Pagando
o pato!
Lembram da campanha comandada pela Fiesp para derrubar
a presidenta Dilma? Pois é, agora os trabalhadores vão sofrer na carne os
resultados do golpe.
Em ato contra possíveis perdas de direitos
trabalhistas, militantes de centrais sindicais ocuparam na terça-feira (16)
parte da Avenida Paulista, região central de São Paulo. Com balões, bandeiras e
carros de som, militantes ocuparam a avenida que teve o tráfego interrompido no
sentido Paraíso, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp).
“Assim como a Fiesp disse que não ia pagar o pato, os
trabalhadores também não vão”, afirmou o secretário-geral da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.
As propostas de mudança no sistema de seguridade social
foram criticadas pelo sindicalista. “As primeiras medidas foram no sentido de
desestruturar a Previdência Social, que é fundamental importância, porque é ela
que ampara os trabalhadores na velhice, na viuvez”, disse Nobre, em referência
às sinalizações do governo federal. Na opinião dele, o fato de o presidente
Michel Temer ainda ser interino torna mais problemáticas as discussões. “O
governo Temer não tem legitimidade para fazer qualquer tipo de reforma”,
acrescentou.
As declarações do governo em defesa das privatizações,
incluindo a venda de ativos da Petrobras, também foram criticadas. “Nós estamos
vendo a entrega do patrimônio público do país, infelizmente. Depois de 20 anos,
a gente achava que esse debate estava vencido no Brasil, a importância da empresa
pública, que é patrimônio do povo brasileiro”, destacou.
• Vergonha para o Brasil. A presidenta afastada Dilma Rousseff classificou como um “escândalo” e
“um absurdo” a afirmação do chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, de que o
ministro das Relações Exteriores do governo interino de Michel Temer, José
Serra, tentou ‘comprar’ o voto de Montevidéu para evitar que a Venezuela assuma
a Presidência do Mercosul.
A afirmação foi feita no final da tarde de quarta-feira
(17), após um encontro com movimentos de mulheres no Palácio do Alvorada.
“É impossível um chanceler brasileiro tomar aquela
atitude em relação a um chanceler uruguaio. O Brasil não pode se dar ao luxo de
achar que compra algum país. Nós não somos imperialistas, nunca fomos. Nós não
podemos tratar países dessa forma”, afirmou Dilma, em encontro com movimentos
de mulheres no Palácio da Alvorada. “Isso é um dado. O estrago foi feito. Tem
outros estragos sendo feitos”, completou.
Na terça-feira (16), Novoa afirmou que o ministro das
Relações Exteriores brasileiro, José Serra, tentou “comprar o voto do Uruguai”
ao pedir que não transferisse a presidência pró-tempore do Mercosul à
Venezuela. Além disso, disse que Montevidéu entende que a “Venezuela é o
legítimo ocupante da presidência pró-tempore, portanto, quando convocar uma
reunião o governo uruguaio irá. Se os outros não forem, a responsabilidade será
deles”.
Serra voltou ao assunto na quarta-feira (17), após um
encontro com líderes oposicionistas venezuelanos em Brasília. O ministro do
governo interino afirmou que Novoa havia telefonado para “esclarecer a
questão”. “Não há mais nenhum problema em nosso trabalho conjunto. Foi um
mal-entendido”, disse o ministro que, entretanto, não quis dar detalhes à
imprensa do que foi dito durante a conversa.
• Onde estão os que mentiram? Durante os últimos anos, como uma forma de atacar o Governo do PT e a
presidenta Dilma, a direita não cansou de fazer acusações sobre a refinaria da
Petrobras em Recife. Muitas mentiras foram inventadas e divulgadas na Internet,
mas a verdade vai aparecendo e os que mentiram agora se escondem.
A Refinaria Abreu e Lima voltou a bater recordes de
processamento de petróleo e produção de derivados, em julho. Segundo dados
divulgados pela Petrobras, as novas marcas foram obtidas no volume de carga processada,
na produção de diesel S-10 e de nafta petroquímica
A unidade do Nordeste fechou o mês de julho batendo,
pelo terceiro mês consecutivo, o recorde de carga média processada, com a marca
de 99,18 mil barris de petróleo por dia, volume 2,3% maior que o recorde
anterior de 96,96 mil barris dia obtido em junho.
