terça-feira, 19 de setembro de 2017

Conhecimento e luta revolucionária

Conhecimento e luta revolucionária

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Conhecimento e luta revolucionária
Por Ari de Oliveira Zenha
“Eu canto ao Palmares, odiando opressores de todos os povos, de mão fechada, contra todas as tiranias!”
Solano Trindade
Devemos descontruir/ construindo um novo mundo diante desse imenso arcabouço produtivo, político, social e ideológico que é o capitalismo.
Essa posição é apoiada, defendida, fundada, tanto historicamente como na realidade, no concreto, que está estruturada no pensamento marxista – revolucionário e transformador – da imperiosa necessidade de ser, de pensar, de conhecer, de atuar, de reconhecer que dentro do modo de produção capitalista não há condições de existência humana, da natureza e do planeta terra.
A vida “contemplativa”, existencial dos seres humanos tem – necessariamente – de estar dialeticamente contida na práxis revolucionária, buscando, realizando e solucionando os intermináveis problemas/impasses que nos são colocados pelo aparecimento dinâmico sócio – histórico da superação dos conflitos sociais, políticos e econômicos da hegemonia – em vigor – do capitalismo. Essa dinâmica contraditória, desumana, sanguinária que vivemos nesse fervor/ardor da atualidade brasileira da dominação do capital, tem e deve “... atingir para poder solucionar as tarefas mais complexas que o desenvolvimento atual da luta propõe...”, recorrer ao marxismo originário!
Karel Kosik nos coloca: ”O conhecimento não é contemplativo. A contemplação do mundo se baseia nos resultados de uma práxis humana. O homem só conhece a realidade na medida em que ele cria a realidade humana e se comporta antes de tudo como ser prático”.
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O grande revolucionário marxista italiano Antônio Gramsci nos desafia a pensar e agir contra a dominação e a barbárie capitalista. Vamos colocar uma importante posição, incitamento e provocação a todos nós, fundada no pensamento gramsciano colocada por Marcos Martins:” Eis por que se pode concluir que em Gramsci a teoria do conhecimento não é uma questão puramente acadêmico – filosófica, mas histórica, ético – política e educativa, uma vez que, articulada a uma pedagogia, ela ganha um que, articulada a uma pedagogia, ela ganha um valor ético – político capaz de torna-la uma força material, um efetivo instrumento teórico – prático para que as classes subalternas possam concretamente disputar a hegemonia e promover a reforma moral e intelectual de que necessitam para serem sujeitos do seu próprio destino.”  
Perdoem-me os prováveis leitores deste texto pelas constantes e mesmo longas citações, elas têm um sentido/objetivo de colocar para o leitor fragmentos, escritos, da dinâmica tão rica, fecunda e importante que é e representa o pensamento marxista.
Situo essa passagem de Ruiz: “Para Gramsci é esta (facultar à classe operária do seu país as armas políticas e ideológicas capazes de uma revolução proletária) a principal função do marxismo como concepção de mundo ao dotar o homem com um instrumento mental que seja capaz de produzir uma visão crítica e histórica que parta das condições objetivas para transformar estas mesmas condições.”
"Marx não reconhece nada como absolutamente final, a realidade está em constante movimento, o pensamento marxista é dinâmico"
Marx não reconhece nada como absolutamente final, a realidade está em constante movimento, o pensamento marxista é dinâmico, se estrutura e avança dialogicamente, é dialético, não admite dogmas, é critico/histórico, uma espécie de “constructo”, é em essência e sentido, revolucionário.
Karl Marx afirma no Manifesto Comunista:” em lugar da exploração dissimulada por ilusões religiosas e políticas, a burguesia colocou uma exploração aberta, despudorada, direta e brutal.”
Como são atuais e reais para a realidade que estamos a viver no nosso País nos dias de hoje!


 Ari de Oliveira Zenha é economista 

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