Da Rede Brasil Atual - Os atiradores da cidade de Suzano, que promoveram o maior massacre em escola da história de São Paulo, cultuavam armas e frequentavam fóruns extremistas que propagavam racismo, homofobia e xenofobia.
Frente à barbárie causada com ajuda de uma pistola calibre 38 na manhã desta quarta (13), o senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do governo na Casa, defendeu uma saída controversa para futuros ataques: mais armas.
Olímpio disse, durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado que "se tivesse um cidadão com arma regular dentro da escola, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia". Olímpio, junto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) busca facilitar o acesso às armas de fogo no país.
Um dos modelos idolatrados pelos extremistas brasileiros para armas é o dos Estados Unidos, que facilitam o acesso para a população. Lá, massacres em escolas são comuns, foram cerca de 10 atentados por ano desde 1999, quando inaugurou o cenário de sombras o mass shooting de Columbine.
Essa ideologia é compartilhada pelos atiradores. Um deles, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, idolatrava armas e páginas de extrema-direita nas redes sociais. Ele era apoiador do presidente Bolsonaro e teve sua página no Facebook apagada depois do atentado.
Monteiro foi entusiasta da campanha de Bolsonaro e chegou a compartilhar uma imagem do presidente abraçado com policiais com a legenda: "Meu candidato é apoiado pela polícia, o seu é procurado por ela". Frequentemente, ele curtia publicações violentas contra líderes progressistas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Consultores da morte
Os atiradores participavam de um fórum na internet chamado Dogolochan. Criado em 2013 por Marcelo Valle Silveira Mello, os usuários se chamam de "homens santos" e compartilham ideologias extremistas e incentivam ataques contra LGBTs, negros e comunistas. Mello foi a primeira pessoa condenada no Brasil por racismo na internet, em 2009. Após sair da prisão, também passou a apoiar Bolsonaro.
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