terça-feira, 2 de julho de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Como será o amanhã (5).
Fato 1. Banco Central reduz estimativa de alta do PIB. O Banco Central (BC) reduziu de 2% para 0,8% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019. A expectativa consta do relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (27). Com isso, o BC está estimando desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira neste ano pois, em 2018, o PIB cresceu 1,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (G1 – 27.06.2019)
Fato 2. Dívida bruta deve subir a 80% do PIB. O Tesouro Nacional divulgou na quarta-feira (26) as estimativas para a trajetória da dívida bruta até 2028 que consideram os pagamentos feitos até o momento pelo BNDES aos cofres públicos. A projeção para a dívida bruta para o fim de 2019 é de 80% do PIB. Segundo informações do Tesouro, as projeções, que fazem parte do cenário básico, consideram o impacto das antecipações do BNDES a partir de 2015, incluindo a repactuação dos contratos em 2018. Foram consideradas a antecipação de R$ 30 bilhões ocorrida em maio de 2019. O total de antecipação até maio deste ano é de R$ 339 bilhões. “Ainda que as medidas tenham deslocado a trajetória para baixo, a dinâmica de endividamento depende fundamentalmente das medidas de esforço fiscal”, informa levantamento do Tesouro.
Fato 3. Governo central tem déficit primário. O governo central registrou déficit primário de R$ 14,740 bilhões em maio. No mesmo mês de 2018, as contas haviam ficado negativas em R$ 11 bilhões. Segundo os dados divulgados na quarta-feira (26). A Previdência Social teve resultado negativo de R$ 14,918 bilhões. No acumulado do ano, o governo central teve déficit de R$ 17,5 bilhões. Já em 12 meses, o déficit primário ficou em R$ 125,2 bilhões, o que representa 1,76% do PIB. A meta fiscal deste ano prevê rombo de R$ 139 bilhões. A receita líquida total do governo central registrou queda real de 18,3% em maio, em relação a um ano antes, ficando em R$ 26,518 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais caíram 10,8%.
Fato 4. Brasil tem um dos piores desempenhos entre economias do G-20. O Brasil participa da cúpula do G-20 em Osaka com o quinto pior desempenho econômico entre os países membros no primeiro trimestre. A África do Sul e a Coreia do Sul foram as economias do grupo onde o PIB mais desacelerou em seguida entre janeiro e março, comparado ao trimestre anterior. Houve contração de 0,9% na África do Sul e de 0,4% na Coreia do Sul, comparado com taxas positivas de 0,3% e 0,9% no último trimestre de 2018, respectivamente, conforme levantamento da OCDE. A recessão econômica na Argentina coloca o país em terceiro lugar com contração de 0,22% comparado a -1,2% no trimestre anterior. O México e o Brasil vêm em seguida, ambos com contração de 0,2% comparado a 0,0% e crescimento de 0,1%, respectivamente, no quarto trimestre de 2018. (Valor Econômico – 26.06.2019)
Fato 5. Número de empresas no Brasil cai pelo segundo ano. Mesmo com o início da atividade econômica, o Brasil ainda fechou mais empresas do que abriu em 2017. O país tinha 5,029 milhões de empresas registradas no Cadastro Geral de Empresas (Cempre) do IBGE naquele ano, 0,4% a menos do que em 2016, o que corresponde a uma perda de 21,5 mil empresas no período. Foi o segundo ano consecutivo de queda do total de empresas. Desta forma, a quantidade total de empresas existentes no país é o menor desde 2009 (4,846 milhões), mostraram os dados do IBGE. (Valor Econômico – 26.06.2019)
Fato 6. 24 milhões de trabalhadores autônomos no país. Os trabalhadores por conta própria no país chegaram a 24 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio deste ano. O número é 1,4% superior ao registrado no trimestre encerrado em fevereiro deste ano (mais 322 mil pessoas) e 5,1% maior do que o observado no trimestre finalizado em maio de 2018 (mais 1,17 milhão de pessoas).
