretário
John Kerry podemos ler: “Como é de vosso conhecimento, o Legislativo brasileiro
votou recentemente para suspender a presidenta Dilma Rousseff. O julgamento no
Senado ainda está pendente, e pode resultar em seu afastamento permanente do
cargo. Este não é um julgamento legal, mas sim um julgamento político, onde
dois terços dos votos de um Senado crivado de corrupção podem levar a termo o
mandato da presidenta Rousseff. As circunstâncias que envolvem o processo de
impeachment e as recentes ações tomadas pelo governo interino do Brasil têm
gerado grande controvérsia, tanto no Brasil quanto internacionalmente. O
processo de impeachment tem sido amplamente criticado por irregularidades
processuais, corrupção e motivações políticas desde seu início. O governo dos
EUA deve expressar sua preocupação com a ameaça às instituições democráticas
que se desdobram em um país que é um dos nossos mais importantes aliados
políticos e econômicos na Região e o quinto país mais populoso do mundo, bem
como a maior economia da América Latina”.
• A revolução que
salvou o país do narcotráfico. O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou
na sexta-feira (29), durante um ato pelo 37º aniversário da criação da Força
Aérea do Exército nicaraguense, que sem a Revolução Popular Sandinista o país
seria agora um “narco-Estado”!
“A revolução produziu o capital
humano, os valores, a consciência, a dignidade, a firmeza e, acima de tudo, a
lealdade ao povo e à batalha travada ao longo de nossa história”, disse ele. E
destacou que a Força Aérea e o Exército nasceram da Revolução e, por isso, têm
raízes populares e sandinistas.
Ortega disse que, agora, a
luta principal é pela estabilidade, a segurança, a soberania e a paz do povo,
destacando que a Força Aérea cumpre importante tarefa na luta contra o
narcotráfico e o crime organizado, além de suas tarefas protegendo o mar
territorial nicaraguense.
• Professores panamenhos suspendem a greve que durou mais de
uma semana. Os professores do Panamá
anunciaram, na segunda-feira (25), o fim da greve que durou uma semana depois
de alcançado um acordo entre o Governo e os 17 sindicatos representativos.
A decisão foi aprovada em uma grande assembleia geral e
os dirigentes anunciaram a assinatura de um acordo com um aumento de 300
dólares nos salários, a partir de julho de 2017, e um aumento no orçamento da
educação em até 6% do Produto Interno Bruto (PIB) que ocorrerá gradualmente,
até 2019.
A greve teve início no dia 18 de julho porque o Governo
havia anunciado que não poderia cumprir o acordo anterior e que iria dividir o
aumento salarial do próximo ano, já negociado, em duas parcelas (uma em 2017 e
outra em 2018).
• Argentinos se organizam contra os aumentos de Macri. Segundo o jornal digital TeleSur, representantes de
mais de 60 organizações se reuniram na quinta-feira (28) para definir detalhes
de uma mobilização nacional, em agosto, contra o aumento de tarifas de serviços
básicos que está sendo implementado pelo governo de Mauricio Macri.
Uma nova “Marcha Federal” começa a tomar forma, disse
um dos líderes do movimento, referindo-se à grande manifestação que ocorreu há
22 anos para repudiar as políticas de Carlos Menem e reuniu todos na Praça de
Maio.
A ideia inicial era convocar a marcha para o dia 17 de
agosto, aniversário da morte do líder libertador General San Martín, mas o
encontro decidiu por esperar o congresso das diversas frações da Confederação
Geral dos Trabalhadores, no dia 22 de agosto, com a esperança de que também se
somem ao movimento.
No dia 14 de julho, milhares de argentinos participaram
de um protesto contra os aumentos nos serviços de gás, eletricidade e água. Mas
novas manifestações estão sendo organizadas com as consignas “Não ao tarifaço”
e “Fora Aranguren” (os manifestantes pedem a renúncia do ministro de Minas e
Energia, Juan José Aranguren).
As novas manifestações, até a realização da “Marcha Federal”,
estão sendo coordenadas por associações de bairros, cooperativas, sindicatos,
agrupações sociais e de consumidores, etc.
• Buenos Aires e arredores sem luz. A matéria foi publicada na quarta-feira (27) e está
nas páginas do Prensa Latina e diz que, apesar do aumento de 700% nas contas de
eletricidade, 81.597 famílias de Buenos Aires e dos municípios vizinhos estão sem
luz, alguns há muitos dias!
Um morador do município de Lanús disse ao jornal que já
são nove dias sem eletricidade e há muitos protestos de associações de bairros
lá e em outras regiões da capital.
