Como
será o amanhã (5).
Fato
1. Banco Central reduz estimativa de alta do PIB. O Banco Central (BC) reduziu de 2% para 0,8% a previsão
para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019. A
expectativa consta do relatório trimestral de inflação, divulgado nesta
quinta-feira (27). Com isso, o BC está estimando desaceleração no ritmo de
crescimento da economia brasileira neste ano pois, em 2018, o PIB cresceu 1,1%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (G1 –
27.06.2019)
Fato
2. Dívida bruta deve subir a 80% do PIB. O
Tesouro Nacional divulgou na quarta-feira (26) as estimativas para a trajetória
da dívida bruta até 2028 que consideram os pagamentos feitos até o momento pelo
BNDES aos cofres públicos. A projeção para a dívida bruta para o fim de 2019 é
de 80% do PIB. Segundo informações do Tesouro, as projeções, que fazem parte do
cenário básico, consideram o impacto das antecipações do BNDES a partir de
2015, incluindo a repactuação dos contratos em 2018. Foram consideradas a
antecipação de R$ 30 bilhões ocorrida em maio de 2019. O total de antecipação
até maio deste ano é de R$ 339 bilhões. “Ainda que as medidas tenham deslocado
a trajetória para baixo, a dinâmica de endividamento depende fundamentalmente
das medidas de esforço fiscal”, informa levantamento do Tesouro.
Fato
3. Governo central tem déficit primário. O
governo central registrou déficit primário de R$ 14,740 bilhões em maio. No
mesmo mês de 2018, as contas haviam ficado negativas em R$ 11 bilhões. Segundo
os dados divulgados na quarta-feira (26). A Previdência Social teve resultado
negativo de R$ 14,918 bilhões. No acumulado do ano, o governo central teve
déficit de R$ 17,5 bilhões. Já em 12 meses, o déficit primário ficou em R$
125,2 bilhões, o que representa 1,76% do PIB. A meta fiscal deste ano prevê
rombo de R$ 139 bilhões. A receita líquida total do governo central registrou
queda real de 18,3% em maio, em relação a um ano antes, ficando em R$ 26,518
bilhões. Enquanto isso, as despesas totais caíram 10,8%.
Fato
4. Brasil tem um dos piores desempenhos entre economias do G-20. O Brasil participa da cúpula do G-20 em Osaka com o
quinto pior desempenho econômico entre os países membros no primeiro trimestre.
A África do Sul e a Coreia do Sul foram as economias do grupo onde o PIB mais
desacelerou em seguida entre janeiro e março, comparado ao trimestre anterior.
Houve contração de 0,9% na África do Sul e de 0,4% na Coreia do Sul, comparado
com taxas positivas de 0,3% e 0,9% no último trimestre de 2018, respectivamente,
conforme levantamento da OCDE. A recessão econômica na Argentina coloca o país
em terceiro lugar com contração de 0,22% comparado a -1,2% no trimestre
anterior. O México e o Brasil vêm em seguida, ambos com contração de 0,2% comparado
a 0,0% e crescimento de 0,1%, respectivamente, no quarto trimestre de 2018.
(Valor Econômico – 26.06.2019)
Fato
5. Número de empresas no Brasil cai pelo segundo ano. Mesmo com o início da atividade econômica, o Brasil
ainda fechou mais empresas do que abriu em 2017. O país tinha 5,029 milhões de
empresas registradas no Cadastro Geral de Empresas (Cempre) do IBGE naquele
ano, 0,4% a menos do que em 2016, o que corresponde a uma perda de 21,5 mil
empresas no período. Foi o segundo ano consecutivo de queda do total de
empresas. Desta forma, a quantidade total de empresas existentes no país é o
menor desde 2009 (4,846 milhões), mostraram os dados do IBGE. (Valor Econômico
– 26.06.2019)
Fato
6. 24 milhões de trabalhadores autônomos no país. Os trabalhadores por conta própria no país chegaram a
24 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio deste ano. O número é 1,4%
superior ao registrado no trimestre encerrado em fevereiro deste ano (mais 322
mil pessoas) e 5,1% maior do que o observado no trimestre finalizado em maio de
2018 (mais 1,17 milhão de pessoas).