Já a produção de diesel S-10, com baixo teor de
enxofre, atingiu em julho 373,57 mil metros cúbicos (m³), a maior do país, o
equivalente a 32% da produção nacional do derivado. O resultado é 1,7% superior
ao recorde anterior, obtido em março deste ano, que foi de 367,39 mil m³.
A produção de nafta petroquímica cresceu 1,6% em
relação a maio deste ano, até então a maior produção, atingindo o total de
46,64 mil toneladas.
• Triplex não é do Lula!
Lembram o “escândalo” do triplex do Lula em Guarujá? Lembram de quantas invenções
foram feitas por uma imprensa vendida para desgastar a imagem do Lula? Pois é,
mas agora terão que engolir mais um desmentido.
A Polícia Federal entregou à Justiça, na sexta-feira
(12), o relatório final sobre a fase Triplo X da Lava Jato, deflagrada em
27/01/2016. Foram indiciados a publicitária Nelci Warken (que admitiu ser a
verdadeira dona de um tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá) e funcionários
da Mossack Fonseca no Brasil.
As informações são do repórter do UOL André Shalders.
Além de Nelci, são arroladas Maria Mercedes Riaño
(chefe do escritório da Mossack no Brasil), Luis Fernando Hernandez, Rodrigo
Andrés Cuesta Hernandez, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Britto, que
trabalhavam para a Mossack. Também é indiciado o empresário Ademir Auada, que
intermediava negócios para a Mossack.
A Mossack Fonseca se tornou conhecida no Brasil após a
divulgação da série jornalística Panama Papers, em abril deste ano. A série
baseou-se em um acervo de 11,5 milhões de documentos internos da Mossack,
obtido pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e compartilhado com o Consórcio
Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). No Brasil, participaram da
apuração o UOL, o jornal “O Estado de S. Paulo” e a “RedeTV!”.
• O que acontece em “Nossa América”? (Ernesto Germano, agosto de 2016) Como na história das
pedras de dominó que vão caindo, uma após outra, a América Latina está passando
por uma nova onda de golpes comandados pelo “império” e que estão destinados a
recolocar a ordem neoliberal na região, incluindo aí o velho sonho
estadunidense de criar uma zona de livre comércio abrangendo toda a região (a
ALCA).
Então, apenas para situar o nosso artigo e dar sustentação
ao debate sobre o que vem acontecendo em “Nossa América”, vamos fazer uma breve
linha histórica sobre nossa região. Em poucas palavras, podemos dizer que nossa
história está dividida em períodos muito marcantes: a) 1945 / 1955 – foi o auge
dos movimentos nacionalistas (ainda que burgueses) em nossa região, com os
programas desenvolvimentistas. Mas foi também um período marcado pela primeira
grande revolução operária (na Bolívia); b) 1959 – acontece a Revolução Cubana,
um marco não só em nosso continente, mas também no mundo depois das revoluções
russa e chinesa; c) 1960 / 1968 – a América Latina vê surgirem os movimentos de
esquerda que contestam as alianças com as burguesias locais e apresentam
propostas de revolução socialista; d) 1968 / 1973 – período em que parte das
esquerdas do continente opta pela luta armada e sofre uma grande derrota (uma
exceção é a guerrilha colombiana que ainda resiste e agora negocia com o
governo); e) 1968 / 1975 – período das insurreições operárias na Argentina, a
Greve Geral no Uruguai, a eleição de Salvador Allende no Chile, mostrando que
havia um avanço no meio popular e operário na região; f) 1979 / 1984 – acontece
a Revolução na Nicarágua e revoltas em toda a América Central. Surgem grandes
movimentos de trabalhadores em toda a América Latina e, no Brasil, surgem o
MST, a CUT e o PT; g) 1982 / 1984 – queda das ditaduras em nossa região e; h) a
partir de 1998, surge uma nova visão de nacionalismo, agora revolucionário e
disposto a romper com o neoliberalismo na região. E foi isso que assustou o
poder do grande capital.
