REQUIÃO: O PAÍS NÃO SUPORTARÁ SER DESTRUÍDO DE FORMA TÃO INTENSA
REQUIÃO: O PAÍS NÃO SUPORTARÁ SER DESTRUÍDO DE FORMA TÃO INTENSA
Parlamentar ativo nas principais lutas democráticas do Brasil, o senador Roberto Requião (MDB-PR) expressa em entrevista concedida à TV 247 sua indignação com o desmonte do Brasil, que teve início com Michel Temer e seguirá com a política ultraliberal do próximo ministro da Economia, Paulo Guedes; no entanto, o congressista acredita que a "era de Bolsonaro será rápida"; "O País não suportará ser destruído de forma tão intensa e irá reagir"; assista a íntegra
TV 247 - Parlamentar ativo nas principais lutas democráticas do Brasil, o senador Roberto Requião (MDB-PR) expressa em entrevista concedida à TV 247 sua indignação com o desmonte do Brasil, que teve início com Michel Temer e terá seguimento com a política ultraliberal do próximo ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, o senador acredita que a "era de Bolsonaro será rápida". Para ele, "o País não suportará ser destruído de forma tão intensa e irá reagir".
Após a vitória de Jair Bolsonaro, Requião diz estar "horrorizado com tudo que está acontecendo no Brasil". Porém, ele relembra que o País já foi vítima dos ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros, além de Costa Silva, durante o regime militar.
Ele destaca que o atual quadro do País é de total submissão aos EUA e ao grande capital. "São 20 mil pessoas que se beneficiam com a política adotada por Temer e que será conduzida por Bolsonaro. Será ferro todos os dias nos trabalhadores", condena.
"O modelo econômico liberal fracassou na Europa e pede asilo no Brasil, encontrando espaço no financiamento do golpe de Estado".
Requião considera espantoso o fato dos militares não se incomodarem com o desmonte do País, que inclui a entrega do Petróleo, da água e precarização dos direitos sociais. "nenhuma voz militar protestou contra o fim do Brasil", lamenta.
Perseguição
Com proposta que altera o crime de terrorismo no Brasil, que pretende enquadrar movimentos sociais como criminosos, Requião projeta que o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e o Movimento sem Terra (MST) "irão sofrer perseguição política".
Ele segue criticando o Estado de exceção imposto ao País, "dizendo que os juízes de primeira instância se consideram deuses e que os de segunda instância tem certeza que são".
Para Requião, ao aceitar o cargo como ministro da Justiça, Sérgio Moro age como um "militante de direita", apaixonado pelos EUA e pelo modelo liberal. "Ao compor o governo Bolsonaro, ele se transforma em um perseguidor de negros, mulheres e homossexuais", condena.
Ao analisar a composição do governo recém-eleito, o senador acredita que "a era de Bolsonaro será breve". "O Brasil não suportará ser destruído desta forma, acredito que sua passagem será rápida", aponta.
Recentemente, Bolsonaro ameaçou que irá cortar verba publicitária de alguns canais da imprensa, tendo como uma das miras principais a Folha de S. Paulo.
Requião recorda que a grande imprensa foi a grande estimuladora do ódio no País. "Não dá para sentir pena. Todos esses veículos, incluindo a Folha de S. Paulo, ajudaram a criar Bolsonaro. Eles que se defendam agora", condena.
Frente ampla
O senador defende a formação de uma aliança nacionalista popular e democrática, mas acredita que tal frente somente seria possível com a presença do PT. "Com erros e acertos, o PT possui 57 parlamentares na Câmara e uma identidade com o trabalhismo", conclui.
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