Rússia pede que comunidade internacional desista de 'planos destrutivos' contra
Venezuela
Redação* | São Paulo - 31/07/2017 - 13h16
Moscou afirma que é necessário
'criar as condições propícias, também externas', para que a Assembleia
Constituinte possa apaziguar o país; EUA, Brasil, Argentina, Peru e UE são
alguns que não reconhecem votação realizada ontem
A Rússia pediu nesta
segunda-feira (31/07) que a comunidade internacional se contenha em seus planos
"destrutivos" de pressionar a Venezuela após a votação da Assembleia
Nacional Constituinte realizada ontem (30/07).
"Esperamos que aqueles
membros da comunidade internacional que querem rejeitar os resultados das
eleições venezuelanas e aumentar a pressão econômica sobre Caracas mostrem
contenção e renunciem a estes planos destrutivos que podem aguçar a polarização
da sociedade venezuelana", diz um comunicado do Ministério de
Relações Exteriores russo.
A nota acrescenta que
"agora é importante evitar uma nova espiral de violência e a sua transformação
em novas formas de enfrentamento".
"É preciso criar as
condições propícias, também externas, para que a Assembleia Constituinte possa
assentar as bases de uma solução pacífica para as contradições que existem na
sociedade venezuelana", ressalta a nota.
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Entre os governos que
disseram que não reconhecerão a Constituinte venezuelana estão os de Estados
Unidos, Brasil, Argentina, Peru e Espanha, além da União Europeia.
Moscou lamentou também que a
oposição ao governo de Nicolás Maduro "tenha ignorado o convite a
participar nas eleições" e "tenha tentado impedir sua realização
provocando confrontos nos quais se produziram vítimas mortais".
A oposição venezuelana não
reconheceu hoje o resultado da votação de domingo para a Assembleia Nacional
Constituinte e questionou as cifras oficiais de participação que o CNE
(Conselho Nacional Eleitoral) situa em um total de 8.089.230 pessoas.
A nova Assembleia
Constituinte foi eleita para redigir uma nova Carta Magna, mudar o ordenamento
jurídico e reformar as instituições da Venezuela.
*Com Agência Efe
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