quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Oposição é responsável por roubo de armas militares, afirma governo da Venezuela

Oposição é responsável por roubo de armas militares, afirma governo da Venezuela

Ministro das Comunicações afirmou que o partido de direita Voluntad Popular é responsável por ataque a destacamento militar em Caracas e que armas roubadas seriam usada durante manifestações para gerar instabilidade no país

REDAÇÃO

 São Paulo 
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O ministro das Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou nesta terça-feira (22/01) que o partido de direita Voluntad Popular é o responsável pelo ataque contra o Destacamento de Segurança Urbana em Caracas, que ocorreu nesta segunda-feira (21/01), resultando no sequestro de quatro oficiais e no roubo de um lote de armas de guerra.
Em comunicado oficial, o ministro afirmou que o partido de direita tem intenções de gerar episódios de violência durante manifestações da oposição que foram convocadas para esta quarta-feira (23/01) na capital venezuelana.
Rodríguez ainda disse que o objetivo do grupo é justificar uma intervenção estrangeira no país. Partido de direita que faz oposição ao governo de Nicolás Maduro, o Voluntad Popular possui entre seus principais membros o atual presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó.
"Isso foi uma ordem da Voluntad Popular. Sua relação já está comprovada, [...] as primeiras investigações apontam que se entregou [as armas] a civis membros do Voluntad Popular para que se realizem atos de violência, feridos e mortos nas manifestações da oposição do dia 23 de janeiro de 2019", disse.
O ministro ainda afirmou que os grupos de direita que promovem violência no país cumprem ordem dos Estados Unidos e criticou o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que incentivou nesta quarta-feira os cidadão venezuelanos a participarem de protestos contra o governo.
"Os fascistas são do mesmo grupo de Mike Pence, os que esperam que amanhã hajam mortos e que ajam com violência na marcha opositora", disse Rodríguez.
Estão prevista para esta quarta-feira (23/01) manifestações a favor e contra o governo da Venezuela. A data comemora os 61 anos da deposição do ditador General Marcos Pérez Jiménez, que levou a convocação de eleições diretas em 1958.
Militares rebeldes
Após o ataque contra o Destacamento de Segurança Urbana em Petare, zona leste de Caracas, o governo descobriu que os autores haviam sido 14 militares rebeldes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que foram presos horas após o episódio.
O ministério da Defesa da Venezuela declarou que se trata de "traição à instituição, mas garantiu que "todas as unidades operativas, dependência administrativas e institutos educativos estão funcionando com normalidade absoluta".
Segundo o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, os assaltantes são "traidores da pátria", que "roubaram armas para gerar violência e insegurança na população".
Horas depois da prisão dos responsáveis, militantes do partido de direita Voluntad Popular se reuniram em frente à sede da GNB em Cotiza para expressar apoio aos criminosos.
O assalto acontece um dia após o presidente do Parlamento, Juan Gauidó, incitar uma rebelião militar contra o governo venezuelano. "Estendo a mão às Forças Armadas, em nome da Assembleia Nacional. Aqui não pedimos que tirem sua farda, pedimos que a honrem e levantem a voz contra o usurpador", escreveu Guaidó no último domingo (20/01).
Desde que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tomou posse no último dia 10 de janeiro, o Parlamento se recusou a reconhecer a legitimidade do mandato presidencial e, inspirados pelas declarações do Grupo de Lima e do governo norte-americano, decidiu se autodeclarar governo interino da Venezuela.
O Superior Tribunal de Justiça considerou nulas todas as decisões de Guaidó à frente da Assembleia Nacional, como "inconstitucionais" e fruto de ação "usurpadora". A Assembleia Nacional se encontra em desacato judicial desde 2016, portanto seus atos não possuem validade jurídica.
Minci Venezuela
Rodríguez ainda disse que o objetivo do grupo é justificar uma intervenção estrangeira no país

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