Temer na TV, acha que ‘fatura’ por militares; amanhã, na avenida, vira chacota
Anuncia-se, para hoje à noite, um pronunciamento de Michel Temer, em rede de televisão, destinado a autolouvar-se por ter decretado a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro.
Amanhã, o seu sósia, o neotumbeiro “Vampirão” será motivo de chacota na Passarela do Samba.
Um é a razão de ser do outro.
É desprezo público que lhe é votado – algo lhe votam, afinal – que dirige seus atos, porque ver-se desprezível como é de fato perturba e obnubila o cérebro.
Michel Temer é um vaidoso que deseja aplausos e só recebe vaias e isso o torna um elemento perigoso ao país e à democracia.
Ele acha que vai “faturar” com as espalhafatosas operações militares que nos esperam – sim, porque é preciso dar forma “visual” à intervenção.
Engano típico de um transtornado. A água vai é ao moinho de Jair Bolsonaro, porque ajuda a vender a ilusão de que tropa acaba com o crime.
Mas a Temer basta que sirva de cobertura para zerar suas pendências com a Polícia Federal e que a “intelectualidade” medíocre diga que “era preciso fazer alguma coisa, porque estava demais”. Óbvio que estava não deixou de estar durante os sete meses que estamos com operações militares autorizadas contra o crime.
A intervenção nada tem a ver com o emprego de forças militares em apoio à segurança que, como se viu, estava autorizada e era praticada desde o final de julho, com a tal “Garantia da Lei e da ordem” que, evidentemente, não tiveram garantia alguma.
A diferença é que se está usando o raciocínio primário de entregar a vida civil ao “controle” militar. Ou ao comando militar, se me faço mais claro assim.
Espera-se que os comandantes militares – bem pouco afeitos a subjetividades, é verdade – entendam que estão sendo manipulados por um projeto político autoritário e que não se prestem a, como os manifestoches, serem guiados pelos cordões do poder real.
Com fardas verdes em lugar de camisas amarelas e fuzis no lugar das panelas e com Jair Bolsonaro a servir-lhes de caricatura. Os militares e suas instituições, ao final das contas, acabam saindo feridos da tarefa que sempre querem lhes dar de “amarrar a vaquinha para outro mamar”.
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