E se Lula crescer?
Dias atrás postei aqui a compilação feita pelo jornalista Fábio Vasconcellos com os números do Datafolha, mostrando que tanto a condução coercitiva quanto a condenação de Lula por Sérgio Moro corresponderam ao aumento dos índices de intenção de voto do ex-presidente. Repito a reprodução, acima, para quem não viu.
Nem Ibope, nem Datafolha, ainda, registraram pesquisas no Tribunal Superior Eleitoral. Ontem, como informa José Roberto de Toledo, que infelizmente deixou sua coluna no Estadão, o Ipsos registrou uma, mas sem intenção de voto, apenas com “potencial de voto” (e rejeição, portanto), e realizada até o dia 11, bem antes do julgamento no TRF-4.
Caso se repita o comportamento eleitoral dos dois primeiros episódios observados por Fábio, vejam o impasse que se terá criado.
Impossível? Os sinais de que não é estão por toda parte. Vi gente normalmente pouco interessada em política manifestando sua tristeza. As “comemorações” da extrema direita só a muito custo conseguiram algo além de serem infladas, como pixulecos, nos jornais. Assim mesmo com dificuldade em transformar dezenas ou uma centena de pessoas em multidão.
É possível que apareçam algumas, mais fajutas, a dizer que não é o que acontece. Será?
Há outros sinais de que não. Só Bolsonaro apareceu comemorando e só os seus entopem as redes sociais em apoio à condenação. Sabem que o caminho se abriu para eles.
Segure-se na cadeira, porque vem muito chacoalhão institucional à frente e não por culpa de Lula, mas das instituições que resolveram se politizar.
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