Haddad vê legalização das milícias como próximo passo e Lula pede que arma seja “carteira de trabalho”
Era melhor ter armado a população com carteira de trabalho e livros. Tweet do perfil do ex-presidente Lula
Metade dos feminicídios no Brasil é através de arma de fogo. Com a ampliação da posse, serão ainda mais mulheres submetidas ao medo e à morte. Fico indignada com discurso de que a medida protege as mulheres. A violência se volta contra nós porque machismo é relação de poder. Samia Bomfim, deputada federal do PSOL
O decreto que libera o acesso às armas é uma aberração inconstitucional, uma vez que viola a atribuição do legislativo de formular leis. Moro e Bolsonaro chutam a independência dos poderes e a democracia num ato sensacionalista de governo. Ivan Valente, deputado federal do PSOL
Se ele próprio se sentiu indefeso, imagina o “cidadão de bem”? Lívia Louzada, no twitter
Haddad: Legalização das milícias é o próximo passo
Candidato derrotado à Presidência da República, o petista Fernando Haddad usou o Twitter para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação à flexibilização da posse de armas defendida pelo presidente.
“A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema”, criticou Haddad.
Hoje, 15, Bolsonaro assinou decreto que altera regras para facilitar a posse de armas de fogo.
O petista não fez referência a nenhum projeto específico de Bolsonaro e emendou a crítica ao presidente, dizendo que a segurança pública é um direito assegurado pelo Estado moderno.
Haddad escreveu que “a liberação de armas nos remete à pré-modernidade”, o que levaria “à privatização desse serviço público”.
Pouca gente sabe, mas segurança é dos primeiros direitos assegurados pelo Estado moderno. A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público. A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema. Tweet de Haddad
Em 2008, em entrevista à BBC, Bolsonaro, que era deputado federal pelo Rio de Janeiro, sinalizou legitimar a ação de milicianos.
“As milícias oferecem segurança e, desta forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las”, afirmou.
Em 2018, Bolsonaro disse ao O Globo que as milícias “acabaram se desvirtuando” quando começam a cobrar “gatonet” e gás.
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