04 DE FEVEREIRO DE 2019, 10H24
Ex-membro da Le Cocq, milícia que matou mais de 1,5 mil no ES, ganha cargo no governo Bolsonaro
Carlos Humberto Mannato (PSC/ES) foi nomeado Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil no governo Bolsonaro no dia 31 de janeiro. Extinta em 2015 pela Justiça, a Le Cocq abrigou e protegeu, por vários anos, pessoas acusadas de pistolagem, tráfico de drogas e roubos a bancos
Ex-deputado federal e candidato derrotado ao governo do Espírito Santo, Carlos Humberto Mannato (PSC/ES), que integrou a Escuderie Le Cocq, foi nomeado Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil no governo Bolsonaro no dia 31 de janeiro. A informação é do site Jornalistas Livres.
Extinta no final de 2015 pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a Scuderie Le Cocq foi uma espécie de embrião das milícias que atuou como um esquadrão da morte no Espírito Santo, matando mais de 1,5 mil pessoas.
A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado capixaba. Para a Justiça, a entidade abrigou e protegeu, por vários anos, pessoas acusadas de pistolagem, tráfico de drogas e roubos a bancos.
Quando entrou para a Scuderie Le Cocq em 1992, Manato era médico do Hospital Evangélico, e contou com três padrinhos para entrar no esquadrão: dois delegados de Polícia e um investigador. Todos já estão aposentados. Manato entrou na vida política em 1994, quando se filiou ao PSDB.
Durante a campanha ao governo do Espírito Santo, Manato – com um “n”, como é conhecido – disse que era um “kamikaze de Bolsonaro”, referindo-se aos pilotos do exército japonês, que eram enviados a missões suicidas onde o caça Zero, da Mitsubishi, era utilizado deliberadamente como um míssil. “Defendo que a população possa ter uma arma dentro de casa. Temos que armar a população dentro de casa”, disse, em entrevista ao jornal Espírito Santo Hoje.
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