MP INTIMA REITOR DA UFRJ POR CAMPANHA
"EM DEFESA DA DEMOCRACIA"
“O Conselho Universitário da
Universidade Federal do Rio de Janeiro considera justa e necessária a
mobilização social que toma conta do país em defesa dos direitos sociais
assegurados originalmente na Carta de 1988 e conclama todos os setores
democráticos da sociedade brasileira a se engajarem na defesa do futuro da
educação pública, da ciência, tecnologia e inovação, do Sistema Único de Saúde
e dos demais direitos humanos fundamentais para o bem-viver dos povos",
disse, em nota, o reitor da UFRJ
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, foi
ameaçado de ser levado ao Ministério Público em condução coercitiva. As
informações foram confirmadas. Trata-se de uma medida abusiva e repressora do
ministério público para tentar coibir os pronunciamentos que essa universidade
tem feito contra o golpe institucional do impeachment e contra os ataques de
Temer.
A ameaça de condução coercitiva ocorreu
depois que o reitor pediu para alterar a data de depoimento que coincidia com a
reunião do Conselho Universitário. O motivo do depoimento era
"esclarecer" a campanha "Em defesa da democracia" que a
universidade promoveu, envolvendo debates e shows com personalidades políticas,
acadêmica e artísticas.
Horas depois que essa notícia ganhou as
redes sociais o reitor e seus assessores comunicaram que o MP recuou da
condução coercitiva mas manteve todo inquérito de pé.
Os ditadores da toga, com condução
coercitiva ou não dão mostras que querem intimidar e censurar a liberdade de
pensamento e crítica, ignoram a autonomia universitária, entre outros abusos
inconstitucionais da ameaça.
É preciso se opor a essas medidas
repressivas e organizar a luta dos estudantes, técnicos administrativos e
professores contra os ataques do governo. Fazermos dessa universidade que é
símbolo das federais em todo o país, uma alavanca a uma grande luta nacional
coordenada com a juventude que já ocupa suas escolas e universidades.
A reitoria da universidade, emitiu
comunicado onde não aborda as ameaças sofridas mas reitera seu posicionamento
político, leia o comunicado abaixo:
“O Conselho Universitário da
Universidade Federal do Rio de Janeiro considera justa e necessária a
mobilização social que toma conta do país em defesa dos direitos sociais
assegurados originalmente na Carta de 1988 e conclama todos os setores
democráticos da sociedade brasileira a se engajarem na defesa do futuro da
educação pública, da ciência, tecnologia e inovação, do Sistema Único de Saúde
e dos demais direitos humanos fundamentais para o bem-viver dos povos.
Reitor”
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