O contingente de trabalhadores autônomos no Brasil é recorde da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento desses trabalhadores contribuiu para o aumento da população ocupada como um todo, que ficou em 92,9 milhões de pessoas, 1,2% superior (mais 1,07 milhões de pessoas) ao trimestre anterior e 2,6% a mais (2,36 milhões de pessoas a mais) do que no trimestre encerrado em maio do ano passado.
O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.289, uma queda de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano, mas estável na comparação com maio de 2018. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 207,5 bilhões, estável em relação a fevereiro, mas 2,4% superior a maio do ano passado.
A taxa de subutilização ficou em 25%, superior aos 24,6% de fevereiro e de maio do ano passado. O número de pessoas desalentadas, isto é, aquelas que que desistiram de procurar emprego, ficou estável (em ambas comparações temporais) em 4,9 milhões, também um patamar recorde na série histórica.
Fato 7. Governo libera mais 42 agrotóxicos. O governo do ex-capitão reformado bateu um novo recorde de liberação de agrotóxicos: são 239 novos venenos somente em 2019, após a concessão de 42 novos registros na segunda-feira (24). Estatísticas anteriores já apontavam que o governo vinha em linha ascendente na autorização desse tipo de produto. Nos primeiros dois meses do ano, foram 86 novos registros. Ao final de março, o total chegou a 121. Agora, ao atingir a marca de 239, o país atualiza o número total de agrotóxicos para 2.305, considerando os herbicidas em circulação no mercado. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida organizou uma planilha com as liberações de 2019. Quanto à periculosidade ambiental, 23 são Altamente ou Muito Perigosos ao Meio Ambiente, e 18 são Extremamente ou Altamente Tóxicos para a saúde humana. (Portal do MST, 24/06)
Fato 8. Número de desempregados de longo prazo cresce 42,4%. A parcela de desempregados que está nesta situação há mais de 2 anos avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo período de 2019, atingindo 3,3 milhões de pessoas. O crescimento é de 42,4% em 4 anos, aponta análise de Mercado de Trabalho, divulgada na última terça-feira (18), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE.
Segundo dados do primeiro trimestre deste ano, o desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres. Entre as desocupadas, 28,8% estão nesta condição há pelo menos dois anos, contra 20,3% dos homens desempregados na mesma situação.
Na análise por faixa etária, 27,3% dos desocupados com mais de 40 anos insistem sem sucesso na busca por trabalho há pelo menos dois anos, mas o crescimento do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas. (Diap, 25/06)
Fato 9. Aumentos salariais perdem da inflação. Pela primeira vez em três anos e dois meses, os reajustes perderam da inflação. A acumulada de maio foi 5,1% e o aumento mediano foi 5%. Apenas 20,4% das negociações resultaram em aumentos reais. Os dados são do Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Salariômetro, que calcula o salário médio de admissão em cada profissão, separando as categorias de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho, é uma atividade da instituição que disponibiliza informações sobre as ofertas de emprego no país. É constituído por resultados da negociação coletiva, perfil dos contratados, pesquisa salarial e indicadores do mercado de trabalho.
Segundo o Salariômetro, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para junho de 4,8% não deixa muito espaço para a volta dos aumentos reais. O piso salarial mediano negociado em maio foi a R$1.232 (23% acima do salário mínimo). (Monitor Mercantil, 27/06)
A família que enriquece unida... Se estivéssemos falando da família de Luiz Inácio Lula da Silva a matéria estaria em todas as primeiras páginas dos jornais, mas como a matéria da revista Carta Capital fala da família do ex-militar reformado por insanidade nada sai na nossa “grande imprensa”. O fato concreto é exposto pela revista nos seguintes termos:
“Em uma rua pacata no caminho da zona rural de Eldorado Paulista, um canteiro de obras desperta a atenção de quem passa. No topo da estrutura alta e imponente, debaixo de uma bandeira nacional e sobre oito janelas, lê-se um nome: ‘Igreja O Brasil Para Cristo’. Naquela região pobre do Vale do Ribeira, onde quatro em cada dez cidadãos vivem com meio salário mínimo por mês, tudo o que reluz remete ao mais ilustre cidadão”, o atual presidente brasileiro.
