GSI, Itamaraty e Defesa pressionaram pela edição de decreto sobre sigilo de documentos
Do Globo:
O decreto que alterou as regras de transparência , ampliando a lista de servidores com poder para classificar documentos como sigilosos, foi editado pelo governo Bolsonaro sob pressão de três ministérios: Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Defesa e Relações Exteriores. A ação foi capitaneada pelo GSI para desengavetar uma proposta idealizada ainda no governo Temer. A participação do GSI, que comanda a área de inteligência do governo, está registrada em documentos da Casa Civil, obtidos pela Lei de Acesso à Informação.
Integrantes da gestão Temer confirmaram que, desde 2016, o Gabinete de Segurança Institucional vinha tentando alterar o decreto. O GSI, Itamaraty e Defesa eram os maiores interessados em manter documentos considerados estratégicos longe da exposição pública. O decreto publicado no fim de janeiro autorizou ministros de estado a transferirem a subordinados com cargo de comissão chamado DAS 6 o poder de atribuir o mais alto grau de sigilo em documentos públicos, o ultrassecreto. Esse grau assegura o segredo da informação por 25 anos, renováveis uma vez pelo mesmo período.
(…)
Nenhum comentário:
Postar um comentário