segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O jogo pesado do poder...

Flávio Bolsonaro pode ser passaporte para a reeleição de Raquel Dodge na PGR

 
A desgraça de um é a alegria do outro, diz o ditado popular. Que o diga a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que ganhou um passaporte para reeleição com o caso de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
O filho do presidente eleito está mais enrolado que rabo de porco com os relatórios do Coaf, que apontaram movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de seu ex-motorista e que 99% dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio, na Alerj, foram comidos pelos gafanhotos.
Pois bem, caberá a Dodge a decisão de oferecer ou não a denúncia contra o filho de Jair Bolsonaro no ano que vem. Ela só poderá fazê-la a partir de 1º de fevereiro quando Flávio ganhar foro privilegiado por força da função de senador, isto é, se aceita a ação tramitará no Supremo Tribunal Federal (STF).
O mandato de Raquel Dodge irá até setembro de 2019. A eleição que poderá reelegê-la ocorrerá em junho, provavelmente.
O ex-juiz Sérgio Moro e futuro ministro da Justiça pensa para a PGR o procurador Deltan Dallagnol, mas o caso Flávio Bolsonaro dá munição para a reeleição de Dodge. O filho do presidente da República custará caro nesse jogo de poder.
Jair Bolsonaro tem a discricionariedade, ou seja, a última palavra na escolha do procurador-geral da República. Ele poderá escolher até o menos votado para função, se houver oportunidade e conveniência política.

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