247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, anunciou no plenário da Corte, durante sessão nesta quarta-feira 13, que vai fazer processar o procurador da Lava Jato Diogo Castor por um artigo em que ele fala sobre a possibilidade de o STF enviar para a Justiça Eleitoral investigações sobre corrupção.
Nesta quarta, o STF julga a competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos de investigados na Operação Lava Jato e vai definir se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal.
"Não é admissível esse tipo de ilação. Críticas ao debate político, ao posicionamento técnico-jurídico, isso faz parte. Agora a calúnia, a difamação, a injúria não serão admitidos", protestou Toffoli. Em seguida, fez elogios à Justiça Eleitoral.
"Todos nós ou integramos ou estamos em exercício no TSE. A Justiça Eleitoral é motivo de orgulho nacional, das instituições que melhor funcionam no país. Em uma eleição municipal, analisa 550 mil pedidos de candidaturas. Isso significa 550 mil prestações de contas", disse.
No artigo publicado no site
O Antagonista, o procurador Diogo Castor diz que "há algum tempo vem sendo ensaiado na Segunda Turma do STF o mais novo golpe à Lava Jato: a Justiça Eleitoral é competente para todos os casos relacionados à operação em que haja a alegação de que a propina recebida pelo político é para uso campanha eleitoral. O argumento é que neste caso haveria conexão da corrupção com o crime de caixa 2 eleitoral, cabendo então à Justiça Eleitoral investigar todos os crimes federais relacionados".
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