quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Justiça venezuelana anula posse do oposicionista Juan Guaidó Tribunal também anula todos os atos aprovados pela Assembleia Nacional

Justiça venezuelana anula posse do oposicionista Juan Guaidó

Em comunicado, Tribunal também anula todos os atos aprovados pela Assembleia Nacional

REDAÇÃO

 São Paulo 
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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela declarou nulos todos os atos aprovados pela Assembleia Nacional (AN) desde 5 de janeiro. Em um comunicado realizado pelo TSJ nesta segunda-feira (21/01), entre os atos considerados nulos está a posse do opositor Juan Guaidó como presidente da Assembleia.
O TSJ indicou que que a Assembleia Nacional, em desacato, violou a Constituição ao desconhecer os poderes judiciário, executivo, eleitoral o soberano: o povo da Venezuela. “A AN violenta os artigos 130, 131 e 132 da constituição, desconhece o Poder Judiciário, o Poder Eleitoral e o Poder Executivo, ao não reconhecer Nicolás Maduro como presidente da República da Venezuela”, diz a nota. 
De acordo a decisão lida à imprensa pelo juiz Juan José Mendoza, segundo vice-presidente da Sala Constitucional do TSJ, a Assembleia Nacional "não tem junta diretiva válida e todo os seus atos são nulos por usurpação da autoridade”. 
No comunicado, o juiz afirma ainda que tem havido uma "omissão constitucional reiterada" por parte do poder legislativo que desde 2017 vem desobedecendo a várias decisões do tribunal. “É inadmissível usurpar os poderes modificando as formas de Estado e de governo", afirmou o magistrado
Em seu comunicado, Mendoza acrescenta que corresponde ao Ministério Público determinar as responsabilidades penais, civis e administrativas, em conformidade com a carta magna, contra os responsáveis por esta violação constitucional.
Disputa eleitoral
O presidente Nicolás Maduro tomou posse como presidente da Venezuela perante o Tribunal Supremo de Justiça no dia 10 de janeiro. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial por cerca de 68% dos votos válidos.
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e a falta de respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.
A assembleia nacional, presidida a por Juán Guaidó, considerou maduro usurpador do cargo de presidente da República. 
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Em comunicado, Tribunal também anula todos os atos aprovados pela Assembleia Nacional

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