A matéria fala que o insano nasceu na cidade, com os irmãos Angelo, Maria Denise, Solange, Renato e Vânia. Seu pai era dentista “prático” e todos os filhos cresceram ali. Apenas o ex-militar saiu e acabou fazendo sua vida em Brasília. Tudo normal e sem estranhezas, até que a revista destaca:
“Mãe, irmãos, sobrinhos e cunhados do presidente são donos de 19 empresas na região, 14 delas abertas nos últimos oito anos. O levantamento foi feito por Carta Capital a partir de dados da Junta Comercial de São Paulo. A carteira de negócios vai de sapatos e vestuário a material de construção, passando por conserto de eletrônicos. Há empreendimentos registrados em sete cidades”. Estranho, não é? Mas tem muito mais.
“O irmão Angelo, vive em Eldorado e é dono, ao menos no papel, de uma loja de móveis e outras duas de assistência técnica. Angelo Guido, seu filho, toca a casa lotérica e uma loja de consertos de eletrônicos. É considerado antipático pelos moradores de Eldorado. O caçula Renato mora na cidade de Miracatu, a cem quilômetros de Eldorado, onde tem uma loja de móveis com filiais em outros dois municípios vizinhos”.
“Em nome de sua filha Vitória está registrada uma loja de materiais de construção também em Miracatu, com filiais em Juquiá, Iguape e Apiaí. Renato é considerado simpático e gregário. É o único, além de Jair, que demonstra algum pendor para a política. Tentou ser prefeito da cidade, sem sucesso. Em 2016, uma reportagem do SBT descobriu que, durante três anos, ele recebia 17 mil reais mensais como assessor de um deputado, mas não aparecia para cumprir o seu dever. Em vez de bater ponto na função legislativa, preferia cuidar de suas lojas de móveis”.
A lista da revista é imensa e não vamos detalhar aqui. Pode ser vista pela Internet. Mas deixamos a pergunta: e se fosse a família do Lula?
Brasil passa vergonha em Osaka, no Japão! Para o brasileiro que estava habituado a ver o ex-presidente que ia às reuniões do G-20 e era recebido e homenageado por todos os líderes mundiais, um homem que transitava com elegância e conhecimento em todas as reuniões do grupo, é muito difícil engolir as vergonhas de um ex-capitão insano que tenta aparecer para o seu público interno, mas vai fazendo desmoronar o respeito que o Brasil demorou tanto para conquistar.
Desta vez foi sua teimosia em ir à reunião do G-20 sem ter qualquer agenda montada, sem propostas e prioridades definidas, sem saber de quais temas tratar e, para piorar, totalmente indelicado e demonstrando falta de conhecimento sobre as nações participantes.
Sem qualquer noção do que estava falando, disse que “o Brasil teria o que ensinar aos alemães sobre energia limpa”, mas não sabe que a Alemanha é um dos maiores exemplos do mundo em conversão energética de combustíveis fósseis para fontes renováveis.
Depois de refutado pelos jornais locais e sem encontros importantes marcados, disse que se recusaria a participar de reuniões onde seria “advertido por outros países”. Totalmente sem nexo e sem respeitar todas as imagens incansavelmente transmitidas pela imprensa internacional, disse que “Não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como, no passado, em alguns casos, chefes de Estado tiveram aqui”, frisou.
Nem tinha noção da questão principal a ser debatida no encontro. Quanto ao posicionamento do país na guerra comercial que opõe Washington a Pequim, o doente destacou que o Brasil não tem lado. “É logico que os produtos da China, dos Estados Unidos para cá, em grande parte, interessa (sic) ao Brasil por questão de commodities. Obviamente, a gente não quer que haja briga para a gente poder se aproveitar”, disse.