O contingente de trabalhadores autônomos no Brasil é
recorde da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
O crescimento desses trabalhadores contribuiu para o
aumento da população ocupada como um todo, que ficou em 92,9 milhões de
pessoas, 1,2% superior (mais 1,07 milhões de pessoas) ao trimestre anterior e
2,6% a mais (2,36 milhões de pessoas a mais) do que no trimestre encerrado em
maio do ano passado.
O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou
em R$ 2.289, uma queda de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro
deste ano, mas estável na comparação com maio de 2018. A massa de rendimento
real habitual chegou a R$ 207,5 bilhões, estável em relação a fevereiro, mas
2,4% superior a maio do ano passado.
A taxa de subutilização ficou em 25%, superior aos
24,6% de fevereiro e de maio do ano passado. O número de pessoas desalentadas,
isto é, aquelas que que desistiram de procurar emprego, ficou estável (em ambas
comparações temporais) em 4,9 milhões, também um patamar recorde na série
histórica.
Fato
7. Governo libera mais 42 agrotóxicos.
O governo do ex-capitão reformado bateu um novo recorde de liberação de
agrotóxicos: são 239 novos venenos somente em 2019, após a concessão de 42
novos registros na segunda-feira (24). Estatísticas anteriores já apontavam que
o governo vinha em linha ascendente na autorização desse tipo de produto. Nos
primeiros dois meses do ano, foram 86 novos registros. Ao final de março, o
total chegou a 121. Agora, ao atingir a marca de 239, o país atualiza o número
total de agrotóxicos para 2.305, considerando os herbicidas em circulação no
mercado. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida organizou uma
planilha com as liberações de 2019. Quanto à periculosidade ambiental, 23 são
Altamente ou Muito Perigosos ao Meio Ambiente, e 18 são Extremamente ou
Altamente Tóxicos para a saúde humana. (Portal do MST, 24/06)
Fato
8. Número de desempregados de longo prazo cresce 42,4%. A parcela de desempregados que está nesta situação há
mais de 2 anos avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo
período de 2019, atingindo 3,3 milhões de pessoas. O crescimento é de 42,4% em
4 anos, aponta análise de Mercado de Trabalho, divulgada na última terça-feira
(18), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo utiliza
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE.
Segundo dados do primeiro trimestre deste ano, o
desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres. Entre as
desocupadas, 28,8% estão nesta condição há pelo menos dois anos, contra 20,3%
dos homens desempregados na mesma situação.
Na análise por faixa etária, 27,3% dos desocupados com
mais de 40 anos insistem sem sucesso na busca por trabalho há pelo menos dois
anos, mas o crescimento do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens.
As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas. (Diap, 25/06)
Fato
9. Aumentos salariais perdem da inflação. Pela primeira vez em três
anos e dois meses, os reajustes perderam da inflação. A acumulada de maio foi
5,1% e o aumento mediano foi 5%. Apenas 20,4% das negociações resultaram em
aumentos reais. Os dados são do Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe). O Salariômetro, que calcula o salário médio de admissão em
cada profissão, separando as categorias de acordo com a Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho, é uma
atividade da instituição que disponibiliza informações sobre as ofertas de
emprego no país. É constituído por resultados da negociação coletiva, perfil
dos contratados, pesquisa salarial e indicadores do mercado de trabalho.
Segundo o Salariômetro, a
projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para junho de 4,8%
não deixa muito espaço para a volta dos aumentos reais. O piso salarial mediano
negociado em maio foi a R$1.232 (23% acima do salário mínimo). (Monitor
Mercantil, 27/06)
A
família que enriquece unida... Se
estivéssemos falando da família de Luiz Inácio Lula da Silva a matéria estaria
em todas as primeiras páginas dos jornais, mas como a matéria da revista Carta
Capital fala da família do ex-militar reformado por insanidade nada sai na
nossa “grande imprensa”. O fato concreto é exposto pela revista nos seguintes
termos:
“Em uma rua pacata no caminho da zona rural de Eldorado
Paulista, um canteiro de obras desperta a atenção de quem passa. No topo da
estrutura alta e imponente, debaixo de uma bandeira nacional e sobre oito
janelas, lê-se um nome: ‘Igreja O Brasil Para Cristo’. Naquela região pobre do
Vale do Ribeira, onde quatro em cada dez cidadãos vivem com meio salário mínimo
por mês, tudo o que reluz remete ao mais ilustre cidadão”, o atual presidente
brasileiro.