Vale ainda lembrar que, nas últimas décadas, essa luta
foi muito marcante pela participação dos trabalhadores do campo e também pelas
nacionalidades indígenas. Movimentos que antes eram relegados pelos ideólogos
da esquerda passam a ser protagonistas no cenário de resistência ao poder
neoliberal.
O MST, no Brasil (início da década de 1980); os
Zapatistas, no México (1994); os piqueteiros argentinos (esse é um movimento
urbano a partir do desemprego, em particular dos petroleiros demitidos pela
privatização neoliberal, em 1996) e; os indígenas da Bolívia que se levantam
contra a privatização da água. E não podemos esquecer que o golpe contra o
governo de Fernando Lugo, no Paraguai, foi todo orquestrado contra o movimento
dos trabalhadores rurais naquele país (massacre de Curaguaty) e o golpe em
Honduras também teve como pano de fundo as lutas camponesas hondurenhas (que
ainda resistem).
Na verdade, precisamos entender que os últimos anos do
século XX e do início do século XXI mostraram que a Nossa América foi sacudida
por grandes mobilizações de trabalhadores e, principalmente, por movimentos que
antes eram quase desconhecidos, mas que colocaram contra as cordas o projeto
neoliberal em nossa região. Movimentos que negaram e enfrentaram o chamado
“Consenso de Washington”, negando e resistindo a uma visão que estabelecia a
América Latina como um espaço para o crescimento das grandes empresas, em
particular das estadunidenses.
Venezuela, Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai,
Bolívia, Equador e Nicarágua foram se insurgindo contra a dominação. Só para
lembrar: Hugo Chávez (1998), Lula da Silva (2002), Nestor Kirchner (2003),
Tabaré Vazauez (2004), Evo Morales (2005), Rafael Correa (2006), Daniel Ortega
(2006), Fernando Lugo (2008) e Pepe Mujica (2010). Todos comprometidos com o
rompimento da dominação estadunidense e neoliberal em nosso continente
comprometeram-se com uma política voltada para a região. CELAC, ALBA, MERCOSUL,
UNASUR, PETROCARIBE e muitos outros foram os organismos criados para fortalecer
a relação em Nossa América e fazer frente às políticas de dominação.
A aproximação econômica desses países com a Rússia e
com a China acendeu um sinal de alerta nas principais mesas de Washington.
Projetos de investimentos em infraestrutura, criando portos, refinarias,
ferrovias, estradas, etc. Isso levou os ideólogos neoliberais a se
descabelarem.
Vale lembrar que a principal “arena” da atual disputa,
hoje, está na questão do Mercosul. A matéria que colocamos acima, desmascarando
as artimanhas do chanceler José Serra para “comprar” o voto do Uruguai é uma
demonstração clara do interesse estadunidense em destruir o Mercado Comum do
Sul, uma ameaça para os seus interesses na região e uma forma de combater a
Venezuela, o próximo alvo para um golpe.
Mas, agora, o que pretendemos debater aqui, no
Informativo, é como resistir a esse avanço neoliberal e aos golpes em andamento
na América Latina. Depois de quase duas décadas de resistências e grandes transformações
em nossa região, começam a aparecer os primeiros sintomas de que há um
esgotamento e que o modelo de resistência baseado em ideais nacionalistas está
se esgotando. O retorno da direita ao poder, no Paraguai, na Argentina e agora
no Brasil mostra que há um projeto bem traçado e que não foi corretamente
enfrentado pelos movimentos sociais.
No momento, além de derrubar o governo eleito da
Venezuela com mais um golpe branco perpetrado por Washington, os principais
objetivos neoliberais são retomar o controle completo do Mercosul e acabar com
a Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
O que foi feito, de fato, para criar um modelo
alternativo ao poder neoliberal? Conseguimos criar um modelo novo de Estado e
fomos capazes de explicar isso para a imensa maioria do povo? Conseguimos
construir novas instituições que pudessem romper com as tradicionais
instituições burguesas? Conseguimos tirar do nosso povo a visão de que a
política é sempre corrupta, suja e inválida para resolver os seus problemas?