O número de consumidores sem energia elétrica (81.597)
foi confirmado na noite se quarta-feira pelo Ente Nacional Regulador de
Eletricidade (ENRE), em sua página na Internet. O informe fala que os usuários
da empresa Edenor são 27.671 e os cidadãos atendidos pela Edesur são 53.926.
O portal de notícias Ambito.com noticiou que os
moradores do bairro de Caballito ocuparam as ruas José María Moreno e Rosário
para protestar contra a falta de energia que já dura oito dias!
• Cristina Fernández lidera pesquisas para o Senado. Agora está justificada toda a perseguição da imprensa
e do governo neoliberal argentino contra a ex-presidenta Cristina Fernández.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Dicen mostrou que ela conta com os
votos suficientes para se tornar senadora pela província de Buenos Aires.
A sondagem foi feita em julho e mostrou que, apesar de
toda a campanha de descrédito e dos boatos contra ela, Cristina Fernández tem
agora 32% dos votos, contra 25% do candidato da direita, Sergio Massa, e 15% da
candidata Elisa Carrio, da aliança “Cambiemos”.
Em entrevista concedida em sua casa, na província de
Santa Cruz, a cinco jornais estrangeiros e um jornal argentino, Cristina fala
da perseguição que está sofrendo e teme que toda essa raiva contra ela possa
levar à sua prisão, mas disse que não teme a prisão afirmando que “Ser
peronista neste país não sai de graça”!
Na entrevista ela falou sobre a atual situação na
região, falou do Brasil, Venezuela e da ingerência estadunidense na região,
citou as dificuldades atuais no Mercosul, UNASUR e BRICS.
• México: um prefeito e um sindicalista assassinados! O prefeito do município de San Juan Chamula (Chiapas,
sul do México), Domingo López González, e o sindicalista Narciso Hernández,
foram assassinados no sábado (23) durante uma manifestação de protesto contra
as políticas locais.
De acordo com o comunicado da Procuradoria de Justiça
do estado de Chiapas “por volta das sete horas de sábado um grupo de habitantes
de 35 bairros chegou à praça central de Chamula com a finalidade de falar com
autoridades municipais”. O relatório diz ainda que “Os manifestantes expuseram
protestos contra algumas medidas quando algumas pessoas dispararam com armas de
foto ferindo os dois líderes”.
• Prossegue a luta dos professores mexicanos. Os professores da Coordenação Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE) do México continuam suas manifestações e protestos contra a
política educacional do Governo de Enrique Peña Nieto. Na segunda-feira (25)
realizaram movimentos em diversos pontos da capital mexicana e continuaram a
fazer denúncias contra o projeto educativo.
Como parte das atividades programadas pelos professores
para o período de férias, estão realizando concentrações nas proximidades de
várias estações do metrô e em outros pontos da cidade, mostrando para a
população os prejuízos que a reforma trará para as crianças.
Vale lembrar que os professores da CNTE já estão em
greve há 72 dias, com plantões e mobilizações contra a reforma.
• Aumenta a desigualdade social no México. No México, o país com a segunda economia mais forte da
América Ibérica, mais da metade dos cidadãos, cerca de 54,4% da população,
permanece na linha de pobreza e faz com que o país esteja entre os 25 de maior
desigualdade social.
Enquanto a riqueza dos 4 milionários mais ricos do país
representa já 9% do PIB, cada vez mais mexicanos vão submergindo na pobreza ou
pobreza extrema, segundo informe da Oxfam intitulado “Desigualdade extrema no
México”, elaborado em 2015.
O documento, elaborado pelo economista Gerardo
Esquivel, mostra claramente a importância de combater a desigualdade no país,
onde apenas 1% da população tem 39% da riqueza nacional!
Depois da chegada de Peña Nieto ao Governo, em 2012,
dois milhões de mexicanos caíram na pobreza e o país tem hoje 55,3 milhões de
pobres, 11 milhões deles sobrevivendo com menos de 1 dólar por dia!
• Desemprego na
União Europeia. A taxa de desemprego nos países da União Europeia continua alta e
registrou, na média, 8,6% em junho passado, enquanto a economia registrava
novos índices de redução no crescimento. As informações são da agência
Eurostat.
Segundo os dados da
pesquisa, 21 milhões de pessoas estavam sem emprego em junho e, entre esses, 16
milhões e 269 mil desempregados estão na chamada “zona do euro”. Grécia e
Espanha continuam apresentando os piores resultados, com 10,1 % de desemprego.
Entre os jovens com menos de
25 anos o problema se agrava e a taxa de desemprego chega a 18,5 na UE e
alcança 20,8 % na zona do euro.
• Novo caos bancário
na Europa?
Alguns economistas e analistas internacionais já estão levantando essa
possibilidade e os governos da Europa já estão “com as barbas de molho”!