A matéria fala que o insano nasceu na cidade, com os
irmãos Angelo, Maria Denise, Solange, Renato e Vânia. Seu pai era dentista
“prático” e todos os filhos cresceram ali. Apenas o ex-militar saiu e acabou
fazendo sua vida em Brasília. Tudo normal e sem estranhezas, até que a revista
destaca:
“Mãe, irmãos, sobrinhos e cunhados do presidente são
donos de 19 empresas na região, 14 delas abertas nos últimos oito anos. O
levantamento foi feito por Carta Capital a partir de dados da Junta Comercial
de São Paulo. A carteira de negócios vai de sapatos e vestuário a material de
construção, passando por conserto de eletrônicos. Há empreendimentos
registrados em sete cidades”. Estranho, não é? Mas tem muito mais.
“O irmão Angelo, vive em Eldorado e é dono, ao menos no
papel, de uma loja de móveis e outras duas de assistência técnica. Angelo
Guido, seu filho, toca a casa lotérica e uma loja de consertos de eletrônicos.
É considerado antipático pelos moradores de Eldorado. O caçula Renato mora na
cidade de Miracatu, a cem quilômetros de Eldorado, onde tem uma loja de móveis
com filiais em outros dois municípios vizinhos”.
“Em nome de sua filha Vitória está registrada uma loja
de materiais de construção também em Miracatu, com filiais em Juquiá, Iguape e
Apiaí. Renato é considerado simpático e gregário. É o único, além de Jair, que
demonstra algum pendor para a política. Tentou ser prefeito da cidade, sem
sucesso. Em 2016, uma reportagem do SBT descobriu que, durante três anos, ele
recebia 17 mil reais mensais como assessor de um deputado, mas não aparecia
para cumprir o seu dever. Em vez de bater ponto na função legislativa, preferia
cuidar de suas lojas de móveis”.
A lista da revista é imensa e não vamos detalhar aqui.
Pode ser vista pela Internet. Mas deixamos a pergunta: e se fosse a família do
Lula?
Brasil
passa vergonha em Osaka, no Japão!
Para o brasileiro que estava habituado a ver o ex-presidente que ia às reuniões
do G-20 e era recebido e homenageado por todos os líderes mundiais, um homem
que transitava com elegância e conhecimento em todas as reuniões do grupo, é
muito difícil engolir as vergonhas de um ex-capitão insano que tenta aparecer
para o seu público interno, mas vai fazendo desmoronar o respeito que o Brasil
demorou tanto para conquistar.
Desta vez foi sua teimosia em ir à reunião do G-20 sem
ter qualquer agenda montada, sem propostas e prioridades definidas, sem saber
de quais temas tratar e, para piorar, totalmente indelicado e demonstrando
falta de conhecimento sobre as nações participantes.
Sem qualquer noção do que estava falando, disse que “o
Brasil teria o que ensinar aos alemães sobre energia limpa”, mas não sabe que a
Alemanha é um dos maiores exemplos do mundo em conversão energética de
combustíveis fósseis para fontes renováveis.
Depois de refutado pelos jornais locais e sem encontros
importantes marcados, disse que se recusaria a participar de reuniões onde
seria “advertido por outros países”. Totalmente sem nexo e sem respeitar todas
as imagens incansavelmente transmitidas pela imprensa internacional, disse que
“Não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos
tratamento como, no passado, em alguns casos, chefes de Estado tiveram aqui”,
frisou.
Nem
tinha noção da questão principal a ser debatida no encontro. Quanto ao posicionamento do país na guerra comercial
que opõe Washington a Pequim, o doente destacou que o Brasil não tem lado. “É
logico que os produtos da China, dos Estados Unidos para cá, em grande parte,
interessa (sic) ao Brasil por questão de commodities. Obviamente, a gente não
quer que haja briga para a gente poder se aproveitar”, disse.