São apenas algumas perguntas que devemos fazer para
tentar entender o momento atual em Nossa América.
• Chile e o escândalo das aposentadorias. Há alguns meses o Chile vem passando por uma onda de
protestos contra o sistema de seguridade social, em especial as agências de
administração dos fundos de pensão. O movimento está tomando corpo em todo o
país e já forçou a presidenta Michelle Bachelet a encomendar estudos para
buscar uma solução para a crise.
A principal reclamação dos trabalhadores chilenos é que
esse modelo de aposentadorias está retirando capital dos fundos de
participantes para injetar no mercado de capitais, especulativo, trazendo muito
risco para os fundos e não havendo retorno para os que participam das
cotizações. Há uma marcha nacional de protesto convocada para hoje, dia 21, e
os organizadores esperam uma grande concentração pelas ruas de Santiago.
• Breve histórico das aposentadorias no Chile. A questão de um programa de seguridade social no Chile
foi levantada pela primeira vez e 1903, quando um deputado do Partido Democrático
propôs que a Câmara dos Deputados solicitasse ao Presidente da Nação um projeto
para as aposentadorias dos trabalhadores. Em 1915 o Partido Operário Socialista
colocou em seu programa uma série de medidas para legislação social.
Como aconteceu no Brasil, desde meados do século XIX já
existiam no Chile as conhecidas “sociedades mutuais operárias” ou as
“sociedades de socorro mútuo”, formas de organização espontânea de
trabalhadores que se cotizavam e iam criando uma “caixinha” para atender aos
seus sócios e familiares em caso de doença ou morte. E apenas no século XX vai
surgir um modelo de Seguridade Social parecido com o nosso, com amplos direitos
para os trabalhadores.
Porém, em 1973 acontece o golpe de Estado no país e o
presidente eleito, Salvador Allende, é assassinado por militares golpistas que
assumem o poder. O golpe chileno é considerado como a primeira experiência neoliberal
no mundo e toda a política econômica dos militares foi entregue ao
estadunidense Milton Friedman, um dos precursores do modelo, a aos seus
“Chicago boys” que se mudaram para Santiago.
Em 1981 o Chile privatizou todo o sistema de seguridade
social, criando um sistema de capitalização individual por meio de contas
administradas por empresas privadas, fiscalizadas pelo governo.
Hoje, menos de 50% dos trabalhadores chilenos estão
cobertos por algum tipo de seguridade e o custo da administração desses fundos
privados vem crescendo assustadoramente, reduzindo os valores dos fundos, mas
dando grandes lucros para as empresas administradoras que ficam com uma parte
que varia entre 12% e 25% do que está depositado. Ou seja, apenas as
administradoras de fundos lucram com os depósitos dos trabalhadores.
Cada trabalhador contribui mensalmente com 10% do seu
salário, pensando em receber cerca de 70% do seu último salário ao se aposentar
- aos 65 os homens, e aos 60 as mulheres. O contribuinte escolhe para gerir sua
conta uma AFP (Administradora de Fundo de Pensão, sempre vinculada a algum
banco privado), que opera no mercado, investindo em ações e títulos. De acordo
com um estudo do Cenda (Centro de Estudios Nacionales de Desarollo
Alternativo), mais de 50% dos afiliados do sistema -todos os trabalhadores se
inscrevem, mesmo que não contribuam- não conseguem alcançar o mínimo necessário
para garantir a aposentadoria.
• Venezuela assina 131 acordos de produção com a China. Aí está mais uma das razões de tantos projetos para um
golpe de Estado na Venezuela. Segundo informações divulgadas durante a semana,
a Comissão Mista China-Venezuela reuniu-se durante três dias para desenvolver
alianças estratégicas de desenvolvimento e assinaram 131 novos acordos.
