Virou ridículo…
Primeiro, aquele a quem o PowerPoint do
procurador Deltan Dallagnol apontava como “o grande comandante” teria ganho um
apartamento-pombal do Guarujá, embora não haja nada que tenha ganho.
Depois, foram as obras de um “puxado” do
sítio de Atibaia, com suspeitíssimos pedalinhos e um barco de lata, tudo
provado por matérias que comprovavam que a falecida Marisa Letícia ia a uma
padaria na localidade.
Ah, sim, teve o prédio do Instituto Lula
que nem é prédio, nem é e nunca foi do Instituto.
Mas sempre há a guarda dos caixotes num
depósito, para provar o favorecimento de Lula, embora o juiz Moro não se
interesse e não autorize saber como foram guardados os caixotes de FHC, de
Sarney ou ao menos os de Itamar Franco.
Até um “químico amador” que publica, ao
lado do seu cibernético polidor de latarias de automóvel, publica no Youtube
seus delírios sobre mosquitos comunistas e sua “nanotecnologia” para aeronaves
militares, enquanto posa de metralhadoras, fardas e fuzis, apareceu na Istoé.
E a todas estas, Lula sobe nas
pesquisas.
Mais eis que senão quando a Folha traz
uma revelação sensacional: uma empreteira teria pago, não se sabe quando nem a
quem, um “personal coach” de negócios para um dos filhos de Lula, na área
esportiva. Ou seja, um professor particular de empreendedorismo, coisa assim.
O nome seria “orientador de carreira”, o
que fez o coleguinha Leandro Fortes disparar no Facebook: “erraram de
candidato”.
Daqui a pouco vão dizer que alguém das
empreiteiras pagou um sorvete de casquinha para o Lula.
Embora seja evidente apelação, publico a
resposta da assessoria de Lula, que tem de exercitar, toda hora, a paciência
com estes disparates irrelevantes.
Como Folha e vazadores mudam versão de
história sem provas em poucas horas para gerar manchetes contra Lula e sua
família
O jornal Folha de S. Paulo publica hoje
matéria baseada em suposto vazamento de delação premiada contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. A matéria vem com grande destaque na edição do
primeiro domingo após pesquisa eleitoral indicar que, apesar da perseguição
movida contra Lula por setores da imprensa e alguns agentes públicos, ele
venceria as eleições para presidente da República tanto no primeiro quanto no
segundo turno.
No contato feito com a assessoria de
imprensa do ex-presidente, a Folha de S.Paulo mudou em poucas horas a versão da
sua apuração. Primeiro haveria um “interlocutor de Lula” que teria feito o
pedido citado na suposta delação a que a Folha teve acesso. A reportagem
informou que o nome desse interlocutor não seria revelado. Depois, o tal
interlocutor sumiu em uma informação de última hora que teria chegado na noite
de sexta-feira (quando os jornais fecham a maior parte da sua edição de
domingo). Fica a impressão de alteração da história, pelo jornal ou por sua
fonte, após terem sido questionados sobre a falta de informações básicas. A
Folha de S.Paulo também não soube prover nenhum documento ou mesmo informações
simples sobre a história que sustenta sua matéria: em que ano ela teria
acontecido? Lula deixou a Presidência da República em 31 de dezembro de 2010 e
não ocupa nenhum cargo público desde então. Diante de informações genéricas,
sem documentos, de origem ilegal, que mudam em poucas horas, não há o que comentar
ou dar crédito a suposições.
Por lei, delações não são provas, quanto
mais vazamentos de supostas delações, sem documentos, contexto, provas do
ocorrido ou sequer o ano em que teria acontecido o fato. Servem apenas para
gerar manchetes sensacionalistas contra Lula e sua família. A Folha de S. Paulo costuma publicar esses
ataques contra Lula aos domingos, atribuindo como “presentes” ao ex-presidente um estádio que é do Corinthians,
ou uma piscina que é do Palácio do Planalto.
Supostas acusações de delatores
divulgadas com estardalhaço na imprensa não têm se confirmado em depoimentos em
audiências, onde mais de 11 delatores chamados como testemunhas de acusação
pela Lava-Jato foram incapazes de apontar qualquer ato ilegal ou vantagem
indevida recebida pelo ex-presidente Lula. A imprensa, que faz estardalhaço de
versões sem contexto e distorcidas de supostas delações, não dá destaque algum
quando delatores como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró ou Pedro Barusco
dizem, perante o juízo e com compromisso de dizer a verdade, jamais terem
ouvido falar do envolvimento de Lula em ilegalidades ou recebimento de qualquer
vantagem indevida.
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