“A gente está buscando paz aqui, harmonia, como estamos
trabalhando – não é o caso aqui – a questão do Mercosul e União Europeia”,
referindo-se às negociações de um acordo comercial entre os blocos europeu e
latino-americano.
Vai
um colarzinho aí, patrão? Como não
restava o que fazer e sabendo que estava à margem das discussões principais, o ex-capitão
resolveu trabalhar como um ridículo camelô que oferece bijuterias aos passantes
na calçada de Copacabana.
Tentando mostrar a “riqueza” do país e dizer que
teríamos o que vender, depois de destruir todo o nosso parque industrial e
alienar o petróleo, o débil resolveu reviver o seu discurso sobre o nióbio. Mas
o curioso na ridícula cena é que ele não havia previsto, não viajou preparado
para tal debate, e comprou em um mercado comum japonês um pequeno colar e
talheres do precioso metal. Fez uma exibição sobre o valor do produto e, como
um camelô experiente, disse que “A vantagem em relação ao ouro são as cores,
que variam, e ninguém tem relação alérgica ao nióbio. Alguns têm ao ouro”,
afirmou.
E o
avião do Lula virou avião do pó! Pois é. O Airbus A319CJ,
construído na Europa especialmente para o Presidente Lula e que ficou conhecido
como AeroLula acabou servindo a outros propósitos e agora é chamado de AeroPó!
Na comitiva presidencial que chegou à Europa, com
destino ao Japão, a polícia espanhola encontrou 39 quilos de cocaína. Um
sargento da aeronáutica foi preso e ninguém sabe, quase uma semana depois, como
a cocaína foi parar no avião presidencial e quem é o verdadeiro responsável
(com tudo o que acontece nesse governo sem rumo).
O mais impressionante na história é que a imprensa
brasileira amestrada, tendo a Globo à frente, correu para dizer que o sargento
preso com a cocaína tinha servido também durante os governos de Lula e Dilma,
tentando dizer que caberia a eles ter descoberto o transporte ilegal de drogas,
ou envolve-los na trama.
Mas a mentira durou menos de 24 horas quando a própria
Aeronáutica declarou que o sargento só havia entrado para as comitivas
presidenciais em 2016, poucos meses antes do golpe que derrubou Dilma.
Já estão dizendo que, sem a preciosa carga, o
presidente resolveu vender colar de nióbio!
Uma
foto comove o mundo... E coloca Donald
Trump como principal personagem de uma política criminosa: a discriminação.
A fotografia foi feita pela jornalista Julia Le Duc e
publicada pelo jornal mexicano La Jornada, na terça-feira (25). A imagem dos
corpos de um homem e sua filha de menos de dois anos de idade afogados em uma
margem do Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, gerou
comoção internacional e chamou atenção para os perigos enfrentados por
migrantes que fogem da pobreza e da violência em seus países em busca de
refúgio em solo estadunidense, principalmente quando Donald Trump endurece o
combate aos migrantes e ameaça os países vizinhos.
A imagem chocante mostra a menina com a cabeça dentro
da camiseta do pai e com o braço em torno de seu pescoço, sugerindo que ela se
agarrava ao homem nos momentos finais de sua vida.
Pelo que sabemos, o migrante salvadorenho Óscar Alberto
Martinez Ramirez, de 25 anos, tentou a travessia do rio, desesperado por não
conseguir pedir refúgio para a família.
Ele, a mulher e a filha de 1 ano e 11 meses haviam
chegado no mesmo dia à cidade mexicana fronteiriça de Matamoros. Como o
escritório de fronteira não abre aos domingos, a família decidiu caminhar ao
longo do rio e tentar a travessia pela água. A frustração com o fato de não
conseguiram requerer refúgio teria motivado a arriscada travessia.
Óscar Alberto chegou a atravessar o rio com a filha e
tentou retornar ao outro lado para buscar a esposa. Mas, ao vê-lo se afastar, a
menina se atirou na água. Óscar conseguiu chegar até Valeria, mas ambos foram
arrastados pela forte correnteza do rio. Os corpos foram encontrados próximos a
Matamoros, no México, na margem oposta a Brownsville, no Texas, a centenas de
metros do local onde a família tentou fazer a travessia.
