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Com 3 mil cartas de apoio, Suplicy também é barrado na PF
Vereador e ex-senador citou Declaração Universal dos Direitos Humanos, Constituição brasileira e Regras de Mandela, das Nações Unidas
por Redação RBA publicado 26/04/2018 13h43
REPRODUÇÃO FACEBOOK
São Paulo – O vereador paulistano e ex-senador Eduardo Suplicy (PT) foi mais um político a ser barrado na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba. Ele tentava visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso no local desde o dia 7, mas foi informado de que isso não seria possível, por uma decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal.
Contando com parecer favorável do Ministério Público, Suplicy lembrou que chegou a pôr em sua conta no Facebook um chamado para que as pessoas escrevessem cartas, a serem entregues por ele, pessoalmente, ao ex-presidente. Segundo o vereador, chegaram aproximadamente 3 mil cartas, "todas muito comoventes, bonitas, e transmitindo ao presidente Lula uma força, acredito, extraordinária".
Suplicy diz ter sido recebido "atenciosamente" pelos policiais, aos quais afirmou ter dito que a juíza não autorizava a visita por força de uma regulamento da PF. Mas lembrou que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e citou também o artigo 5º da Constituição, que reforça esse entendimento. Além disso, o Brasil participou da elaboração das chamadas Regras de Mandela, das Nações Unidas, sobre regras mínimas de tratamento aos presos. "No que diz respeito à possibilidade de receber visitas de amigos, é muito claro. Vou agora escrever mais uma vez para a juíza, reiterando, mostrando essas regras, que o Brasil tem de respeitar, acredito."
O vereador também visitou o acampamento Lula Livre, onde leu trechos de algumas cartas. De lá, iria almoçar com os filhos do ex-presidente na casa do ex-deputado Angelo Vanhoni. Uma possibilidade, segundo ele já autorizada pela PF, seria entregar as cartas para os filhos. Mas Suplicy disse ainda ter uma "enorme esperança" de visitar o líder petista, destacando cartas de "brasileiros de todas as partes do país". "Só vai fazer muito bem ao Lula."
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