As informações foram dadas pelo vice-presidente de
Planejamento da Venezuela, Ricardo Menéndez, que assinalou: “Entre a China e a
Venezuela temos um plano de desenvolvimento de grande alcance, uma visão 2025 e
2039; é tão forte a relação que temos com esse país que podemos dizer que temos
um plano de 10 anos e 131 novos projetos conjuntos”.
Segundo ele, os acordos buscam resolver problemas de
logística, distribuição de produtos e crescimento da capacidade produtiva.
• Boff alerta para bases militares estadunidenses na Argentina. O anúncio de que o governo de Mauricio Macri está
negociando com Washington a instalação de três bases militares estadunidenses
no país já está causando protestos e debates com muitos intelectuais
latino-americanos.
“A instalação de bases militares estadunidenses em
território argentino é um motivo de alerta geral para a América Latina”, disse
o teólogo brasileiro Leonardo Boff.
“Estamos muito assustado com o fato de o governo dos
EUA estar negociando com Mauricio Macri duas bases militares na Patagônia e
outra na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, bem na região do maior
aquífero do planeta”, disse ele.
• Justiça da Argentina suspende o “tarifaço” do gás. Em decisão unânime, Suprema Corte de Justiça da
Argentina suspendeu o aumento das tarifas de gás residencial proposto pelo
presidente Macri. Os juízes basearam-se no fato de que o governo não realizou
as audiências públicas que a lei obriga para poder elevar as tarifas.
Porém, a medida atinge apenas o consumo de gás
residencial e não beneficia as pequenas e médias empresas ou mesmo a grande
indústria. E vale lembrar que as PMEs representam hoje 70% da mão de obra no
país.
• México: professores vão manter a greve na volta às aulas. O período escolar mexicano deveria ter início amanhã,
dia 22, mas a Coordenação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) já
anunciou que os professores não vão voltar às aulas e já convocaram marchas em
todos os estados para o mesmo dia.
A decisão foi tomada em uma Assembleia Nacional de
Representantes que aconteceu na noite de quarta-feira (17) e durou mais de sete
horas, com debates e avaliações de cada setor.
Entre os informes debatidos está o fato de que não
houve avanços nas negociações com a Secretaria de Governo. Os professores
querem a suspensão da reforma educativa, um novo programa educacional a ser montado
com um Projeto de Educação Democrática onde todos os atores possam participar.
A decisão de manter a greve e realizar as manifestações
foi tomada por 169 delegados, de 24 representações sindicais em 22 estados.
• Policiais confessam que atiraram nos professores, em Oaxaca. Dois meses depois dos acontecimentos em Nochixtlá,
Oaxaca, agentes da Polícia Federal declararam ter usado suas armas contra os
manifestantes.
Uma comissão legislativa criada para investigar o caso
realizou uma reunião com nove integrantes da Polícia Federal que ficaram
feridos durante o confronto. Segundo a declaração, policiais federais
dispararam, no dia 19 de junho, contra integrantes da CNTE.
Vale lembrar que oito pessoas morreram durante os
protestos dos professores e que, além da declaração dos próprios policiais, há
testemunhas que já prestaram seus depoimentos.
• Na Bolívia, escola militar anti-imperialista! O presidente boliviano, Evo Morales, presidiu na
quarta-feira (17) a inauguração da primeira escola militar anti-imperialista na
América do Sul. A escola está localizada no departamento de Santa Cruz, leste
do país. Participou da solenidade o ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir
Padrino López.
Referindo-se ao programa estadunidense de formar
militares na América Latina através da conhecida “escola de torturadores”,
disse Evo Morales: “Antes havia uma escola na região, a Escola das Américas,
onde os melhores alunos das Forças Armadas e das polícias locais iam sendo
ideologizados, isso é um direito deles e nós respeitamos, mas nós também temos
direito de criar outra escola, não do império, mas do povo, uma escola
ideológica, programática para revisar a história de como povos da América
Latina e do mundo foram submetidos”.