A foto gerou uma onda de consternação em todo o mundo e
contribuiu para sensibilizar um número maior de pessoas sobre o drama dos
refugiados de países como Síria, Afeganistão, Iraque e outros, que tentavam
chegar à Europa. (Veja matéria adiante)
10
anos de golpes na América Latina. A
série de golpes estadunidenses em nossa região tem início no dia 28 de junho de
2009. Manuel Zelaya era legítimo presidente de Honduras, eleito democraticamente
em novembro de 2005 e empossado em janeiro de 2006. Não de esquerda e não fazia
propaganda do socialismo. Era um presidente nacionalista.
Na época, a Casa Branca era habitada por Obama, mas seu
governo tinha várias divergências internas. Enquanto presidente, ele não era
favorável a intervenções em países estrangeiros, mas tinha entre seus principais
assessores pessoas do grupo conhecido como “falcões”, profundamente
intervencionistas e golpistas.
Hugo Llorens era representante diplomático dos EUA em
Honduras e não muito “amigo” de Obama. Vivia sob constante pressão de seu amigo
Ciconne Calcográfica, lobista das grandes empresas estadunidenses e porta-voz
oficial da parte mais reacionária da Igreja Católica. Ele foi o verdadeiro
articulador do golpe, conseguindo angariar (comprar) aliados na oposição
hondurenha e membros das forças armadas locais.
As ideias nacionalistas de Zelaya não agradavam e
preocupavam muito o capital estadunidense. Mas a gota d´água foi quando o
presidente hondurenho disse que pensava em suspender o acordo para manutenção
de duas bases militares dos EUA no país. Começa uma campanha dizendo que Zelaya
pretendia levar seu país para uma aliança com Hugo Chávez quando sua meta era
dar mais autonomia para as empresas públicas e ampliar o desenvolvimento do
país.
No início de 2009 ele anunciou que convocaria um
plebiscito para a reforma da Constituição. Sua ideia era, se tivesse a
aprovação, convocar eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte e fazer
as reformas que permitiriam mais avanços para o país. Mas a oposição aproveitou
para fazer uma campanha mentirosa dizendo que ele pretendia prorrogar seu
próprio mandato e mudar a Constituição sem ouvir o Congresso.
Claro que tudo estava combinado com o judiciário que
imediatamente foi contra a realização do plebiscito, mesmo sendo previsto pela
Lei. Mas Zelaya resolveu enfrentar e manteve a convocatória do plebiscito.
O Tribunal Superior Eleitoral declarou ilegal a
consulta popular e mandou recolher todas as cédulas já impressas. O Exército
recolheu todas as cédulas e, na madrugada do dia 28 de junho, antes do sol
nascer, invadiu a residência de Manuel Zelaya, levando-o preso.
Tudo armado com antecedência, minutos depois o
Congresso se reuniu, declarou o cargo vago, e nomeou um substituto para Zelaya
que já estava escolhido há muito tempo.
De
onde vem a cocaína? Enquanto nossa
imprensa fica fazendo campanha contra Bolívia e Venezuela, qual a verdadeira
origem da cocaína?
Aproveitando a notícia sobre a “carga” levada pelo avião
do ex-capitão, vamos esclarecer a nota divulgada pela ONU demonstrando que mais
de 70% da cocaína do mundo é produzida em um país “aliado” de Trump e do Bosta.
O Escritório das Organizações Unidas contra a Droga e o
Delito (UNODC) demonstrou, na quarta-feira (26), que mais de 70% da cocaína
existente no mundo é produzida na Colômbia e diz: “Impulsionada por uma alta
geral nos preços, a produção mundial de cocaína marcou um novo recorde em 2017,
superando em 25% a produção de 2016”. E todos sabemos que o maior consumidor
mundial de cocaína e o país de Trump, não é?
Migração:
as crianças são as principais vítimas.
Mais de 1.600 crianças migrantes morreram ou desapareceram entre 2014 e 2018
quando tentavam chegar sozinhas ou com as suas famílias a um lugar seguro,
informou a Organização Internacional das Migrações (OIM) em relatório divulgado
na sexta-feira (28).