“A gente está buscando paz aqui, harmonia, como estamos trabalhando – não é o caso aqui – a questão do Mercosul e União Europeia”, referindo-se às negociações de um acordo comercial entre os blocos europeu e latino-americano.
Vai um colarzinho aí, patrão? Como não restava o que fazer e sabendo que estava à margem das discussões principais, o ex-capitão resolveu trabalhar como um ridículo camelô que oferece bijuterias aos passantes na calçada de Copacabana.
Tentando mostrar a “riqueza” do país e dizer que teríamos o que vender, depois de destruir todo o nosso parque industrial e alienar o petróleo, o débil resolveu reviver o seu discurso sobre o nióbio. Mas o curioso na ridícula cena é que ele não havia previsto, não viajou preparado para tal debate, e comprou em um mercado comum japonês um pequeno colar e talheres do precioso metal. Fez uma exibição sobre o valor do produto e, como um camelô experiente, disse que “A vantagem em relação ao ouro são as cores, que variam, e ninguém tem relação alérgica ao nióbio. Alguns têm ao ouro”, afirmou.
E o avião do Lula virou avião do pó! Pois é. O Airbus A319CJ, construído na Europa especialmente para o Presidente Lula e que ficou conhecido como AeroLula acabou servindo a outros propósitos e agora é chamado de AeroPó!
Na comitiva presidencial que chegou à Europa, com destino ao Japão, a polícia espanhola encontrou 39 quilos de cocaína. Um sargento da aeronáutica foi preso e ninguém sabe, quase uma semana depois, como a cocaína foi parar no avião presidencial e quem é o verdadeiro responsável (com tudo o que acontece nesse governo sem rumo).
O mais impressionante na história é que a imprensa brasileira amestrada, tendo a Globo à frente, correu para dizer que o sargento preso com a cocaína tinha servido também durante os governos de Lula e Dilma, tentando dizer que caberia a eles ter descoberto o transporte ilegal de drogas, ou envolve-los na trama.
Mas a mentira durou menos de 24 horas quando a própria Aeronáutica declarou que o sargento só havia entrado para as comitivas presidenciais em 2016, poucos meses antes do golpe que derrubou Dilma.
Já estão dizendo que, sem a preciosa carga, o presidente resolveu vender colar de nióbio!
Uma foto comove o mundo... E coloca Donald Trump como principal personagem de uma política criminosa: a discriminação.
A fotografia foi feita pela jornalista Julia Le Duc e publicada pelo jornal mexicano La Jornada, na terça-feira (25). A imagem dos corpos de um homem e sua filha de menos de dois anos de idade afogados em uma margem do Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, gerou comoção internacional e chamou atenção para os perigos enfrentados por migrantes que fogem da pobreza e da violência em seus países em busca de refúgio em solo estadunidense, principalmente quando Donald Trump endurece o combate aos migrantes e ameaça os países vizinhos.
A imagem chocante mostra a menina com a cabeça dentro da camiseta do pai e com o braço em torno de seu pescoço, sugerindo que ela se agarrava ao homem nos momentos finais de sua vida.
Pelo que sabemos, o migrante salvadorenho Óscar Alberto Martinez Ramirez, de 25 anos, tentou a travessia do rio, desesperado por não conseguir pedir refúgio para a família.
Ele, a mulher e a filha de 1 ano e 11 meses haviam chegado no mesmo dia à cidade mexicana fronteiriça de Matamoros. Como o escritório de fronteira não abre aos domingos, a família decidiu caminhar ao longo do rio e tentar a travessia pela água. A frustração com o fato de não conseguiram requerer refúgio teria motivado a arriscada travessia.
Óscar Alberto chegou a atravessar o rio com a filha e tentou retornar ao outro lado para buscar a esposa. Mas, ao vê-lo se afastar, a menina se atirou na água. Óscar conseguiu chegar até Valeria, mas ambos foram arrastados pela forte correnteza do rio. Os corpos foram encontrados próximos a Matamoros, no México, na margem oposta a Brownsville, no Texas, a centenas de metros do local onde a família tentou fazer a travessia.