• Os eternos capachos estadunidenses. Apesar das imensas perdas econômicas e dos muitos
protestos de parte dos empresários e agricultores europeus, Angela Merkel
(Alemanha) e François Hollande (França) declararam uma nova agenda de trabalho
contra a Rússia e garantiram que não há razões para que a União Europeia
suspenda as sanções impostas pelos EUA.
As sanções foram impostas por Washington, em julho de
2014, e deveriam vigorar por um ano, mas os países da UE, como verdadeiros
capachos estadunidenses, estão prorrogando a medida para pressionar a Rússia e
a Crimeia (que se tornou independente da Ucrânia).
• O risco das armas nucleares estadunidenses. Depois do golpe frustrado contra o governo na Turquia,
o exército dos EUA começa a transferir suas armas nucleares para a base de
Deveselu, na Romênia, a cerca de 600 Km de distância da península russa da
Crimeia!
As relações entre Washington e a Turquia começavam a se
deteriorar a partir do golpe fracassado contra o presidente Recep Tayyip
Erdogan e da prisão de um grande número de militares comprometidos com a tentativa
de derrubar o Governo.
Mas há problemas bem mais graves na questão das armas
nucleares estadunidenses na Europa, uma vez que vários especialistas estão se
manifestando sobre o risco de que esse armamento caia em mãos de terroristas.
“A presença permanente de dezenas de armas nucleares
estadunidenses na base aérea de Incirlik, na Turquia, implica em um grande
risco de que sejam roubadas por terroristas ou outras forças hostis”, diz um
relatório do Stimson Center, instituto especializado em avaliar os riscos
atômicos no planeta.
• A farsa dos atletas estadunidenses. A Polícia Civil do Rio de Janeiro retirou os nadadores
estadunidenses de dentro do avião, quando pretendiam retornar depois de
participarem dos Jogos Olímpicos e fazerem denúncias contra o Brasil alegando
um suposto assalto.
Patrick Sandusky, porta-voz do Comitê
Olímpico dos EUA, confirmou que Jack Conger e Gunnar Bentz foram retirados do
avião por autoridades brasileiras e que também o campeão James Feigen foi
detido. Ryan Lochte, com várias medalhas olímpicas, também está sendo procurado
pela Polícia Federal para ser interrogado, mas esse já havia voltado “para
casa” e agora está sob a “proteção” do Tio Sam. O Departamento de Estado dos
EUA está acompanhando todo o processo.
Segundo as versões iniciais dos nadadores, um
homem armado teria detido o taxi em que voltavam para o hotel, depois de uma
festa, e roubou cerca de 400 dólares. Depois disseram que o assalto havia
acontecido em um posto de gasolina e que foram vários assaltantes, mas a
polícia não localizou o taxista para confirmar as declarações.
Depois toda a farsa foi desmontada. Uma
câmera de vídeo registrou que os atletas estadunidenses haviam parado em um
posto de gasolina e que queriam ir ao banheiro, mas começaram a protestar
contra o atendimento, quebraram a porta de vidro e se recusaram a pagar os
prejuízos.
Agora sabemos, por depoimento de um dos
nadadores, que haviam bebido muito e que realmente depredaram o posto de
gasolina e tentaram sair sem pagar. Os passaportes deles foram confiscados pela
Polícia Federal e vão responder a processo.
• Mas lá é “país de primeiro mundo”, não é? O Governo dos EUA decretou “estado de catástrofe” em
uma grande região do país diante das intensas chuvas. Na Louisiana, as chuvas
já causaram a morte de 13 pessoas e milhares estão sem casas. Cerca de 40 mil
casas foram destruídas em diferentes graus de gravidade e 30 mil pessoas foram
resgatadas por equipes de socorro. Cerca de 12 mil pessoas estão vivendo em
alojamentos provisórios.
O fato mais curioso é que a intensidade da chuva causou
uma situação constrangedora e muito triste. No cemitério de Denham Springs,
perto da capital, Baton Rouge, dezenas de caixões foram levados pelas águas e
boiaram pelas ruas da cidade.
Mas, como isso
aconteceu no “primeiro mundo” nossos jornais preferiram não comentar.
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