O maior banco da Alemanha, o
Deutche Bank, está passando por graves problemas financeiros, segundo informes
locais e seu lucro líquido caiu para quase 20 milhões de euros, cifra 98%
inferior à registrada no ano anterior. No trimestre passado o valor dos ativos
do banco teve uma queda de 285 milhões de euros, enquanto os custos de
reestruturação custaram cerca de 327 milhões de euros.
• Comissão Europeia
exige novos cortes na Espanha. O governo espanhol deverá reduzir seu déficit para
2,2 %, em 2018 (atualmente é de 5,1%). Para isso, a Comissão Europeia exige
novos cortes sociais que correspondem a cerca de 10 bilhões de euros.
Segundo as “ordens” ditadas
pela CE, o Governo espanhol em até 2018 para reduzir o seu déficit abaixo de
3%. Isso porque, segundo a Comissão, o governo de Mariano Rajoy relaxou em sua
política fiscal e não tomou as medidas que deveria ter tomado para conter o
déficit e ter reduzido os impostos como forma de combater o desemprego.
Segundo o Instituto Nacional
de Estatísticas, o número de suicídios na Espanha teve um aumento de 20% desde
o início da crise, em 2007. A cada dia, pelos menos 10 pessoas se matam no país
e isto já se tornou a principal causa de mortes, superando os acidentes de
trabalho.
• Como vai a
economia russa? Apesar das tentativas de bloqueio e sanções impostas pelos EUA, a indústria
da Rússia mostra sintomas de recuperação rápida, a inflação está equilibrada e
o rublo está valorizado sem a ajuda dos preços do petróleo. Diante desse
quadro, vários especialistas internacionais estão prognosticando a próxima
recuperação da economia russa.
No dia 13 de julho, o FMI
melhorou consideravelmente as previsões sobre o PIB da Rússia. De acordo com os
analistas do Fundo e do Banco Mundial, não haverá grande queda no PIB e os
principais motivos dessa melhora são a regulação estatal e a flexibilidade no
câmbio do rublo, assegurado pelo Banco Central da Rússia.
Segundo os analistas, o tão
esperado “colapso” da produção de petróleo acabou não acontecendo. Em segundo
lugar, os dados agora divulgados sobre o crescimento da indústria russa também
deixam margens para o otimismo. No segundo trimestre de 2016 a indústria local
cresceu 1%, um índice muito bom diante dos 0,4% de todo o ano passado. O setor
de extração mineral cresceu 1,8% e a indústria de processamentos de matérias
primas cresceu 0,9%. O setor agroalimentar já goza de um grande potencial e
supera as sanções comerciais impostas pela UE.
• Acordo militar milionário
entre EUA e Israel. O
Governo de Israel anunciou na segunda-feira (25) as negociações com o governo
de Washington para finalizar um novo pacote de “ajuda militar” ao país.
Segundo as notícias divulgadas pelo
escritório do primeiro ministro Netanyahu, o primeiro presidente do conselho de
segurança, Jacob Nagel, partirá hoje para os EUA para participar de uma reunião
com autoridades estadunidenses com o objetivo de assinar um “novo memorando de
entendimento militar”.
Os israelenses estão agora pleiteando uma
“ajuda” militar que chegue, ao menos, em 3,7 milhões de dólares e, nesse
pacote, está incluído o projeto de desenvolvimento no programa de mísseis.
• O que dizem as mensagens de Hillary? A candidata democrata à presidência dos EUA tem feito
declarações elogiando as novas relações com a Venezuela, mas, como Secretária
de Estado, agiu sorrateiramente contra o governo de Nicolás Maduro, tentou ridicularizar
o governo venezuelano e apoiou os grupos que tentam desestabilizar o regime.
Segundo as mensagens eletrônicas divulgadas pela
WikiLeaks, desde 2010 Clinton se corresponde com Arturo Valenzuela, um dos
assistentes de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, em um trabalho
sobre “como controlar Hugo Chávez”. E uma das respostas de Valenzuela foi
“devemos considerar seriamente as consequências de um confronto público, porém
devemos buscar oportunidades para que outros na região nos ajudem nessa
tarefa”.
E, pelo que sabemos, a Espanha foi um dos países mais
entusiasmados com o projeto de derrubar o governo bolivariano de Chávez e
Maduro. Entre as mensagens agora divulgadas por WikiLeaks, Madeleine Albright,
a Secretária de Estado que sucedeu Hillary, manteve negociações com o governo
espanhol e falou de sua intenção de "reorientar a política exterior
espanhola para que trabalhe, ombro a ombro, com os EUA para uma nova política
na América Latina”.
Mesmo fora da secretaria, Hillary não vacilou e enviou
nova mensagem dizendo “Estamos ganhando”, quando a oposição venezuelana venceu
as eleições na maioria dos grandes centros, em 2015.
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