A foto gerou uma onda de consternação em todo o mundo e contribuiu para sensibilizar um número maior de pessoas sobre o drama dos refugiados de países como Síria, Afeganistão, Iraque e outros, que tentavam chegar à Europa. (Veja matéria adiante)
10 anos de golpes na América Latina. A série de golpes estadunidenses em nossa região tem início no dia 28 de junho de 2009. Manuel Zelaya era legítimo presidente de Honduras, eleito democraticamente em novembro de 2005 e empossado em janeiro de 2006. Não de esquerda e não fazia propaganda do socialismo. Era um presidente nacionalista.
Na época, a Casa Branca era habitada por Obama, mas seu governo tinha várias divergências internas. Enquanto presidente, ele não era favorável a intervenções em países estrangeiros, mas tinha entre seus principais assessores pessoas do grupo conhecido como “falcões”, profundamente intervencionistas e golpistas.
Hugo Llorens era representante diplomático dos EUA em Honduras e não muito “amigo” de Obama. Vivia sob constante pressão de seu amigo Ciconne Calcográfica, lobista das grandes empresas estadunidenses e porta-voz oficial da parte mais reacionária da Igreja Católica. Ele foi o verdadeiro articulador do golpe, conseguindo angariar (comprar) aliados na oposição hondurenha e membros das forças armadas locais.
As ideias nacionalistas de Zelaya não agradavam e preocupavam muito o capital estadunidense. Mas a gota d´água foi quando o presidente hondurenho disse que pensava em suspender o acordo para manutenção de duas bases militares dos EUA no país. Começa uma campanha dizendo que Zelaya pretendia levar seu país para uma aliança com Hugo Chávez quando sua meta era dar mais autonomia para as empresas públicas e ampliar o desenvolvimento do país.
No início de 2009 ele anunciou que convocaria um plebiscito para a reforma da Constituição. Sua ideia era, se tivesse a aprovação, convocar eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte e fazer as reformas que permitiriam mais avanços para o país. Mas a oposição aproveitou para fazer uma campanha mentirosa dizendo que ele pretendia prorrogar seu próprio mandato e mudar a Constituição sem ouvir o Congresso.
Claro que tudo estava combinado com o judiciário que imediatamente foi contra a realização do plebiscito, mesmo sendo previsto pela Lei. Mas Zelaya resolveu enfrentar e manteve a convocatória do plebiscito.
O Tribunal Superior Eleitoral declarou ilegal a consulta popular e mandou recolher todas as cédulas já impressas. O Exército recolheu todas as cédulas e, na madrugada do dia 28 de junho, antes do sol nascer, invadiu a residência de Manuel Zelaya, levando-o preso.
Tudo armado com antecedência, minutos depois o Congresso se reuniu, declarou o cargo vago, e nomeou um substituto para Zelaya que já estava escolhido há muito tempo.
De onde vem a cocaína? Enquanto nossa imprensa fica fazendo campanha contra Bolívia e Venezuela, qual a verdadeira origem da cocaína?
Aproveitando a notícia sobre a “carga” levada pelo avião do ex-capitão, vamos esclarecer a nota divulgada pela ONU demonstrando que mais de 70% da cocaína do mundo é produzida em um país “aliado” de Trump e do Bosta.
O Escritório das Organizações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC) demonstrou, na quarta-feira (26), que mais de 70% da cocaína existente no mundo é produzida na Colômbia e diz: “Impulsionada por uma alta geral nos preços, a produção mundial de cocaína marcou um novo recorde em 2017, superando em 25% a produção de 2016”. E todos sabemos que o maior consumidor mundial de cocaína e o país de Trump, não é?
Migração: as crianças são as principais vítimas. Mais de 1.600 crianças migrantes morreram ou desapareceram entre 2014 e 2018 quando tentavam chegar sozinhas ou com as suas famílias a um lugar seguro, informou a Organização Internacional das Migrações (OIM) em relatório divulgado na sexta-feira (28).
