CNJ
vai investigar três magistrados do MS por soltura de filho de desembargadora
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Postado
em 4 de agosto de 2017 às 1:33 pm
Do G1:
O corregedor do Conselho Nacional de
Justiça, ministro João Otávio de Noronha, mandou abrir reclamação disciplinar
para apurar as condutas de três desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato
Grosso do Sul (TJ-MS) em razão da concessão de dois habeas corpus ao filho da
desembargadora Tânia Garcia, suspeito de tráfico de drogas e de armas.
Além da própria Tânia, serão alvos da
investigação outros dois desembargadores que autorizaram que o homem deixasse a
cadeia: Ruy Celso Barbosa Florence e José Ale Ahmad Netto.
Antes, Noronha já havia
instaurado uma apuração genérica sobre a concessão da soltura, sem nominar os
magistrados, para averiguar em que circunstâncias os habeas corpus foram
concedidos. Agora, eles passam a ser alvos diretamente de uma investigação no
conselho, que visa saber se os três violaram à Lei Orgânica da Magistratura.
Após notificados da reclamação
disciplinar, que correrá em sigilo, os magistrados terão cinco dias para
apresentar as defesas. O corregedor terá que levar o caso ao plenário do CNJ,
que decidirá sobre abertura de processo administrativo disciplinar, que pode
levar ao afastamento e até à aposentadoria compulsória.
O filho da magistrada, Breno Fernando
Solo Borges, de 37 anos, ficou pouco mais de três meses preso numa
penitenciária em Três Lagoas, mas foi autorizado a permanecer internado em
uma clínica psiquiátrica. Ele foi detido em abril com 130 quilos de maconha,
centenas de munições de fuzil e uma pistola nove milímetros.
O suspeito foi beneficiado por habeas
corpus do TJ após a defesa alegar que ele sofre de síndrome de borderline, uma
doença psiquiátrica, e que por isso não seria responsável por seus atos. A
desembargadora entrou com processo de interdição do filho, e se se apresentou
como responsável por ele. Depois pediu a transferência para uma clínica
psiquiátrica. Os advogados da família apresentaram dois laudos médicos.
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