As crianças fazem parte dos 32 mil migrantes mortos ou
desaparecidos no mesmo período, embora a OIM alerte que os dados estejam
incompletos e que o número real de vítimas seja certamente maior, em particular
entre menores, cujos casos são menos relatados do que os de adultos.
Segundo as estatísticas, o maior número de vítimas é
registrado no Mediterrâneo, com 17.900 (2014-2018), havendo ainda 12 mil casos
em que se desconhece o paradeiro ou não foram recuperados os corpos.
A rota central, para os migrantes que tentam chegar à
Itália ou a Malta desde a Líbia, continua a ser a mais perigosa, com 1.314
mortes e desaparecimentos, embora o número significasse uma redução de mais da
metade em relação a 2017.
Outra rota arriscada para os migrantes é a fronteira
entre o México e os Estados Unidos, onde 1.907 pessoas morreram nos últimos
cinco anos, incluindo 26 crianças, embora apenas no primeiro semestre deste ano
já tenham sido notificadas 13. (Agência Brasil)
Acordo
UE – Mercosul. Os nossos jornais estão
fazendo muita propaganda do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que
vinha sendo debatido há anos, durante o encontro do G-20. Nossa “maravilhosa”
imprensa livre vai tentar empurrar na cabeça do povo que isso foi uma conquista
do ex-capitão. Mas a verdade é mostrada em uma entrevista do ex-ministro
brasileiro Celso Amorim ao canal BBC, de Londres.
Diz ele que considera que o acordo entre o Mercosul e a
União Europeia foi firmado “no pior momento possível” em termos do equilíbrio
de forças entre as partes, em momento de “grande fragilidade negociadora”, e
teme que isso gere condições mais favoráveis para o bloco europeu do que para
os países sul-americanos.
“O momento é o pior possível em termos da capacidade
negociadora do Mercosul, porque os dois principais negociadores, Brasil e
Argentina, estão fragilizados política e economicamente”, diz Amorim, que foi
chanceler durante dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT).
Mas o acordo pode “desandar”. Segundo a agência
francesa RFI, ONGs e políticos ecologistas atacam o acordo, principalmente
devido à política ambiental do presidente brasileiro. Segundo eles, o tratado
vai destruir “a Amazônia e a agricultura familiar europeia”
As polêmicas e as resistências contra o acordo
“histórico” entre o Mercosul e a União Europeia se multiplicam. A assinatura do
tratado comercial entre os dois blocos foi anunciada na noite de sexta-feira
(28), em Bruxelas. No sábado (29), o texto é considerado “inaceitável” por
agricultores, ONGs do meio ambiente e partidos ecológicos europeus. A política
ambiental brasileira está na mira dos opositores ao acordo.
Trump
busca aliados para invadir o Irã. É
cada vez mais fixa a ideia de Donald Trump em invadir o Irã. O Secretário de
Estado Mike Pompeo viajou às pressas ao Oriente Médio em busca de aliados que
aceitem aderir a uma frente única contra Teerã, enquanto a Casa Branca
anunciava novas sanções contra governo iraniano.
Pompeo está visitando a Arábia Saudita e os Emirados
Árabes Unidos, aliados sunitas de Washington que temem o aumento da influência
do Irã, país de maioria xiita. A passagem do secretário de Estado por Jedá e
Abu Dhabi foi marcada às pressas na semana passada, na esteira de uma viagem
marcada à Índia e antes de se juntar ao presidente dos EUA, Donald Trump, em
sua próxima visita ao Japão, para a cúpula do G20, e Coreia do Sul.
Pompeo manteve o mesmo tom adotado por Trump e pelo
vice-presidente, Mike Pence, ao dizer que os EUA estão prontos para iniciar
negociações com Teerã sem estabelecer condições. Essas declarações visam trazer
algum alívio às tensões entre os dois países, acirradas desde o início do
governo Trump, com a retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015 com o Irã.
No domingo (23), o presidente iraniano, Hassan Rohani,
culpou o que chamou de “presença militar intervencionista” dos EUA pelo
acirramento das tensões.
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