As crianças fazem parte dos 32 mil migrantes mortos ou desaparecidos no mesmo período, embora a OIM alerte que os dados estejam incompletos e que o número real de vítimas seja certamente maior, em particular entre menores, cujos casos são menos relatados do que os de adultos.
Segundo as estatísticas, o maior número de vítimas é registrado no Mediterrâneo, com 17.900 (2014-2018), havendo ainda 12 mil casos em que se desconhece o paradeiro ou não foram recuperados os corpos.
A rota central, para os migrantes que tentam chegar à Itália ou a Malta desde a Líbia, continua a ser a mais perigosa, com 1.314 mortes e desaparecimentos, embora o número significasse uma redução de mais da metade em relação a 2017.
Outra rota arriscada para os migrantes é a fronteira entre o México e os Estados Unidos, onde 1.907 pessoas morreram nos últimos cinco anos, incluindo 26 crianças, embora apenas no primeiro semestre deste ano já tenham sido notificadas 13. (Agência Brasil)
Acordo UE – Mercosul. Os nossos jornais estão fazendo muita propaganda do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que vinha sendo debatido há anos, durante o encontro do G-20. Nossa “maravilhosa” imprensa livre vai tentar empurrar na cabeça do povo que isso foi uma conquista do ex-capitão. Mas a verdade é mostrada em uma entrevista do ex-ministro brasileiro Celso Amorim ao canal BBC, de Londres.
Diz ele que considera que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi firmado “no pior momento possível” em termos do equilíbrio de forças entre as partes, em momento de “grande fragilidade negociadora”, e teme que isso gere condições mais favoráveis para o bloco europeu do que para os países sul-americanos.
“O momento é o pior possível em termos da capacidade negociadora do Mercosul, porque os dois principais negociadores, Brasil e Argentina, estão fragilizados política e economicamente”, diz Amorim, que foi chanceler durante dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mas o acordo pode “desandar”. Segundo a agência francesa RFI, ONGs e políticos ecologistas atacam o acordo, principalmente devido à política ambiental do presidente brasileiro. Segundo eles, o tratado vai destruir “a Amazônia e a agricultura familiar europeia”
As polêmicas e as resistências contra o acordo “histórico” entre o Mercosul e a União Europeia se multiplicam. A assinatura do tratado comercial entre os dois blocos foi anunciada na noite de sexta-feira (28), em Bruxelas. No sábado (29), o texto é considerado “inaceitável” por agricultores, ONGs do meio ambiente e partidos ecológicos europeus. A política ambiental brasileira está na mira dos opositores ao acordo.
Trump busca aliados para invadir o Irã. É cada vez mais fixa a ideia de Donald Trump em invadir o Irã. O Secretário de Estado Mike Pompeo viajou às pressas ao Oriente Médio em busca de aliados que aceitem aderir a uma frente única contra Teerã, enquanto a Casa Branca anunciava novas sanções contra governo iraniano.
Pompeo está visitando a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, aliados sunitas de Washington que temem o aumento da influência do Irã, país de maioria xiita. A passagem do secretário de Estado por Jedá e Abu Dhabi foi marcada às pressas na semana passada, na esteira de uma viagem marcada à Índia e antes de se juntar ao presidente dos EUA, Donald Trump, em sua próxima visita ao Japão, para a cúpula do G20, e Coreia do Sul.
Pompeo manteve o mesmo tom adotado por Trump e pelo vice-presidente, Mike Pence, ao dizer que os EUA estão prontos para iniciar negociações com Teerã sem estabelecer condições. Essas declarações visam trazer algum alívio às tensões entre os dois países, acirradas desde o início do governo Trump, com a retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irã.
No domingo (23), o presidente iraniano, Hassan Rohani, culpou o que chamou de “presença militar intervencionista” dos EUA pelo acirramento das tensões.

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